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Política

Bolsonaro depõe à PF nesta quinta sobre ações do filho Eduardo nos EUA

Ex-presidente é investigado por suposto apoio a pressão contra STF articulada por Eduardo Bolsonaro.

A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira (5) o ex-presidente Jair Bolsonaro em inquérito sobre a atuação de seu filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado licenciado é suspeito de tentar influenciar autoridades americanas a sancionar ministros do Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se o ex-presidente apoiou ou teve participação direta nas articulações, que incluíram ataques públicos ao STF e reuniões com aliados de Donald Trump. A suspeita é de tentativa de obstrução das investigações e de abolição violenta do Estado de Direito.

Apoio financeiro e motivações políticas

Em entrevista, Jair Bolsonaro cheou a declarar que estaria bancando financeiramente a permanência de Eduardo nos EUA. Para a PGR, isso reforça o elo entre pai e filho nas ações investigadas. A oitiva foi autorizada por Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Também serão ouvidos diplomatas e parlamentares, segundo o Congresso em Foco.

Eduardo está sob suspeita de atuar para influenciar o governo norte-americano, especialmente aliados do ex-presidente Donald Trump, a impor sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A argumentação da Procuradoria-Geral da República é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria diretamente beneficiado pelas ações do filho.

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Política

A democracia brasileira saberá se defender de ‘inimigos nacionais ou internacionais’, diz Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (3), em Brasília (DF), que representantes das instituições democráticas brasileiras saberão se defender das ameaças aos interesses nacionais. Relator do inquérito da trama golpista, que tem Jair Bolsonaro (PL) entre os 31 réus, o magistrado é alvo de ataques da extrema-direita norte-americana e do bolsonarismo. Nos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenta conseguir apoio do governo Donald Trump para aplicar possíveis sanções contra o juiz do STF.

Em discurso no TSE, o magistrado não mencionou os EUA ao comentar sobre ameaças ao Supremo, mas disse que “pouco importam as agressões”, “quais são ou quais serão os inimigos da democracia, sejam nacionais ou internacionais”. “Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender sua democracia”, disse Moraes em discurso no Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o ministro, o TSE “deu provas, em sucessivas gestões, de que tem uma missão fundamental: realizar eleições no prazo constitucional, com absoluta lisura e segurança”. “Até que novas eleições venham, como estabelece a Constituição, esse é um princípio que não se negocia.”

O juiz do Supremo citou uma frase de Abraham Lincoln (1809-1865), que teve um papel crucial na abolição da escravidão nos EUA. “Há uma frase de Abraham Lincoln que diz que os princípios mais importantes podem — e devem — ser inflexíveis. O Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça Eleitoral, o Poder Judiciário brasileiro: todos nós somos absolutamente inflexíveis na defesa da democracia.”

Entenda
A Procuradoria-Geral da República e o STF apuram as articulações feitas pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. O parlamentar chegou a dizer que, entre os membros do Partido Republicano, propostas em defesa de sanções contra Moraes estão “indo adiante”.

Mas o governo Trump encontra dificuldades. Em fevereiro, a Justiça norte-americana rejeitou um pedido de liminar apresentado pela plataforma de vídeos Rumble e pela Trump Media & Technology Group contra Moraes. As empresas queriam ficar isentas de cumprir determinações do magistrado brasileiro, que incluíam a remoção de contas de um apoiador de Jair Bolsonaro.

Autoridades diplomáticas brasileiras já deixaram claro que sanções contra Moraes e o STF seria um desastre para as relações entre os dois países. Conforme o governo, os ataques ao ministro estariam alinhados a interesses de plataformas digitais contrárias à proposta de regulação defendidas por ministros da Corte brasileira.

Nas investigações do plano golpista, o STF, a PGR e a Polícia Federal apontaram que os participantes do esquema chegaram a discutir os assassinatos de Moraes, do presidente Lula (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).

A extrema-direita dos EUA e o bolsonarismo têm algo em comum, que é a defesa de um golpe. Em janeiro de 2021, quando Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento, uma tentativa de ruptura institucional.

No Brasil, o golpe começou a ser elaborado em 2022. Em janeiro de 2023, apoiadores de Bolsonaro também fizeram atos golpistas, em Brasília (DF), resultando em mais de 500 réus condenados pelo STF.

Também no ano de 2023, o TSE condenou Bolsonaro à inelegibilidade por declarações golpistas feitas durante um encontro com embaixadores, em Brasília, no ano anterior. Na ocasião, o político da extrema-direita brasileira afirmou que o sistema eleitoral brasileiro não tinha segurança contra fraudes.

Além de ser relator do inquérito da trama golpista, Moraes, atacado por políticos bolsonaristas e trumpistas, teve atuação, nos últimos anos, em investigações contra a propagação de fake news por milícias digitais, e na apuração sobre venda e compra ilegal de joias, que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas a patrimônio pessoal. A PF já indiciou Bolsonaro nessas outras duas investigações.

*Leonardo Lucena/247

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Brasil Mundo

Vídeo: Lula defende Moraes e enfrenta criticando os Estados Unidos

Presidente saiu em defesa do ministro do STF, alvo de tentativa de intimidação por parte do governo dos EUA.

Lula defende Moraes e diz que “nunca” criticou a Justiça dos EUA
Presidente discursou na convenção nacional do PSB neste domingo (1º); Departamento de Justiça dos EUA enviou carta ao Brasil com críticas ao ministro do STF

Além do fato do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ter anunciado recentemente restrições de visto contra autoridades estrangeiras que são “cúmplices de censura a americanos” e sugerido que Moraes pode ser alvo de sanções, o governo Trump enviou ao Ministério da Justiça brasileiro uma carta endereçada ao ministro do STF em que repreende o magistrado por ter ordenado o bloqueio de contas na Rumble, plataforma norte-americana popular entre figuras da extrema direita.

“Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes, porque ele quer prender um cara brasileiro, que está nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Que história é essa de os EUA quererem negar alguma coisa e criticar a Justiça brasileira? Eu nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade, tanta guerra, matam tanta gente. Por que que eles vão querer criticar o Brasil?”, questionou Lula.

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Política

Lula: “Se estiver bonitão do jeito que estou, extrema direita não volta a governar”

Durante discurso no congresso nacional do PSB em Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez afirmações políticas de forte caráter eleitoral e institucional.

Ele destacou que o retorno da extrema direita ao poder depende do engajamento de sua base e de sua própria motivação, afirmando que se estiver motivado, não permitirá que a extrema direita governe novamente.

O evento também marcou a posse de João Campos como presidente do PSB, partido aliado do governo. Lula enfatizou a necessidade de aumentar a representação de sua coligação no Congresso, especialmente no Senado, para proteger as instituições democráticas e evitar que a Suprema Corte seja desestabilizada.

Ele alertou que a destruição de instituições não é uma solução e que é essencial preservar a democracia.

Além disso, Lula comentou sobre tensões entre o Judiciário brasileiro e o governo dos EUA, mencionando a possibilidade de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes devido a suas decisões judiciais.

Lula questionou a crítica dos EUA à Justiça brasileira, defendendo Moraes e ressaltando a importância da unidade entre os Poderes contra ameaças à estabilidade institucional.

O congresso do PSB reuniu lideranças políticas em um momento crucial, onde Lula busca consolidar alianças para as eleições municipais de 2026 e já planeja movimentos para a disputa presidencial, reafirmando a estabilidade democrática como prioridade central de seu governo.

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Mundo

Israel e EUA usam comida como isca para acelerar genocídio em Gaza, denuncia jurista

Para professor da FGV, resposta do mundo é lenta e insuficiente

O jurista e professor de Direito na Fundação Getulio Vargas (FGV) Salem Nasser criticou duramente a atuação de uma organização paramilitar que estaria controlando o acesso à ajuda humanitária à população palestina de Gaza, com apoio dos governos de Israel e dos Estados Unidos. Segundo ele, essa ONG criada recentemente estaria tomando alimentos e suprimentos arrecadados por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) como parte de uma “política concentrada em produzir esse resultado, que é expulsar o máximo de palestinos e matar os que não quiserem sair”.

“São cenas cotidianas desse enorme crime que está sendo cometido dia após dia. Hoje, a população de Gaza estaria concentrada em cerca de 20% do território por conta da promessa de ajuda humanitária, de comida. As pessoas estão com fome. Eles estão usando a ajuda humanitária para facilitar o cometimento do crime, usando a comida para facilitar o que eles querem cumprir como objetivo final. As pessoas estão sendo bombardeadas enquanto procuram comida. É um toque de crueldade a mais”, analisa, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

O professor afirma que não há dúvidas de que, do ponto de vista do direito internacional, de que Israel está cometendo genocídio contra a população palestina de Gaza. “O mundo está permitindo não só a morte de crianças, mas os que são considerados os piores crimes na história da humanidade acontecerem nesses dias”, denuncia.

Mundo responde tarde demais
Representantes de 20 países estiveram em uma reunião presidida pelo Brasil neste domingo (25) em Madri, capital da Espanha, para discutir a criação do Estado da Palestina. O professor lembra que mais de 150 países já reconhecem a Palestina, inclusive o Brasil desde 2010, mas que o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança impede a entrada como estado-membro da organização internacional.

Nasser destaca, no entanto, que os debates diplomáticos atuais são tardios e insuficientes diante da gravidade do que ocorre em Gaza. “A resposta do mundo é muito devagar. […] Enquanto eles discutem, Israel continua a fazer o que está fazendo”, diz. Para ele, só medidas concretas como sanções ou rompimento de relações diplomáticas dariam um sinal efetivo. “Não adianta ficar dando tempo para Israel cometer o seu genocídio.”

‘Não há caminho de volta’
Questionado sobre a declaração de Israel de que matou Mohammed Sinuar, líder do Hamas, Salem Nasser minimizou o impacto da ação. Para ele, o movimento já computou a perda simbólica de seus principais nomes e continua com sua base inspirada em resistência. “Eles não têm um caminho de volta. Para eles, só tem a opção de resistir ou morrer resistindo”, afirmou, destacando que muitos palestinos veem a morte na luta como uma forma de martírio.

*BdF

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Política

Eduardo não manda em nada, só cumpre ordens de Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro não dá um pio, um passo, sem ordem do pai que é o mentor do golpe e das denúncias no EUA contra o STF.

Bolsonaro, no Uol, disse que banca Eduardo nos EUA.

Mas quem conhece a hierarquia do clã, sabe que os filhos em 100% de suas ações apenas cumprem ordens do Bolsonaro

Todas as decisões de ações quem dá a direção e a última palavra é Bolsonaro, o líder do bando.

Foi assim com Flávio, que herdou Queiroz do pai e, junto, Adriano da Nóbrega que, além do esquema de peculato “rachadinha”, a mando do pai,  foi à cadeia colocar a medalha de Tiradentes, a maior honraria do estado do Rio, no pescoço do líder do escritório do crime.

Adriano, todos sabem, foi morto na Bahia em condições até hoje nebulosas. O que pouco ou nada se fala ou se cobra é a viagem de Eduardo pra Bahia justamente um dia antes de Adriano ser executado e voltar para o Rio um dia após o arquivo vivo se transformar em morto.

Ninguém sabe até hoje o que Eduardo foi fazer nesse fim de semana na Bahia.

Mas quem deu declarações sobre sua morte foi Bolsonaro, que já tinha feito discurso a favor do miliciano parceiro de Queiroz, inclusive em um crime de um flanelinha.

Na verdade, é até meio boboca o que escrevo aqui sobre o domínio absoluto que Bolsonaro tem sobre os filhos e, praticamente, toda a família, diante da trama que montou para deslegitimar as urnas eletrônicas, assim como no caso das vacinas em seu jogo no comando máximo da nação pela melhor propina por dose, conforme a CPI do genocídio denunciou que seria a Covaxin e melou a armação de Bolsonaro.

O intuito aqui é só afirmar, sem medo de errar, que Eduardo, nos EUA, agiu e age como sempre, como pau mandado do pai, assim  como os demais filhos, ex-esposas e parentes em seus esquemas de enriquecimento ilícito, sobretudo na compra de centenas de imóveis, muitas mansões, como a que Flávio mora em Brasília.

Na verdade, Bolsonaro está colocando o filho para pagar o pato, como age um grande covarde que sempre foi que nunca assumiu seus inúmeros crimes comuns e políticos. Seja como militar, seja como civil.

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Notícia

Governo Lula trabalha para evitar sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

O governo do presidente Lula (PT), segundo a Folha, passou a intensificar os esforços diplomáticos para evitar que os EUA apliquem sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A preocupação aumentou após sinais de que a pressão para punir o magistrado não parte apenas de Eduardo Bolsonaro, mas de grupos mais influentes com acesso direto à administração Trump.

Segundo integrante do governo, os diálogos “subiram de nível” no fim de semana, com participação de autoridades de primeiro escalão. “O jogo é maior”, afirmou, destacando que donos de big techs, como Elon Musk, estariam entre os principais interessados em prejudicar Moraes e o STF.

O governo brasileiro acredita que o interesse dessas empresas não está relacionado ao julgamento de Jair Bolsonaro, mas sim à resistência do STF e do presidente Lula à atuação das plataformas digitais sem regulamentação.

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que sanções contra o ministro “estão em análise” e que “há uma grande possibilidade de isso acontecer”.

Vale ressaltar que o governo Lula avalia que há divisões dentro da administração do republicano sobre o tema, com setores econômicos que preferem evitar um confronto direto com o Brasil. Por isso, acredita que a capacidade das big techs de influenciar a adoção de sanções é limitada.

A diplomacia brasileira enfatiza que uma eventual sanção seria entendida como uma agressão ao Estado brasileiro, não apenas a Alexandre de Moraes.

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Política

É de dar dó! Eduardo Bolsonaro vira escárnio após fotos de sofrimento nos EUA

Que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu afastamento do mandato para viver o “american way of life”, todos sabem. No entanto, até mesmo perfis do ecossistema conservador têm feito piada com a “missão” internacional do parlamentar.

A prova veio do perfil Alan dos Panos, ligado ao campo conservador e conhecido por seu tom humorístico. O influenciador ironizou a estadia de Eduardo nos Estados Unidos, principalmente após a divulgação de fotos em que o deputado aparece se divertindo em um rodeio no país.

“Vocês têm ideia do sofrimento que o Bananinha está enfrentando nos EUA? É desumano! Por favor, façam mais PIX — o comunismo está destruindo a vida da família santa”, debochou o perfil, em clara provocação ao discurso da família Bolsonaro.

Apesar do tom cômico, a crítica reflete o desgaste crescente dentro da própria base bolsonarista com o comportamento do deputado, que permanece afastado de suas funções parlamentares em meio a um cenário político conturbado no Brasil. Com Forum.

Allan dos Panos
@allandospanos
Vocês têm ideia do sofrimento que o Bananinha está enfrentando nos EUA? É desumano!

Por favor, façam mais PIX — o comunismo está destruindo a vida da família santa.

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Brasil Mundo

Brasil cogita reagir se ameaça dos EUA de punir Moraes se confirmar

Planalto monitora com atenção gesto de Trump, que cogita sanção contra ministro do STF; ofensiva dos EUA é vista como parte de política de intimidação regional.

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, avalia aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada nesta sexta-feira (16) pelo colunista Jamil Chade, do portal UOL, com base em fontes da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

A proposta, ainda em fase preliminar de discussão, seria uma retaliação às decisões tomadas por Moraes no contexto da contenção de redes bolsonaristas e da responsabilização de atores envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

No Palácio do Planalto, a notícia foi recebida com cautela. A orientação atual é manter o diálogo institucional com os Estados Unidos e evitar confrontos diretos com a administração Trump.

No entanto, segundo interlocutores do governo federal ouvidos pela coluna, caso as sanções venham a ser oficializadas, a reação será imediata. A avaliação é de que qualquer medida punitiva contra um membro da Suprema Corte brasileira configura interferência externa grave nos assuntos internos do país.

Tentativa de intimidação revela estratégia mais ampla de Washington

A possível imposição de sanções contra uma autoridade judicial brasileira se insere em um padrão mais amplo de atuação dos EUA na América do Sul, especialmente desde o retorno de Trump à Casa Branca.

Segundo a mesma reportagem, há movimentações similares envolvendo governos e instituições do Chile, da Colômbia e da Bolívia — todos alvos recentes de pressão diplomática, sanções e operações de inteligência com fins políticos.

A lista de episódios envolvendo interferência direta ou indireta norte-americana é longa. Segundo o Vermelho, na Bolívia, o apoio velado a setores opositores durante a crise que levou à renúncia de Evo Morales continua sendo alvo de denúncias.

Na Colômbia, representantes dos EUA mantêm interlocução direta com lideranças conservadoras que tentam bloquear reformas sociais.

No Chile, a Casa Branca manifestou “preocupações” sobre o processo constitucional impulsionado pelo governo progressista, numa ação interpretada por setores locais como ingerência.

Operação sigilosa na Venezuela expõe violação de convenções diplomáticas

Um dos episódios mais sensíveis ocorreu recentemente na Venezuela. De acordo com fontes da diplomacia brasileira, agentes ligados ao governo dos EUA teriam participado da retirada de um exilado opositor da embaixada da Argentina em Caracas — instalação que estava sob os cuidados do Brasil desde o rompimento das relações diplomáticas entre Buenos Aires e Caracas.

O resgate clandestino, que teria contado com o apoio logístico de norte-americanos, levantou alertas sobre violações à Convenção de Viena e às normas internacionais que regulam a atuação de missões diplomáticas.

Embora os detalhes da operação não tenham sido oficialmente confirmados, o caso gerou constrangimento nos bastidores e acendeu o sinal de alerta em várias chancelarias da região.

Para o Itamaraty, esse tipo de conduta reforça a percepção de que a atual administração dos EUA opera sob uma lógica de tutela, atropelando instâncias multilaterais e normas elementares do direito internacional.

Governo brasileiro monitora e prepara resposta diplomática

Diante do risco de escalada, a posição do governo Lula tem sido marcada por prudência, mas com atenção redobrada. A diretriz, segundo fontes ouvidas por Jamil Chade, é manter uma postura institucional com a Casa Branca e evitar dar combustível às provocações da extrema direita, tanto no Brasil quanto nos EUA.

No entanto, autoridades brasileiras já discutem possíveis respostas diplomáticas, caso a sanção a Moraes se concretize.

Entre as medidas cogitadas estão uma nota de protesto formal, a convocação do embaixador norte-americano em Brasília e a articulação conjunta com países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e dos BRICS para denunciar o caráter intervencionista da ação.

A percepção no Planalto é de que a autonomia dos poderes brasileiros está sob ataque, e que o respeito à soberania nacional precisa ser reafirmado em todos os fóruns.

América do Sul volta a ser alvo de uma política de “contenção”

A movimentação da Casa Branca revela a retomada de uma política externa de contenção voltada à América do Sul, nos moldes da velha Doutrina Monroe.

A tentativa de desestabilizar instituições autônomas, como o Supremo brasileiro, e de interferir em processos políticos nacionais, faz parte de uma estratégia geopolítica dos EUA para frear o avanço de projetos soberanos e de integração regional, que voltaram a ganhar força com a eleição de governos progressistas em países como Brasil, Colômbia, México e Chile.

No centro dessa ofensiva está a instrumentalização do discurso de combate ao autoritarismo, que tem sido manipulado pela diplomacia trumpista para justificar ações unilaterais e pressões políticas contra países que resistem à agenda conservadora e neoliberal da Casa Branca.

A possível sanção contra Moraes, nesse contexto, é não apenas um gesto de hostilidade, mas uma mensagem política dirigida aos setores reacionários que ainda tentam minar a democracia brasileira.

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Brasil Mundo

EUA articulam acesso a Fernando de Noronha e Natal sob alegação de direito histórico, diz site

Argumento utilizado é o de ‘direito histórico de retorno operacional’, por investimentos feitos pelos EUA durante a Segunda Guerra

O governo dos Estados Unidos, através de diplomatas ligados ao partido Republicano, vêm articulando informalmente com interlocutores brasileiros o uso irrestrito do Aeroporto de Fernando de Noronha (SBFN) e da Base Aérea de Natal (BANT), no Rio Grande do Norte.

Segundo informações reveladas pelo site “DefesaNet”, especializado em notícias da área militar, o argumento utilizado é o de “direito histórico de retorno operacional”, com base em investimentos realizados pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial e o período da Guerra Fria. O governo de Donald Trump utilizou o mesmo argumento para tratar do Canal do Panamá, onde reivindica o controle técnico-operacional da estrutura interoceânica.

No caso brasileiro, trata-se de ativos geoestratégicos de alto valor: Fernando de Noronha como sensor-forward base no Atlântico Sul equatorial, e Base Aérea de Natal como hub logístico de trânsito transcontinental, compatível com operações aéreas interteatrais e como base de prontidão para projeção sobre África Ocidental e litoral norte sul-americano.

Especialistas ouvidos pelo “DefesaNet” apontam que tanto Fernando de Noronha quanto a Base Aérea de Natal oferecem vantagens operacionais tangíveis para a arquitetura C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computadores, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) dos Estados Unidos.

A Distância de 360 km de Fernando de Noronha até a Base Aérea de Natal é uma vantagem inquestionável frente aos 1.540 km da Ilha de Ascensão até a costa da África. | DefesaNet

No caso de Fernando de Noronha, sua localização equatorial posiciona o arquipélago como um ponto ideal para vigilância oceânica de longo alcance, sendo uma plataforma natural para a instalação de sensores eletro-ópticos, radares de superfície marítima e equipamentos ELINT/SIGINT, voltados para o monitoramento de rotas navais e aéreas. Além disso, serve de vetor avançado de interdição e coleta de inteligência.

O aeroporto do arquipélago possui capacidade de operar como ponto de apoio tático para aeronaves de vigilância marítima e UAVs de média altitude e longa duração, como os MQ-9 Reaper ou os SeaGuardian.

A Base Aérea de Natal possui pista de pouso capaz de receber aeronaves estratégicas como o C-17 Globemaster III, o KC-135 Stratotanker e o novo KC-46 Pegasus. A base oferece acesso facilitado tanto a rotas transatlânticas, sendo um hub logístico de alto valor para operações conjuntas ou expedicionárias. Também apresenta condições ideais para reabastecimento em voo, evacuação médica, mobilização rápida de forças de reação e apoio a missões aerotransportadas em cenários de crise na costa ocidental africana, Caribe ou litoral norte da América do Sul.

As duas bases permitiram aos Estados Unidos estabelecer um arco de contenção atlântico que complementaria sua atual malha de bases e pontos de apoio, como Ilha de Ascenção, a Ilha de São Tomé e instalações em Dakar.

FAB Super Tucano A-28 com pintura Comemorativa do 1º Grupo de Aviação de Caça que combateu na Itália durante a Segunda Guerra Mundial | SO Johnson/ FAB

Argumentos utilizados pelos EUA

Os argumentos utilizados pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, se baseia em três pontos. O primeiro vetor é de natureza histórico-operacional, pelos aportes financeiros, fornecimento de equipamentos, obras de engenharia e construção de pistas dados pelos EUA.

O segundo argumento é o “direito de retorno funcional”, que afirma que ativos militares financiados pelos EUA em países parceiros — especialmente em contextos de ameaça global ou competição estratégica — poderiam ser “reativados” com base em acordos tácitos ou no princípio de reciprocidade hemisférica.

O terceiro elemento utilizado pelos EUA envolve precedentes contratuais e legislativos. O extinto Acordo de Assistência Militar Brasil-EUA (1952), embora formalmente encerrado, segue sendo frequentemente citado em documentos técnicos e análises da RAND Corporation, CSIS e Heritage Foundation como referência à “tradição de interoperabilidade hemisférica”. J

Já o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) de 2019, firmado no governo Bolsonaro para viabilizar o uso da Base de Alcântara, é mencionado como precedente político e diplomático que abre margem para novas modalidades de acesso militar a instalações sensíveis sob controle brasileiro. A esse quadro somam-se ainda marcos legislativos internos dos EUA que reforçam a tese de mobilização extraterritorial.

*O Cafezinho