Rússia lança ondas de ataques de drones em Kiev, dizem militares da Ucrânia

Destroços de drones caíram perto de prédio residencial com serviços de emergência trabalhando no local, segundo o prefeito

A Rússia lançou várias ondas de drones visando Kiev na manhã desta segunda-feira (30), com unidades de defesa aérea defendendo a cidade com sucesso durante o ataque que durou mais de cinco horas, disseram os militares ucranianos.

Testemunhas da Reuters ouviram inúmeras explosões na capital ucraniana, no que pareciam sistemas de defesa aérea em operação, e viram objetos sendo atingidos no ar.

Todos os drones que a Rússia lançou contra Kiev foram destruídos por sistemas de defesa ou neutralizados por guerra eletrônica, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev, no aplicativo de mensagens Telegram.

De acordo com informações preliminares, não houve vítimas nem danos relatados, ele acrescentou. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que destroços de drones caíram perto de um prédio residencial com serviços de emergência trabalhando no local.

A força aérea ucraniana disse nesta segunda-feira que abateu 67 dos 73 drones e um dos três mísseis lançados pela Rússia durante o ataque.

O governador Ruslan Kravchenko não relatou danos à infraestrutura crítica ou residencial na região ao redor da capital. Ele disse que o ataque causou incêndios em cinco distritos da região, mas não houve vítimas.

O governador de Mykolaiv, Vitaliy Kim, disse que o ataque causou um incêndio em uma instalação de infraestrutura crítica na região sul.

A Rússia lançou vários ataques aéreos contra Kiev e Ucrânia ao longo de setembro, visando a infraestrutura energética, militar e de transporte da Ucrânia, em ataques que mataram dezenas de civis.

A Rússia nega ter como alvo civis na invasão em grande escala que chamou de “operação especial” quando foi lançada em fevereiro de 2022.

(Reportagem de Gleb Garanich, Valentyn Ogirenko, Pavel Polityuk, Sergiy Karazy e Anastasiia Malenko, em Kiev)

Indiciado por lavagem de dinheiro, Gusttavo Lima retorna aos EUA

O indiciamento ocorreu após a apreensão de R$ 150 mil na sede da Balada Eventos e Produções.

O cantor Gusttavo Lima deixou o Brasil neste domingo (29) e viajou para os Estados Unidos após uma breve passagem pelo país. O artista foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco em uma investigação de lavagem de dinheiro, parte da Operação Integration. Durante sua estadia, Lima realizou dois shows no estado do Pará.

O indiciamento ocorreu após a apreensão de R$ 150 mil na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima em Goiânia. Segundo informações do programa Fantástico, da TV Globo, o cantor também teve 18 notas fiscais fracionadas no mesmo dia para a empresa Pix 365 (Vai de Bet), da qual ele é sócio, investigada no mesmo caso. A operação apura movimentações financeiras relacionadas a mais de R$ 8 milhões referentes ao uso de imagem e voz do cantor.

A equipe de Gusttavo Lima confirmou ao portal Notícias da TV que ele já se encontra nos Estados Unidos com a família.

PL do Rio joga a toalha e não vê Ramagem no 2º turno

Na última pesquisa, Eduardo Paes tinha 59% das intenções de voto, enquanto Alexandre Ramagem tinha 17%.

O PL do Rio de Janeiro perdeu as esperanças de que haverá segundo turno na cidade do Rio de Janeiro. O partido está desacreditado que Alexandre Ramagem consegue subir 30 pontos percentuais em uma semana.

Na última pesquisa, Eduardo Paes, candidato do PSD à reeleição tinha 59% das intenções de voto, enquanto Ramagem tinha 17%, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Bolsonaro irá intensificar sua presença no Rio, ao lado de Ramagem, entre os dias 1° a 6 de outubro para tentar mudar o cenário. Mas integrantes do PL consideram que é “muito difícil” que o delegado chegue ao segundo turno.

Britânico vem ao Rio e fica absolutamente chocado com o SUS

Em meio às maravilhas do Rio de Janeiro, o britânico Nick Whincup precisou de atendimento médico e se surpreendeu com o que encontrou no SUS.

Turistas de todos os cantos do Brasil e do mundo costumam falar maravilhas do Rio de Janeiro, da beleza das praias, do Cristo Redentor, o bondinho do Pão de Açúcar, a mureta da Urca, Copacabana, a garota e o garoto de Ipanema, a Floresta da Tijuca, o Jardim Botânico, o povo carioca, o Maracanã, o samba, a feijoada, a caipirinha, todas essas belezas que o Rio tem para oferecer.

Mas Nick Whincup, um britânico no Rio, ficou simplesmente maravilhado com algo que não é beleza natural, simpatia do povo nem uma característica especial do Rio, mas de todo o povo brasileiro: o SUS, nosso Sistema Único de Saúde, que no último dia 19 completou 34 anos.

Nick precisou tomar uma vacina e saiu maravilhado com o atendimento do SUS. E olha que os britânicos também têm um sistema de saúde gratuito, mas que, sem bairrismo algum — quem diz isso é o Nick — nem se compara ao nosso SUS, que poderia ser também Sistema Universal de Saúde, pois atende gente de fora do Brasil como se brasileiro fosse, com a mesma atenção e gratuidade.

Ouçam o Nick e leiam depois alguns comentários na postagem dele.

https://www.instagram.com/reel/DAOaw2jvkee/?utm_source=ig_web_copy_link

Sou médica em um hospital público há quase 30 anos. Não, não é perfeito. Não, não é heterogêneo em todas as regiões do país. Não, não é fácil de administrar. Sim, é inegável a importância do Sistema Único de Saúde para um país com as dimensões do Brasil. O SUS mudou o destino do país (para melhor!) em várias situações de pandemias, incluindo a de HIV, com a distribuição gratuita de medicamentos para tratamento e, pasmem, prevenção (por favor, procurem saber e divulgar sobre PEP e PREP!). Tirem o SUS da equação e teremos um cenário de catástrofe na saúde. Lembrem-se de quantas pessoas morreram de COVID na moderna NY, por terem receio de ir aos hospitais e não terem como pagar pela conta que viria, caso sobrevivessem. Faço coro ao gringo: Viva o SUS!
Eu moro no Canadá e sinto falta do SUS do Brasil.
Defendam o SUS. Nunca foi sorte, foi muita luta, nessas eleições vote em quem defende o SUS não quem invade UBS e ataca servidores já precarizados para gerar vídeo nas redes.
O SUS fez 34 anos dias atrás.
Temos, sim, que nos orgulhar.
Muita coisa para melhorar, é duro de trabalhar, tem muito problema, mas temos muito a elogiar também! Os programas de transplantes, tuberculose, vacinas, HIV, entre outros, são modelo internacional.
Como trabalhadora do SUS, fico muito feliz por suas palavras!
Eu preciso dizer que eu dou mais valor ao SUS depois que vim morar na Finlândia…Pasmem! Mas a saúde do Brasil é melhor e totalmente de graça!

Belluzzo critica juros altos: “Brasil vive uma guerra entre a Faria Lima e o resto do país”

O economista analisa a política monetária brasileira e sugere mudanças profundas para combater a desigualdade e a concentração de renda.

Em entrevista concedida ao Opera Mundi, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo teceu duras críticas à atual política de juros do Brasil, afirmando que o país vive uma “guerra peculiar” entre o centro financeiro da Faria Lima, em São Paulo, e o restante da população. Durante a conversa, Belluzzo destacou o impacto negativo das elevadas taxas de juros, que colocam o Brasil como a segunda maior taxa real do mundo, superada apenas pela Rússia, mesmo sem estar envolvido em um conflito internacional.

“A gente vive uma guerra da Faria Lima contra o resto do país, contra a razoabilidade das políticas econômicas”, afirmou Belluzzo. Ele destacou que essa política monetária favorece de maneira desproporcional aqueles que já possuem grandes fortunas, agravando as desigualdades sociais e prejudicando o crescimento da economia real. Sua análise ecoa um sentimento crescente de insatisfação em diversos setores da sociedade, que criticam o Banco Central por atender principalmente aos interesses financeiros, ignorando as necessidades da maioria da população.

A economista Bianca Valoski, que também participou do debate, reforçou as críticas aos juros altos, alertando que essa política tem ampliado ainda mais a desigualdade de renda no país. “De 2005 a 2013, vimos um aumento real dos salários, mas de 2014 a 2021, houve uma reversão, e até hoje não conseguimos recuperar os patamares anteriores”, observou. Segundo Bianca, o aumento dos juros funciona como uma espécie de Robin Hood às avessas: “Estamos tirando dos pobres para dar aos ricos.”

Ao longo da entrevista, Belluzzo evocou o economista John Maynard Keynes para explicar o conceito de “formação de convenções” nas decisões econômicas. De acordo com ele, essas convenções, quando moldadas por interesses financeiros, bloqueiam o desenvolvimento de políticas mais justas e equilibradas. “Os conceitos são construídos pelas pessoas, e isso tem um peso significativo”, destacou, enfatizando a necessidade de revisar as bases teóricas que sustentam a atual política monetária do Brasil.

Morte de líder do Hezbollah acirra conflito e põe Israel em alerta

Em mais um episódio da escalada nas tensões no Líbano, ataque de Israel à cúpula do Hezbollah matou principal líder da organização.

A crise no Líbano escalou entre a noite de sexta-feira (27/9) e o início deste sábado (28/9). Um ataque massivo do Exército israelense atingiu uma base do Hezbollah em Beirute e matou os principais líderes da organização, entre eles o chefe do grupo, Hassan Nasrallah.

Após o episódio, a preocupação em torno de um acirramento da violência no Oriente Médio cresceu. Mesmo com a perda de seu principal nome, o Hezbollah prometeu continuar a guerra contra Israel “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano”.

Israel, por sua vez, não deu trégua. Após bombardear a base do grupo xiita, militares voltaram a lançar ataques aéreos na região de Dahieh, em Beirute. Segundo o Exército, a operação matou Hassan Khalil Yassin, que integrava o núcleo de inteligência do Hezbollah, diz o Metrópo9les.

Ainda neste sábado, sirenes de alerta soaram em Tel Aviv. O governo israelense informou que tratava-se de um míssil lançado do Iêmen, que foi interceptado.

Em uma mensagem divulgada pelo seu porta-voz, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres demonstrou preocupação com o acirramento do conflito. “O secretário-geral está profundamente preocupado com a dramática escalada dos acontecimentos em Beirute nas últimas 24 horas”, diz o comunicado.

“Este ciclo de violência deve parar agora, e todos os lados devem recuar do abismo. O povo do Líbano, o povo de Israel, assim como a região mais ampla, não podem se dar ao luxo de uma guerra total”, disse.

Israel afirma que ‘desmantelou’ comando do Hezbollah, mas vai continuar a atacar o Líbano

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que o país deve promover novos ataques no Líbano para atingir estruturas do Hezbollah mesmo em bairros super habitados

O Exército de Israel afirmou neste sábado (28) que “desmantelou” o grupo extremista Hezbollah, ao “eliminar” grande parte de seus comandantes em um ataque realizado em Beirute, no Líbano. O ataque que ocorreu neste sábado (28), além de Sayyed Hassan Nasrallah, que liderava o Hezbollah desde 1992 e teve sua morte confirmada pela organização na manhã de hoje, Israel declarou que também “eliminou” outros líderes importantes do grupo, embora ainda não tenha fornecido uma lista detalhada dos nomes ou cargos dos demais alvos atingidos na operação.

Este ataque, considerado um dos mais significativos contra o Hezbollah, intensifica ainda mais a tensão na região, já que o grupo tem sido um dos principais adversários de Israel, com o apoio do Irã e envolvimento em conflitos no Oriente Médio por décadas.

Veja a lista de mortes divulgadas por Israel:

  • Ibrahim Muhammad Qahbisi, chefe do Comando de Mísseis e Foguetes;
  • Ibrahim Aqil, chefe de Operações e comandante da Força Radwan;
  • Fuad Shukr, comandante militar de mais alta patente na organização e chefe da unidade estratégica da organização;
  • Ali Karki, comandante do Hezbollah da fronteira sul do Líbano, que faz divisa com Israel;
  • Wissam al-Tawil, comandante da Força Radwan.
  • Abu Hassan Samir, chefe da unidade de Treinamento da Foça Radwan;
  • Muhammad Hussein Srour, comandante do Comando Aerial;
  • Sami Taleb Abdullah, comandante da unidade Nasser;
  • Mohammed Nasser, comandante da unidade Aziz.

De acordo com o serviço de inteligência do Exército israelense, o Hezbollah tem ainda um outro líder do mais alto comando que está vivo, Abu Ali Rida, que é comandante da unidade Bader.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que o país deve promover novos ataques no Líbano para atingir estruturas do Hezbollah mesmo em bairros habitados.

Israel vem atacando o Líbano mais intensamente há uma semana, que já deixaram mais de 700 mortos e provocaram o mais êxodo do país desde a guerra de 2006, também entre Israel e Hezbollah.

O Exército de Israel informou que enviou duas brigadas para o norte de Israel e está acionando três batalhões da reserva para uma possível incursão terrestre no Líbano. Por enquanto, porém, essa incursão não foi confirmada.

Apesar das mortes e dos milhares de desabrigados, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse, neste sábado, que a guerra não é contra o povo libanês.

“Ele (Nasrallah) foi o assassino de milhares de israelenses e cidadãos estrangeiros. Ele era uma ameaça imediata às vidas de milhares de israelenses e outros cidadãos”, declarou o ministro. “Ao povo do Líbano, eu digo: Nossa guerra não é com vocês. É hora de mudar”.

Os conflitos no Oriente Médio começaram em 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas, da Faixa de Gaza, atacou uma festa rave em Israel e outros pontos do país, deixando mais de 1.200 mortos e sequestrando centenas de israelenses.

Israel passou a atacar a Faixa de Gaza na sequência, alegando que o alvo eram integrantes do Hamas. No entanto, os ataques que ocorrem desde então devastaram a região da e deixaram mais de 40 mil palestinos mortos, a grande maioria de civis.

Em apoio ao Hamas, o Hezbollah também começou a atacar Israel ainda no ano passado. O conflito entre o exército israelense e o grupo libanês permanece desde então, mas se intensificou na semana passada, após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque.

Milei leva metade da Argentina à pobreza

PIB em retração, explosão da pobreza, indigência e fome. Os resultados da política de extrema direita de Javier Milei.

O número de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza explodiu no primeiro semestre deste ano. A política neoliberal de austeridade do presidente Javier Milei levou 15,7 milhões de pessoas para o patamar abaixo da linha da pobreza. Os reflexos da política de extrema direita foram divulgados ontem (27) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país (Indec). O estudo, que abrange 31 aglomerados urbanos, aponta que mais da metade das pessoas (52,9%) estão em situação de pobreza. Isso significa também que 4,3 milhões de famílias, ou 42,5% delas, estão em situação de insegurança.

Javier Milei completou 10 meses de mandato. Agora, ele enfrenta os resultados de sua política. Uma Argentina assolada por uma grave crise econômica e social. O país sofre com altos índices de endividamento, câmbio desvalorizado, reservas internacionais escassas e uma inflação alarmante de 236%.

Durante os primeiros seis meses do governo Milei, 3,4 milhões de pessoas caíram na faixa da pobreza, um aumento de 11,2% em relação ao segundo semestre de 2023, quando 12,3 milhões de pessoas (41,7% da população) estavam nessa condição.

Milei e indigência
Para classificar quem está abaixo da linha da pobreza, o Indec calcula o rendimento das famílias e o acesso a necessidades básicas. Isso inclui alimentos, vestuário, transporte, educação e saúde. Além do aumento da pobreza, a pesquisa aponta que 5,4 milhões de pessoas (18,1% da população) estão em situação de indigência, ou seja, sem acesso a uma cesta de alimentos suficiente para suprir as necessidades diárias de energia e proteína. No segundo semestre de 2023, esse número era de 3,5 milhões (11,9%).

Quando se observam as famílias, 1,4 milhão delas foram consideradas indigentes (13,6%) no primeiro semestre deste ano, comparadas às 870 mil registradas no fim de 2023 (8,7%). A alta nos preços continua sendo um dos maiores desafios para os argentinos. No primeiro semestre, a inflação acumulada no país foi de 79,8%, gerando ceticismo nas ruas quanto à relação entre o índice geral e o custo da cesta de produtos consumidos pela população, especialmente a mais vulnerável.

Recessão e desemprego
O agravamento da crise social está ligado à recessão econômica. No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) argentino recuou 5,1%, seguido de uma queda de 1,7% no segundo trimestre. Esse cenário recessivo tem contribuído para o aumento do desemprego, especialmente no setor privado, que demitiu cerca de 177 mil funcionários entre novembro de 2023 e abril de 2024, segundo um relatório do Centro de Estudos de Política Econômica (Cepa).

Hezbollah confirma morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo

Líder do Hezbollah foi atingido por ataque com mísseis em Beirute na sexta-feira (27)

O Hezbollah do Líbano confirmou neste sábado (28) que o seu líder Sayyed Hassan Nasrallah foi morto e prometeu continuar a batalha contra Israel.

A morte ocorreu durante um ataque aéreo massivo de Israel no que disse ser a “sede central” do Hezbollah no sul de Beirute na sexta-feira (27).O grupo disse que Nasrallah foi morto após um “traiçoeiro ataque aéreo sionista nos subúrbios do sul”.

O chefe do exército de Israel, Herzi Halevi, disse que o ataque foi realizado “após um longo período de preparação” e “no momento certo, de forma muito contundente”. Halevi também alertou que este não era o fim da “caixa de ferramentas” de Israel e que há “mais ferramentas no futuro”.

As FDI continuaram a atacar edifícios de Beirute na sexta-feira, alegando que foram usados ​​pelo Hezbollah como centros de comando e locais de produção e armazenamento de armas. Pelo menos seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nos ataques de Israel em Beirute, disse o Ministério da Saúde libanês, acrescentando que a contagem de vítimas “não era definitiva”.

Nasrallah transformou o Hezbollah numa das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio. Filho de um dono de mercearia e de sua esposa, nasceu em Beirute, em agosto de 1960, ele passou o início da adolescência sob a sombra da guerra civil do Líbano, segundo a CNN.

Quando Israel invadiu o Líbano em 1982, em resposta aos ataques da Organização de Libertação da Palestina, Nasrallah reuniu um grupo de combatentes para resistir à ocupação – que evoluiria para o Hezbollah. O grupo já estava se recuperando depois que as explosões atingiram pagers e walkie-talkies de propriedade de membros do Hezbollah.

Resposta do Irã: O Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, enviou uma mensagem de segurança ao Hezbollah, dizendo que “todas as forças de resistência regionais” estão ao lado do grupo. Na sua primeira mensagem desde que os militares israelenses reivindicaram o assassinato de Nasrallah, Khamenei disse que Israel era “demasiado pequeno para causar danos significativos” ao grupo libanês. O destino da região, disse ele, “será determinado pelas forças de resistência, no topo das quais está um Hezbollah vitorioso”.

Israel continuou a atacar o Líbano neste sábado (28), com Beirute novamente como alvo. Os ataques aéreos israelenses atingiram vários locais no leste e no sul do Líbano, informou a Agência Nacional de Notícias Libanesa (NNA). As áreas atingidas incluem cidades de Baalbek, no leste, e Nabatiyeh, no sul, disse a NNA, acrescentando que um número não especificado de pessoas foi morta nos ataques.

Num comunicado na manhã deste sábado, os militares israelenses disseram que conduziram “ataques extensos” nas últimas duas horas na área de Beqaa e no sul do Líbano, alegando que tinham como alvo lançadores do Hezbollah, instalações de armazenamento de armas e locais de infraestrutura.

Marçal e a corrosão da democracia

Para atrair a atenção, ampliar as visualizações, os engajamentos e clicks nas plataformas digitais, vale tudo.

O candidato goiano à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, maneja como poucos aquilo que o cientista político Herbert A. Simon, Prêmio Nobel em 1978, chamava de economia da atenção. Para atrair a atenção, ampliar as visualizações, os engajamentos e clicks nas plataformas digitais, vale tudo: usar a violência verbal, mentir, enganar e prometer sucesso financeiro. Quanto maior o engajamento, maior o lucro de Pablo Marçal.

Fora das redes sociais, nos debates de televisão, ao desafiar Datena e receber uma cadeirada, ao ofender Ricardo Nunes e ser expulso com direito a cenas de pugilato, Marçal conseguiu o que queria: manter-se no centro das atenções. Suas bravatas nos debates e as lacrações em postagens na internet, ajudam o coach a se manter em evidência, garantindo um lugar no grupo de candidatos com chances de ir para o segundo turno na maior cidade do país.

Como sabemos, nas redes sociais não existem fronteiras geográficas ou sociais. Os seguidores pertencem a verdadeiras seitas ideológicas. Nesse universo distópico, onde as leis eleitorais não conseguem alcançar, fica fácil para os influenciadores terem sucesso em eleições para os mais diferentes cargos políticos da república. Por sua expertise no uso das redes sociais, Marçal não é hoje apenas uma ameaça a Bolsonaro, é uma ameaça concreta contra ao próprio Estado Democrático de Direito.

Marçal tem força própria junto ao eleitor de extrema direita, se comportando como um verdadeiro líder de sua seita, uma espécie de pastor de uma nova religião. Usa e abusa do nome de Deus para atrair seus seguidores e encorpar a horda de fanáticos que o incensam. Essa estratégia proporcionou autonomia ao coach, ao ponto de desprezar intermediações dos mercadores da fé, que se multiplicam nas mais diferentes igrejas do país.

Na terça-feira (24/9), a presidente do STF, condenou os repetidos episódios de violência na campanha eleitoral de São Paulo. Pediu rapidez nas punições e alertou que a Justiça eleitoral não deve, em hipótese nenhuma, tolerar casos de agressão. Disse a ministra Carmen Lúcia: “…estou encaminhando ofício à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e aos presidentes dos tribunais regionais eleitorais, para que deem celeridade, efetividade e prioridade às funções que exercem de investigação, acusação e julgamento de todos os que cometem atos contrários ao direito eleitoral e que sejam agressivos à cidadania, casos de violência da mais variada deformação, que se vem repetindo durante esse processo eleitoral.”

Não tenho muita fé de que a Justiça eleitoral será mais ágil nas punições aos candidatos transgressores em suas campanhas eleitorais nas redes sociais. Principalmente por falta de regulamentação e de uma legislação específica para a internet. Estamos perdendo muito tempo para conter o avanço da extrema-direita e seu projeto de destruição do país. Vide a impunidade daqueles que chegaram ao poder se utilizando de mentiras, discursos de ódio e que ao perder a eleição de 2022 planejaram e colocaram em andamento uma tentativa de golpe de estado que fracassou em 8 de janeiro de 2022. É necessária uma ação dura e imediata contra a instrumentalização dessas plataformas sociais como instrumento de destruição do ambiente social e democrático. Coisa que não aconteceu em 2018, e deu no que deu.

*Florestan Fernandes Jr/247