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Eduardo Bolsonaro “reduziu a tarifa de Trump contra o Brasil”, assim como Bolsonaro “acabou com a guerra entre Rússia e Ucrânia em 2022”

Então, quer dizer que Eduardo Bolsonaro, barrado na posse de Trump, fez ele baixar a tarifa para o Brasil? Que prestigio esse penetra barrado tem na Casa Branca!

Quem anunciou isso foi aquele deputado que matou duas pessoas atropeladas porque estava bêbado ao volante, chamado Gustavo Gayer.

Certamente, Gayer estava de porre quand, aos gritos, soltou essa pérola na Câmara de Deputados

Bolsonaro também anunciou que acabou com a guerra entre Rússia e Ucrânia quando esteve lá em 2022, provocando gargalhadas e chacotas no Brasil.

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Lula: “Brasil não bate continência para outra bandeira que não seja a verde e amarela”

Em evento para apresentar balanço dos primeiros dois anos de mandato, Lula cutucou Bolsonaro e respondeu Trump.

“O Brasil é um país que não tolera ameaça a democracia, que não abre mão da sua soberania e não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde e amarela. Que fala de igual para igual e respeita todos os países, dos mais pobres aos mais ricos, mas que exige reciprocidade no tratamento, defendemos o multilateralismo e o livre comércio e responderemos a qualquer tentativa de impor o protecionismo que não cabe hoje no mundo”, defendeu o Lula durante evento para apresentar as realizações dos primeiros anos de governo.

“Brasil não bate continência” é indireta a Bolsonaro
A fala de Lula também foi considerada uma alfinetada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que prestou continência a bandeira dos Estados Unidos durante um evento em 2019.

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“Diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa nos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros. Tendo como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada ontem pelo Congresso Nacional, e a diretrizes da Organização Mundial do Comércio,” disse Lula.

Reação do governo brasileiro
Impulsionado pela guerra tarifária, o Senado Federal aprovou nesta semana, um projeto de lei em regime de urgência que cria mecanismos para o governo brasileiro retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais aos produtos do Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE), Itamaraty, publicou uma nota oficial que repudia e apresenta dados sobre qual o cenário da parceria comercial entra o Brasil e os EUA nos últimos anos. TVTNews.

Veja a nota completa do Itamaraty
O governo brasileiro lamenta a decisão tomada pelo governo norte-americano no dia de hoje, 2 de abril, de impor tarifas adicionais no valor de 10% a todas as exportações brasileiras para aquele país. A nova medida, como as demais tarifas já impostas aos setores de aço, alumínio e automóveis, viola os compromissos dos EUA perante a Organização Mundial do Comércio e impactará todas as exportações brasileiras de bens para os EUA.

Segundo dados do governo norte-americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens. Somados bens e serviços, o superávit chegou a US$ 28,6 bilhões no ano passado. Trata-se do terceiro maior superávit comercial daquele país em todo o mundo.

Uma vez que os EUA registram recorrentes e expressivos superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos, totalizando US$ 410 bilhões, a imposição unilateral de tarifa linear adicional de 10% ao Brasil com a alegação da necessidade de se restabelecer o equilíbrio e a “reciprocidade comercial” não reflete a realidade.

Em defesa dos trabalhadores e das empresas brasileiros, à luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio, o governo do Brasil buscará, em consulta com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que se mantém aberto ao aprofundamento do diálogo estabelecido ao longo das últimas semanas com o governo norte-americano para reverter as medidas anunciadas e contrarrestar seus efeitos nocivos o quanto antes, o governo brasileiro avalia todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral, inclusive recurso à Organização Mundial do Comércio, em defesa dos legítimos interesses nacionais.

Nesse sentido, o governo brasileiro destaca a aprovação pelo Senado Federal do Projeto de Lei da Reciprocidade Econômica, já em apreciação pela Câmara dos Deputados.”

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Áudio: Em claro conluio com a mídia e o mercado, Ciro Nogueira, do Centrão, confessa sabotagem contra Lula

Senador disse que Tarcísio está eleito com apoio de Bolsonaro e que o Congresso já opera contra o governo.

Em evento fechado com investidores promovido pela Legend Investimentos nesta segunda-feira (31), no auditório do BTG, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) construiu uma narrativa de desgaste irreversível do governo Lula e antecipou o cenário de 2026 com uma certeza: “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”. A afirmação não foi isolada. Ao longo de quase duas horas de conversa, o ex-ministro da Casa Civil desenhou um roteiro que aponta para o enfraquecimento da base do governo e para a consolidação da direita como principal força política nacional nos próximos anos.

Congresso como contenção e fragilidade do governo
Logo na abertura da conversa, Ciro definiu o papel atual do Legislativo como uma contenção do governo: “Não vai haver rompimento institucional, mas o Congresso vai segurar. Vai ser a contenção até 2026”. Para ele, o governo Lula perdeu tração política e está velho. “O eleitor está pronto para migrar. Esse governo já deu o que tinha que dar”, afirmou. Segundo Ciro, o governo hoje se sustenta apenas no simbolismo de Lula, mas já não possui capacidade de mobilizar entusiasmo. “Tudo é ‘nova’ farmácia popular, ‘novo’ Minha Casa Minha Vida, mas ninguém diz que tem uma nova avó. É um governo velho.”

Ciro afirmou que Lula não será candidato à reeleição. “Ele não tem mais capacidade de dialogar com as pessoas”, disse, apontando o que considera uma perda de conexão do presidente com a base popular e com o sentimento de esperança que o caracterizou em eleições anteriores. “Até no Nordeste ele pode perder. O povo não vê mais esperança.”

O senador também fez comparações com o processo de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com ele, as condições para um afastamento de Lula não estariam dadas, mas o cenário de contenção já está em andamento. “O impeachment só foi possível porque ela tinha 7% [de aprovação]. Lula ainda tem 30. Seria traumático. Mas o Congresso está lá, funcionando como dique.”

Críticas econômicas e recepção da elite financeira
As críticas ao governo se estenderam à política econômica. O senador afirmou que o aumento nos preços de medicamentos atingirá em cheio a população idosa, único grupo onde Lula ainda mantém algum apoio. “Quem está acabando com o governo é a inflação”, disse. Para ele, qualquer tentativa de ajuste fiscal ou racionalização dos gastos é inviável com o PT no poder. Ciro afirmou que o país vive uma paralisia econômica e institucional, e que a resposta do Planalto tem sido recorrente e ineficaz: “O governo reage com aumento de gasto público e slogans reciclados”.

O auditório reuniu empresários, investidores e representantes do setor financeiro, público diretamente beneficiado pelo atual modelo de tributação. Uma das participantes expressou preocupação com uma eventual tributação mais progressiva: “aqui está todo mundo taxado acima dos 50 mil”, disse, em referência às propostas que miram faixas mais altas de renda. A frase evidenciou o temor da elite econômica com possíveis mudanças nas regras. Ao ser questionado, Ciro Nogueira evitou entrar no mérito da tributação dos mais ricos. Limitou-se a afirmar que é preciso “ver a questão da compensação”, sem indicar de onde sairiam os recursos para bancar a isenção na base.

O senador também ressaltou que a proposta do seu partido precisa ser “politicamente viável”, o que, no contexto da conversa, soou como um aceno à manutenção dos interesses dos setores representados na plateia. Ao longo da exposição, ficou claro que a principal preocupação dos presentes não era enfrentar as distorções do sistema tributário, mas sim proteger os benefícios acumulados por quem ganha mais. Ciro reforçou que os três itens da proposta não poderiam ser divulgados por enquanto e que o apoio do presidente da Câmara é essencial para avançar. O tom reservado reforçou a percepção de que o projeto busca evitar conflitos com setores privilegiados.

ciro nogueira e bolsonaro

Tarcísio como sucessor e a transferência de Bolsonaro
Na avaliação de Ciro, a direita está articulada e já possui sua estratégia definida para 2026. A candidatura de Tarcísio de Freitas, segundo ele, representa uma continuidade do bolsonarismo com maior capacidade de diálogo institucional. “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”, disse. Ele descartou qualquer possibilidade de terceira via e reforçou que a eleição será polarizada. “Vai ser o candidato do Lula contra o candidato do Bolsonaro. E se for o Tarcísio, a eleição já acabou.”

Ciro também deixou claro que o bolsonarismo não precisa mais da candidatura do próprio ex-presidente para vencer. O apoio de Bolsonaro, segundo ele, é suficiente para consolidar uma vitória no primeiro turno, especialmente se a oposição se mantiver unificada em torno de nomes mais palatáveis ao centro. “A força do Bolsonaro está na transferência. Ele aprendeu com os erros e vai fazer uma campanha diferente.”

Direita organizada e aposta no Congresso
Por fim, Ciro garantiu que a centro-direita já está pronta para assumir o protagonismo institucional e eleitoral do país. Caso Bolsonaro cumpra os compromissos assumidos com os partidos de centro, o senador prevê “a maior vitória da direita da história”. “Essa campanha já está estancarada. Estamos organizados. O governo vai até 2026, mas a mudança já começou no Congresso.”

A fala de Ciro foi recebida com atenção por investidores e agentes do mercado financeiro presentes no evento. Ao adotar um tom direto e sem rodeios, o senador se posiciona como um dos principais articuladores do novo bloco conservador que se desenha para o próximo ciclo eleitoral. A aposta é clara: usar o Congresso como freio do governo Lula e preparar o terreno para um reposicionamento completo do campo da direita em 2026.

*ICL

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Burrão, Bolsonaro foi abandonado até pela direita melancólica

As falas públicas de Bolsonaro, após a votação do STF, foram tão destrambelhadas, desastrosas e tóxicas contra o próprio, que obrigou até a direita cansada de buscar outra receita de sobrevivência bem longe do tapado.

Bolsonaro anunciou aos quatro cantos tudo o que antes declarava não saber da existência.

Suas mais recentes declarações sobre a minuta dão conta de que o próprio mandou imprimir e sua confissão de propor golpe de Estado ao comando das Forças Armadas, deu a Bolsonaro o título de golpista confesso.

Assim, ficou a famosa frase para a direita: se é ele que está se suicidando ao vivo em rede nacional, quem o salvará?

Muitos acham que isso é só o começo de uma hecatombe que o próprio criou contra si e que a coisa ainda vai piorar muito contra ele.

Seja como for, a lista de asneiras ditas, depois que se tornou réu, fez Bolsonaro um alagado afogado do próprio temporal que provocou.

O sonho da direita voltar ao poder com a toupeira, virou pesadelo.

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Por falar em 1º de abril, Bolsonaro mentiu 6.676 vezes durante seu governo

Pandemia, economia e eleições foram os principais alvos de mentiras do ex-presidente.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mentiu 6.676 vezes durante o seu governo, aponta um levantamento feito pela agência de checagem Aos Fatos. O número representa uma média de 4,58 mentiras por dia ao longo de seu mandato, que foi de janeiro de 2019 até dezembro de 2022.

Esse padrão de desinformação não se restringiu a um único tema, mas foi abrangente, afetando desde a gestão da pandemia de Covid-19 até a economia e as urnas eletrônicas. O negacionismo diante da pandemia foi um dos pilares dessa estratégia. Bolsonaro insistiu em minimizações sobre a gravidade do coronavírus, como quando se referiu à doença como uma “gripezinha”, ou ao defender medicamentos sem comprovação científica, como a hidroxicloroquina.

Das 6.676 declarações falsas, 2.511 foram relacionadas à pandemia, representando 37,61% das checagens enganosas realizadas. Durante a crise sanitária, o presidente não apenas desinformou sobre as medidas de distanciamento social, mas também questionou a eficácia das vacinas, desafiando a opinião científica e prejudicando a resposta nacional à saúde pública.

A economia, por sua vez, também foi alvo de manipulação. Ao longo de seu mandato, Bolsonaro fez 1.212 declarações falsas sobre o tema, especialmente em relação ao emprego e ao desempenho econômico durante a pandemia. Ele distorceu números para minimizar os efeitos negativos da crise e inflou as realizações do seu governo, como quando exagerou o endividamento da Petrobras nos governos anteriores. No ano eleitoral de 2022, o presidente também tentou apropriar-se de inovações como o sistema de pagamentos instantâneos Pix, que na verdade foi idealizado pelo Banco Central na gestão de Michel Temer (MDB), antes mesmo de Bolsonaro assumir a presidência.

Outro capítulo da desinformação foi a crise ambiental, que teve forte repercussão internacional devido ao aumento do desmatamento na Amazônia. Para minimizar a gravidade da situação, o presidente repetiu inverdades sobre a floresta, chegando a afirmar que ela não poderia pegar fogo por ser uma área úmida. Além disso, questionou as medições feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alegando que os satélites registravam até fogueiras de festas juninas como incêndios florestais.

O ataque à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro foi outro pilar fundamental da estratégia de desinformação de Bolsonaro. Ao longo do mandato, especialmente durante a campanha de 2018 e no período eleitoral de 2022, o presidente fez constantes ataques às urnas eletrônicas. Disse que o sistema não seria auditável, incitou teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e usou essas mentiras para contestar os resultados da eleição de 2022, gerando uma crise institucional que ainda reverbera no país. As declarações sobre a fraude nas urnas em 2018 e 2014, por exemplo, foram amplamente desmentidas, mas continuaram a ser repetidas durante todo o período eleitoral.

As mentiras de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral brasileiro foram amplamente citadas pela Polícia Federal no inquérito do golpe, que investiga uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder após perder as eleições de 2022. Segundo as investigações, os constantes ataques às urnas foram parte fundamental de uma trama para fragilizar a democracia brasileira e justificar o golpe. Com 247.

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Ao falar sobre sua trama golpista na Folha, Bolsonaro confessa que apertou, acendeu, mas não fumou

Que tal o próprio criminoso adicionar contra si umas coisinhas a mais na variedade de crimes da qual foi acusado pela PGR?

Pois foi isso que essa besta fez em entrevista concedida à Folha.

Tem gente que diz que Bolsonaro tem um parafuso a menos, pois eu acho que nem parafuso o animal tem. Foi montado na base do durepoxi. Isso se não tiver sido feito na farinha com saliva ou bosta.

Vai ser burro assim lá na casa do c…!

O sujeito diz que tentou impor Estado de sítio, ou seja, golpe de Estado com o comando das Forças Armadas.

E seguiu afirmando que “só chegou” até aí.

Ele não disse que só um comandante das tropas aceitou dar o golpe, como acusa a PGR

Dizem os linguarudos que os seus advogados infartaram na hora em que o estúpido confessou isso.

E exclamaram, está morto!

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Com Bolsonaro inapelavelmente condenado e preso, quem assume o comando da boiada? Os algoritmos de Musk, o Pneu, ou os ETs?

Com Bolsonaro na cadeia, junto com os bíblicos terroristas do 8 de Janeiro, quem vai fazer o aboio que conduzirá o gado patriota?

Na verdade, a pergunta é mais direta e objetiva.

Quem vai administrar o terremoto político do que sobrar da direita com a prisão de Bolsonaro?

É difícil até falar em número de cabeças de gado que estarão no pasto à espera do novo “mito”

Não dá para visualizar a paisagem de deserto que a prisão de Bolsonaro produzirá na direita brasileira.

Até porque Bolsonaro, mesmo preso, jamais compartilhará seu gado com outro boiadeiro, nem vai soprar o berrante para “aliado” e muito menos vai emprestar seu chifre de berrante para outro.

Carla Zambelli foi escanteada por Bolsonaro, mas Bolsonaro, não tenham dúvidas, será como carta fora do baralho, espinafrado por ex aliados.

Na verdade, o velório político de Bolsonaro dará um caldo de marketing para algum candidato a traíra da vez. Mas Bolsonaro será esquecido já na missa de 7º dia de sua morte política.

O fato concreto é que a direita sem Bolsonaro, não existe, seja a direita encabrestada pelo “mito” ou a tal terceira via da mídia / PSDB morta por inanição na última eleição.

Por isso, não resta dúvida de que Lula vencerá em 2026 por WO.

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Finalmente, Bolsonaro confessa que tentou impedir a posse de Lula

Ele chama de “alternativas” o que discutiu com os militares.

Estado de Sítio é o instrumento utilizado pelo Presidente da República para suspender temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos. Os Poderes Legislativo e Judiciário ficam submetidos ao Executivo, tendo em vista a defesa da ordem pública.

No Brasil, para decretar o Estado de Sítio, o Presidente da República, após o respaldo do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, solicita uma autorização ao Congresso para efetivar o decreto. Em que situações se aplica o Estado de Sítio?

Nas seguintes situações, diz o artigo 137 da Constituição:

I – Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II – Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Parágrafo único: o Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso decidir por maioria absoluta dos votos.

Estado de Defesa é o instrumento utilizado pelo Presidente da República para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

Diz o artigo 136 da Constituição:

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

§ 3º Na vigência do estado de defesa:

I – a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

[…]

III – a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;

[…]

§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso, que decidirá por maioria absoluta.

Em entrevista publicada hoje pela Folha de S. Paulo, Bolsonaro conta ter discutido com militares o que ele chama de “alternativas”, como estado de sítio e estado de defesa, logo após ter sido derrotado por Lula nas eleições de outubro de 2022. E justifica:

“Eu não esperava o resultado [das eleições]. (…) Se eu não vou recorrer à Justiça Eleitoral, onde ir? Eu conversei com as pessoas, dentro das quatro linhas, o que a gente pode fazer? Daí foi olhado lá, [estado de] sítio, [estado de] defesa, [artigo] 142, intervenção…”

O artigo 142 da Constituição diz que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

Segundo Bolsonaro, as conversas com militares foram “sem profundidade” e ficaram “no âmbito das palavras”. Mas por que ele discutiu “alternativas” com os militares? Alternativas a quê? À derrota que sofreu? À decisão da justiça de diplomar Lula? À posse de Lula?

Comoção quer dizer agitação, alvoroço, revolta popular. O quadro do Brasil à época não era de agitação, alvoroço ou revolta popular – a não ser nos acampamentos, à porta dos quarteis, onde bolsonaristas revoltados com a derrota clamavam por um golpe.

Portanto, só cabia a Bolsonaro completar seu mandato em 31 de dezembro e transferir a faixa presidencial para Lula. Mas para não o fazer, viajou aos Estados Unidos. E foi de lá que assistiu pela televisão ao golpe do 8 de janeiro de 2023.

É por isso que ele será condenado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e danos a prédios públicos. Só escapará da prisão se fugir.

*Blog do Noblat

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Política

Mirem-se no exemplo do trompetista do PT que tocou marcha fúnebre para Bolsonaro

A técnica mundial dos neofascistas, seguida a risca por Bolsonaro, é pautar a grande mídia, sobretudo nos momentos mais críticos.

Foi exatamente isso que Bolsonaro tentou, diga-se, sem sucesso, fazer depois de ver a votação unânime do STF que o tornou réu junto com sua rataria mais próxima.

Bolsonaro montou seu cercadinho para a mídia, assassinou a verdade, como sempre, para que seus absurdos ditos aos gritos ecoassem mais que a noticia de sua derrota por 5 a 0 no STF.

Só não esperava que o trompetista do PT roubaria a cena tocando, de maneira genial, a Marcha Fúnebre que secou a pimenteira de Bolsonaro na hora.

Mais que isso. O trompetista virou a grande notícia e ainda otimizou a notícia da derrota de Bolsonaro no STF.

Isso deixa uma lição de como lidar com Bolsonaro e seus ratos de estimação.

Não rebater e nem ecoar suas falas. Ignorá-las e insistir em denunciar suas falcatruas e derrotas, que ele quer esconder, quando apela para a escandalizção pra lhe servir de abrigo.

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Por que a Débora do batom abandonou os filhos por Bolsonaro?

Essa pergunta a mídia nunca fez

Débora do batom, aquela cabelereira formada em administração de empresas, viajou mais de 900 quilômetros para servir de bucha de canhão de Bolsonaro.

Se a única coisa que Débora fez de errado foi pichar a estátua com batom, fica ainda mais complicado explicar por que uma mãe abandona os filhos a 900 quilômetros por isso.

Ou é maluca ou totalmente irresponsável.

A reação da mídia, via Bolsonaro e Fux contra Moraes, beira àquelas manadas compartilhadas por idiotas.

Detalhe: o PL de Bolsonaro já está anunciando a “cabelereira” candidata a deputada federal em 2026.

Com batom, com Fux,, com a mídia, com tudo. Fato é que a emenda de Débora chorando pelos filhos que abandonou por Bolsonaro, ficou imensamente pior que o soneto.