Categorias
Política

A grande mídia trata Moro com a mesma cegueira fanática que os bolsonaristas mais radicais tratam Bolsonaro

Elio Gaspari escreveu um artigo enfezado com bastante acidez crítica contra o ex-herói Sergio Moro, mas a sensação total de sua fala é a de que ele escreveu para os colegas de redação que ainda têm no bezerro de ouro de Curitiba alguma esperança de que ele possa ressurgir das cinzas em que chafurdou.

A última frase do seu artigo parece feita sob encomenda para Vera Magalhães que escreveu um texto em que usa Ciro para atacar Lula, tendo como objetivo sublinhar que Moro pode ter morrido politicamente para os ingratos, mas para a deslumbradíssima tucana ele pode ainda dar um caldo, sobretudo se somar forças com Dória.

Mas sejamos francos, a mídia vem cozinhando à unha o galo duro sem qualquer sustança política, numa tourada trôpega com a realidade, fazendo lembrar a cegueira dos bolsonaristas diante de um “mito” de barro que virou lama e escorre pelos dedos de seus próprios fieis, na tentativa desesperada de refazer com esse barro a divindade que eles próprios produziram a partir da inteligência de pouquíssima monta que os bolsonaristas ostentam.

Não é diferente o que caracteriza a relação da mídia brasileira com Moro de tão amorosa pelos anos de Lava Jato em que viveram um romance que deu a ele o ABC do marketing político para que fosse o presidente da República dos sonhos das redações.

Moro, no entanto, é a imagem do burro n’água. Sua malandragem comparada a um ratão do submundo do baixo clero, como Bolsonaro, mostrou que o moço, que se achava o Batman invencível, tinha canelinha de vidro, queixo de cristal e nariz de porcelana e, portanto, o grande artista criado pela honra dos estúdios da Globo, como quem forja um personagem no Projac, espatifou-se, tendo apenas como filiados de sua candidatura seus próprios criadores dentro da claque remoída da própria grande mídia.

Em certa medida, isso explica o fenômeno Bolsonaro em que não se pode esperar sensatez mínima que seja de seus fanáticos adoradores, já que a própria mídia brasileira ainda trata Moro com o mesmo fanatismo cego, surdo e tolo como alguém que se agarra desesperadamente em uma quimera fantasiada pelos próprios jornalistas.

A frase de Gaspari, que encerra seu agudíssimo artigo crítico a Moro, (Em 2022, como em 2017, pode-se fazer de tudo por Sergio Moro, menos o papel de bobo), tudo indica, teve como objetivo sacudir seus camaradas de profissão para acordarem para a realidade.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Elio Gaspari: Sergio Moro, o ‘Tigre’ de Curitiba, miou em Fortaleza

Convenhamos, de maneira mais polida, Elio Gaspari sublinha a fala do deputado Glauber Braga que chamou Moro de capanga da milícia.

Não diria que Moro, que se apresentou como Tigre de Curitiba, na Lava Jato, miou com a milícia do Ceará, acho que ele ronronou, pois, como se sabe os gatinhos adestrados ronronam quando estão felizes com seus tutores. E Moro não fez outra coisa, senão se refestelar com os mascarados do motim miliciano do Ceará.

Mas Elio Gaspari faz uma narrativa interessante sobre o episódio do governo de coalizão com as Forças Armadas e a milícia, como segue abaixo:

“Diante do motim de 10 do 43 batalhões da Polícia Militar do Ceará, Sergio Moro, o ‘Tigre’ de Curitiba, miou em Fortaleza. Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro foi ao Ceará no sétimo dia do motim, sobrevoou teatralmente a cidade e disse o seguinte: ‘Os policiais do país inteiro, não só do Ceará, são profissionais dedicados, que arriscam suas vidas, são profissionais que devem ser valorizados”

“Falso. No país inteiro há policiais dedicados, mas ele estava em Fortaleza porque lá havia PMs amotinados, usando balaclavas, esvaziando pneus de carros e ameaçando colegas que trabalhavam”

O ministro da Segurança Pública podia pelo menos ter ficado calado.

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Elio Gaspari aconselha Bolsonaro a demitir Moro e aposta que não dará em nada

Moro acha que está cacifado pela farsa da Lava Jato no mundo encantado do gado bolsomorista.

Gaspari, por sua vez, aposta que não e já abre sua matéria, no Globo, com o título: ” Os indemissíveis são dispensáveis”

Gaspari não dá voltas ou coloca panos quentes na guerra entre Bolsonaro e Moro e conclui que a relação entre eles está estragada.

É nítida a irritabilidade de Gaspari ao tratar Moro como xerife da Lava Jato, e cita que, no passado, outros intocáveis do governo se tornaram tocáveis e nada aconteceu de especial a favor deles como foi o caso de Funaro com Sarney e Golbery com Figueiredo.

Ou seja, Gaspari aposta na velha máxima citada por ele no artigo sobre uma possível demissão de Moro:

“Pode acontecer isso ou aquilo, mas sobretudo pode não acontecer nada”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Temer admite publicamente que Dilma sofreu um golpe

Depois que Janaína Paschoal, em seu twitter, admitiu que Dilma sofreu um golpe e Elio Gaspari, em matéria no Globo, destrincha, ponto a ponto, os caminhos que Moro e a Lava Jato apelaram para derrubar Dilma, agora, surpreendentemente, Michel Temer admite publicamente no Roda Viva, nesta segunda-feira (16), que Dilma não sofreu um impeachment, mas sim um golpe.

Não foi um lapso, porque ele repetiu o mesmo termo “golpe” reconstruindo a verdadeira história do falso impeachment.

Categorias
Uncategorized

Elio Gaspari esmiúça o papel da Lava Jato no golpe contra Dilma

O que tem de revelador no artigo de Elio Gaspari, neste domingo (15) no Globo, intitulado, “Moro desculpou-se, mas não se arrependeu”, não são as trocas de mensagens da Lava Jato, pois como ele mesmo diz, a Folha já havia feito essa revelação.

O que Gaspari faz com perfeição é mostrar com detalhes as filigranas de uma operação moldada por Moro e os procuradores da Lava Jato para derrubar o governo Dilma.

O interessante é que esse artigo é publicado um dia depois da revelação assombrosa de Janaína Paschoal em seu twitter, quando confessa que Dilma sofreu um golpe, com uma única frase “alguém acha que a Dilma caiu por problema contábil?”.

Gaspari soube em seu artigo traduzir com precisão a manobra macabra que estava por trás daquele vazamento que Moro fez para a Globo da conversa entre a presidenta Dilma e Lula, que resultou no impedimento da posse de Lula como Ministro-chefe da Casa Civil e, seis meses depois, a derrubada de um governo legitimamente eleito nas urnas.

Mais do que valer a pena ler o artigo, ele indica um caminho. Na verdade, o caminho natural das coisas, buscar os efeitos concretos da Lava jato na fonte para se entender não só o golpe em Dilma, mas a prisão de Lula e como a Lava Jato mergulhou o país nessa coisa abominável que se chama governo Bolsonaro, da qual Moro é parte.

 

*Da redação