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Opinião

Esse aí

É Carlos Fernando dos Santos Lima, uma espécie de rei das ratazanas da Lava Jato.

Ele sempre foi apontado por nós como o Barão da república de Curitiba, ou seja, absolutamente soberano sobre a pilha de mutreteiros criminosos que compunham o mega teatro, espalhado pela grande mídia, chamado Força-tarefa da Lava Jato.

Carlos Fernando Boquinha é um tosco etiquetado e emoldurado como um fidalgo que produziu um enorme guarda-sol para hospedar os crimes do próprio Moro. Era o homem do protocolo e a figura mais exótica para transformar a Lava Jato em algo beatificado.

Pois bem, foi exatamente isso que também disse Tony Garcia, que Carlos Fernando e não o bobo da corte, Dallagnol, que sempre se colocou como um idiota reluzente, é quem mexia as peças do tabuleiro macabro da Lava Jato.

Nas declarações de Tony Garcia, Carlos Fernando Boquinha, assim como Januário Paludo é que traçavam as estratégias criminosas dos negócios espúrios da Lava Jato, como grampear Deus e todo mundo, tendo no Boquinha, por ser macaco velho para lidar com cumbucas, a figura do leão da fábula.

Esse sujeito é quem desfrutava a última resposta ensaiada entre os lavajateiros e os jornalistas nas coletivas após as operações, quando vinha a clássica pergunta relembrada à exaustão, “E Lula, está sendo investigado?”, e a resposta de Boquinha era sempre o mesmo rebosteio, “não investigamos rostos ou pessoas, investigamos fatos, e estes nos levam às pessoas”.

Boquinha, assim destilava veneno pelos olhos na sua habilidade política, mas deixava um certo mistério transparecer que ele era a própria caricatura da constituição da república de Curitiba, deixando assim escapar as unhas de onça que não apareciam claramente na mídia.

Agora, é esperar os novos passos de um processo que está sendo desossado pelo STF, via Toffoli, em que, de A a Z, não há um único lugar limpo nessa república de ratazanas curitibanas.

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Justiça

TCU aponta que Escritório de Carlos Fernando, ex-Lava Jato, recebeu indevidamente R$ 28 milhões da Eletrobras

Eletrobras gastou, com escritórios de compliance, valor 10 vezes superior aos desvios de corrupção Eletrobras gastou, com escritórios de compliance, valor 10 vezes superior aos desvios de corrupção.

O escritório de advocacia W Faria, que ostenta em seu quadro de funcionários o ex-procurador da Lava Jato em Curitiba, Carlos Fernando do Santos Lima, o Boquinha, recebeu indevidamente 28 milhões de reais da Eletrobras, segundo relatório do Tribunal de Contas da União.

O TCU fez o apontamento no âmbito de uma auditoria que investigou “indícios de irregularidades” na contratação do escritório de advocacia Hogan Lovells pela Eletrobras, em meados de 2015.

A Hogan Lovells realizou na Eletrobras “investigações internas de atos e fatos apontados na Lava Jato”, justamente a operação onde Carlos Fernando atuou até setembro de 2018, quando pediu exoneração do Ministério Público Federal para penetrar no universo do compliance empresarial.

A banca de Carlos Fernando, um dos procuradores mais influentes Lava Jato em Curitiba, foi subcontratada pela Hogan Lovells e recebeu 28 milhões de reais pelos serviços terceirizados. A inspeção do TCU considerou o valor 100% superfaturado. O documento ainda será julgado pelos ministros.

O TCU decidiu investigar a relação da Eletrobras com a Hogan Lovells após reportagem da revista Veja indicar que os gastos com compliance ultrapassariam os valores perdidos em esquemas de corrupção.

O INÍCIO DO JULGAMENTO

Durante o início do julgamento no TCU, na última quarta-feira, 15, o ministro Bruno Dantas se disse “escandalizado” com os valores apurados: a Hogan Lovells recebeu cerca de 340 milhões de reais “para verificar, em abstrato, um possível dano” de 32 milhões de reais à Eletrobras.

Ou seja, a Eletrobras gastou, com escritórios de compliance, valor 10,6 vezes superior aos supostos desvios de corrupção.

“Eu me escandalizei”, disse o ministro Bruno Dantas. “Não, ela [Eletrobras] não foi lesada em 32 milhões de reais. Ela foi lesada em 372 milhões [de reais], porque 340 [milhões de reais] ela foi lesada pela Hogan Lovells, e 32 milhões [de reais], pelas empresas que desfalcaram os cofres da estatal.”

Segundo Dantas, somente a terceirização dos serviços teria custado 263 milhões de reais à Eletrobras.

O SOBREPREÇO NO CONTRATO

Assinado em 2015, o contrato entre Eletrobras e Hogan Lovells, um escritório “especializado em investigação corporativa”, previa “investigação independente para avaliar existência de práticas de corrupção e/ou fraudes contábeis” que pudessem ferir as leis anticorrupção brasileira e estadunidense (FCPA).

O contrato original era da ordem de 195 milhões de reais, mas uma série de aditivos – a reboque de vazamentos seletivos da Lava Jato – majoraram a proposta inicial, que terminou em 340 milhões de reais. A auditoria do TCU levantou a hipótese de o contrato ter escopo inadequado, já que a Eletrobras desembolsou mais com compliance do que perdeu com corrupção.

O sobrepreço na contratação da Hogan Lovells implicou no superfaturamento – pagamento acima do previsto originalmente – na subcontratação de escritórios brasileiros. Entre eles, a banca W Faria, que recebeu 28 milhões de reais, e o Pinheiro Neto Advogados, que recebeu 24 milhões de reais.

A BANCA DE CARLOS FERNANDO

Segundo o TCU, o “superfaturamento” no contrato com a Hogan Lovells foi de 229,8 milhões de reais. O órgão de controle considerou válidos “os pagamentos para os quais foram apresentados o Demonstrativo Analítico das Atividades (DAA).”

Do total “superfaturado”, 28 milhões de reais dizem respeito à W Faria, a banca que empregou Carlos Fernando. Os pagamentos analisados, segundo dados do TCU, foram liquidados em 2016, época em que Carlos Fernando ainda era procurador na Lava Jato.

O julgamento no TCU foi suspenso por pedido de vistas, de acordo com o portal Migalhas. A reportagem procurou a W Faria, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto.

*Com GGN

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Carlos Fernando Boquinha, o pato que posou de gavião

Carlos Fernando dos Santos Lima, e não Dallagnol, sempre foi o cabeça das operações do MPF do Paraná em todas as tacadas de Moro.

Boquinha era o braço direito do proprietário da Lava Jato.

Antes, porém, foi o principal homem de Moro no caso escabroso do Banestado.

Pois bem, num corisco de segundos, após Moro e, em seguida, Dallagnol anunciarem suas candidaturas para qualquer coisa em 2022, sai na mídia íntima de Carlos Fernando, que ele também será candidato a uma vaga no legislativo.

Como se sabe, onça não late, isso é coisa de cão de guarda como Dallagnol.

Carlos Fernando não era chegado a holofotes, usava estrategicamente a mídia, sobretudo as coletivas após os espetáculos policialescos para dizer com os olhos o que a boca não dizia, que estava arquitetando a prisão de Lula sem provas de crime.

Explicava sempre a um repórter de prontidão que perguntava sobre uma possível investigação contra Lula, e ele sempre repetia o ramerrão, de que não investigava pessoas, mas os fatos e os tais fatos levavam às pessoas.

Lógico que ele dava na pinta que era um pato que posava de gavião.

Sentado sempre no meio da mesa da coletiva, o procurador não enganava ninguém quando proferia sua maçaroca conceitual.

Lula era o seu alvo principal, pois era o grande troféu de Moro. Daí que a falsa harmonia entre o que dizia e o que fazia ficava evidente.

Boquinha seguia passos cadenciados em busca de uma fantasia que não fizesse Moro gaguejar na hora de explicar a prisão de Lula, sem provas de crime, mas não conseguiu. Moro teve que partir para o superlativo, arreganhando a incompetência do gavião-pato.

Carlos Fernando Boquinha, sempre foi o contrarregra de Moro. Quem comeu milho grosso foi ele. Ele era o presidente do júri.

Carlos Fernando é quem estava com Moro no dia do depoimento de Lula e afinou feio quando viu o ex-presidente engolindo Moro com casca e tudo. Sua boquinha ficou ainda mais minúscula.

A baioneta reservada pra Lula que ele havia prometido para os filhos de Januário, como revelou a Vaza Jato, nem mascou, pipocou ou falhou. Ele simplesmente não se fez presente, escondeu-se debaixo da mesa junto com seu bacamarte.

É possível que ele tenha se tocado que o realejo da justiça curitibana ia prender o cara errado que viraria o grande pesadelo pra Moro e sua turma, como virou.

Primeiro que o grande temor de todos da Lava Jato se deu em tamanho e intensidade muito maior, Moro virou pó e não sobrou nem um cadico de viço daquele juiz sonso que foi rapidamente abatido por Lula.

Imagino que ali, de frente pra Lula, Carlos Fernando viu como aquela gleba de provincianos era uma monte de nada perto da força política de Lula no mundo, e que ele trazia no seu olhar, nos gestos e, sobretudo, na fala, faltando só Moro chamá-lo de Meritíssimo.

Foi nesse momento certamente que Carlos Fernando sacou que ele, diante de Lula, era um mero pato que até ali tinha bancado o gavião.

Quando Lula foi preso, Boquinha, sentindo-se seguro, empinou o nariz e bateu asas para o setor privado para vender a nova xaropada moralistoide do capitalismo, a tal compliance.

Moro, Dallagnol e Carlos Fernando, entre outras porcarias da República de Curitiba, no começo de tudo, quando arquitetaram a tomada de poder pela Lava Jato, através das eleições, apostaram que suas candidaturas causariam estupor, mas causaram vômito.

 

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Cotidiano

Perto dos crimes cometidos por Moro e Dallagnol, procurador demitido do MP, é trombadinha

Em bom português, o que é um peido numa cueca toda cagada?

Quem é o procurador Diogo Castor na fila do pão da república de Curitiba?

Se pegássemos a trinca de picaretas que comandou essa farsa grotesca, carente de inspiração, formada por Moro, Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima, veríamos que, quando eles viviam num paraíso midiático absoluto e que tudo parecia uma perfeita unidade de um plano para derrubar a República, como garganteou Dallagnol, poderíamos afirmar que, cinicamente, o apetite do CNMP é de alguém que fez cirurgia bariátrica e, diante de um banquete de picaretagens da Lava Jato, preferiu ingerir um caroço de mostarda.

Ora, o crime cometido por Castor foi o de ter contratado um outdoor com elogio à Lava Jato. O que é isso perto da premiação que Moro recebeu das Organizações Globo com todos os holofotes do “Faz Diferença” quando a caça a Lula estava apenas em estágio embrionário?

A ideia da escolha da Globo por um futuro herói era parte de um gigantesco outdoor que não só Moro, mas Dallagnol e Carlos Fernando se orgulhavam de construir ao longo de uma operação que certamente em outros países mereceria o prêmio Nobel da picaretagem.

A Lava Jato era um complô e, assim como uma peça teatral, tentou produzir com maestria uma ficção. Mas, convenhamos, diante do diamante mais cobiçado pela Lava Jato, que era a cabeça de Lula, os caras apareceram com um cascalho estampando com um alarde patético a generosa doação de um mafuá ao qual deram o nome de triplex do Guarujá que, se levado ao pé da letra, a coisa guardava proporção de uma grande operação de guerra que poderia saquear uma cidade inteira, mas que, nas cabeças de bretão dos provincianos de Curitiba, o objetivo era montar todo aquele aparato apenas para roubar o doceiro da esquina.

Ou seja, a própria história era ridícula. Como alguém receberia um troço daquele como pagamento de propina, mesmo que simbólico, em troca de contratos bilionários da Petrobras?

As grandes descobertas da Lava Jato contra Lula são piadas ridículas que atentam contra a democracia, a constituição, mas sobretudo contra a inteligência alheia.

Mainardi e sua tropa morista estão indignados com os resultados das pesquisas em que Lula aparece com mais do que o dobro de vantagem sobre Moro no quesito honestidade.

Aliás, Bolsonaro e Moro, enfiados um dentro do outro, não dão um Lula e ainda ficam abaixo do percentual de brasileiros que percebem a verdade, mesmo depois de toda aquela espumaria construída pela mídia, junto com a Lava Jato, em torno do nome de Lula, apostando todas as cartas na ignorância do povo brasileiro.

Ao contrário disso, já em 2018, toda aquela parafernália midiática não fez qualquer lesão na popularidade de Lula. Na verdade, não é que Lula não tenha sofrido qualquer arranhão, o resultado foi que ele cresceu mais de uma dezena de pontos na pesquisa de opinião de dentro da cadeia e tinha tudo para vencer a eleição já no primeiro turno.

Então perguntamos, que código de ética é esse que dá pedradas num peixinho minúsculo de aquário, como Diogo Castor e finge não ter memória ou inteligência de chimpanzé para detonar todos os santos de barro do Ministério Público que fizeram parte do time de cowboys gaiatos da Lava Jato que não só desprezaram a inteligência dos brasileiros, como, em nome da força do marketing, em parceria nefasta com a mídia, desprezaram as leis, a constituição e a democracia?

A condenação de Castor perto de tudo isso, é mórbida, balofa e oca.

Essa montanha que pariu um rato, chamada Lava Jato, já iniciou com uma gigantesca mentira vazada para a Veja que a utilizou como uma tempestade de outdoors, estampando na capa da revistona na véspera do segundo turno, na disputa presidencial entre Aécio e Dilma, aquela coisa inominável com a imagem de Lula e Dilma e, no centro, a frase, “eles sabiam de tudo” que o engenho e astúcia aplicados pela Globo, transformaram a capa criminosa da revista em um programa inteiro do Fantástico.

Então, surgem novas perguntas, o que há de diferente em termos de lesão a atitude Castor e de toda aquela corja formada pelos marechais trapalhões da Lava Jato? Eles foram perdoados ou essa funestíssima condenação do procurador que é um pé de chulé dentro da Lava Jato é o início de uma trajetória de recuperação de imagem do CNMP que aliviou Dallagnol da acusação de manipulação criminosa do seu famoso powerpoint?

Se for isso, o que descobriremos em algum tempo, ainda vá lá. Mas se a pena imposta a Castor for o limite de um espirro, isso será visto como um insulto à sociedade e que, no futuro, será narrado às gargalhadas nas bocas malditas do país.

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Política

Moro, de forma clandestina, acessou conversas de Gilmar Mendes e enviou material para procuradores

O ex-juiz Sergio Moro teve acesso a conversas de “GM”, provavelmente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e pediu para que os procuradores da autointitulada “força-tarefa” da “lava jato” analisassem o material. É o que dizem os novos diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF.

Segundo os procuradores que integraram a “força-tarefa” da “lava jato” no Ministério Público Federal, a conversa não trata do ministro Gilmar Mendes, mas sim do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que tem as mesmas iniciais.

Em outras conversas hackeadas, no entanto, os procuradores se referiam sem dúvidas a Gilmar ao usar a sigla GM.

O trecho não deixa claro se “GM” foi diretamente grampeado ou se foram escutadas conversas suas com algum investigado que teve o sigilo telefônico quebrado.

Em 31 de agosto de 2018, Deltan Dallagnol, ex-coordenador lavajatista, encaminhou a colegas uma mensagem de Moro. “Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos.” O processo não está disponível.

Julio Noronha terceiriza o trabalho à Laura Tessler: “CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”

“Russo” e “Rússia” são como os procuradores se referem a Moro e à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada pelo ex-magistrado até o final de 2018, quando saiu para assumir o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.

O ministro Dias Toffoli também é citado. Em uma passagem, quando comentam sobre conversas interceptadas envolvendo investigados da Odebrecht, Noronha diz que um advogado identificado como “M” seria próximo de “Peruca”. “Hummmm. Peruca pode ser o Toffoli. Foda heim”, responde Dallagnol.

Leia a íntegra da nota dos procuradores da República que integraram a “lava jato”:

1. Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores que não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade.
2. Exemplo da deturpação das supostas mensagens é a matéria publicada hoje pelo site CONJUR, afirmando que a força-tarefa teria tido acesso a diálogos interceptados do Ministro Gilmar Mendes, a partir da referência que existiria em investigações contemporâneas à de Guido Mantega (“GM”), este sim requerido em medidas propostas pela força-tarefa. Mesmo não se reconhecendo o teor das supostas mensagens, que têm sido apresentadas de modo editado ou deturpado, a ilação feita pelo site em nada se sustenta.
3. É complemente absurda, de má-fé e irresponsável a conclusão do jornalista de que os procuradores teriam “acessado conversas do ministro Gilmar Mendes” ou mesmo obtido tais diálogos a partir de algum investigado que conversou com o referido Ministro. Jamais, absolutamente, ocorreu qualquer interceptação em que qualquer Ministro do STF tenha, ainda que por conversas com terceiros, sido interceptado em primeiro grau.
4. Esse é mais um exemplo de como as mensagens de origem criminosa vêm sendo usadas fora de contexto ou falsificadas para criar factoides e narrativas disparatadas e incongruentes, com o fim de desacreditar o trabalho feito pela força tarefa, criar em relação à operação Lava Jato um clima de animosidade e descontentamento nos círculos dos três poderes e anular condenações.

Gilmar e Toffoli
Já é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar Mendes. Conforme mostrou a ConJur, os lavajatistas criaram um grupo no Telegram com o único objetivo de articular medidas contra o ministro; bolaram um manifesto contra ele; e disseram que era necessário “fazer algo com relação” ao magistrado do Supremo.

O complô, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até membros da Procuradoria-Geral da República participavam das movimentações articuladas no Paraná.

Reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

A agitação não fica por menos quanto a Toffoli. Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

“Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentaram de tudo para conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queriam que a OAS delatasse o Toffoli”, afirmou o hacker.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

*Com informações do Conjur

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Em editorial do Globo, o procurador Boquinha solta a maior das pérolas em defesa da Lava Jato

Hoje é o dia mundial da defesa da Lava Jato nos jornalões. O motivo é simples, o STF julgará se deixa frouxa ou não a lama que escorre das mensagens trocadas entre os contraventores da Lava Jato, travestidos de procuradores. A mesma Lava Jato que é culpada pelo caos econômico, político e sanitário do país.

Para tanto, é só ver o preço do gás e dos combustíveis em geral, que somente ente ano, em apenas 40 dias, subiram 22%. Mais que isso, é só comparar o preço dos combustíveis do governo Dilma com o de Bolsonaro para ver o tamanho do rombo que o golpe promovido pela Lava Jato proporcionou ao Brasil, para entregar as refinarias nas mãos de grupos estrangeiros e esfolar o bolso do brasileiro, com os preços dolarizados.

Lembrando que a maneira de calcular os combustíveis mudou com Michel Temer, o corrupto que a Lava Jato colocou no poder, tendo à frente da Petrobras, ninguém menos que um tucano de pedigree chamado Pedro Parente para operar a mudança, como estava previsto no golpe tucano-lavajatista.

Por isso, a tese do ilustre Carlos Fernando dos Santos Lima, mais conhecido como procurador Boquinha, se desfaz no ar pela própria história do que aconteceu com o país quando a Lava Jato foi criada, e quando o Brasil foi devolvido ao mapa da fome.

Mas o cínico, que cheira à hipocrisia, lança a tese de que Bolsonaro, que Moro colocou na presidência em troca da cabeça de Lula, está comandando o STF para que Moro, candidato à presidência da República em 2022, não vença a eleição. Segundo o procurador Boquinha, aquelas mensagens são todas futricas da tia Maricota no whatsapp.

A tese dele é o terraplanismo ao quadrado. Só faltou o vigarista dizer que Bolsonaro é um comunista disfarçado de fascista para cobrir a aposta de um outro vigarista chamado Olavo de Carvalho.

Tudo em nome dos heróis dos tolos que achavam que o Brasil é uma província de Curitiba.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Carlos Fernando Boquinha avaliza a denúncia do hacker de Araraquara

“Pena que não fizeram o mesmo com Toffoli, o mais pernicioso presidente do STF em todos os tempos.” (Carlos Fernando)

Este é o comentário de Carlos Fernando dos Santos Lima, o procurador Boquinha, da Lava Jato, sobre a manchete da CNN:

“Ministros do Supremo ‘tiram’ poder de Fux no recesso”.

Isso foi escrito em seu facebook horas antes da entrevista na CNN com o hacker de Araraquara, Walter Delgatti, ‘o Vermeio’ ir ao ar.

Vermelho foi quem expôs a podridão dos paladinos de Curitiba e, em entrevista à CNN, afirmou que os procuradores da Lava Jato queriam prender os ministros do STF, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Pelas palavras de Boquinha, Walter Delgatti disse a verdade quando afirmou que Moro, Dallagnol de demais procuradores, queriam prender os dois ministros do STF.

Para piorar, Carlos Fernando Boquinha não se pronunciou sobre a entrevista de Delgatti, certamente, por temer que ele tenha mais bala na agulha numa contra ofensiva, já que Boquinha sabe que Vermelho quem forneceu material bélico capaz de detonar os cínicos da república de Curitiba na série Vaza Jato, do Intercept.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Os ratos que agora cobram milhões para ensinar aos corruptos o pulo do gato

A Agência Pública fez uma belíssima matéria de Natalia Viana : “Sergio Moro entra na porta giratória da Lava Jato”.

A essência do artigo mostra como o ex-juiz da Lava Jato, ex-capanga do clã Bolsonaro, imantado de ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, passou a trabalhar no milionaríssimo escritório da empresa americana Alvarez & Marsal, que vende serviços para empresas se blindarem de investigação sobre seus esquemas de corrupção.

Moro, agora, na iniciativa privada, trabalhará para a consultoria americana e, segundo a reportagem, será o chefe de investigações, de disputas e compliance em um escritório envidraçado à beira da Marginal Tietê, perto do luxuoso shopping JK. Entre tantas empresas, a Alvarez & Marsal é administradora da Odebrecht que está em processo de recuperação judicial, justamente por causa das investigações da Lava Jato.

Certamente, esse é o melhor dos mundos para um juiz corrupto, trabalhar em reconstrução corporativa através da palavra mágica “compliance”, que já estava incorporada na vida de lavajatistas estratégicos como o que, a meu ver, é o cérebro do projeto que tinha como principal objetivo, cassar politicamente Lula, que é, nada mais, nada menos, o real chefe da Força-tarefa curitibana, parceiro de picaretagem com Moro desde o escabroso caso do Banestado.

Sim, estou falando pela milésima vez, de Carlos Fernando dos Santos Lima, mais conhecido como o procurador Boquinha que, assim que Moro condenou Lula, ele já montou um escritório de advocacia para viver das boquinhas do tal compliance.

Ao contrário de Moro, Boquinha é um tipo de jeca menos rude que usa cartola e casaca felpados, cita poesias, fala, em sua página no Facebook, em artes plásticas e fotografia, fazendo lembrar aqueles gabolas caricatos viajados pelo mundo que adoram passar a madrugada segurando um copo de whisk em uma das mãos, enquanto a outra está no bolso, falando sobre blues, jazz, sobre museus, sem saber de nada sobre a cultura de seu próprio país, aliás, isso é a cara daquilo que Machado de Assis chamava de “Brasil oficial”, caricato e burlesco. Afinal, ninguém é de ferro.

O histórico familiar do podre de chique é de uma dinastia estatal, em que pai, irmãos, vovô e cachorrinho, todos viveram mamando gostosamente nas tetas do Estado, através do Ministério Público. E Boquinha se orgulho disso em seus rompantes morais.

Carlos Fernando, assim como Moro, sofrem de amnésia, enquanto arrotam chiquemente suas venetas moralistas, esquecem ou fazem de conta que esqueceram tudo o que nós sabemos sobre eles e como agiam no submundo imundo da Lava Jato, através da excelente série de reportagem do Intercept, batizada de Vaza Jato.

O que não farei aqui é repetir todas as manobras espúrias que esses dois ratos, que agora vendem para o mundo corporativo o pulo do gato para fugirem de investigações de corrupção, sonegação, comuns nas altas camadas do mundo capitalista.

Mas quem leu a trama nojenta dos dois nos dias que antecederam a audiência de Lula, em que Carlos Fernando estava presente na sala junto com Moro, sabe exatamente do que e de quem estou falando.

Todos nós sabemos que existem duas leis no mundo, a dos pobres e a dos ricos, melhor dizendo, a lei é uma só, o que existe é uma infinidade, quase a totalidade de juízes e procuradores que enxergam os crimes dos ricos como algo que faz parte de um sistema que não pode parar por “bobagens moralistas”, e a lei que superlota presídios sem ao menos julgar a maioria dos encarcerados, sempre pretos e pobres, coisa que ocorre no mundo todo, mas que, no Brasil, tem dimensão monstruosa.

Não foi por acaso que os dois suaram a camisa para condenar e prender Lula sem provas, tirá-lo da eleição para que o monstro, de quem hoje se dizem inimigos, vencesse a eleição e proferisse vômitos retóricos como os de ontem, em que Bolsonaro exaltou o massacre no Carandiru, dizendo que é assim que a polícia tem que agir, inspirado no excludente de ilicitude de Sergio Moro.

De toda forma, vale muito a pena ler essa matéria da Agência Pública que revela o mundo encantado de Cinderela que Moro viverá a partir de agora e que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em proporção menor, já vive.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Carlos Fernando Boquinha, uma ave de rapina tucana com asas de ganso

Quem entra na página do facebook do verdadeiro chefe da Força-tarefa de Curitiba para assuntos lulistas, depara-se com o típico provinciano de piano blues.

Um sujeito nitidamente complexado, do ponto de vista social e cultural que utiliza verborragias conceituais para tentar esconder o medíocre que é.

A maneira com que fala de Lula, sempre agressiva, mostra a mentira com o rabo de fora que é. Por isso mesmo, pela falta de capacidade de se aceitar, Carlos Fernando dos Santos Lima criou um personagem social que corresponde ao oposto de sua personalidade atrasada.

Se como procurador, Carlos Fernando é a canalhice em pessoa, o pândego burlesco, ao invés de chique, não passa de um trocista, um fogazão galhofeiro, um tipo de gaiato brejeiro que se mete a bancar o espirituoso, o fino, mas não consegue esconder o bufo caçarola que habita em si.

Se agora se mete a atacar Bolsonaro, o cínico faz questão de fingir que não lembra que, através do seu comportamento sem vergonha, velhaco e torpe contra Lula, pariu um cafajeste tão escroto quanto ele.

A granfinagem do idiota se comporta como o sumo da alta roda, arrotando superioridade intelectual com cambalhotas funestas sobre seu conceito de poesia e arte, não esconde o patife, mau-caráter de quem conhece esse infame miserável de outros carnavais.

Agora, o moleque, em campanha para Moro, por pertencer à mesma categoria de canalha idêntico ao ex-juiz da Lava Jato, esquece seu comportamento mesquinho e odioso para tentar construir uma imagem negativa de Lula, já que sempre soube que, através das palavras de um canalha como ele, diante de uma mídia disponível e prostituída pelo mercado, teve campo aberto para sua voz imunda contra Lula, sem jamais esse blefe humano deixar de apelar para artimanhas conspiratórias para produzir embustes ao invés de provas contra Lula.

Carlos Fernando dos Santos Lima é a representação do pulha que sempre se inspirou no horror do ponto de vista moral para ofender Lula, mostrando que sempre usou o Ministério público de forma vil para exercitar o seu ódio contra o ex-presidente pelo simples fato de jamais ter a dignidade e a nobreza social,  política e cultural que Lula tem.

Por isso, todas as vezes que esse sujeito abre a boca, causa repugnância em muita gente.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Raposa no galinheiro II: Carlos Fernando, ex-chefão da Lava Jato, oferece informações confidenciais a clientes Vip

Quem pensa que Dallagnol era o braço direito de Moro, acerta no que tange à operação em si, na parte macabra da Lava Jato, a cabeça pensante sempre foi de Carlos Fernando. Frio, calculista e vigarista, como mostrou o Intercept, foi o arquiteto desse castelo de cartas chamado Lava Jato. Ele tem um histórico barra pesada desde o Banestado.

Sabe-se agora, a partir do deputado Paulo Pimenta, que uma das lideranças da operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, agora, procurador aposentado e um dos mais agressivos contra Lula, abriu um escritório de advocacia e, para atrair clientes, Carlos Fernando oferece abertamente informações “estratégicas e confidenciais” relativas aos acordos de leniência e investigações da operação como chamariz para atrair clientes a seu escritório de advocacia.

De fato, a oferta é praticamente explícita no perfil do procurador lavajatista em seu perfil no Linkedin, rede social voltada a contatos profissionais. “Advogado na área de compliance, investigações internas, monitoria, (sic) e acordos de leniência e colaboração premiada”, oferece Lima em seu perfil -ele aposentou-se em setembro de 2018, mas continuou próximo da operação Lava Jato, como um de seus mentores.

Para entender melhor quem é exatamente Carlos Fernando e como ele opera há anos junto com Moro num esquema subterrâneo, é só buscar na memória a matéria que a IstoÉ publicou sobre ele em 2003, intitulada Raposa no Galinheiro.

IstoÉ – Osmar Freitas Jr –  Procurador Santos Lima, casado com ex-funcionária do Banestado, tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas.

A proverbial raposa volta a tentar tomar conta do galinheiro. Desta vez aconteceu nos EUA. No sábado 23 de agosto, uma comissão de autoridades brasileiras embarcou para um périplo por cidades americanas.

A missão era verificar in loco investigações feitas pelos procuradores daquele país, que poderiam ser ampliadas nos casos de remessas monetárias ilegais e lavagem de dinheiro feitas por brasileiros. Estavam na turma os senadores Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Magno Malta (PL-ES) e os deputados Dr. Hélio (PDT-SP) e José Mentor (PT-SP), todos da CPI do Banestado, dois procuradores da República, uma delegada, um perito da Polícia Federal e consultores da Câmara dos Deputados.

A viagem seria um sucesso, mas o trem quase descarrilou por causa de uma disputa insólita, cujos motivos até então ocultos se revelaram, no mínimo, de má-fé. É que entre os procuradores estava Carlos Fernando dos Santos Lima. Santos Lima, quando servia em Curitiba, foi quem recebeu e manteve engavetado, desde 1998, o dossiê detalhadíssimo sobre o caso Banestado e uma lista de 107 pessoas que figuram na queixa-crime sobre remessa de dólares via agência em Nova York. No episódio houve aquilo que em termos jurídicos se chama de “instituto da suspeição”, já que o procurador é parte interessada no caso. Sua esposa, Vera Lúcia dos Santos Lima, trabalhava no Departamento de Abertura de Contas da filial do Banestado, em Foz do Iguaçu.

Agora, na Big Apple, Santos Lima fez um tour de force para que a documentação da quebra de sigilo de várias contas, realizada pelo escritório da Procuradoria Distrital de Manhattan, também não viesse à luz, enveredando por um labirinto burocrático que, como sempre, tem seu final em pizza.

 

*Da redação, com informações do 247