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Após PGR denunciar Bolsonaro, Carluxo chora e diz que “não vive em uma democracia”

PGR apresentou a denúncia contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, fez uma declaração em meio a lágrimas nesta sexta-feira (21), dizendo que o Brasil não vive mais uma democracia. A fala ocorreu dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o pai do vereador, o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

“Vivemos um momento delicado no país. Eu acredito que a gente não vive mais numa democracia, e a gente tem que se adaptar aos novos tempos. Mas jamais nos calar”, afirmou Carlos durante evento do Partido Liberal. Na ocasião, o vereador precisou interromper o discurso por estar chorando.

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Denúncia da PGR contra Bolsonaro não está ancorada apenas nas palavras de Cid, diz advogado

Segundo Bruno Salles, a denúncia da PGR contra o ex-presidente “está ancorada em uma profunda e minuciosa investigação”

Em sua participação no podcast Três por Quarto desta quinta-feira (20), o advogado criminalista, mestre em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Grupo Prerrogativas, Bruno Salles Ribeiro, lembrou que, diferente do que aconteceu em 2018, quando a condenação do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) foi baseada apenas na delação de Léo Pinheiro, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro “está ancorada em uma profunda e minuciosa investigação”.

Segundo ele, as palavras do delator Mauro Cid são apenas uma comprovação das provas já reunidas pela Polícia Federal (PF).

No episódio desta semana, transmitido ao vivo pelo canal do Brasil de Fato no YouTube, os jornalistas José Eduardo Bernardes e Nara Lacerda também conversaram com Salles sobre os próximos passos do processo, agora que a Procuradoria-Geral da República encaminhou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Denúncia da PGR contra Bolsonaro não está ancorada nas palavras de Mauro Cid, diz advogado
Após a acusação, o ministro Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da delação premiada do ex-ajudante de ordens do então presidente

Em sua participação no podcast Três por Quarto desta quinta-feira (20), o advogado criminalista, mestre em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Grupo Prerrogativas, Bruno Salles Ribeiro, lembrou que, diferente do que aconteceu em 2018, quando a condenação do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) foi baseada apenas na delação de Léo Pinheiro, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro “está ancorada em uma profunda e minuciosa investigação”.

Segundo ele, as palavras do delator Mauro Cid são apenas uma comprovação das provas já reunidas pela Polícia Federal (PF).

No episódio desta semana, transmitido ao vivo pelo canal do Brasil de Fato no YouTube, os jornalistas José Eduardo Bernardes e Nara Lacerda também conversaram com Salles sobre os próximos passos do processo, agora que a Procuradoria-Geral da República encaminhou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado fez um cronograma das próximas ações e uma estimativa sobre o tempo desse processo. “Só essa fase de instrução e de defesa, a gente pode estimar que pode levar de seis meses a um ano, então, vai começar o julgamento. Para começar o julgamento, o revisor precisa pautar isso, não é o relator. Então, o revisor pode pautar isso quando ele achar que o processo está maduro, não tem prazo para isso. O normal é que demore entre uma semana e 15 dias. Então, eu estimo algo entre oito meses a um ano e meio”, explica.

Assista ao episódio:

Salles também diz que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro vai questionar a competência do ministro Alexandre de Moraes para julgar o caso. “Pode ter um questionamento em relação à imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, do ponto de vista da suspeição, eles podem dizer que ele é vítima. Mas, na verdade, quem é vítima aqui é o Estado Democrático de Direito. O ministro Alexandre de Moraes não é atacado pessoalmente, mas enquanto representante da Suprema Corte do Brasil.”

Bolsonaro e mais 33 pessoas são indiciadas por diferentes crimes envolvendo as ações do 8 de janeiro, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada, por exemplo. No entanto, Salles destaca que diversos fatores podem interferir na pena aplicada: “A gente não sabe se vão ser condenados por todos os crimes, a gente não sabe qual vai ser a pena, provavelmente não deve ser a pena máxima de todos os crimes. É difícil a gente presumir, mas o máximo são 39 anos e quatro meses”, analisa.

O advogado ainda complementa que “a pena mínima provavelmente passará de oito anos”. “Mesmo que seja na pena mínima de todos os crimes, é muito provável que o cumprimento de pena seja em regime fechado.”

Prisão preventiva

Quando questionado se existe alguma possibilidade do ex-presidente ser preso preventivamente, Salles explica que esse recurso só é utilizado em último caso. “Antes de uma prisão preventiva, a gente precisa saber se não é adequada uma medida cautelar diferente da prisão, como, por exemplo, a apreensão do passaporte, a proibição de contato entre as partes”, o que também foi decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, durante as investigações”, conta.

O advogado ainda lembra que Bolsonaro já foi alvo de duas medidas cautelares nesse processo. “Ele tem uma cautelar impedindo que ele converse com outros indiciados, inclusive, há aquela proibição deleconversar com Valdemar da Costa Neto, no entanto, um parlamentar diz que eles conversam o tempo inteiro. Ele também tem uma cautelar para assegurar a aplicação da lei penal, que é a apreensão do seu passaporte”, finaliza.

Novos episódios do Três por Quatro são lançados toda sexta-feira pela manhã, discutindo os principais acontecimentos e a conjuntura política do país e do mundo.

O advogado fez um cronograma das próximas ações e uma estimativa sobre o tempo desse processo. “Só essa fase de instrução e de defesa, a gente pode estimar que pode levar de seis meses a um ano, então, vai começar o julgamento. Para começar o julgamento, o revisor precisa pautar isso, não é o relator. Então, o revisor pode pautar isso quando ele achar que o processo está maduro, não tem prazo para isso. O normal é que demore entre uma semana e 15 dias. Então, eu estimo algo entre oito meses a um ano e meio”, explica.

*BdF

 

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BICHADO! Líderes da direita criticam insistência de Bolsonaro na eleição de 2026

Não há a mínima chance de Bolsonaro restaurar sua liderança depois que seu chão ficou mole com a denúncia da PGR.

Se tem gente que sabe bem sobre os intermúndios do golpe, comandado por Bolsonaro e sabe Deus lá mais o quê, é sua ex-tropa no Ca ongresso.

O mundo de Bolsonaro ficou caótico. Essa escumalha cheira carniça de longe e Bolsonaro, politicamente, virou uma.

O pior ainda está por vir

Bolsonaro está politicamente bichado e ninguém quer saber de se contaminar com sua toxidade letal.

Nos bastidores da direita ex-bolsonarista, diz-se abertamente da inconveniente presença de Bolsonaro na foto oficial dos reaças.

O limbo é seu lugar de conquista. Bolsonaro é hoje considerado maçã podre na própria cúpula.

Ruim sem ele, pior com ele.

Bolsonaro virou galho fraco na disputa política. Está sarcopênico e fora de combate.

Ninguém quer carregar o poltrão.

Bolsonaro é um perdedor e ninguém de sua falange quer saber de se queimar com um Indivíduo medroso, covarde, sem coragem; frouxo, fraco.

No mundo do crime é assim que funciona e Bolsonaro, hoje, não é nem sombra do “mestre” que foi até sua derrota para Lula e, agora, bichado e deteriorado com a denúncia da PGR

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Bolsonaro interrompe silêncio para nada dizer. Está morto

Bolsonaro assinou embaixo a denúncia feita pela PGR contra ele.

Não disse pio sobre a montanha de acusações que lhe pesam no lombo.

Ficou no cerca Lourenço, no ora veja, mas, como um cão magro, fugiu das acusações concretas.

O sujeito se reúne com seus mais íntimos rapapés do Congresso, com um bonde de advogados e, na hora do vamos ver, de rebater as denúncias da PGR, pediu para ir no banheiro e foi embora.

Convenhamos, qual bandido velhaco não faria o mesmo?

Balança a mão, sacode-se todo, mas foge do assunto como qualquer camundongo assustado.

Para Bolsonaro, a previsão do tempo é de dilúvio de granizo e calorão com bafo quente na nuca.

Tem saída não.

Quem disse foi o próprio com seu silencio obsequioso sobre as infinitas 272 páginas de denúncias de Paulo Gonet contra ele e seus 33 cangaceiros.

O sujeito não rebateu uma acusação sequer.

Ficou atordoado, berrando frases desconexas da Venezuela, Cuba e o raio que o parta!

Não tem saída, está morto!

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PGR denuncia Bolsonaro ao STF, além de outros 33, por tentativa de golpe

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro, que foi indiciado pela PF. STF vai analisar se o torna réu.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18/2), o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada. Eles ainda foram denunciados por dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre após uma força-tarefa da PGR analisar inquérito da Polícia Federal com mais de 884 páginas sobre as investigações que levaram ao indiciamento de 40 pessoas no total.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou que o ex-presidente da República seria o líder de uma organização criminosa que atuou para planejar um golpe de Estado, que o manteria no poder mesmo após derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.

“A organização tinha por líderes o próprio Presidente da República e o seu candidato a Vice-Presidente, o General Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, disse Gonet na denúncia.

A PF, no documento, concluiu que o golpe liderado por Bolsonaro só não se concretizou por “circunstâncias alheias à sua vontade”. Entre elas, estaria a resistência dos comandantes da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes, em aderir ao plano, segundo Manoela Alcântara, Metrópoles.

Ataques às urnas
De acordo com as investigações, o plano teve início em 2021, com os ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação, por meio de declarações públicas e na internet. Em julho do ano seguinte, o então presidente da República se reuniu com embaixadores e representantes diplomáticos acreditados no país para verbalizar as conhecidas e desmentidas acusações sobre fraudes nas urnas, na tentativa de preparar a comunidade internacional para o desrespeito à vontade popular nas eleições.

Durante o segundo turno, foram mobilizados aparatos de órgãos de segurança para mapear e impedir eleitores de votar no candidato da oposição. E as pessoas envolvidas, que atuavam em órgãos públicos, facilitaram os atos de violência e depredação, em 8 de janeiro de 2023.

Ao não encontrarem falhas no sistema eleitoral, os envolvidos mantiveram o discurso de fraude e mantiveram a militância com os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército em várias capitais do país.

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Denúncia da PGR sobre trama golpista envolvendo Bolsonaro seja apresentada nesta semana, é o que espera a PF

Polícia Federal espera que o procurador-geral, Paulo Gonet, admita todos os crimes relacionados à intentona golpista, que somam 28 anos de prisão.

A Polícia Federal acredita que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá apresentar a primeira denúncia sobre a trama golpista ainda nesta semana. A interlocutores, o procurador-geral Paulo Gonet Branco teria admitido que a decisão já está pronta. A denúncia deverá incluir Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro e general Walter Braga Netto,

Bolsonaro está indiciado por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo a coluna da jornalista Tainá Facão, da CNN Brasil, A Polícia Federal espera que o procurador-geral admita todos os crimes, que somam 28 anos de prisão. O ex-mandatário foi indiciado em novembro de 2024, junto com 39 pessoas, incluindo ex-ministros, aliados e militares de alta patente, como os generais Braga Netto e Augusto Heleno.

Para evitar que o caso impacte o cenário eleitoral de 2026, ministros do STF apostam na conclusão do julgamento ainda em 2025. Caso as denúncias sejam aceitas, os investigados se tornarão réus, e o Supremo Tribunal Federal precisará agendar o julgamento de mérito das acusações.

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Professor denuncia alunos imigrantes nos EUA

Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”

Um professor substituto foi afastado de seu cargo após pedir que agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos), órgão responsável pelas deportações de imigrantes, fossem à escola onde ele trabalha.

Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”. O pedido foi em resposta a uma publicação do ICE que informava sobre a quantidade de imigrantes presos na última quinta-feira (23).

“Vocês deviam vir a Fort Worth, Texas, ao Northside High School. Tenho vários alunos que nem falam inglês e estão na 10ª – 11ª série [equivalente a segundo e terceiro ano do ensino médio]. Eles têm que se comunicar através do tradutor do iPhone comigo. O Departamento de Educação deveria inspecionar totalmente nosso sistema escolar no Texas também”, disse professor da Northside High School, em resposta ao ICE.

Cerca de 65% dos estudantes se identificam como latinos e/ou hispânicos, segundo documento publicado pelo distrito escolar em 2023. Mais de 70 mil estudantes estudam no distrito.

Distrito escolar está investigando o caso. A administradora do distrito de Fort Worth, Roxanne Martinez, afirmou estar ciente da publicação do professor. Em publicação no Facebook, afirmou que estão “conduzindo uma investigação completa para entender as circunstâncias e garantir que as ações apropriadas sejam tomadas”.

Professor foi afastado e fechou conta do X (antigo Twitter). No comunicado, Martinez apontou que as investigações serão realizadas sem que o professor esteja no campus da escola. Depois da retaliação nas redes, o professor fechou sua conta no X.

Agência prendeu 1.179 pessoas somente ontem (27). O número é muito superior à média sob Joe Biden, de cerca de 310 pessoas por dia, no último ano fiscal, encerrado em 30 de setembro de 2024. Na última quinta, sexta e sábado, foram realizadas um total de 1.417 prisões de imigrantes, segundo o ICE.

Governo Trump permitiu prisões de imigrantes em escolas e igrejas. Na semana passada, as autoridades foram autorizadas a prender imigrantes em locais sensíveis, como escolas, templos religiosos, hospitais e outras unidades de saúde. O secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman disse que “[o governo Trump] não amarrará as mãos de nossos corajosos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso”. Com Notícias ao Minuto.

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Erika Hilton denuncia Meta na ONU por mudanças que agridem comunidade LGBTQIA+

Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos da empresa, criado para conter a desinformação.

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou, na quarta-feira (8), uma denúncia na Organização das Nações Unidas (ONU) contra as mudanças nas diretrizes das redes sociais controladas pela Meta – Facebook, Instagram e WhatsApp.

Na terça-feira (7), uma alteração na política da empresa de Mark Zuckerberg passou a permitir que usuários associassem transexualidade e homossexualidade a doenças mentais, especialmente em contextos de discurso político ou religioso. O ofício protocolado por Erika Hilton foi enviado à relatoria especial da ONU sobre questões de minorias.

Em uma postagem no X sobre a denúncia, a deputada afirmou que as “alterações promovem a disseminação de discursos de ódio, incitação à violência e desinformação contra minorias, impactando gravemente a comunidade LGBTQIA+”.

“No Brasil, onde a transfobia e a violência contra LGBTQIA+ já atingem níveis alarmantes, decisões corporativas como essas colocam vidas em risco e enfraquecem o trabalho árduo por justiça e igualdade”, concluiu Hilton.

Também na quarta-feira, a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a empresa. “O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!”, informou a organização.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera homossexualidade ou qualquer orientação sexual e identidade de gênero como doença desde maio de 1990, quando as retirou da “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”.

Meta

Mudanças na Meta
Na terça-feira (7), juntamente com a alteração nas diretrizes sobre discurso de ódio, o empresário Mark Zuckerberg, dono da Meta, anunciou o fim do programa de checagem de fatos da empresa, criado em 2012 para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos de mídia social.

No mesmo pronunciamento, ele também destacou que a eleição do extremista de direita Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos marcou um período em que seria possível priorizar a liberdade de expressão e afirmou que países latino-americanos “têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”.

Na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou, em resposta ao pronunciamento, que as redes sociais só continuarão a operar no Brasil se respeitarem a legislação do país.

“A nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei”, declarou o ministro.

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Mundo

Lula denuncia na ONU forças de extrema-direita no Brasil e nos EUA e aponta crise democrática

‘A extrema-direita tem um discurso identitário às avessas’, afirmou o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta nesta terça-feira (24) sobre as tentativas de golpes da extrema-direita no Brasil e condenou a agenda defendida por esse campo político. Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), o chefe de Estado criticou propostas anti-imigração, como as defendidas pelo candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e destacou a importância da preservação da democracia, da agenda ambiental e do respeito aos direitos humanos.

“A extrema-direita também se tornou viável eleitoralmente ao organizar os descontentes em torno de um discurso identitário às avessas. Culpam migrantes, mulheres e minorias pelos problemas da atualidade. E fazem isso tensionando os limites das instituições democráticas”, afirmou durante o discurso na ONU.

“Ceder diante dessas narrativas é cair em uma armadilha. Recuar não vai apaziguar o ânimo violento de quem ataca a democracia para silenciar e retirar direitos. Não há contradição entre coesão social e o respeito à diversidade. O pluralismo nos fortalece. A democracia em sua plenitude é a base para promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência. Ela é fundamental para um mundo de paz e prosperidade.”

De acordo com o presidente, “a História nos ensinou que a democracia não pode ser imposta”. “Sua construção é própria de cada povo e de cada país. Para resgatar sua legitimidade, precisamos recuperar sua essência, e não apenas sua forma”, continuou.

Em seu pronunciamento, Lula afirmou que a “participação social é um dos principais caminhos para o fortalecimento da identidade democrática”. “A democracia não é um pacto de silêncio. Precisamos ouvir movimentos sociais, estudantes, mulheres, trabalhadores, empreendedores, minorias raciais, étnicas e religiosas”, disse.

“Proteger quem defende os direitos humanos, o meio ambiente e a democracia também é imprescindível. A experiência brasileira mostra que o equilíbrio entre os poderes constituídos, a resiliência e o fortalecimento das instituições são cruciais na proteção desses princípios. Somente uma democracia revigorada nos permitirá equacionar os dilemas de nossas sociedades e do mundo contemporâneo.”

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Anistia Internacional denuncia operação da PM de Tarcísio em relatório global

Relatório com dados de 156 países destaca denúncias de execuções sumárias, torturas e prisões forjadas pela PM paulista. E menciona ações policiais na Bahia e no Rio de Janeiro.

A Anistia Internacional denunciou em âmbito internacional as violações das duas fases da operação autorizada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Baixada Santista, que matou ao menos 84 pessoas. A entidade detalha a violência praticada por agentes da Polícia Militar no litoral de São Paulo no relatório global sobre violações de direitos humanos “O estado dos direitos humanos no mundo”, divulgado nesta quarta-feira (24). O documento destaca as denúncias de “execuções sumárias, tortura e prisões forjadas” nas ações da PM até 1º de abril, quando a segunda fase da Operação Escudo foi encerrada.

relatório, porém, menciona apenas as mortes do período de julho a setembro de 2023, correspondente à primeira fase da operação Escudo, quando 28 pessoas foram mortas em 40 dias. No entanto, a organização acredita que o dado esteja subestimado diante da gravidade da situação. Já a segunda fase, chamada oficialmente de Verão – e que não foi contabilizada no documento – pelo menos 56 pessoas morreram em toda a região, segundo dados oficiais. Mas o número de mortes pode superar 62.

No início de abril, a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, todos do Psol, denunciaram Tarcísio e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda. Os parlamentares os acusam de crimes contra a humanidade por conta das dezenas de mortes na operação policial. De acordo com parlamentares, a decisão de levar as acusações surgiu da ausência de investigações a respeito das suspeitas de “execuções sumárias, tortura e prisões forjadas” nas ações.

Violência policial e impunidade
A Anistia Internacional também faz menção a ações policiais na Bahia e no Rio de Janeiro. Entre elas, os seis dias de operação da PM na Favela da Maré, na capital fluminense, que deixaram 120 mil moradores sem luz, atendimento médico e aulas. A organização contabiliza que pelo menos 394 pessoas foram assassinadas por policiais em operações apenas nos três estados.

“Intervenções policiais continuaram a causar a morte de crianças e adolescentes. Em 7 de agosto, a polícia matou Thiago Menezes, de 13 anos, quando ele passeava em uma motocicleta. Em 4 de setembro, o Tribunal de Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de quatro PMs envolvidos no crime. Em 12 de agosto, Eloah Passos, de 5 anos, foi atingida por uma bala perdida enquanto brincava dentro de casa. Em 16 de agosto, Heloísa Santos, de três anos, morreu após ser baleada dentro do carro com sua família”, lembra o relatório.

*RBA