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Vídeo: Quando a verdade vem da GloboNews

Bolsonaro espalhou nas redes que foi ele quem liberou os brasileiros em Gaza. O Idiota fez o mesmo na guerra entre Rússia e Ucrânia, quando afirmou em sua ida à Rússia, que ele tinha parado a guerra.
Pois bem, ninguém deu confiança, somente o gado premiado. Levou fumo na eleição porque acredita em suas mentiras.

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Mauro Cid diz em delação que Michelle e Eduardo incitavam Bolsonaro a dar golpe

O tenente-coronel Mauro Cid narrou em sua delação premiada que a ex-primeira dama Michelle e um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava o então presidente da República Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado e não aceitar a derrota nas eleições do ano passado. As informações são do jornalista Aguirre Talento, colunista do portal UOL.

De acordo com o relato de Cid, esse grupo costumava dizer que Bolsonaro tinha apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para uma tentativa de golpe.

O tenente-coronel ainda afirmou aos investigadores que Jair Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas acampados em unidades militares pelo país porque acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, o que serviria para anular o resultado da eleição. Cid diz à PF que nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.

Ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Cid era testemunha direta de conversas de Bolsonaro com aliados e relatou à PF a atuação de cada um deles após a derrota na eleição. Ele havia sido preso em maio, mas foi solto em setembro após assinar o acordo de delação com a Polícia Federal.

As informações do depoimento de Cid foram confirmadas ao UOL por três fontes que acompanham o assunto. O material da delação premiada atualmente está sob análise da equipe do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, na PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em entrevistas recentes, Carlos Frederico afirmou que Cid não apresentou provas de corroboração dos seus relatos. No depoimento sobre as tratativas golpistas, Cid cita nomes dos personagens envolvidos, locais e circunstâncias das reuniões mantidas para debater o assunto. Questionado pelo UOL sobre os caminhos para corroborar o relato, Carlos Frederico afirmou: “Estamos buscando provas de acordo com o contexto narrado”.

O plano de golpe só não foi adiante, de acordo com o tenente-coronel, porque não houve concordância dos comandantes militares. O UOL revelou em setembro que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta golpista apresentada pelo seu assessor Filipe Martins com os chefes das três Forças Armadas, mas apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou apoio. Os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra a iniciativa golpista.

Grupo radical

O tenente-coronel Mauro Cid traçou aos investigadores um panorama sobre as articulações realizadas por Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições.

  • Cid relatou que um grupo moderado composto pela ala política do governo tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas. Um dos integrantes desse grupo era o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.
  • Bolsonaro resistiu a adotar esse posicionamento porque esperava obter provas de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ou convencer os comandantes militares a embarcar em uma tentativa golpista.
  • O então presidente da República escalou auxiliares para se dedicar a descobrir vulnerabilidades no processo eleitoral. De acordo com Mauro Cid, Bolsonaro também pressionou os militares a fazer um relatório apontando essas suspeitas de fraudes.
  • Esse relatório foi divulgado no início de novembro pelo Ministério da Defesa, mas não apontava nenhum indício concreto de irregularidades nas urnas.
  • Em seu depoimento, Mauro Cid também contou que um grupo radical incitava o então presidente da República a não aceitar o resultado das eleições e tentar dar um golpe. O tenente-coronel citou que a então primeira-dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte desse grupo, além de outros aliados.
Outro lado

Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de “absurdas” e disse que não são amparadas em elementos de prova.

“As afirmações feitas por supostas fontes são absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova. Causa, a um só tempo, espécie e preocupação à defesa do ex-presidente Bolsonaro que tais falas surjam nestes termos e contrariem frontalmente as recentíssimas — ditas e reditas —, declarações do subprocurador da República, dr. Carlos Frederico, indicando que as declarações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, a título de colaboração premiada, não apontavam qualquer elemento que pudesse implicar o ex-presidente nos fatos em apuração”, afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno.

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Opinião

O absurdo que foi a participação do embaixador de Israel na reunião de parlamentares no Congresso

A história dos sionistas é repleta de absurdos. Isso porque o sionismo existe há pouco mais de 126 anos, o que, para a história, em circunstâncias normais, esse tempo é menos que um sopro, mas o processo de absurdos que ocorreram nesse mais de um século, impressiona pela produção de crimes que não se restringe apenas à região que eles invadiram, à bala e à bomba, para criar um Estado artificial, massacrando uma população real que ali vivia.

Agora mesmo, o embaixador de Israel no Brasil, deu uma palinha de arrogância tirana dos sionistas, participando de uma reunião no Congresso, ao lado de um intruso como Bolsonaro, que nada é além de inelegível e com uma ficha corrida de dar inveja a qualquer criminoso planetário da história da humanidade.

Para piorar, a expansão de seus crimes, o sujeito ainda colocou três filhos para mamar nas tetas do Estado que, assim como o pai, nunca trabalharam e, assim, herdaram o esquema de formação de quadrilha e peculato, possivelmente, mais aprimorado que o varão da família.

Mas o que se destaca aqui, é que a especialidade dos sionistas é a sabotagem para conseguir, através de uma turma especializada em ameaças, chantagens e até açoites, quando não utilizam o próprio exército para esmagar populações, é esse comportamento de caráter fascista.

Imagina o embaixador brasileiro em Israel participando de reuniões políticas sobre assuntos internos de daquele Estado, jamais isso aconteceria na babilônia sionista. Mas, certamente, ele não vê qualquer problema em fazer isso no país alheio.

Isso traz uma interpretação curiosa, se o embaixador de Israel anda a tiracolo com Bolsonaro, fazendo toda essa lambança diplomática, é porque ele sentiu, e não foi pouco, do repúdio mundial pelo genocídio promovido pelos sionistas em Gaza.

Isso, de alguma forma, abre uma porta de esperança de, no mínimo, reduzir a importância de Israel ao seu real tamanho moral e, com isso, o mundo respirar um ar menos tóxico.

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Opinião

Netanyahu é rejeitado por 80% dos israelenses, mas no Brasil, a tia do zap virou sionista e ama Bibi

Não demora, veremos esses mesmos bolsonaristas de sempre berrando nos quatro cantos das redes sociais, que os israelenses são comunistas, porque querem ver pelas costas um dos ídolos do genocida brasileiro.

Não estamos assistindo ao replay da satanização da vacina agora, num ataque à vacinação infantil? Pois é, a tia do zap que virou sionista, por osmose, e é contra a vacina das crianças, já já receberá a mensagem, sem discutir, que 80% dos israelenses são, na verdade, cubanos e venezuelanos e, por isso, não gostam do herói Netanyahu.

Tudo isso é deprimente, mas a matéria cósmica da lenda bolsonarista gruda como chiclete nos intermúndios do bolsonarismo. Se amanhã o mesmo Bolsonaro mandar os bolsonaristas comerem bife de carne humana, corra deles, porque você pode ser o próximo jantar da ameba.

Todos já perceberam que eles estão torcendo contra a reforma tributária e a volta dos brasileiros presos em Gaza, ou seja, contra o fim dos impostos da cesta básica e de outros produtos, porque assim Bolsonaro quer, chamando a reforma de comunista, assim como mexe os pauzinhos para, através do embaixador de Israel no Brasil, deixar os brasileiros em Gaza para, quem sabe, morrerem num bombardeio sistema.

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Opinião

Com Bolsonaro e Braga Netto inelegíveis, sobrou somente o pneu para os bolsonaristas

Não dá para mensurar quem é bolsonarista e quem apenas votou em Bolsonaro. Nessas duas figuras, há uma grande diferença correspondente à totalidade de votos de Bolsonaro em 2022, quando seu “governo” chegou ao fim e, junto, a própria carreira política.

A proporção entre o bolsonarismo e os últimos eleitores de Bolsonaro, é confusa, porque, como se sabe, milhões deles foram içados por uma campanha rebaixada ao última grau de vigarice. Nunca se gastou tanto dos cofres públicos para se comprar votos numa reeleição como o que ocorreu com Bolsonaro. Porém, o incompetente, ainda assim perdeu para Lula.

Seja como for, o gado está totalmente órfão, pois o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que, tanto Bolsonaro quanto Braga Netto, pela inelegibilidade dos dois, deixando o mundo da terra plana num mato sem cachorro, sem poder apelar sequer para a antiguidade como, por exemplo, Collor, aonde verdadeiramente nasceu o bolsonarismo, porque este também foi condenado e, assim como Bolsonaro, sua carreira política foi para o brejo.

Como a direita “refinada” não tem qualquer nome para ao menos enganar o estômago, menos ainda os diversos candidatos citados pela extrema direita, têm  qualquer futuro numa disputa eleitoral para a presidência, sobrou mesmo o pneu como o último mito do pacote, pois o gado já o reverenciou.

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Justiça

Vídeo: Moraes sobre Bolsonaro e Veio da Havan: “cena patética” e “verde periquito”

Ministro não poupou adjetivos negativos ao votar no TSE pela segunda condenação de inelegibilidade do ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes, na retomada do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (31) da ação que acusa Jair Bolsonaro de abuso de poder político e econômico através do uso eleitoral das celebrações do Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 2022, impôs humilhação ao ex-presidente e o empresário bolsonarista Luciano Hang, conhecido como “Véio da Havan”. A Corte já formou maioria para condenar Bolsonaro à inelegibilidade pela segunda vez.

Em seu voto, Moraes relembrou que Bolsonaro priorizou, no evento de celebração da Independência, seu amigo dono das Lojas Havan, em detrimento do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que estava no Brasil. Segundo o ministro, a cena foi “patética”, com Luciano Hang vestindo um terno “verde-periquito”.

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Opinião

Nem os bolsonaristas entendem por que Bolsonaro e seus filhos ainda não foram presos

Qual crime Bolsonaro não praticou? Fixem aqui nos comentários algo considerado crime no Brasil que Bolsonaro e seus filhos não tenham cometido.

A pergunta é, como e por que a justiça dobra os joelhos diante dos crimes de Bolsonaro?

Com isso, a arrogância de Bolsonaro e dos bolsonaristas só aumenta. Não demora, o chefe honorário da milícia nacional permanecerá como um bandido romanceado pelas páginas dos jornalões, com direito a selo comemorativo por seus crimes históricos.

Judiciário não é diretório político. Páginas e mais páginas de relatos de crimes de toda monta pesam sobre as costas de Bolsonaro, de forma tão evidente e clara que nem os bolsonaristas têm coragem de negar.

E o que faz a horda fascista? Associa-se ao crime, vai para o coliseu vibrar com o genocídio por covid, promovido por esse monstro, mesmo perdendo amigos, vizinhos e até parentes.

A prisão de Bolsonaro virou uma novela, uma espécie de redenção, mesmo que ele, politicamente, esteja totalmente falido, há um rescaldo, e não é pequeno, de fascismo nas estruturas do Estado, deixado como fio entre os que ainda, de alguma forma, permanecem no poder e o próprio Bolsonaro, a começar pelo sabotador geral da República, Campos Neto, que mantém as taxas de juros vampíricas, que interessam aos agiotas, que sugam o sangue do trabalhador brasileiro com o aplauso da velha rivalidade da grande mídia contra o povo.

Sim, Campos Neto é uma parede bolsonarista para conservar o que os golpistas conquistaram.

Por isso, a mídia, principal porta-voz dos golpistas, foge do assunto dos juros extorsivos para que o coronelismo rentista vigore como uma espada permanente que o povo tem sobre sua cabeça.

Não são imprevistas as dificuldades que o governo tem para estabelecer uma nova ordem econômica no país, mas, sinceramente, duvido que alguém, em sã consciência, imaginaria que o presidente do Banco Central engasgaria de propósito no desenvolvimento brasileiro como se fosse a autoridade máxima do país, esta, hoje, ainda guiada pela visão de Paulo Guedes e Bolsonaro.

O fato é que o genocida segue livre e feliz, mesmo com tantas formas de derrota política que acumulou, porque a palavra mágica, condenado, que moveria as pedras tectônicas da economia brasileira, sofre um apodrecimento dentro do judiciário, ainda cheio de salamaleques, para punir um criminoso cristalizado pelos fatos e provas.

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Investigação

Diretor da Abin de Bolsonaro barrou demissão de servidores acusados de espionagem

Interferência provocou atraso. Quando era diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL do Rio de Janeiro, barrou, em setembro de 2021, a demissão de dois servidores da agência, oficiais de inteligência, que acabaram exonerados na última sexta (20), após serem presos pela Polícia Federal na operação Última Milha.

A PF investiga o uso indevido, por parte de servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis para espionar integrantes do Judiciário entre 2019 e 2021. Reportagem de Juliana Dal Piva e Eduardo Militão teve acesso exclusivo aos documentos do procedimento administrativo e verificou que, em 23 de abril de 2021, a corregedoria-geral do órgão reconheceu a culpa dos servidores e acompanhou a recomendação do relatório final que pedia a demissão dos dois. Existe a suspeita de chantagem da parte dos servidores, diz o Uol.

 

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Investigação

Em delação, Cid diz que Bolsonaro ordenou fraudes em certificados de vacina

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, afirmou em seu acordo de delação premiada que partiu do então presidente Jair Bolsonaro a ordem para confeccionar certificados falsos de vacinas da covid-19.

Em um dos depoimentos prestados por Cid à Polícia Federal, como parte de seu acordo de colaboração, o tenente-coronel admitiu sua participação na realização de fraudes nos certificados de vacina inseridos no sistema do Ministério de Saúde e também vinculou Jair Bolsonaro diretamente ao esquema. A informação foi confirmada ao UOL por três fontes que acompanharam as negociações do acordo.

Procurado, o advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten negou a acusação: “Eu garanto que o presidente nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele. Até porque o mundo inteiro conhece a posição dele sobre as vacinas, e o visto dele, como presidente da República, não necessitava de comprovante de vacina. A filha menor de idade também não tinha necessidade, razão pela qual não fez qualquer pedido ao tenente-coronel Mauro Cid sobre os certificados”, afirmou.

O relato de Cid contraria a versão que o ex-presidente apresentou à Polícia Federal. Em maio, Bolsonaro declarou que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.

A investigação sobre os certificados falsos de vacina é uma das mais avançadas na Polícia Federal envolvendo o ex-presidente da República. A apuração teve início com a descoberta de diálogos no telefone celular de Mauro Cid que mostravam como o tenente-coronel acionou diversos contatos para solicitar a inserção dos dados falsos de vacina. O objetivo da manobra seria burlar as exigências de comprovação da vacinação para entrada em países estrangeiros.

Com base nessas informações, a PF deflagrou em maio a Operação Venire, cumprindo a prisão preventiva de Mauro Cid e outros alvos. O ex-ajudante de ordens só foi solto em setembro, depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologou seu acordo de delação premiada.

Certificado falso entregue em mãos
A PF já havia obtido provas suficientes sobre o esquema de fraudes nos comprovantes de vacinação da covid-19, mas ainda buscava identificar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos fatos. Quando a operação foi deflagrada, o ex-mandatário e seus aliados passaram a afirmar que ele desconhecia o esquema. Em seu depoimento à PF, Bolsonaro também disse que nunca orientou as fraudes nos certificados. Mauro Cid, entretanto, desmentiu Bolsonaro, em seu acordo de delação premiada.

Cid disse à Polícia Federal que recebeu de Bolsonaro ordens para confeccionar falsos comprovantes de vacinação da covid-19 em nome do então presidente da República e da sua filha mais nova, Laura, que é menor de idade.

Em seu depoimento, o tenente-coronel relatou que providenciou os documentos falsos por meio de aliados. Cid afirma, então, que imprimiu os comprovantes falsos em nome de Jair Bolsonaro e de sua filha Laura e entregou os documentos em mãos ao então presidente da República, para que usasse caso achasse conveniente.

Cid também confirmou à PF os fatos já identificados anteriormente pela investigação. Os dados falsos de vacina de Bolsonaro e Laura foram inseridos por funcionários da Prefeitura de Duque de Caxias no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022. Foram lançadas falsamente, em nome deles, duas doses da vacina Pfizer, por meio da inserção de dados realizada às 18h59 e 19h daquele mesmo dia.

De acordo com as informações do inquérito da PF, Mauro Cid emitiu certificados de vacinação para Bolsonaro e sua filha no dia seguinte, 22 de dezembro de 2022, às 8h. A PF investiga se foram esses certificados que Cid imprimiu para entregar em mãos a Bolsonaro, como ele disse em seu depoimento.

Bolsonaro viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, para não passar a faixa presidencial para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os EUA exigiam, para entrada no país, comprovante de vacinação ou a realização de teste negativo de covid-19. A hipótese da investigação é que os certificados foram gerados para que Bolsonaro e sua filha não tivessem problemas na entrada ou saída dos EUA.

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Mundo

É difícil ser tão ruim quanto Bolsonaro, mas Milei tem tentado

Quem quiser o título deve ser comparável a catástrofes naturais e pragas bíblicas.

A Argentina vai às urnas neste domingo eleger seu novo presidente. O primeiro colocado nas pesquisas é Javier Milei, por vezes chamado de “Bolsonaro argentino”. O clã Bolsonaro, de fato, apoia Milei com entusiasmo.

É preciso tomar cuidado ao dizer que alguém é o Bolsonaro de outro país. Muito pouca coisa no mundo é tão ruim quanto Jair Bolsonaro.

Graças a Bolsonaro, durante alguns meses de 2021 o Brasil teve um terço das mortes por Covid-19 no mundo, mais de dez vezes nossa proporção da população mundial (2,8%). Segundo cálculos do epidemiologista Pedro Hallal, a recusa de ofertas de vacinas pelo governo Bolsonaro causou, só entre janeiro e junho de 2021, 95 mil mortes.

Bolsonaro também desmontou os mecanismos de combate à corrupção no Brasil e permitiu que os congressistas apresentassem emendas secretas ao Orçamento (por isso não sofreu impeachment). Realizou pelo menos duas tentativas de golpe de Estado. A primeira, em 7 de setembro de 2021, quando declarou que não obedeceria mais ao Supremo Tribunal Federal. E outra logo depois de sua derrota ano passado.

Na semana passada, uma Comissão Parlamentar de Inquérito apontou o ex-presidente como mentor intelectual da destruição da praça dos Três Poderes em 8 de janeiro, ápice de uma onda golpista que se seguiu ao resultado das eleições. Um terrorista que havia ocupado cargo no governo Bolsonaro tentou explodir o aeroporto de Brasília na véspera de Natal de 2022.

Ou seja, não basta ser conservador, populista, nem mesmo a versão radical de qualquer uma dessas coisas, para ser “o Bolsonaro” de seu país. Quem quiser o título deve ser comparável, não a outros estadistas, mas a catástrofes naturais e pragas bíblicas.

Embora já tenha mentido sobre o número de desaparecidos durante a ditadura, o currículo de Milei como fascista é bem mais modesto que o de Bolsonaro, um ex-militar que já tinha tentado explodir o próprio quartel. O déficit de fascismo de Milei é só parcialmente coberto por sua candidata a vice, Victoria Villarruel, que tem vínculos históricos com os militares presos por crimes da ditadura argentina e chegou a visitar o ex-ditador Jorge Videla.

Mas o programa econômico de Milei é consideravelmente pior do que o de Bolsonaro. Jair sempre admitiu que era completamente ignorante sobre o assunto. O candidato argentino parece estacionado naquele pico de estupidez em que o indivíduo sabe o suficiente para ter convicções fortes, mas não o suficiente para deixar de ser burro: defende extinguir o Banco Central, dolarizar a economia e eliminar órgãos públicos cujo funcionamento, obviamente, não compreende.

*Celso Rocha de Barros/Folha