Categorias
Uncategorized

Urgente!: Golpe na Bolívia obriga Evo Morales a renunciar

Após Forças Armadas adentrarem no golpismo da direita, Evo renuncia e pede pacificação do país.

Eleito para um quarto mandato, Evo Morales acaba de renunciar ao cargo, depois que militares bolivianos sugeriram sua saída do cargo.

Golpe consumado. O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo (10) sua renúncia pouco depois das Forças Armadas e da Defensoria Pública boliviana aderirem ao golpismo promovido pela oposição, capitaneada por Luis Fernando Camacho e Carlos Mesa, segundo colocado nas eleições de 20 de novembro. O pleito, rejeitado pela direita, garantiu um quarto mandato ao ex-líder sindical cocaleiro.

Pouco antes de Morales oficializar sua saída do posto, uma série de lideranças do MAS, partido oficialista, apresentaram renúncia. Governadores, deputados, senadores, ministros e a presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral deixaram seus postos em meio ao avanço da violência dos golpistas, que queimaram casas e perseguiram parentes dos moralistas.

Por volta das 17:54, horário de Brasília, foi feito o anúncio oficial, na cidade Chimore, província de La Paz. O vice-presidente Álvaro Garcia Linera também renunciou ao posto.

Com o objetivo de tentar pacificar o país, em conflito desde que a oposição pregou o não-reconhecimento do resultado das urnas que garantiu vitória em primeiro turno para o ex-dirigente sindical cocaleiro, Morales propôs na manhã deste domingo a realização de novas eleições gerais. A Organização dos Estados Americanos fez uma auditoria nas urnas e não declarou se houve fraude, mas também recomendou um novo pleito devido ao caos instalado pelos opositores.

 

 

*Com informações da Forum

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro quer se distanciar de Queiroz; Bolsonaro quer se distanciar de Bolsonaro

Depois dos mais recentes vazamentos dos áudios de Queiroz em que ele mostra uma alinhamento perfeito entre ele e o clã Bolsonaro, com aquelas expressões típicas da malandragem, Bolsonaro quer romper a aliança que tem com establishment miliciano?

Ora, a definição de Bolsonaro se confunde com a própria definição de milícia. Na verdade, ele é a própria expressão da teia criminosa que envolve as múltiplas formas de atuação da milícia. Todas elogiadíssimas e condecoradas pelo clã.

Na realidade, essa sempre foi a profissão de fé de Bolsonaro. Ele caminhou durante 28 anos pelo esgoto da política, sendo guiado por suas afirmações positivas a grupos de extermínio, extorsões de milicianos e, sobretudo da contaminação do crime nas polícias brasileiras e até nas Forças Armadas. É só rever o balanço histórico do sujeito.

Bolsonaro tem um elevado número de seguidores por suas discriminações a minorias, mas principalmente pelo racismo em que transforma seus discursos em pura emoção de supremacia branca. Ou seja, com Bolsonaro os negros devem ser tratados com tolerância zero. Isso agrada em cheio a classe média brasileira extremamente racista, além de alimentar um ódio racial silencioso que só se revela em ataques a movimentos negros e da própria cultura protagonizada pelos negros.

Queiroz foi uma figura indispensável em sua trajetória e não há quem exclua ou separe Queiroz de Bolsonaro, um está tatuado no outro. O mesmo Queiroz fala com emoção que jamais trairia o chefe.

Não falamos de alguém que é considerado residual por Bolsonaro, mas de quem atua como seu braço direito no maravilhoso mundo militante da causa miliciana.

Não há solução possível para Bolsonaro diante das revelações contidas nos áudios vazados, até porque, na fala de Queiroz existe um plano político de PSL, comandar o PSL num dos principais colégios eleitorais do país, o Rio de Janeiro, prometendo fazer uma limpeza na área. Pelo jeito, é uma de suas especialidades que anda, como mostram as gravações, irritado com a balbúrdia do partido.

Não há cálculo político possível que tire de Bolsonaro seu principal guarda-costas nos negócios escusos do clã. O que se espera é que o Ministério Público avance nas investigações no caso Queiroz e revele ao país, com todas as provas, que tipo de bandido usa a faixa presidencial hoje no Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Com militares aderindo à manifestação do povo, Piñera pede a ministros que ponham cargos à disposição

Piñera pede a ministros que ponham cargos à disposição e avisa que pode retirar estado de emergência anunciando o fim do toque de recolher para algumas regiões.

SANTIAGO – Em resposta à grande marcha que tomou as ruas do Chile nesta sexta-feira, o presidente Sebastián Piñera pediu aos ministros que coloquem seus cargos à disposição. Ele também anunciou o fim do toque de recolher para algumas regiões e a retirada da classificação de estado de emergência de várias localidades, a partir de domingo.

Pedi a todos os ministros que disponibilizassem seus cargos para poder estruturar um novo gabinete para enfrentar essas novas demandas e cuidar dos novos tempos – disse Piñera, referindo-se à onda de protestos e embates que já causaram 19 mortes.

O líder também avaliou que “o Chile está diferente de uma semana atrás” e classificou a última manifestação como “exemplar”.

– Vimos uma mensagem muito presente na alma dos chilenos, pois eles a expressaram com uma eloquência que chegou a todos nós. A marcha de ontem foi uma mensagem forte. Uma mensagem da grande maioria dos chilenos pedindo um Chile mais justo e solidário. Todos ouvimos essa mensagem. Todos mudamos e estamos com uma nova atitude. É como uma agitação – disse ele, que também fez um minuto de silêncio pelos mortos nos protestos e enfatizou a necessidade de se ter “capacidade de dialogar e saber ouvir”.

Piñera se reuniu, também neste sábado, com ministros e representantes de vários grupos sociais, no Palácio de La Moneda, sede do governo. Na ocasião, disse:

Queríamos convocar vocês para nos ajudar a criar uma metodologia que nos permita ouvir os chilenos, não apenas no nível da academia, da sociedade civil, dos sindicatos, do próprio governo, mas uma metodologia que venha a surgir desta e de outras reuniões e seja dirigida e coordenada pelo ministro Sebastián Sichel, com a colaboração de todos vocês, e nos permita satisfazer a uma enorme demanda.

Depois do encontro, foi anunciado o fim do toque de recolher para Santiago, Valparaíso, Biobío, Coquimbo e La Serena. Piñera disse que sua intenção é suspender os estados de emergência em todas as regiões, se as circunstâncias permitirem, a partir do próximo domingo.

– Depois de conversar com as Forças Armadas, quero anunciar que, se as circunstâncias permitirem, vou suspender todos os estados de emergência a partir de domingo para a normalização que todos os chilenos desejam.

Enquanto isso, algumas lojas comerciais seguem operando em horário limitado.

Piñera já tinha dito, na sexta-feira, que “todos escutaram o recado” sobre as desigualdades sociais no país. “A grande, alegre e pacífica passeata de hoje, onde os chilenos pedem um Chile mais justo e solidário, abre grandes caminhos de futuro e esperança”, escreveu Piñera no Twitter sobre o protesto que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas em Santiago.

A multidão ocupou o centro da capital para exigir reformas em um sistema econômico que consideram desigual, e para denunciar o governo pelo emprego dos militares contra a pior revolta social em três décadas no Chile.

O protesto estudantil, iniciado há uma semana contra o aumento na tarifa do metrô, provocou uma grave crise social, onde manifestantes continuam nas ruas para exigir uma fatia maior da prosperidade que transformou o país em um dos mais estáveis da América Latina.

Incidentes isolados ocorreram em meio à gigantesca passeata, como diante do Palácio de La Moneda, sede do governo, onde as forças de segurança dispararam jatos d’água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

 

 

*Com informações do Globo

Categorias
Uncategorized

Vídeos: A revolta popular histórica do Chile contra políticas neoliberais, as mesmas do Brasil

Centenas de milhares de pessoas ocuparam as principais ruas de Santiago nesta quarta-feira (23) na greve geral contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera. Manifestação está sendo considerada a maior desde o fim da ditadura e pede a renúncia de Piñera, mesmo após ele recuar e anunciar pacote de medidas sociais.

O Chile registra nesta quarta-feira (23) uma gigantesca manifestação popular contra o governo do presidente Sebastián Piñera e suas políticas neoliberais.

São centenas de milhares de chilenos que ocupam as ruas principais do centro da capital Santiago na greve geral convocada por sindicatos e movimentos sociais, aprofundando os protestos que acontecem há seis dias.

Eles criticam a decisão de Piñera de colocar o país em estado de emergência e ordenar toque de recolher, além de recorrer às Forças Armadas para controlar as manifestações, incêndios e saques registrados em Santiago e dezenas de cidades que deixaram 18 mortos, incluindo uma criança de 4 anos, na mais grave onda de violência no Chile em três décadas.

Os chilenos pedem a renúncia de Sebastián Piñera, um dia depois dele pedir desculpas por sua falta de visão para antecipar a crise que atinge seu governo, e ter anunciado uma série de medidas sociais.

Alguns vídeos apresentam imagens fortes:

https://www.facebook.com/GVT.Noticias/videos/684387602056575/?t=39

 

 

*Com informações do 247

Categorias
Uncategorized

Os brasileiros estão de saco cheio de Bolsonaro e de sua família

Não me lembro de ver o país tão à deriva como agora. E não importa se Bolsonaro está ou não no Brasil, o país não tem governo. O que ainda funciona está ligado no automático.

Nem quero aqui discutir a capacidade de Bolsonaro governar o país. O cotidiano do Brasil nesses 10 meses de governo mostra que Bolsonaro não é presidente, ele tem apenas o mandato e a faixa presidencial, mas, ao contrário de presidir, ele afronta o Estado brasileiro porque coloca seus interesses e de sua família acima da vida coletiva do país, sem falar que está totalmente subordinado à economia de mercado, num pensamento herdado do PSDB.

As únicas coisas que cresceram no Brasil foram o preconceito racial, o preconceito contra os nordestinos, contra os gays, contra tudo e todos os que faziam parte do discurso de segregação de Bolsonaro durante a campanha.

Tudo isso se inclui na realidade em que nós brasileiros vivemos. Essa é a forma com que Bolsonaro encara os problemas do Brasil, produzindo polêmicas, tentando utilizar seu mandato para garantir impunidade ao seu clã e ampliando seu campo político com sua antiga fórmula corporativista ligada, sobretudo às polícias e às Forças Armadas.

Em meio à crise que se agrava a cada dia no PSL, Bolsonaro luta para, primeiro, apresentar-se como a grande vítima de seus ex-aliados, universalizando as picuinhas criadas no partido para estabelecer fronteiras para casos estruturais, ou seja, Bolsonaro não quer saber de nada que faça parte do cotidiano da sociedade e, por isso, fermenta polêmicas tolas que não interessam em nada ao cidadão brasileiro e, com isso carrega nos discursos para que sua gestão não seja avaliada, pois é justamente aí que estão os seus maiores problemas.

Por tudo isso, Bolsonaro polariza qualquer bobagem, contanto que a espetacularização sirva de cortina de fumaça para os problemas reais que afligem o país diante de um governo em que o centro é o mercado e não os cidadãos.

Agora mesmo, não se sabe o discurso oficial sobre as manchas de óleo que atingiram o litoral nordestino. Questões laterais são colocadas no centro do debate sobre a tragédia ambiental e, com isso, a condução da crise não produz qualquer tipo de ação ou consciência de sua gravidade, tudo é feito para que os brasileiros aceitem esse estado de coisa sem que uma norma central seja discutida para solucionar a grave situação do Brasil.

Na realidade, e talvez o mais grave, é que Bolsonaro quer matar a ideia de que o Brasil é uma nação. Ele quer limitar o cotidiano dos cidadãos às suas questões individuais para tirá-los do sentido coletivo e despolitizar a sociedade.

É assim que Bolsonaro viveu seus 30 anos como parlamentar, com absoluta ausência sobre as mazelas do país, mas de forma contraditória teve expressiva votação das vítimas dessas mazelas.

Duas coisas precisam ser colocadas: uma é que não se ouve de ninguém nas ruas um único elogio ao governo ou à figura de Bolsonaro. A outra é que consciência de cada um dos brasileiros sobre a precariedade em que o país se encontra é a de que a culpa dessa pasmaceira é de Bolsonaro.

Na verdade, as pessoas atingidas por essa crise permanente em que vive o Brasil, depois do golpe, de uns tempos para cá passaram, e de forma numerosa, a criticar Bolsonaro, principalmente os seus eleitores que não são necessariamente bolsonaristas.

O Brasil ainda não dispõe de um número suficientemente expressivo de descontentes que votaram em Bolsonaro, mas de todo modo, as interpretações de que o Brasil está à deriva vem num crescente, mas não está sendo devidamente explorada pela oposição, produzindo um sentimento de vazio no povo, o que pode ser ainda mais grave para o problema de ausência de governo que o país vive a partir de um presidente em que o que predomina é a gesticulação ritual que festeja a consagração do mercado e a própria hipocrisia nacional.

Resumindo, os brasileiros estão com o saco cheio de Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Categorias
Uncategorized

Aonde estava o General Villas Bôas na hora de escrever um tuíte contra a absolvição do corrupto Temer?

Temer foi absolvido da acusação de obstrução de justiça, no caso da gravação com o empresário Joesley Batista. A conversa, no Palácio do Jaburu, em Brasília, ficou famosa pela frase dita por Temer: “tem que manter isso aí viu?” O Ministério Público defendia que Temer se referia à manutenção do pagamento de propina da JBS para Eduardo Cunha, parceiro de Aécio Neves no golpe contra Dilma.

Mas ninguém viu o General Villas Bôas escrever qualquer coisa em seu twitter contra a decisão do juiz que livrou a cara do Temer. Lembrando também que Temer foi o destinatário da mala de dinheiro que Rocha Loures transportava, flagrado por câmeras quando corria com a mala no estacionamento de um restaurante.

Então, fica ainda mais complicado esquecer as duas mensagens escritas pelo General em seu twitter na véspera do julgamento do Lula, numa clara tentativa de colocar uma faca na nuca do STF.

E aqui nem falo que Villas Bôas, que é um dos comandantes do GSI do governo Bolsonaro que, como se sabe, é um vulcão de corrupção, e todos os dias tem uma nova erupção espalhando lama fervente para todos os lados, envolvendo pessoas do seu governo, familiares, milicianos e outros bichos soltos que fazem parte de um esquema imundo. Isso, sem falar da guerra de Bolsonaro com o PSL. Mas sobre isso Villas Bôas nada comenta, mostrando que sua moral é bastante seletiva, melhor dizendo, é uma moral redentora para os amigos e inquisidora aos inimigos.

Villas Bôas sentencia seus inimigos políticos, sem provas, e absolve, calado, o seu tribuno favorito. Ou seja, a sensibilidade bravia do General tem lado e sua oratória clássica que fala em povo, como se de fato se importasse com ele, está sempre em consonância com os generais do sistema financeiro, nacionais e internacionais, revelando que seus compromissos, pelo vício do cativeiro ideológico, não são com o povo.

A cultura do General parece mesmo a de madrinha da casa grande. Por isso, não se lê uma nota impiedosa contra Temer ou até mesmo contra a infeliz fala de Olavo de Carvalho contra ele. O General só fica mesmo enfezado contra Lula, contra quem tirou dezenas de milhões de brasileiros da miséria e que foi o presidente que mais prestigiou as Forças Armadas sucateadas por FHC.

Não que eu tivesse esperança em algum gesto de grandeza ou virtude do General Villas Bôas. Quando ele mandou o primeiro tuíte para Bonner ler no Jornal Nacional, já se constatava que ele jamais respeitou a Constituição, como ele sempre brada. Fosse assim, respeitaria a decisão soberana do poder judiciário. Mas é de se compreender que a ditadura militar, aparentemente adormecida, não está tão adormecida assim, basta um dos poderes contrariar a sua enviesada lógica de moralidade pública para que mande seus bilhetinhos ameaçadores, para o delírio dos intervencionistas retardados.

Não duvido que a próxima semana, que será decisiva para o julgamento das prisões após condenação em segunda instância, o General solte mais um pombo contra a decisão favorável a Lula, enquanto mantém sua amnésia sobre tudo o que se refere a Temer e ao governo Bolsonaro do qual é parte.

E não me venha falar em combate ao comunismo na semana em que Bolsonaro e sua tropa anticomunista foi à China, de penico na mão, pedir para o Partido Comunista Chinês salvar a economia brasileira que naufraga como um martelo sem cabo.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Categorias
Uncategorized

Militar da ativa, youtuber, faz propaganda ilegal para Bolsonaro

Não bastasse o ciclo de investigações que aproximam Bolsonaro das cenas dos crimes da rede de fake news, do assassinato de Marielle e dos 39kg de cocaína encontrados no avião presidencial, o Estadão publicou nesta segunda-feira  matéria sobre dois youtubers que se dizem propagadores do pensamento de direita e apoiam cem por cento Bolsonaro.

Pouco importa se um deles é da reserva, ilegal é o outro, que é da ativa, um Major da Aeronáutica. Neste caso do major, ainda na ativa, essa função de youtuber é vetada pelo regulamento militar. Procurado, o comando da Aeronáutica não respondeu até a conclusão da edição da matéria.

Não bastasse a notícia dada hoje pela Folha de que o governo Bolsonaro está aparelhado por mais de 2.500 militares em cargos de chefia ou assessoramento, em uma curva ascendente. Agora, sabe-se pelo Estadão que a publicidade de Bolsonaro é adubada por militares da ativa, youtubers, ou seja, essas mil maravilhas entre Bolsonaro e as Forças Armadas parece atender em quantidade recíproca interesses de ambos os lados da mesma moeda, legal ou ilegalmente.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

Categorias
Justiça

Segundo a PF, Oficial de alta patente é o dono dos 39 kg de cocaína no avião que se locomove aos locais onde a comitiva vai por condições de segurança

A informação é da coluna Radar de Lauro Jardim no Globo:

“A Polícia Federal identificou fortes indícios de que o sargento Manoel Rodrigues, preso com 39 quilos de cocaína ao desembarcar de um avião presidencial na Espanha, tem ligações com um conhecido traficante que atua nas cidades-satélites de Brasília.”

A PF está convicta de que o militar não agiu sozinho. Mais do que isso: a principal linha de investigação indica que ele fazia o serviço de mula para outro militar, um oficial de alta patente.”

Impressiona a quantidade de gente criminosa na órbita de Bolsonaro. Essa informação é nitroglicerina pura, pois estamos falando de um governo que ostenta mais militares de alta patente do que nos governos dos próprios militares na ditadura. Aliás, é um governo cercado por casos de crimes que não vão adiante, inclusive o automático bloqueio de Eduardo Bolsonaro ao depoimento do sargento na Comissão da Câmara que preside.

Estamos falando de ao menos 2.500 membros das Forças Armadas ocupam cargos de chefia em 30 órgãos federais ou no assessoramento em ministérios e repartições na gestão de Jair Bolsonaro. Presença de militares no governo é a mais expressiva desde a redemocratização. Isso, sem falar dos milicianos que, como mostram as investigações, assassinaram Marielle e Anderson, sumiram com as armas e todos, rigorosamente todos têm ligação direta com o clã Bolsonaro.

 

*Da redação

 

 

 

Categorias
Uncategorized

Mourão culpa o narcotráfico, a família da Ágatha, mas se esquece dos 39kg de coca no avião de Bolsonaro

O general Mourão defende policiais no caso Ágatha e questiona versão da família.

O Presidente em exercício culpou o narcotráfico pela morte da criança e disse que, em casos como este, ‘é a palavra de um contra o outro’.

Mourão reforçou que há atuação de narcoquadrilhas em comunidades do Rio que estão estruturadas como as guerrilhas colombianas. E disse, ainda, que elas possuem uma “força de apoio” que poderia até responsabilizar policiais por confrontos.

“Elas (narcoquadrilhas) têm força de apoio. Aquela que varre a rua depois do confronto, aquela que diz que quem atirou foi a polícia, independente da investigação que tenha sido feita, é aquela que dá sustentação logística, é o fogueteiro que avisa que a polícia chegou”, disse. “Infelizmente, a gente tem que reconhecer que em determinados lugares do Brasil se vive uma guerra. E aí acontecem tragédias dessa natureza.

O general Mourão deu vários exemplos de como agem os narcotraficantes, mas, por um lapso, certamente, não se lembrou de citar que existe um militar preso na Espanha por traficar no avião da comitiva de Bolsonaro 39 kg de pasta pura de cocaína.

Poderia dizer como esses narcotraficantes operam usando um militar das Forças Armadas, o avião da Presidência da República debaixo do nariz de generais como Mourão sem ser incomodados pela polícia brasileira, só sendo descoberto e preso por policiais espanhóis em território espanhol.

O caso desse narcotráfico no avião oficial da comitiva presidencial está sendo mantido em sigilo, mas Mourão disse em sua coletiva, na cara dura que, dentro do estado de direito, a lei tem que valer para todos.

Vai entender.

Categorias
Uncategorized

Foi para isso mesmo que eles votaram em Bolsonaro

É uma piada alguém dizer que se fuzila criança negra nas favelas do Brasil em combate ao tráfico de drogas, enquanto no avião da comitiva de Bolsonaro, um oficial das Forças Armadas transportava 39 kg de cocaína e só foi pego pela polícia espanhola. Detalhe: sem dar um tiro no avião oficial do governo brasileiro que fazia o transporte do tráfico internacional.

Alguém imagina o que essa gente que diz que votou em Bolsonaro para que crianças como a Ágatha morressem fuziladas se esse avião que transportou a cocaína fosse da comitiva de Lula? Pois bem, como é o avião da comitiva de Bolsonaro, essa gente se nega a comentar sobre o assunto.

Na verdade, as classes média e alta se sentiram afrontadas quando Lula e Dilma começaram a dar cidadania e, consequentemente direitos aos pobres, aos favelados e aos negros.

Para uma classe média, que passa a vida em busca de privilégios, não interessa que negros e pobres sejam cidadãos, porque a cidadania indica que os direitos estarão garantidos, e esta cidadania não pode ser mutilada e sim abarcativa. Essa é a situação estrutural que mostra a diferença entre a forma de agir da PM nos bairros nobres ou de classe média e nas favelas e periferias, tradicionalmente vivendo o inferno da guerra do Estado contra o tráfico, no entanto, todos sabem que a maior quantidade de drogas do país não está nos morros, mas sim no asfalto.

Mas aí a situação é outra, correspondente à condição financeira das classes economicamente dominantes. Isso justifica até uma imagem como esta, de manifestantes pró Bolsonaro carregando a semente do fascismo, posando ao lado de caveirão e de PMs, porque estão respaldados na ideia de que eles organizaram o país de uma forma que jamais será considerado normal a PM invadir um condomínio, enfiar o pé na porta dos moradores ou atirar em um automóvel com uma criança dentro, como ocorreu com a Ágatha na favela.

Por isso eles votaram em Bolsonaro e estão aí nas redes, como se vê, aplaudindo Witzel, que se elegeu quebrando, junto com milicianos, a placa com o nome de Marielle, assassinada por milicianos ligados ao clã Bolsonaro. Witzel ainda disse que, se alguém na favela carregar algo parecido com um fuzil, vai levar um tiro na cabecinha. Mas só na favela. Nas zonas ricas da cidade está liberado carregar qualquer objeto que se pareça com uma arma. Aliás, Bolsonaro quer liberar e estimular que as pessoas economicamente privilegiadas possam ter fuzis, pistolas e carregá-las para cima e para baixo que ainda serão aplaudidas por essa mesma polícia que entra na favela esculachando os favelados justamente porque é uma favela, barbarizando, assassinando crianças, jovens e adultos, não importa. O objetivo final é dizimar negros e pobres no lugar em que moram para satisfazer os que votaram em Bolsonaro e Witzel para isso mesmo.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas