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Opinião

Carta ao deputado Douglas Garcia: eleição vai definir quem somos

Jamil Chade – Senhor deputado Douglas Garcia,

Não tinha a mais remota ideia de quem o senhor era. Mas logo entendi que é pela violência que o senhor optou por existir politicamente. Isso me deixa preocupado. Mas não surpreso, já que sua atitude condiz com a estratégia de recorrer ao ódio para mobilizar.

Num país que sangra, com 80 mil roubos apenas na cidade de São Paulo no primeiro semestre de 2022, o acúmulo de mais uma camada de violência —agora política— amplia a tragédia de uma sociedade que enterra seus cidadãos sem derramar lágrimas, sem fazer o luto e sem questionar.

A violência que foi transformada em cabo eleitoral pelo senhor não se resume ao embate com uma jornalista, nesta semana. De fato, segundo a entidade Repórteres Sem Fronteira, 2,8 milhões de ataques nas redes sociais contra a imprensa foram feitas apenas no primeiro mês da campanha eleitoral. Só contra Vera Magalhães foram 26 mil.

Com o celular na mão (pelo menos por alguns instantes), o que o senhor queria não era questionar a profissional. E sim transformar a intimidação em votos.

Mas esse ato não se limita ao seu gesto naquele dia. Ele, de fato, é apenas o início de um processo maior. Como cães de ataque, os soldados desse movimento esperam que o apito seja soprado e a ordem “atacar” para ofensivas desumanas.

Calculada para desencadear o ódio, a violência que o senhor propõe é a própria destruição da democracia. Intolerável, inaceitável e criminosa.

Tal estratégia faz parte de um movimento autoritário com base num fanatismo ideológico e sustentado em mentiras. Eu e o senhor sabemos disso.

Teu gesto, no fundo, confirma minha constatação: em duas semanas, não vamos escolher quem ocupará o cargo de presidente. Vamos decidir quem somos. Uma sociedade com cristãos armados, médicos que atacam a ciência, advogados que questionam o estado de direito e jornalistas que se transformaram em instrumentos da mentira?

As urnas vão revelar que sociedade hoje temos no Brasil, suas tolerâncias ao racismo, à misoginia e à violência. Urnas que, por alguns instantes mágicos, se transformam em espelhos. E, como qualquer espelho, não há como escolher que seja refletida apenas uma certa faceta da imagem ao se colocar diante dele.

Não vai adiantar depois dizer que votou em movimentos autoritários por conta da promessa do liberalismo econômico, da redução da burocracia ou da defesa da família.

Com ou sem a auditoria dos militares, de papel ou eletrônica, esse espelho vai mostrar tudo naquela cabine em que o cidadão submete sua decisão. Um espelho transparente do que é feita a consciência de cada um.

Saudações democráticas,

Jamil

*Com Uol

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Conflito

Fogo no trem fantasma fascista: Constantino ataca Tarcísio de Freitas

Enquanto Lula avisa que a boiada não vai mais passar, e emendando que já obteve sinal do primeiro Ministro da Noruega de que os recursos do Fundo da Amazônia serão liberados assim que trocar o governo de Bolsonaro para Lula.

Isso não deixa de ser um reconhecimento internacional de que no governo Lula a centralidade ambiental estará unida na retomada do desenvolvimento, ao contrário de Bolsonaro, que comandou, logo nos primeiros dias do seu governo, a abjeta data que classificou como o dia do fogo em que, sob o comando do Palácio do Planalto, foi produzido o maior desastre ambiental, espalhando incêndio por toda a floresta amazônica, dizimando boa parte da flora e da fauna.

O governo Bolsonaro, que o mundo já avisou que quer ver pelas costas, por Bolsonaro exportar tragédias, mortes, iniquidades, torce, minuto a minuto, para que o brasileiro faça desaparecer do cenário político uma família de  delinquentes que barbarizou esse país com todas as formas de crimes que puderam praticar.

Sentindo o cheiro do cadafalso, cada dia mais próximo do clã, as baratas e os ratos começam a se desentender, revelando o momento trágico porque a campanha de Bolsonaro atravessa. A mais recente é a agressão do comediante econômico, Rodrigo Constantino, que escreve um artigo dando uma reprimenda em Tarcísio de Freitas por ter se “solidarizado” com Vera Magalhães pelo ataque de seu assessor contra a jornalista, a mando do próprio cacique da milícia palaciana.

Constantino, aquele rapaz que, tempos atrás, apareceu chorando em vídeo, por ter levado um passa-moleque de Anitta, quando defendeu um estupro dizendo que “algumas mulheres mereciam ser estupradas”, em que o animal cita a própria filha, não deixa dúvida, o fracasso da campanha de reeleição de Bolsonaro subiu à cabeça.

O problema é que Douglas Garcia que, segundo Constantino, não agrediu Vera Magalhães, foi acusado por motivo de disputa interna do universo bolsonarista por Eduardo Bolsonaro como agressão sim, sem desculpas.

E como Bolsonaro que regeu o episódio, usando um drone para atacar Vera, nada disse, fica nítido que a bateção de cabeça está instalada a 17 dias do primeiro turno, com a possibilidade concreta de Lula vencer o pleito.

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TV Cultura destaca, em editorial, que Douglas Garcia foi ao debate como convidado de Tarcísio Freitas

A TV Cultura, que tem o programa Roda Viva, apresentado por Vera Magalhães, publicou um editorial informando sobre um convite feito pelo candidato ao governo do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) para que o parlamentar fosse ao debate entre os postulantes ao executivo paulista, na noite dessa terça-feira (13). Garcia intimidou a jornalista. A emissora também disse que o bolsonarista fez um “ataque covarde” contra a apresentadora.

“Convidado do candidato Tarcísio de Freitas, o político Douglas Garcia se aproximou agressivamente da jornalista que trabalhava no debate e repetiu literalmente as palavras do presidente Jair Bolsonaro em sua reação desmesurada no debate presidencial, duas semanas atrás”, afirmou a TV Cultura. “É triste que tenhamos testemunhado mais uma agressão à liberdade de imprensa representada pelo ataque covarde de um deputado estadual bolsonarista à jornalista Vera Magalhães”.

O candidato Tarcísio de Freitas havia dito que “mal conhecia” o deputado estadual e foi questionado pelo atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição.

O debate entre candidatos a governador de São Paulo, ontem (13/9), foi um espetáculo democrático, marcado pelo bom comportamento dos políticos, intensa troca de ideias e contraste de programas. Está de parabéns a política paulista.

É triste, no entanto, que tenhamos testemunhado mais uma agressão à liberdade de imprensa representada pelo ataque covarde de um deputado estadual bolsonarista à jornalista Vera Magalhães.

Convidado do candidato Tarcísio de Freitas, o político Douglas Garcia se aproximou agressivamente da jornalista que trabalhava no debate e repetiu literalmente as palavras do presidente Jair Bolsonaro em sua reação desmesurada no debate presidencial, duas semanas atrás.

É por demais extensa a lista de ataques às liberdades democráticas pelo presidente da República e seus apoiadores, muito especialmente na forma de violência contra mulheres jornalistas. E um levantamento recente mostra que a mais atacada é exatamente a apresentadora do Roda Viva.

Essa perversão vai muito além da covardia e terá que ser julgada e punida pela Justiça. Políticos pagos com dinheiro público não podem se beneficiar de seu cargo para atacar jornalistas e a imprensa, como fazem Bolsonaro, o deputado Douglas Garcia e tantos outros.

A TV Cultura se solidariza com Vera Magalhães e espera que o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa paulista puna o deputado, mostrando-se diferente da inércia dos órgãos de controle da Presidência da República, cooptados pela administração Bolsonaro.

*Com 247

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Vídeo: Deputado Douglas Garcia ofende jornalista Vera Magalhães em debate dos candidatos ao governo de SP

A colunista do Globo precisou sair escoltada do debate após ser agredida verbalmente por deputado do Republicanos.

Segundo O Globo, a comentarista da TV Cultura, apresentadora do Roda Viva e colunista do Globo Vera Magalhães foi hostilizada e agredida verbalmente pelo deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos) após debate dos candidatos ao governo de São Paulo na noite desta terça-feira.

 

Vera estava sentada em uma área reservada a jornalistas quando foi abordada por Douglas Garcia, que se referiu a ela como “vergonha para o jornalismo brasileiro”. A mesma frase foi utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para responder a uma pergunta da jornalista no debate presidencial da TV Bandeirantes, no dia 28 de agosto.

O parlamentar, que estava no debate a convite da equipe do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), se dirigiu em direção à jornalista com um celular na mão, filmando as ofensas e provocações contra a profissional. O mediador do debate, o jornalista Leão Serva, interveio e tirou o celular da mão do deputado, arremessando o aparelho para longe.

Vera precisou sair escoltada do Memorial da América Latina por seguranças do debate. Em sua conta no Twitter, ela afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência de ameaça contra o deputado. Depois do episódio, o candidato Tarcísio de Freitas ligou para Vera Magalhães para prestar solidariedade e repudiar a atitude do deputado. Ele publicou uma mensagem em seu perfil no Twitter:

O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia, também repudiou o episódio:

O candidato do PT, Fernando Haddad, também foi às redes sociais para condenar o ataque sofrido por Vera Magalhães:

Jornalista narra a agressão

A jornalista recorreu às suas redes sociais para detalhar a agressão sofrida:

“Eu estava sentada na primeira fileira do debate, local destinado aos jornalistas que iriam fazer perguntas aos candidatos, quando esse senhor se ajoelhou na minha frente, começou a me filmar sem que eu percebesse, me xingar (…) e dizendo que eu ganho R$ 500 mil por ano, quando isso não é verdade. Eu ganho R$ 22 mil por mês da TV Cultura, desde o ano de 2020, num contrato que é público, que ele como deputado já requereu e ao qual ele tem acesso, e que eu já publiquei nas minhas redes sociais. Ele veio mentir novamente, me intimidar, achar que com isso vai me calar. Isso não é aceitável. O Brasil é uma democracia. Uma democracia pressupõe imprensa livre”, declarou a jornalista em um vídeo em seu perfil no Instagram.

Vera Magalhães relembrou o ocorrido com Jair Bolsonaro e afirmou que desde o episódio da agressão naquele debate vem sofrendo “ataques violentos e virulentos de uma base bolsonarista autorizada pelo presidente, porque ele me atacou, e essa base se sente autorizada a repetir os ataques”.

Leão Serva, diretor de Jornalismo na TV Cultura, precisou intervir durante a discussão entre o deputado e a jornalista, tomando o celular das mãos do parlamentar e atirando-o no chão. Num vídeo no Twitter, Serva explicou sua atitude:

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Vídeo: Bolsonaristas convocam a “Revolta da Vacina” para 1º de novembro

Parlamentares do PSL, como Douglas Garcia, e aliados de Jair Bolsonaro, como os irmãos Weintraub, convocam ato para daqui a 15 dias contra a obrigatoriedade da vacina em São Paulo.

São Paulo terá, no dia 1 de novembro, o primeiro ato da nova “revolta da vacina”. Ela está sendo convocada por bolsonaristas, como o deputado Douglas Garcia, e os irmãos Weintraub, que se opõem à obrigatoriedade da vacina no estado de São Paulo, determinada pelo governador João Doria, do PSDB. O tucano fechou uma parceria com a Sinovac e a vacina, já testada, está sendo produzida pelo Instituto Butantan. Confira alguns tweets da convocação da revolta e reportagem sobre o boicote que será feito pelo governo Bolsonaro à vacina:

O governo de Jair Bolsonaro não liberou recursos para a compra da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante está em fase 3 de testes clínicos e concluiu uma etapa com 9 mil voluntários, sem efeitos colaterais importantes, e os resultados devem ser apresentados até o fim desta semana.

Em entrevista ao G1, o secretário estadual afirma que o governo federal só considera a compra da vacina da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo ele, o Ministério da Saúde está ignorando um medicamento que estaria em estágio mais avançado de conclusão de testes.

“Por que que uma vacina como a CoronaVac, que está no mesmo pé da de Oxford, aliás está até mais adiantada, está recebendo uma tratativa diferente? Se eu tenho vacinas que estão no mesmo estágio de discussão, por que a de Oxford recebe uma medida provisória com R$ 1,9 bilhão? A gente nem está pedindo esse valor, mas a gente quer um aceno do ministério na aquisição também das vacinas. Isso é algo democrático”, questionou.

https://twitter.com/DouglasGarcia/status/1317625597821059072?s=20

 

*Com informações do 247

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Política

Deputado do PSL Douglas Garcia e mais 33 envolvidos em esquema de ‘linchamento virtual’

As investigações conduzidas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News identificaram ao menos 33 endereços IP ligados a três funcionários do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) que estariam envolvidos em um suposto esquema de ‘linchamento virtual’ por meio de fake news. Entre eles está Edson Pires Salomão (PRTB-SP), que se afastou da chefia do gabinete de Garcia para concorrer ao cargo de vereador de São Paulo nas eleições 2020.

A informação foi apresentada pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) no depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 29 no inquérito que apura o financiamento e divulgação de atos antidemocráticos. Os detalhes sobre o depoimento do parlamentar foram divulgados pela Folha de S.Paulo e Jornal Nacional e confirmadas pelo Estadão, que também teve acesso ao depoimento.

Os dados que relacionados aos assessores de Douglas Garcia foram apresentados por Frota na esteira de informações que implicariam diretamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No caso de Eduardo, os investigadores identificaram IPs de computadores supostamente responsáveis pela ‘orientação, determinação e divulgação’ de ‘fake news’ e ataques virtuais em dois endereços ligados ao filho ’03’ do presidente: um no Jardim Botânico, onde o deputado mora em Brasília; e outro na Avenida Pasteur, no Rio, imóvel que o filho do presidente declarou à Justiça Eleitoral.

Já no caso dos assessores de Douglas Garcia, Frota indicou que os IPs identificados pela CMPI das Fake News apontam para ao menos quatro endereços: um na Rua Bandeira Paulista, no Itaim Bibi, casa de Edson Salomão; em Santos e no Guarujá, no litoral paulista, ligados a Lilian Denise Goulart da Silveira; e um na Rua Otávio Gomes, Aclimação, de propriedade de Eduardo Martins. Somente com relação a este último, os investigadores teriam identificado 30 endereços de IP e uma linha telefônica.

Em seu depoimento Frota ainda frisou que os três assessores de Douglas Garcia são ligados ao movimento Brasil Conservador, que é coordenado pelo deputado estadual em conjunto com Edson Pires Salomão, seu ex-chefe de gabinete. Este último é investigado no inquérito das fake news no Supremo e foi alvo de buscas em maio no âmbito das apurações. Na ocasião, os agentes apreenderam computadores no gabinete de Garcia na Assembleia Legislativa de São Paulo.

O deputado federal também destacou que Eduardo Bolsonaro é ‘apoiador ostensivo’ do movimento, tendo compartilhado ataques à ex-aliada de Bolsonaro Joice Hasselmann que foram criados pelo Brasil Conservador. Os mesmos faziam alusão peppa Pig, o que acabou virando mote da campanha da candidata à Prefeitura de São Paulo.

As descobertas da CPMI vão na linha do inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo em junho para apurar suposto ‘gabinete do ódio’ na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp). A investigação sobre suposta prática de atos de improbidade administrativa foi instaurada após representação em que o deputado federal Júnior Bozzella apontou que o então chefe de gabinete de Douglas Garcia gravou vídeos e realizou diversas postagens no interior do gabinete do deputado com recursos públicos e durante o horário de expediente.

Como mostrou a Coluna do Estadão em julho, a quebra de sigilo no inquérito conduzido pela Promotoria também identificou IPs de funcionários de Douglas Garcia que teriam sido responsáveis por a ataques a parlamentares do PSL adversários do clã Bolsonaro, e até ao Supremo Tribunal Federal.

Com a palavra, Douglas Garcia e o candidato Edson Salomão

“Não existe esquema de ataques virtuais, não temos acesso aos documentos da CPMI e no meu apenso do inquérito 4781, foi feito perícia nos meus equipamentos e nada que pudesse me prejudicar foi encontrado. Lamento que estejam dando credibilidade para o Alexandre Frota, que foi condenado por fake news nas eleições de 2018 e denunciado pelo MP recentemente por falsidade ideológica”.

 

*Com informações do Uol

 

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Empresários bolsonaristas pagam até R$ 5 milhões por mês para ataques a STF nas redes

Empresários bolsonaristas gastam a quantia para insultar e constranger opositores de Bolsonaro nas redes e convocar atos pró-Bolsonaro, como o do dia 15.

O inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga Fake News já está adiantando e encontrou empresários bolsonaristas financiando ataques contra ministros do STF nas redes sociais. Bolsonaristas também estão pagando anúncios no Facebook para promover os atos pró-Bolsonaro e contra o Congresso e o STF, marcados para este domingo (15).

Os ataques virtuais contra ministros do STF e seus familiares, além de contra o próprio Judiciário e o Congresso, estão custando até R$ 5 milhões a cada mês, com despesas de robôs, que atuam com postagens automáticas, e produção de material para insultar e constranger opositores do mandatário nas redes sociais.

O inquérito na Suprema Corte tramita em segredo de Justiça. O Estadão obteve informações de que as investigações sobre Fake News contra os ministros e instituições públicas está adiantado e já teria identificado parte dos empresários aliados de Jair Bolsonaro e que financiavam a prática.

Além das Fake News, a apuração que foi aberta em março do último ano, também identificou as práticas de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal por parte de empresários bolsonaristas. O caso deve ser concluído em maio, segundo a reportagem do Estadão.

Outra reportagem, do Uol, revela também nesta quarta (11) que os bolsonaristas estão financiando postagens e anúncios no Facebook e no Instagram para convocar a população aos atos pró-Bolsonaro deste domingo (15).

“De acordo com a Biblioteca de Anúncios do Facebook, há desde postagens levantando a bandeira da prisão em segunda instância e sobre o controle do Orçamento da União até aquelas que atacam o Congresso e o STF, flertando com o fechamento dessas instituições e uma intervenção militar”, informou a reportagem.

Biblioteca de Anúncios do Facebook mostra postagens patrocinadas da página oficial de Luciano Hang que convocam para ato pró-Bolsonaro –

Os financiadores destas postagens são páginas de apoio a Jair Bolsonaro e os custos disso são indefinidos, porque não há limite de mínimo ou máximo para esse investimento. Entre as páginas encontradas pela reportagem do Uol, estão a do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan; o Sargento aposentado Sebastião Domingos Neto, o Tião Neto; o militar Sérgio Adriani de Barros, autor da página “QG Conservador Jair Messias Bolsonaro Minas Gerais”; e do “Movimento Conservador – Araraquara – SP”, do assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), Rodrigo Ribeiro, que conta com 13.500 seguidores.

 

 

*Com informações do GGN

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Aperta o cerco contra Gabinete do ódio: Justiça quebra sigilo de computadores com mensagens contra o STF

A Justiça de São Paulo requereu a quebra do sigilo de computadores usados para disseminar mensagens de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a parlamentares do PSL que romperam com o presidente Jair Bolsonaro.

As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A ação investiga um suposto “gabinete do ódio” que funcionaria nas salas do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), ligado a Eduardo Bolsonaro.

Ainda segundo a acusação, ele seria apenas um braço do “gabinete do ódio” que funcionaria no Palácio do Planalto

As investigações apontam, também, que a maioria dos IPs são de um provedor público de SP, a Prodesp, o que reforça, segundo a colunista, a suspeita dos deputados do PSL que moveram o processo junto ao STF de que os ataques partiram da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Outro detalhe revelado a partir da quebra de sigilo é que parte dos IPs de onde partiram as mensagens foram acionados em horário de trabalho.

Isso levou a defesa dos parlamentares pedir agora a identificação dos responsáveis pelos endereços de cada IP para checar se são funcionários pagos com dinheiro público.

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Bolsonarista, propagador de fake News, foi quem denunciou festival punk, o que desmoraliza ainda mais Moro e a PF

Usada como polícia política por Moro, PF agora está ocupada em apenas perseguir e tentar intimidar quem na, opinião do ministro mentiroso da justiça, cometeu “delitos de opinião”, como fez com shows de punk rock, mentindo ao  dizer que não foi dele a ordem e, em seguida, foi devidamente desmascarado pelos organizadores do festival, que estamparam nas redes sociais sua assinatura no documento de perseguição política aos promotores do evento.

Agora, sabe-se pela coluna da Mônica Bergamo, na Folha, que a PF, via Moro, recebe ordens do Gabinete de bolsonarista propagador de fake News, mostrando o nível de submissão do capanga de milícia a seus senhores da família Bolsonaro.

Folha:

“A denúncia que originou a investigação contra o evento punk Fest Facada, autorizada pelo ministro Sergio Moro, da Segurança e Justiça, foi feita por Edson Salomão, presidente do Instituto Conservador e um dos organizadores dos protestos do dia 15 de março. O festival critica Jair Bolsonaro.

Salomão é chefe de gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), da tropa de choque bolsonarista e um dos mais próximos de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

O assessor é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por disseminação de fake news e já sofreu mandado de busca e apreensão em sua casa.

“Fiz a denúncia porque as artes de divulgação desse festival são uma clara apologia ao assassinato do presidente da República”, diz Salomão, afirmando que ninguém falou com Moro sobre ela.”

 

*Da redação