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“Globo é sócia, agente e aliada de Moro na Lava Jato”, diz Glenn Greenwald

“Não esperem nada além de propaganda”, postou Greenwald em seu twitter, ao responder ao jornalista escocês Andrew Downie que publicou:

“mais tempo para Deltan Dallagnol, Sergio Moro e as associações dos juízes e procuradores para negar as acusações contra eles do que focar nas gravíssimas acusações em si”

Em sua conta no Twitter, na manhã desta terça-feira (11), o jornalista Gleen Greenwald, do site The Intercept, revelou a ligação entre a Rede Globo e o ministro da Justiça, Sergio Moro, ao comentar a cobertura do grupo de comunicação sobre as conversas espúrias do ex-juiz com procuradores da Lava Jato.

“A Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato – seus porta-vozes – e não jornalistas que reportem sobre eles com alguma independência. É exatamente assim que Moro, Deltan e a força-tarefa veem a Globo. Então não esperem nada além de propaganda”.

Greenwald recebeu as conversas através de denúncia anônima, está analisando o material antes de divulgar novas conversas. Ele usou como exemplo a manchete do jornal O Globo, da família Marinho.

“A estratégia da Globo é a mesma que os governos usam contra aqueles que revelam seus crimes: focar em como as infos foram obtidas e ignorar as revelações. Eles mal mencionaram as impropriedades de Moro”.

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São 1.700 páginas de #VazaJato; maior que o arquivo de Snowden, diz Greennwald

Os editores do The Intercept Brasil, Glenn Greenwald e Leandro Demori, disseram ter divulgado somente 1% do #VazaJato e que é o maior vazamento jornalístico brasileiro.

“A gente não está divulgando o tamanho do arquivo, mas é maior que o arquivo Snowden. Só para vocês terem uma ideia, em uma das reportagens a gente fala de um dos grupos, que é dos procuradores da Lava-Jato em Curitiba, gerou 1.700 páginas de pesquisas. E tem centenas de grupos e conversas. Eu diria que a gente olhou 1% do material, é muita coisa”.

Em entrevista concedida pelos dois editores na tarde desta segunda-feira (10) aos jornalistas Breno Sabóia e Igor Mello do UOL , Greenwald ainda destacou que o material a ser revelado reforça a interferência de Sérgio Moro no trabalho do MPF.

Demori disse que as informações que obtiveram abrangem três anos e que esse período é referente ao meio da investigação da Lava Jato e que o trabalho de filtragem continua.

“Aparentemente, a gente está trabalhando com um menu de histórias. Estamos fazendo um pré-filtro, para ver se é de interesse público e se elas param em pé. O procurador ontem [9] falou que as conversas são descontextualizadas, negou veemente. O contexto está absolutamente claro, os chats são detalhados, extensos, com horários, com data. Não há dúvidas sobre o que eles estão falando. Agora estamos olhando para essas outras histórias”, informou.

“Temos mais materiais envolvendo o papel do Moro na Lava Jato, mostrando que ele é um chefe da força-tarefa, que criou estratégias para botar Lula e outras pessoas na prisão, e atuou quase como um procurador, não como juiz”.

Segundo Greenwald, entre o material que pode estar por vir, estão conversas entre Moro e Jair Bolsonaro de antes da eleição presidencial.

“Temos conversas que ainda não reportamos sobre o Moro estar pensando na possibilidade de aceitar uma oferta do Bolsonaro, caso ele ganhasse. Isso foi antes da eleição, acho que depois do primeiro turno”.

Vamos aguardar o desenrolar desse novelo.

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Desmoralização da justiça: Mais de 100 juristas pedem o desligamento de Moro e Dallagnol

Com os mais recentes escândalos promovidos pelos ilícitos expostos nas conversas secretas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol vindas a público através de reportagem do site The Intercept, as consequências chegariam, e chegaram. De um lado, a provável liberação de Lula da prisão através da anulação das decisões que o condenaram e, de outro, o provável afastamento de Sergio Moro do Ministério da Justiça Segurança Pública e do procurador Deltan Dallagnol.

Mais de 100 dos principais juristas brasileiros emitiram uma nota onde pedem o afastamento de Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Leia a íntegra do documento:

LAVA JATO GATE: Exige-se a Completa Investigação e Afastamento imediato dos Envolvidos

Estarrecedora a reportagem do site The Intercept: “Exclusivo: chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol na Lava Jato”, em que desnuda as relações da Operação Lava Jato, o conluio espúrio e ilegal entre o juiz Sergio Fernando Moro, atual ministro da justiça e os procuradores da república, especialmente Deltan Dallagnol.

As informações divulgadas nos documentos obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald e sua equipe dão razão ao que era voz comum e denúncias por parte dos investigados e de seus advogados, como também em boa parte do meio jurídico, que apontavam os métodos e ações midiáticas, em particular o atropelo ao devido processo legal, a restrição ao direito de defesa, o desrespeito às leis e à Constituição Federal.

A “República de Curitiba”, conforme comprova agora The Intercept, não passou de uma conspiração política, usando o judiciário apenas como pano de fundo, quando, na verdade, sempre foi uma ação política coordenada, sem escrúpulos e sem nenhum compromisso com o país e suas instituições republicanas. Nesse sentido, trata-se de um dos maiores escândalos nas Instituições Poder Judiciário e Ministério Público na era pós-1988, exsurgindo, da leitura dos documentos, o crime de lesa-pátria que levou o Brasil à enorme caos econômico, desorganizando empresas e setores da Economia.

A tática usada de intimidar acusados, suas famílias, seus advogados, construiu-se via mídia, que invariavelmente ouvia apenas a voz dos “justiceiros contra a corrupção”. Com esse poder ilimitado todos os poderes da república sofreram forte pressão, com seus representantes temerosos de reagir e serem sugados pela “lava jato”, que passou a ser sinônimo de condenação prévia, especialmente pelo uso das prisões preventivas, convertidas em cumprimento de pena antecipado, provada ou não a culpa do réu.

Enquanto o então juiz Sérgio Moro pedia “desculpas” ao Supremo Tribunal Federal por ter vazado, ilicitamente, as gravações de um diálogo entre a então Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Lula, ao mesmo tempo trocava mensagens com integrante do Ministério Público Federal, dizendo: “não me arrependo do levantamento do sigilo. Era melhor decisão. Mas a reação está ruim” (sic).

Tampouco se pode esquecer da indústria das delações premiadas, tomadas como provas condenatórias em inúmeros processos tramitados na Lava Jato.
Os conluios entre o juiz e os procuradores não podem ficar impunes, especialmente porque revelam a promiscuidade que caracterizou a relação entre esses representantes do sistema de justiça. À toda evidência, o CNJ, o CNMP e o Congresso Nacional têm a obrigação de instaurar imediato procedimento administrativo em face dos envolvidos, para investigar os supostos crimes cometidos.

Trata-se de questão republicana. Em nome do combate à corrupção não se pode destruir o Estado Democrático de Direito e suas instituições.

É o que se espera, em nome dos mais altos interesses da República Federativa do Brasil.

 

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Muito grave: Gleen Greenwald prova, através de documentos, que a Lava Jato é uma grande farsa

E assim assistimos à continuidade do grande golpe e da grande farsa da Lava Jato, o que levou à eleição de Bolsonaro. Faço sempre a pergunta, como chegamos a isso? E parte da resposta está ai, pois tem muito mais a ser revelado

Glenn Greenwald, do Intercept, teve acesso a documentos que provam que a Lava Jato é uma grande farsa e que impediu Lula de dar entrevista e, consequentemente, elegeu Bolsonaro.

Em chats privados, procuradores reagiram indignados ao saber que ex-presidente falaria à Folha e celebraram quando ação do Partido Novo impediu a entrevista.

Um extenso lote de arquivos secretos revela que os procuradores da Lava Jato, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o Partido dos Trabalhadores, o PT, ganhasse a eleição presidencial de 2018, bloqueando ou enfraquecendo uma entrevista pré-eleitoral com Lula com o objetivo explícito de afetar o resultado da eleição.

Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.

Assim que souberam da liberação da entrevista pelo Ministro Ricardo Lewandowski, um clima de revolta e pânico se espalhou entre os procuradores. Acreditando se tratar de uma conversa privada que jamais seria divulgada, eles deixaram explícitas suas motivações políticas.

A procuradora Laura Tessler logo exclamou: “Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse… ”.

‘ando muito preocupada com uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve’.

Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.

Carol PGR – 11:22:08 Deltannn, meu amigo
Carol PGR – 11:22:33 toda solidariedade do mundo à você nesse episódio da Coger, estamos num trem desgovernado e não sei o que nos espera
Carol PGR – 11:22:44 a única certeza é que estaremos juntos
Carol PGR – 11:24:06 ando muito preocupada com uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve
Deltan Dallagnol – 13:34:22 Valeu Carol!
13:34:27 Reza sim
13:34:32 Precisamos como país

Outro procurador, Athayde Ribeiro Costa, sugeriu expressamente que a Polícia Federal manobrasse para que a entrevista fosse feita depois das eleições, já que não havia indicação explícita da data em que ela deveria ocorrer. Dessa forma, seria possível evitar a entrevista sem descumprir a decisão.

Athayde Costa – 12:02:22 N tem data. So a pf agendar pra dps das eleicoes. Estara cumprindo a decisao
12:03:00 E se forcarem antes, desnuda ainda mais o carater eleitoreiro.

Julio Noronha – 17:43:37 Como o Lewa já autorizou, acho que só há dois cenários: a) A entrevista só para a FSP, possivelmente com o “circo armado e preparado”; b) tentar ampliar para outros, para o “ciro” ser menor armado e preparado, com a chance de, com a possível confusão, não acontecer.

Os capítulos seguintes virão logo logo. Aguardem!

 

 

*Matéria completa no Intercept

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Vídeo: Lula, em entrevista a Glenn Greenwald, diz que ‘Moro é mentiroso’

A entrevista concedida pelo ex-presidente Lula a Glenn Greenwald apresentou, mais uma vez, momentos agudos de análise conjuntural e política e de muita indignação com relação à condenação sem provas que a Lava Jato lhe impôs. Lula fez sua afirmação mais forte sobre Sergio Moro até aqui. Ele disse: “Moro é mentiroso”. Lula ainda disse que Dallagnol é mentiroso e que o TRF-4 “mentiu”.

O jornalista do The Intercept trouxe perguntas incisivas ao ex-presidente, lidando com pressupostos críticos ao PT e ao próprio Lula. Mas esse ingrediente discursivo tornou a entrevista ainda mais esclarecedora. Lula respondeu, por exemplo, sobre Marina Silva, afirmando que ela foi ministra do seu governo durante 5 anos e que durante esses 5 anos ela pode exercer toda sua concepção de meio ambiente que, segundo Lula, foi vitoriosa.

As críticas que Marina fez depois seriam ‘da política’ e o curso natural das pretensões e compromissos de cada um.

Lula ainda explicou que a aliança com Ciro não “saiu” porque faltou compreensão do cenário político para emissários e para o próprio Ciro. Ele disse que não se pode ‘impor’ a candidatura de vice-presidente antes de negociar e que se as pessoas quisessem tanto assim votar em Ciro Gomes no segundo turno, deveriam ter votado no primeiro.

Perguntado sobre suas condições na prisão política, se elas não eram melhores que a de muitos presos pelo Brasil, Lula afirmou que muitas pessoas ainda moram em palafitas no Brasil e que essas condições são muito mais desumanas que a que ele experimenta – e que é com essas pessoas que ele se preocupa.

Assista a íntegra da entrevista de Lula a Glenn Greenwald:

https://youtu.be/qm7ia6VmHo4

 

 

 

 

 

 

*Com informações do 247