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China responde a Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA

Taxação de produtos agrícolas de 10 e 15%, proibição de exportações e de comercialização são as novas contramedidas da China.

China volta a responder Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA
Presidente chinês Xi Jinping e primeiro-ministro Li Qiang participam da cerimônia de abertura da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) no Grande Salão do Povo em Pequim, em 4 de março de 2025 – Pedro Pardo / AFP

No dia seguinte à decisão anunciada por Donald Trump de dobrar a taxação a todos os produtos chineses de 10% para 20%, a China implementou uma série de medidas sobre produtos e empresas dos Estados Unidos (EUA).

O Ministério do Comércio da China emitiu três anúncios que afetarão os negócios de 26 empresas estadunidenses na China. Já a Comissão Tarifária do Conselho de Estado anunciou que, a partir de 10 de março de 2025, a China implementará uma tarifa de 15% para frango, trigo, milho e algodão dos EUA, e outra de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios.

A China já havia reagido ao primeiro tarifaço de 10%. “A imposição unilateral de tarifas pelos EUA prejudica o sistema de comércio multilateral, aumenta a carga sobre empresas e consumidores americanos e prejudica a base da cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”, afirmou a Comissão em um comunicado.

Novas proibições para empresas estadunidenses
Em um primeiro documento do ministério chinês emitido nesta terça (4), a China incluiu dez empresas estadunidenses no sistema de Listas de Entidades Não Confiáveis, o que significa que as empresas não poderão comercializar com a China e nem investir.

O sistema é utilizado, de acordo com o governo chinês, para garantir “as regras econômicas e comerciais internacionais e o sistema de comércio multilateral, se opor ao unilateralismo e ao protecionismo comercial e salvaguardar a segurança nacional da China, os interesses públicos sociais e os direitos e interesses legítimos das empresas”.

Em comunicado à parte, a corporação Illumina Inc. também foi incluída nesse mesmo mecanismo, mas com a medida específica de proibição de exportação de sequenciadores genéticas (máquinas que identificam a sequência de informações genéticas de organismos) para a China.

A terceira medida colocou outras 15 empresas na Lista de Controle de Exportação.

Quais são as companhias
As primeiras dez vendem armamento ou fornecem serviços de vigilância ou análise de dados para Taiwan. De acordo com o Ministério do Comércio chinês, a decisão tem base em diversas leis, como a de Segurança Nacional, a de Sanções Antiestrangeiras.

As ações, ainda segundo o ministério, prejudicam “seriamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”.

As companhias são da indústria armamentista e/ou aeroespacial (Cubic Corporation, TCOM, L.P, Teledyne Brown Engineering,Inc., S3 AeroDefense e ACT1 Federal); aviação (Stick Rudder Enterprises LLC ); da construção naval e defesa (Huntington Ingalls Industries Inc; de análise de dados (Exovera e TextOre), e de engenharia (Planate Management Group)

Algumas destas empresas já tinham sido objeto das chamadas contramedidas em setembro de 2024. Elas foram implementadas em resposta ao anúncio do Departamento de Estado dos EUA de uma aprovação de venda de armamento militar a Taiwan em um valor de US$ 228 milhões , que acabou se confirmando em outubro por um valor muito maior, US$ 2 bilhões.

Já a Illumina, de acordo com o Ministério do Comércio, “violou os princípios normais de negociação do mercado, interrompeu transações normais com empresas chinesas, adotou medidas discriminatórias contra empresas chinesas e prejudicou seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

As outras 15 empresas possuem todas laços (em maior ou menor grau) com o Complexo Militar Industrial dos EUA. As medidas implementadas pela China nesta terça proibiram as empresas chinesas de exportar para essas empresas os chamados bens de dupla utilização (que podem ser utilizados tanto para fins pacíficos como militares).

Veja a lista abaixo:

  • Leidos
  • Gibbs & Cox, Inc.
  • IP Video Market Info, Inc.
  • Sourcemap, Inc.
  • Skydio, Inc.
  • Rapid Flight LLC
  • Red Six Solutions
  • Shield AI, Inc.
  • HavocAI
  • Neros Technologies
  • Group W
  • Aerkomm Inc.
  • General Atomics Aeronautical Systems, Inc.
  • General Dynamics Land Systems
  • AeroVironment

*BdF

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Apavorado, Eduardo Bolsonaro não deve mais retornar ao Brasil

Deputado, que está nos EUA, é alvo de representação na PGR que pede a apreensão de seu passaporte e pode até mesmo ser alvo de prisão preventiva.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está em pânico com a possibilidade de ter seu passaporte apreendido e de ser alvo de uma prisão preventiva.

“Morando” nos Estados Unidos, o filho de Jair Bolsonaro se tornou alvo de representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) por conspirar junto a parlamentares de extrema direita estadunidenses sanções ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma forma de coagir o judiciário brasileiro contra a iminente condenação de seu pai, que deve ser preso por tentativa de golpe de Estado.

A atuação do parlamentar contra o seu próprio país vem sendo vista por deputados governistas brasileiros como um crime de lesa-pátria e até mesmo uma tentativa de interferir no inquérito dos atos golpistas e nas decisões judiciais relacionadas à tentativa de golpe – o que justificaria a apreensão de seu passaporte e, em última instância, medidas cautelares mais duras, como é o caso da prisão preventiva.

Nos últimos dias, Eduardo Bolsonaro tem feito publicações em série nas redes sociais sobre o risco que corre de ter seu documento de viagem retido e vem se vitimizando com a narrativa de que seria alvo de “perseguição” e de que haveria uma “ditadura” no Brasil. Em meio a este clima de apreensão, parece ser cada vez mais certo que o deputado extremista de direita passe a viver definitivamente nos EUA e não retorne ao seu país, para escapar da Justiça, segundo a Forum.

Após o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido nos EUA, sugerir que Eduardo permaneça no país, foi a vez de Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, que também vive no país da América do Norte e que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito da trama golpista, publicar uma enquete em suas redes sociais perguntando se seus seguidores acham que Eduardo deve “voltar ao Brasil ou deveria se exilar nos EUA e usar sua influência para lutar daqui de fora contra o regime brasileiro”.

Mais de 70% dos seguidores do neto do ditador responderam que o filho de Bolsonaro deveria permanecer nos EUA e a enquete foi compartilhada pelo próprio Eduardo Bolsonaro, em uma clara sinalização de que ele deve abandonar seu mandato parlamentar no Brasil e ficar, covardemente, em território norte-americano para fugir de eventuais decisões judiciais contra ele.

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A guerra foi entre EUA e Rússica. Putin venceu

A Ucrânia entrou como preposto dos EUA nessa guerra cavada por Biden e pagou um altíssimo preço em vidas e pagará também com perda de território e riquezas.

Infelizmente, os críticos de Putin amontoam palavras sobre palavras, mas não falam o essencial que a alma sente, mas a palavra não diz.

Num pacto macabro, os EUA usaram a Ucrânia para atacar a Rússia, tentando, com isso, chegar à China e, miseravelmente, perderam a guerra.

Os soldados Ucranianos, revoltados com o passa-moleque que Trump deu no palhaço Zelensky, arrancaram da farda a bandeira dos EUA.
Este é um fato inapelável por essência.

O estado de alma dos soldados Ucranianos foi revelador, reproduzindo o fracasso dos EUA na guerra e a decepção com Trump por negociar a paz com Putin.

Quando o estado de alma chega a esse ponto, não precisa dizer mais nada.

Zelensky só cobriu a Ucrânia de vergonha por aceitar que seus soldados fossem para o abate como gado de corte dos EUA.

Essa é a realidade, sem disfarces.

Trocando em miúdos, a ambição de Zelensky é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensou no mal que, com o tempo, poderia resultar dela.

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O mito da liberdade de expressão absoluta nos EUA e o ataque de Trump à liberdade de imprensa e ao Brasil

Em razão dos atritos recentes entre o governo Trump, em conluio com as Big Techs desregradas, e a Justiça do Brasil, alguns vêm alegando, em nosso país, que a Primeira Emenda dos EUA protege a liberdade “de forma absoluta”.

Bom, em primeiro lugar, a Primeira Emenda e as decisões da Suprema Corte dos EUA sobre o tema não têm caráter extraterritorial, como parecem crer muitos ignorantes e agressores da soberania do Brasil e da sua justiça.

Em segundo, mesmo nos EUA, a liberdade de expressão não é absoluta. Há várias decisões da Suprema Corte e leis daquele país que estabelecem exceções e limites claros à liberdade de expressão.

Com efeito, mesmo nos Estados Unidos, algumas formas de discurso não são protegidas pela Primeira Emenda, ou o são apenas de forma parcial.

Categorias de discurso que recebem menor ou nenhuma proteção pela Primeira Emenda, e que podem ser objeto de restrições legais, incluem, por exemplo, uso de obscenidade, fraude, pornografia infantil, discurso que incita ação ilegal iminente, discurso que viola a lei de propriedade intelectual, ameaças conducentes a efetivo dano físico, declarações evidentemente falsas etc.

A difamação que cause dano claro à reputação, por exemplo, é um ato ilícito e uma categoria de discurso que não é protegida como liberdade de expressão.

O chamado “discurso de ódio” embora, em si mesmo, não seja uma exceção geral à proteção da Primeira Emenda, pode ser objeto de restrição, se tiver a motivação de causar danos e puder acarretar tais consequências.

A incitação à violência é também objeto de restrições. A Suprema Corte decidiu que “a defesa do uso da força” não é protegida quando é “direcionada para incitar ou produzir ação ilegal iminente”, ou que seja “provável que incite ou produza tal ação”.

No início do século XX, a incitação ilegal era determinada pelo padrão de “perigo claro e presente”, estabelecido em Schenck v. Estados Unidos (1919), no qual o Juiz Oliver Wendell Holmes Jr. observou: “A questão em todos os casos é se as palavras usadas são usadas em tais circunstâncias e são de tal natureza que criam um perigo claro e presente de que elas trarão os males substantivos que o Congresso tem o direito de prevenir”.

Esse entendimento foi limitado, no caso Brandenburg v. Ohio (1969), no qual a Suprema Corte conclui que a incitação seria ilegal somente se estivesse associada a um padrão de “ação ilegal iminente”. Por exemplo, um discurso racista em si mesmo não é crime nos EUA, mas se impuser perigo iminente a qualquer pessoa ou grupo de pessoas, é crime.

De qualquer forma, há limites. Limites que poderiam ser aplicados hipoteticamente a casos no Brasil. As incitações à violência que presidiram imediatamente o 8 de janeiro, por exemplo, poderiam ser enquadradas como ilegais, sob o prisma constitucional dos EUA.

No caso de incitação ao suicídio, as decisões da Suprema Corte são mais duras e inequívocas. Em 2017, um tribunal juvenil em Massachusetts decidiu que encorajar repetidamente alguém a cometer suicídio não era um discurso protegido pela Primeira Emenda, e considerou uma mulher de 20 anos, que tinha 17 na época do crime, culpada de homicídio culposo com base nisso.

Em 6 de fevereiro de 2019, a Suprema Corte Judicial de Massachusetts decidiu que a ré agiu com intenção criminosa, então sua condenação por homicídio culposo involuntário foi mantida. A Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou a julgar o caso, em janeiro de 2020, e manteve a condenação da Suprema Corte de Massachusetts.

Enfim, embora as leis e as decisões da Suprema Corte dos EUA sejam mais liberais que as brasileiras, lá também existem limites à liberdade de expressão que visam proteger outros direitos.

Há, porém, uma contradição, que vem sendo denunciada, há algum tempo, por jornalistas dos EUA.

Segundo eles, a liberdade de imprensa encontra, nos EUA, algumas restrições inescusáveis, principalmente após os atentados de 11 de setembro e a emergência de leis autoritárias, como o Patriot Act.

Em 2002, os Estados Unidos foram classificados em 17º lugar entre 167 países, no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa anual da Repórteres Sem Fronteiras.

Naquele ano, a classificação dos Estados Unidos (17º) foi comparativamente ruim, principalmente por causa do número de jornalistas presos ou encarcerados lá. As prisões geralmente ocorreram porque eles se recusaram a revelar suas fontes em tribunais.

Além disso, desde os ataques de 11 de setembro, vários jornalistas foram presos por cruzar “linhas de segurança”, em alguns edifícios oficiais.

Já no índice de 2006, os Estados Unidos caíram ainda mais: 53º entre 168 países.

Com efeito, as relações entre a mídia e o governo Bush se deterioraram drasticamente, pois o governo passou a importunar jornalistas que questionavam a “Guerra ao Terrorismo”.

Os tribunais federais, que se recusam a reconhecer o direito da mídia de não revelar suas fontes, chegaram até mesmo a ameaçar jornalistas cujas investigações não diziam respeito ao terrorismo.

No último relatório (2024), os EUA estão em 55º lugar. Segundo os “Repórteres Sem Fronteira”, “grandes barreiras estruturais à liberdade de imprensa persistem neste país, outrora considerado um modelo de liberdade de expressão.”

O RSF adverte, ainda, que “o primeiro mês do segundo mandato de Donald Trump como presidente tem sido um turbilhão de ataques contra o jornalismo. O presidente recém-eleito, sua administração e seus aliados políticos conduziram uma série rápida de ataques à liberdade de imprensa que equivalem a um ataque monumental à liberdade de informação.”

Ainda segundo o RSF, entre seus primeiros atos oficiais ao retornar à Casa Branca, o presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva sob o enganoso título “restaurando a liberdade de expressão e encerrando a censura federal”.

Está implícito neste documento vagamente escrito: os Estados Unidos de Trump se recusam a lutar contra a desinformação e a informação falsa online.

Enquanto isso, longe de cumprir a letra ou o espírito de sua própria ordem, Trump está travando batalhas contra a mídia americana, em várias frentes, e perdoou pelo menos 13 indivíduos condenados ou acusados ​​por atacar jornalistas, em 6 de janeiro de 2021.

Trump tem sido há muito tempo um dos maiores disseminadores de informações falsas nas mídias sociais, e sua ordem executiva, “Restaurando a liberdade de expressão e encerrando a censura federal”, é a mais recente de uma série de vitórias para os propagadores de desinformação online.

Cedendo à pressão de Trump, Mark Zuckerberg, cujas plataformas Meta são hostis ao jornalismo, acabou com a “verificação de fatos” no Facebook, que o magnata da tecnologia falsamente equiparou à censura, ao mesmo tempo que atacava jornalistas que verificavam fatos em suas redes.

O aliado de Trump, Elon Musk, também desmantelou as escassas salvaguardas de confiança e segurança em vigor, quando assumiu o Twitter e prosseguiu em banir arbitrariamente jornalistas que o criticavam no site.

Em suma, Trump, Musk e Zuckerberg, sob a escusa de defesa da liberdade de expressão e de combate à censura querem acabar com o “fact-cheking” feito por jornalistas sérios e independentes.

Querem manter suas plataformas como um território sem lei e sem regras, um faroeste comunicacional, com o intuito de perseguir seus objetivos políticos, sem serem importunados pela verdade e a factualidade. Ou pela justiça.

A liberdade de expressão não significa que o discurso público tenha que ser livre de fatos verificáveis. Ao contrário, a liberdade tem de estar assentada em fatos e verdades.

Donald Trump e seus comparsas das Big Techs, como Elon Musk e Mark Zuckerberg, estão desmantelando as poucas barreiras que a internet tinha para proteger a integridade das informações.

Explica-se, assim, o ódio de Trump e de seus aliados bolsonaristas a Alexandre de Moraes e a Justiça do Brasil, que querem, de forma soberana, constitucional e legal, impor regras civilizatórias e democráticas à produção e disseminação de informações em nosso país.

Trump fez uma aliança estratégica com as Big Techs. O ponto fulcral é o de que essa aliança entre o MAGA e as Big Techs compõe um poderosíssimo instrumento econômico, financeiro, tecnológico, social, político e cultural, que ameaça frontalmente as democracias e a soberania dos países, e que tem potencial para realizar fortes intervenções na ordem mundial, em favor de uma nova hegemonia dos EUA.

Tal estratégia visa impor o tecnofeudalismo (Varoufakis) estadunidense no mundo e articular a extrema-direita em nível mundial.

Para que tal estratégia funcione, é essencial, porém, que as Big Techs tenham absoluta liberdade de atuação, sem obedecer a regulamentos e leis que possam limitá-las. Tudo, é claro, em nome da “liberdade de expressão”.

Pelo andar da carruagem, poderia não estar longe o dia em que Trump imporia sanções contra Moraes e o Brasil.

*Por Marcelo Zero, sociólogo e especialista em Relações Internacionais/Viomundo

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Política

Ministros do STJ rebatem crítica dos EUA e defendem Alexandre de Moraes

Declaração ocorre em resposta a um órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA que criticou o bloqueio de redes sociais estadunidenses.

Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicaram, nesta sexta-feira (28), uma nota oficial em defesa das decisões do Judiciário brasileiro e da soberania nacional, após manifestação do governo dos Estados Unidos questionando medidas tomadas pela Justiça do país. O documento enfatiza a importância do respeito à independência dos poderes e reitera a relação harmoniosa entre Brasil e EUA.

“Nenhum juiz brasileiro julga sozinho um litígio, por menor que seja, sem que da sua decisão caiba pelo menos um recurso para órgão colegiado, no mesmo tribunal ou em tribunal superior. Essa é a maior garantia que os cidadãos e as empresas brasileiros e estrangeiros têm de que a lei, sem arbitrariedade ou privilégio, valerá igualmente para todos”, afirma a nota divulgada pelo STJ, de acordo com o g1.

A declaração ocorre em resposta a um órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA, que, no início desta semana, criticou a decisão das autoridades brasileiras de bloquear redes sociais norte-americanas. O documento publicado pelo governo dos EUA faz alusão à medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da plataforma Rumble no Brasil por “reiterado descumprimento” de ordens judiciais.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) também divulgou um comunicado oficial, no qual classifica a posição dos EUA como uma tentativa de politizar decisões judiciais brasileiras. “O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”, afirma a nota do Itamaraty.


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Mundo

Nos EUA, cidade de maioria negra se arma para enfrentar neonazistas

Moradores de Lincoln Heights (EUA) organizaram um grupo armado para proteger a população negra da cidade depois que neonazistas se instalou em seus arredores no início de fevereiro.

O episódio que causou revolta na população majoritariamente negra dessa localidade foi a chegada de caminhão com pessoas mascaradas, armadas, que exibiam bandeiras com suásticas vermelhas e gritavam insultos racistas. O caminhão estacionou em um viaduto próximo à entrada da cidade e, desde então, está ameaçando a comunidade negra.

Manifestação neonazista
O primeiro incidente foi uma manifestação neonazista em 7 de fevereiro. Manifestantes carregavam rifles AR-15 e agitavam bandeiras com suásticas. Foram embora depois que um grande grupo de moradores de Lincoln Heights apareceu para se contrapor à marcha. Para os moradores da comunidade, a polícia local pouco fez diante das ameaças racistas do grupo neonazista.

Os membros mantiveram a vigilância quando os moradores de Lincoln Heights organizaram um protesto na semana passada e fizeram a segurança de pessoas que falaram em reuniões comunitárias.

A tensão aumentou ainda mais no domingo (23), quando um outro grupo espalhou panfletos racistas da Ku Klux Klan pela cidade. As forças policiais alegam que os manifestantes estavam exercendo a liberdade de expressão garantida por lei, mas que foram orientados a deixar o local para evitar um conflito maior.

As forças policiais alegam que os manifestantes estavam exercendo a liberdade de expressão garantida por lei, mas que foram orientados a deixar o local para evitar um conflito maior. A resposta das autoridade policiais foi considerada insuficiente pelos moradores.

https://twitter.com/i/status/1888019962704576769

*ICL


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Governo Lula não aceita ‘politizar decisões judiciais’ e diz que EUA distorcem ordens do STF

Declaração ocorre em resposta à nota publicada no X que faz referência implícita ao caso do Rumble contra Moraes.

O governo Lula, por meio do Itamaraty, afirmou nesta quarta-feira (26) que o governo Donald Trump distorce o sentido das ordens do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal de Justiça), e que rejeita a tentativa de politizar decisões judiciais.

“O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos Poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”, informou o Ministério das Relações Exteriores em nota.

O comunicado afirma que o governo brasileiro foi pego de surpresa pela nota do Departamento de Estado dos Estados Unidos, seu órgão equivalente no país, “a respeito de ação judicial movida por empresas privadas daquele país para eximirem-se do cumprimento de decisões da Suprema Corte brasileira”.

A declaração ocorre em resposta à nota publicada no X pelo escritório do Hemisfério Ocidental do departamento que faz referência implícita ao caso do Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

governo Lula e rumble

Governo Lula se posiciona sobre EUA x Moraes
“O respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil”, escreveu o perfil do Escritório do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado no X.

“Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão.”

“A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil”, afirmou o Itamaraty.

A pasta ainda diz que a liberdade de expressão deve ser exercida no Brasil “em consonância” com “os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal”.

Depois, cita que o Estado brasileiro e as instituições foram alvo de “orquestração antidemocrática”. “Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro”, diz a nota. Com ICL.

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Ao invés de ajudar Musk e DOGE, funcionários federais de tecnologia dos EUA, renunciam

O presidente Donald Trump defendeu a exigência de Elon Musk por e-mail aos funcionários federais, dizendo-lhes para explicar suas realizações recentes ou correr o risco de serem demitidos, mesmo quando funcionários de agências governamentais foram informados de que o cumprimento do decreto de Musk era voluntário. Mais de 20 funcionários públicos pediram demissão na terça-feira […]

O presidente Donald Trump defendeu a exigência de Elon Musk por e-mail aos funcionários federais, dizendo-lhes para explicar suas realizações recentes ou correr o risco de serem demitidos, mesmo quando funcionários de agências governamentais foram informados de que o cumprimento do decreto de Musk era voluntário.

Mais de 20 funcionários públicos pediram demissão na terça-feira do Departamento de Eficiência Governamental do conselheiro bilionário de Trump, Elon Musk, dizendo que se recusavam a usar sua expertise técnica para “desmantelar serviços públicos essenciais”.

“Juramos servir o povo americano e manter nosso juramento à Constituição em todas as administrações presidenciais”, escreveram os 21 funcionários em uma carta de renúncia conjunta, uma cópia da qual foi obtida pela The Associated Press. “No entanto, ficou claro que não podemos mais honrar esses compromissos.”

Os funcionários também alertaram que muitos dos recrutados por Musk para ajudá-lo a reduzir o tamanho do governo federal sob a administração do presidente Donald Trump eram ideólogos políticos que não tinham as habilidades ou experiência necessárias para a tarefa que tinham pela frente.

A renúncia em massa de engenheiros, cientistas de dados, designers e gerentes de produtos é um revés temporário para Musk e o expurgo tecnológico da força de trabalho federal do presidente republicano. Ela ocorre em meio a uma onda de contestações judiciais que buscaram paralisar, interromper ou desfazer seus esforços para demitir ou coagir milhares de funcionários do governo a deixarem seus empregos.

Em uma declaração, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, rejeitou a renúncia em massa.

“Qualquer um que pense que protestos, processos e guerras jurídicas deterão o presidente Trump deve ter dormido debaixo de uma pedra nos últimos anos”, disse Leavitt. “O presidente Trump não será dissuadido de cumprir as promessas que fez para tornar nosso governo federal mais eficiente e mais responsável perante os trabalhadores contribuintes americanos.”

Musk tem condições de assumir contrato para consertar sistema de comunicação de tráfego aéreo.

Musk postou em seu site de mídia social X que a história era uma “notícia falsa” e sugeriu que os funcionários eram “remanescentes políticos democratas” que “teriam sido demitidos se não tivessem renunciado”.

Os funcionários que pediram demissão trabalharam para o United States Digital Service, mas disseram que suas funções estavam sendo integradas ao DOGE. Seu antigo escritório, o USDS, foi estabelecido sob o presidente Barack Obama após o lançamento malfeito do Healthcare.gov, o portal da web que milhões de americanos usam para se inscrever em planos de seguro por meio da lei de assistência médica assinada pelo democrata.

Todos ocuparam cargos de liderança em empresas de tecnologia como Google e Amazon e escreveram em sua carta de demissão que ingressaram no governo por um senso de dever para com o serviço público.

O empoderamento de Musk por Trump virou isso de cabeça para baixo. No dia seguinte à posse de Trump, os funcionários escreveram que foram chamados para uma série de entrevistas que prenunciaram o trabalho secreto e perturbador do Departamento de Eficiência Governamental de Musk, ou DOGE.

De acordo com os funcionários, pessoas usando crachás de visitantes da Casa Branca, algumas das quais não deram seus nomes, interrogaram os funcionários apartidários sobre suas qualificações e política. Alguns fizeram declarações que indicavam que tinham um entendimento técnico limitado. Muitos eram jovens e pareciam guiados pela ideologia e fandom de Musk — não por melhorar a tecnologia do governo.

“Vários desses entrevistadores se recusaram a se identificar, fizeram perguntas sobre lealdade política, tentaram colocar colegas uns contra os outros e demonstraram capacidade técnica limitada”, escreveram os funcionários em sua carta. “Esse processo criou riscos de segurança significativos.”

No início deste mês, cerca de 40 funcionários do escritório foram demitidos. As demissões representaram um golpe devastador na capacidade do governo de administrar e proteger sua própria pegada tecnológica, eles escreveram, segundo o Cafezinho.

“Esses servidores públicos altamente qualificados estavam trabalhando para modernizar a Previdência Social, serviços para veteranos, declaração de impostos, assistência médica, assistência a desastres, auxílio estudantil e outros serviços essenciais”, afirma a carta de demissão. “Sua remoção coloca em risco milhões de americanos que dependem desses serviços todos os dias. A perda repentina de sua expertise em tecnologia torna os sistemas essenciais e os dados dos americanos menos seguros.”

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Política

Vídeo – É para rir? Senador bolsonarista Marcos do Val pede ‘pelo amor de Deus que os EUA invadam o Brasil’

O senador também provocou o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Faltam parafusos, é lógico.

O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) defendeu que tropas norte-americanas iniciem uma invasão ao Brasil e cutucou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito do plano golpista na Corte.

“Pedir pelo amor de Deus que os EUA invadam o Brasil para recuperar a nossa democracia. O que vamos fazer? Alexandre (de Moraes) está rindo”, disse o parlamentar, de acordo com um vídeo que circula nas redes sociais.

Os ataques dos bolsonaristas a Moraes e à soberania brasileira foram divulgados em um contexto no qual Jair Bolsonaro (PL) e mais de 33 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação da trama golpista. O STF analisa o caso e pode condenar o político da extrema-direita à prisão.

As articulações entre bolsonaristas e os EUA não acontecem por acaso. Críticas ao Judiciário são uma estratégia do norte-americano Steve Bannon, de 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países.

O estrategista do atual presidente norte-americano, Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

Em janeiro de 2021, quando Donald Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Durante seu governo, Jair Bolsonaro tentou passar para a população a ideia de que o Judiciário atrapalhava a gestão. O ex-mandatário defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição em 2022. Em novembro daquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas. Com 247.

Em janeiro de 2023, bolsonaristas realizaram atos golpistas e invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), resultando em mais de 370 condenações emitidas pelo STF. Novos julgamentos acontecerão.

Também em 2023, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por declarações golpistas no ano anterior, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília, que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

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Brasil

EUA consideram Brasil de Lula para forças de paz na Ucrânia, aponta The Economist

Proposta visa incluir países não europeus em missão de cessar-fogo; Rússia manifesta oposição à presença estrangeira.

A revista britânica The Economist informou que o governo dos Estados Unidos está avaliando a inclusão do Brasil em uma força de manutenção da paz na Ucrânia. A iniciativa busca garantir a implementação de um cessar-fogo, caso um acordo seja estabelecido entre Kiev e Moscou.

A proposta surge em meio à decisão do presidente Donald Trump de excluir aliados da Otan das negociações de paz com o presidente russo, Vladimir Putin. Autoridades americanas sugerem que a presença de nações como o Brasil ao longo de uma eventual linha de cessar-fogo poderia servir como uma medida dissuasória contra possíveis agressões russas.

No entanto, a Rússia já manifestou oposição à implantação de tropas estrangeiras na Ucrânia, o que indica que os EUA teriam que persuadir Putin a aceitar tal arranjo.

A proposta de incluir países não europeus em uma força de paz contrasta com as recentes declarações de nações europeias. Holanda e Bélgica, por exemplo, não descartaram a possibilidade de enviar suas próprias tropas para garantir a segurança na Ucrânia após um possível acordo de paz.

Até o momento, o Brasil não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade de participar de uma missão de paz na Ucrânia. O país mantém relações diplomáticas com a Rússia e faz parte do grupo BRICS, o que pode influenciar sua decisão sobre uma eventual participação em forças de paz na região.

*Transmissão Política