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Política

Moraes determina bloqueio de bens e contas de Eduardo Bolsonaro

A medida é mais uma estratégia da investigação contra as ações do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho para obter sanções do governo de Donald Trump contra o Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio de contas bancárias e chave Pix do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com o objetivo de tentar dificultar suas ações nos Estados Unidos. Também foram alvo de bloqueios bens móveis, imóveis e o recebimento de seu salário como parlamentar.

Após ter obtido a aplicação de medidas restritivas a Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, a PF considerou que seria mais eficaz aplicar medidas patrimoniais contra Eduardo, já que ele está nos Estados Unidos.

Neste mês, Trump enviou uma carta ao presidente Lula e anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras. O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) abriu uma investigação comercial contra o Brasil.

O presidente Lula afirmou que o Brasil responderá aos EUA com a Lei de Reciprocidade Econômica. Essa legislação prevê critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações referentes a direitos de propriedade intelectual.


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Mundo

As tarifas de Trump são uma confissão de derrota dos EUA

Usar como ferramenta de política econômica tarifas contra parceiros comerciais para reconfigurar uma dinâmica francamente decadente dos EUA é assinar confissão de derrota.

Gerenciar uma lógica avessa a própria ideia de mercado livre é assumir que não existe um mínimo de regra que paute esse pensamento destrambelhado.

Governar um país tentando inventar um outro país que não existe dentro dos termos impostos pelos idealizadores dessa lambança é conduzir os EUA para um enterro compulsório.

Seu governo, em apenas seis meses, já deu errado sob qualquer ângulo que se olhe, mas parece que os orientadores de Trump, ou querem lhe derrubar ou não têm a menor ideia do que estão propondo.

A popularidade de Trump despencou, antes mesmo do escândalo de pedofilia, que está bombando dentro e fora dos EUA.

Na verdade, o mau-humor de seu eleitorado virou um tijolo só por conta da abestalhada ideia de que as tarifas seriam boas para a sociedade americana, quando a realidade escancara o avesso.

Não é um projeto francamente neofascista que dará cabo de uma desordem capitalista tão latente quanto essa, que se arrasta, há décadas, nas terras do tio Trump.

As forças políticas e sociais, que apoiam Trump, estão cada dia mais ralas.

O apogeu dessa crise de credibilidade parece não ter fundo.
Mesmo os mais desinformados ou fanáticos trumpistas, já começam a jogar a toalha.

Qualquer análise circunstanciada na realidade hoje dirá que Trump está a cada dia mais perto do seu prematuro fim de governo.


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Brasil Mundo

Lula denuncia ‘intimidação’ dos EUA contra STF após revogação do visto de Moraes

 

Presidente classificou medida, anunciada em meio à guerra tarifária contra o Brasil, como ‘inaceitável, arbitrária e sem fundamento’

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste sábado (19/07) a decisão dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando-a como “inaceitável”.

Em nota oficial, o mandatário afirmou que a medida anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é “arbitrária” e uma tentativa de “intimidação” aos ministros do STF.

Disse Lula:

Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos.

A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.

Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.

Lula destacou ainda que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. Opera Mundi.

“Nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, concluiu.

O governo norte-americano determinou na última sexta-feira (18/07) a revogação imediata dos vistos de Moraes, de seus familiares e de seus “aliados na corte”, sem especificar quais outros ministros do STF e demais pessoas devem ser atingidos pela medida. É possível que restrição afete pelo menos oito dos 11 ministros da Suprema Corte.

A decisão foi apresentada como uma retaliação às decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (18/07) e, por determinação do STF, passou a usar tornozeleira eletrônica, como parte de medidas cautelares para evitar uma possível fuga do país.


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Política

Lula diz ser ‘interferência inaceitável’ dos EUA com vistos e dá apoio ao STF

O presidente Lula (PT) prestou apoio hoje aos ministros do STF que tiveram os vistos para os Estados Unidos revogados por ordem do governo norte-americano.

Lula disse em nota que os ministros foram “atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos”. O anúncio contra as autoridades do Supremo Tribunal Federal foram feitas ontem à noite pelo departamento de Estado, após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Presidente brasileiro chamou a decisão dos EUA de “inaceitável”. Disse ainda que a sanção “fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”.

EUA revogaram visto de Alexandre de Moraes, “seus aliados da corte” e familiares do ministro. As sanções incluem todos os ministros do STF —menos André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux— e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A lista com o nome dos atingidos pela sanção não foi divulgada pelo governo norte-americano.

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, citou “caça às bruxas” contra Bolsonaro. É o mesmo termo usado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para justificar o anúncio de tarifas de 50% contra produtos brasileiros e em reiteradas declarações de apoio ao ex-presidente brasileiro.

Lula tem subido o tom das críticas a Trump após o anúncio do tarifaço contra o Brasil. “Não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente da República”, afirmou ele nesta semana, durante congresso na UNE (União Nacional dos Estudantes).

Ministros e lideranças do governo também se pronunciaram sobre as sanções a integrantes do STF. “Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país”, afirmou a ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais.

Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos Poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado democrático de Direito.
Lula, presidente do Brasil.

Disse Lula:

“Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos.

A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.

Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado democrático de Direito.”.

*Uol


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Brasil Mundo

Nos EUA, maior bloco empresarial do mundo pressiona Trump por fim da tarifa ao Brasil

U.S. Chamber of Commerce faz apelo junto a Amcham Brasil pedindo para o presidente Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil

A U.S. Chamber of Commerce, a maior organização empresarial do mundo que representa grandes corporações e associações setoriais nos Estados Unidos, pediu para o presidente americano Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil. O apelo foi feito via nota assinada em conjunto com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).

As entidades solicitam que Brasil e Estados Unidos se engajem em negociações de alto nível para evitar a implementação das tarifas de 50% a partir de agosto. Elas alertam que a medida tem o potencial de provocar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelecer “um precedente preocupante”. A nota lembra que o Brasil está entre os dez principais mercados de exportação dos EUA e que 6.500 empresas americanas dependem de produtos importados do Brasil.

“A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”, diz a nota. “A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos”, completa.

*Veja


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Pesquisa

Mais de 60% dos brasileiros acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor que Bolsonaro

Pesquisa feita pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg registrou 49,7% de aprovação ao presidente brasileiro.

Um levantamento realizado pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg divulgado nesta terça-feira (15) aponta um crescimento na aprovação do governo Lula após o anúncio de Donald Trump de novas tarifas impostas aos produtos brasileiros exportados aos EUA. Segundo o levantamento, que registrou 49,7% de aprovação presidencial, 61,1% acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor do que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2023, o índice era de 51% e vem crescendo desde então.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados como avaliam a resposta do governo brasileiro às tarifas. Para 44,8%, a reação foi adequada; 27,5% a consideram “agressiva”, enquanto 25,2% avaliam que a postura do governo foi “fraca”. O presidente assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, que permitirá ao país adotar medidas em resposta à tarifa. O decreto também cria um comitê formado por representantes do governo e por empresários para discutir a sobretaxa imposta por Trump. De maneira geral, a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada por 60,2% enquanto 38,9% desaprovam.

Sobre as próprias tarifas, 62,2% as consideram “injustificadas”, enquanto 36,8% veem alguma justificativa possível. A maior parte dos entrevistados (40,9%) acredita que as ações de Trump foram uma “retaliação contra a participação do Brasil nos Brics“, e 36,9% atribuem à “atuação da família Bolsonaro junto a Donald Trump”. Já 16,8% aceitam a justificativa apresentada pelo estadunidense e afirmam que as tarifas são uma “retaliação contra decisões do STF sobre redes sociais americanas”. Apenas 3,5% acham que as medidas foram motivadas por um “desejo genuíno de tornar o comércio com o Brasil mais favorável aos EUA”.

Quando questionados se as justificativas de Trump para as tarifas podem ser consideradas “uma ameaça à soberania brasileira”, o resultado se aproxima de um empate técnico: 50,3% acreditam que sim, enquanto 47,8% discordam.

Os entrevistados avaliaram também a proximidade do governo com outros países. 39% acreditam que o Brasil está tão próximo quanto deveria dos EUA, enquanto 48% gostariam de mais proximidade e 13% consideram o país norte-americano “mais próximo do que deveria”. Quanto à China, 51% aprovam o grau de proximidade, 34% acham “mais próximo do que deveria” e 16% acreditam que os países poderiam ser ainda mais próximos. A Argentina aparece como país com maior índice da resposta “menos próximo do que deveria”, demonstrando o desejo de 54% dos entrevistados.

A pesquisa questionou 2.841 pessoas entre os dias 11 e 13 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

*BdF


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Mundo

Com a decadência irreversível do império, Trump faz o mundo parecer um hospício

Depois de prometer taxar os produtos do Brasil em 50%, Trump anuncia tarifas de 30% sobre a UE e o México

O anúncio das novas tarifas por Trump frustrou as esperanças de acordos comerciais que evitariam tais impostos punitivos. As tarifas entrariam em vigor em 1º de agosto.

Trump pode desencadear outro choque no mercado, alertam investidores.

O maior exportador de vestuário da África pode falir devido às tarifas dos EUA.

Certamente, pensando em uma guerra contra a China, os EUA exigem saber o que os aliados fariam por Taiwan em caso de guerra.

Por que Wall Street está ignorando as crescentes ameaças de Trump sobre tarifas?

Simples, os investidores se sentem livres para continuar aumentando os preços das ações porque presumem que Trump sempre recuará de seus planos tarifários mais custosos, disseram analistas de mercado.

O bilionário da tecnologia e conselheiro de Trump, Marc Andreesen, diz que as universidades ‘pagarão o preço’ pela DEI.

Em um bate-papo privado, Andreessen atacou as faculdades por promoverem a diversidade, dizendo que elas discriminavam “crianças nativas”.

Lojas de presentes de parques são obrigadas a remover itens que ‘depreciam os americanos’

A diretriz do Serviço de Parques Nacionais faz parte de um esforço mais amplo do governo Trump para reformular a maneira como a história americana é contada nas instituições federais.

Gatilho das maluquices de Trump
Preço do café sobe nos EUA após Trump ameaçar impor tarifas de 50% ao Brasil


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Política

Bolsonaro pode ser preso se tentar fuga para os EUA

A revelação de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam a possibilidade de Jair Bolsonaro tentar fugir para os Estados Unidos, com apoio do ex-presidente Donald Trump, conforme divulgou a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, reacendeu o debate jurídico sobre as consequências de uma eventual tentativa de evasão do ex-mandatário.

Bolsonaro é réu em ação penal no STF que trata da tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o que torna sua situação ainda mais delicada diante de qualquer movimento que possa ser interpretado como tentativa de frustrar a aplicação da lei penal.

De acordo com o artigo 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva pode ser decretada nos casos em que há indício de que o réu, em liberdade, representa risco à ordem pública, à instrução do processo ou à aplicação da lei penal. Entre os fundamentos aceitos pelos tribunais está o risco concreto de fuga.

Ainda que não haja, até o momento, qualquer decisão do STF nesse sentido, eventual tentativa de sair do país sem autorização judicial — ou mesmo por vias diplomáticas — pode ser considerada fator suficiente para justificar a adoção de medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva ou o monitoramento eletrônico por tornozeleira, como previsto no artigo 319 do mesmo código.

Histórico de Bolsonaro fundamenta prisão preventiva
Nesse sentido, Bolsonaro tem ainda um histórico de episódios que reforçam a possibilidade de fuga. Entre os dias 12 e 14 de fevereiro de 2024, ele esteve hospedado na embaixada da Hungria em Brasília, após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal por ordem do STF.

O episódio, revelado por imagens internas da representação diplomática, chamou a atenção por ter ocorrido justamente quando o ex-presidente já era investigado por envolvimento em tramas golpistas e estava impedido de sair do país. Embora não tenha sido formalmente acusado de buscar asilo político, o gesto levantou questionamentos sobre eventuais tentativas de burlar medidas judiciais.

Outro episódio considerado relevante para esse contexto foi a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos logo após sua derrota nas eleições de 2022. O então presidente embarcou para a Flórida em 30 de dezembro, dois dias antes do fim do mandato, e permaneceu no exterior por cerca de três meses.

Na ocasião, embora ainda não houvesse ações penais formalizadas, já existiam apurações preliminares sobre sua conduta, inclusive em relação à instigação de ataques às instituições democráticas. Além disso, ele alegou ter tido “pressentimento” de que poderia ter algum problema no Brasil para justificar a viagem.

Foi justamente nesse período em que ele esteve fora que ocorreram os atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas depredaram a Praça dos Três Poderes, emulando o ataque de trumpistas ao Capitólio cerca de dois anos antes, quando o atual presidente perdeu a disputa pela reeleição. O histórico recente, portanto, pode ser levado em consideração por autoridades judiciais caso surjam novos indícios de intenção de fuga por parte do brasileiro.

As especulações sobre uma possível ação coordenada para levar Bolsonaro aos Estados Unidos se intensificaram após a divulgação de carta enviada por Donald Trump ao presidente Lula, na qual o ex-presidente norte-americano anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Na mensagem, Trump alega que Bolsonaro estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira, retomando a narrativa de que processos judiciais contra líderes de extrema direita são, na verdade, manobras políticas. A vinculação direta entre as tarifas e a defesa de Bolsonaro elevou a tensão diplomática entre os dois países e gerou reações em setores do governo brasileiro e da sociedade civil.

Embora a carta não tenha efeitos jurídicos diretos sobre os processos em curso no Brasil, ela reforça o pano de fundo político que cerca o caso e levanta hipóteses sobre eventual apoio logístico ou diplomático para que Bolsonaro busque abrigo fora do país.

Nesse cenário, especialistas em direito penal e constitucional destacam que o sistema jurídico brasileiro dispõe de instrumentos suficientes para reagir a qualquer tentativa de evasão, inclusive com a expedição de mandado de prisão preventiva, ou ainda a colocação de tornozeleira eletrônica, que permita o monitoramento do réu, se houver elementos que comprovem sua intenção de se furtar à aplicação da Justiça, segundo a TVTNews.

Até o momento, não há qualquer medida cautelar imposta pelo STF nesse sentido, além da apreensão do passaporte. No entanto, como o processo penal segue em curso e novos desdobramentos podem surgir a qualquer momento, a possibilidade de adoção de medidas restritivas não está descartada do ponto de vista legal.

Caso Bolsonaro tente deixar o país novamente sem autorização judicial, poderá abrir caminho para a adoção imediata de providências compatíveis com o risco de fuga, como previsto na legislação brasileira.


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Brasil Mundo

Deixa o Brasil em paz!: Brasileiros ‘invadem’ perfil de Trump após tarifas

Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% sobre produtos exportados do Brasil, usuários brasileiros tomaram conta dos comentários em seu perfil no Instagram. As postagens passaram a receber mensagens como “Deixe o Brasil em paz”, “Brasil soberano” e “O Brasil não é terra sem lei”.

A mobilização foi tão intensa que Trump decidiu restringir os comentários em suas publicações.

O anúncio das tarifas gerou reação imediata também entre autoridades e especialistas. Trump alegou que a relação comercial entre os dois países é “injusta” e mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF como parte da motivação para as novas medidas.

A interpretação de analistas é que a decisão tem forte viés político. “Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”, afirmou o economista e Nobel, Paul Krugman.

Entidades da indústria e do agronegócio brasileiro expressaram preocupação, alertando para o impacto sobre empregos. O presidente Lula reagiu dizendo que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e reiterou a soberania nacional.

Nas redes, os comentários continuaram a crescer, com usuários até citando trechos do Hino Nacional. “O Brasil não é seu quintal”, escreveu uma internauta. Outros, porém, demonstraram apoio a Trump e às novas tarifas. Com ICL

Veja alguns dos comentários nas redes sociais de Trump:

Trump

Trump


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Política

Fogo amigo: Nikolas Ferreira manda indireta para Eduardo Bolsonaro

Deputado mineiro é criticado por bolsonaristas após participação em podcast nos EUA.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) entrou na mira de ataques de bolsonaristas após mandar uma clara indireta contra o ex-companheiro de Câmara, Eduardo Bolsonaro.

Durante participação em um podcast de extrema direita estadunidense, o PBD Podcast, o parlamentar mineiro afirmou que não deseja uma intervenção dos EUA no Brasil em favor de Bolsonaro.

“Como eu estava dizendo, eu não quero que [os EUA] interfiram em nada, nem na direita, nem na esquerda”, disse Nikolas Ferreira.

A fala dele ocorre no mesmo momento em que Eduardo Bolsonaro está atuando nos EUA para tentar sancionar Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.

O foco do filho de Bolsonaro tem sido atuar como lobista junto a Paulo Figueiredo, outro porta-voz da extrema direita, para tentar fortalecer a influência de Donald Trump no Brasil.

O recado no podcast foi visto como uma indireta para Eduardo. O parlamentar mineiro é uma das figuras mais fortes do bolsonarismo nas redes. Apesar de, em sua fala, dizer que o objetivo de seu grupo político é colocar a população nas ruas, Nikolas não fez convocações ou repercutiu o ato bolsonarista feito na Avenida Paulista em 29 de junho, último domingo.

“Ele quer ser protagonista”, disse um usuário no X comentando a indireta de Nikolas. “Esse cara foi fisgado pela esquerda. É um traíra. Farei campanha contra esse cara em Minas”, afirmou outra conta no Twitter. “Tucaninho que faz crossfit”, zombou outro, diz a Forum.


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