Áudio trocado por assessores ‘não deixa dúvidas de que a ação era conhecida e autorizada por Bolsonaro, que esperava sua execução em dezembro’.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta terça-feira (18) uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) que aponta o envolvimento direto de Jair Bolsonaro (PL) em um plano para assassinar o presidente Lula (PT) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o documento, Bolsonaro não apenas sabia do plano, como também deu aval para sua execução.
Se aceita pelo STF, a denúncia transformará Bolsonaro em réu, fazendo com que ele responda a um processo penal na Corte. O documento da PGR detalha as ações que embasam as acusações e reforça que, desde 2021, Bolsonaro adotou uma postura de rompimento com a democracia.
Plano de ataque e tentativa de golpe – A peça acusatória descreve uma estrutura criminosa dentro do Palácio do Planalto, conhecida como “Punhal Verde Amarelo”, cujo objetivo era desestabilizar as instituições democráticas. A investigação da PGR aponta que o plano foi comunicado diretamente a Bolsonaro, que concordou com sua implementação. A intenção era promover um golpe de Estado e neutralizar o STF, além de eliminar Moraes e envenenar Lula.
O documento ainda ressalta que, enquanto esse plano era articulado, o Ministério da Defesa publicava relatórios nos quais admitia a ausência de fraudes nas eleições, o que desmontava a principal narrativa de Bolsonaro sobre um suposto resultado fraudulento.
Áudio expõe Bolsonaro – Entre as provas apresentadas pela PGR, um áudio enviado pelo ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mauro Fernandes, ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, confirma que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano e esperava sua execução antes do fim de seu mandato.
“O áudio não deixa dúvidas de que a ação violenta era conhecida e autorizada por Jair Messias Bolsonaro, que esperava a sua execução ainda no mês de dezembro”, afirma Gonet na denúncia.
A PGR também identificou que Fernandes imprimiu três cópias do plano conspiratório, além de trocar mensagens em um grupo de WhatsApp chamado “Acompanhamento”. Essas mensagens confirmam que reuniões no Palácio do Planalto discutiam a concretização do plano “Punhal Verde Amarelo”, segundo o 247.
Outros planos de golpe – A denúncia também revela outras iniciativas da organização criminosa liderada por Bolsonaro, que visava estabelecer controle absoluto sobre os Três Poderes. Entre os projetos mencionados, estava a criação de um “gabinete central” para administrar a nova ordem após um golpe de Estado.
No dia 21 de novembro de 2024, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid prestou um depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, pressionado pelo risco de voltar à prisão graças à suspeita de ter desrespeitado os termos que o mantinham fora dela. Ele decidiu, então, contar quando soube que militares “iam possivelmente começar um planejamento sobre alguma ação” golpista após as eleições de 2022.
Dentre suas revelações naquele dia, uma se destaca: a parte mais violenta da trama golpista em 2022 teve início após uma conversa informal com dois “kids pretos”, ambos amigos seus de longa data, no hotel de trânsito para oficiais dentro da Vila Militar em Goiânia (GO) – em pleno Comando de Operações Especiais do Exército.
No depoimento, Cid explicou que, à época da conversa, estava participando de reuniões de planejamento de futuras atividades militares na unidade dos “kids pretos”. Àquela altura, entre os dias 9 e 11 de novembro de 2022, o então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha como certo que assumiria o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos – parte do Comando de Operações Especiais – a partir de janeiro de 2023.
Cid relatou a Moraes e Gonet que os oficiais “de Oliveira e Ferreira Lima” o procuraram numa noite durante sua estadia no hotel de trânsito de oficiais, após as atividades do dia. Ele se referia ao então major Rafael Martins de Oliveira e ao tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima, “kids pretos” amigos de Cid havia mais de 20 anos – os três se formaram no ano de 2000 no curso de formação de oficiais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).
“Eles [Oliveira e Lima] estavam dispostos a fazer alguma ação que gerasse alguma mobilização de massa, que pudesse causar o caos institucional e que pudesse levar à decretação de um estado de defesa, estado de sítio, alguma coisa nesse sentido”, afirmou Cid.
À época dos fatos, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima atuava como chefe de seção no Comando da 6ª Divisão de Exército, em Porto Alegre (RS). Já o hoje tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira atuava, como major, na seção de planejamento naquele mesmo Comando de Operações Especiais, em Goiânia. Ambos estão presos desde 26 de novembro de 2024, graças à Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF) – no momento de sua prisão, aliás, Hélio Ferreira Lima fez questão de usar sua farda do Exército.
Na mesma conversa, os dois “kids pretos” hoje presos teriam pedido a Cid que agendasse uma reunião com o general Walter Braga Netto, porque o general “mantinha contato entre os manifestantes acampados na frente dos quartéis e o Presidente da República”.
O encontro aconteceu dias após a conversa no hotel do Exército, em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto em Brasília (DF), disparando uma série de ações clandestinas visando ao golpe de Estado.
“Na reunião [dos “kids pretos” com Braga Netto], se discutiu novamente a necessidade de ações que mobilizassem as massas populares e gerassem caos social, permitindo, assim, que o Presidente assinasse o estado de defesa, estado de sítio ou algo semelhante”, diz a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta, 18 de fevereiro.
Ainda segundo a PGR, “os diálogos mantidos após a reunião indicaram a aprovação, inclusive financeira, do plano por Braga Netto”. As investigações apontam que o plano teria custado R$ 100 mil – não se sabe ao certo, porém, a origem do dinheiro usado na operação.
De 12 de novembro até dezembro de 2022, foi colocada em prática a operação tramada pelos “kids pretos”, denominada “Copa 2022”, com monitoramento ilegal para o sequestro e “neutralização” (assassinato) do ministro Alexandre de Moraes.
O ápice da empreitada ocorreu na noite de 15 de dezembro, quando o grupo golpista ficou de tocaia no setor Sudoeste e no Parque da Cidade de Brasília, próximo de onde Moraes residia, preparado para capturá-lo. Mas a operação foi abortada de última hora.
Para a PGR, o ataque contra Moraes não foi consumado pela falta de apoio do Alto- Comando do Exército ao golpe. Isso, porém, não impediu que os envolvidos ficassem à espera do ministro do STF para possivelmente capturá-lo e matá-lo.
As pontas soltas da operação “Copa 2022” A denúncia apresentada pela PGR no caso da tentativa de golpe fornece respostas, mas não elucida quem eram todos os participantes da operação “Copa 2022”.
“A operação, conforme previsto pelo plano ‘Punhal Verde Amarelo’, envolveria ao menos seis militares, sendo essencial que houvesse um canal de comunicação entre eles, em que suas identidades permanecessem sob sigilo”, conforme apontado pela PF no relatório final sobre o caso.
Para executar a operação, os “kids pretos” criaram um grupo chamado “Copa 2022” no aplicativo Signal, onde a trama era arquitetada. Eles usavam típicas técnicas empregadas pelas Forças Especiais – codinomes cifrados e registro dos seis aparelhos celulares usados na operação em nome de terceiros, para não serem identificados. Os codinomes usados no grupo eram Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Gana e Japão.
O tenente-coronel Rafael de Oliveira, um dos “kids pretos” que propuseram, no hotel do Exército em Goiânia, “causar o caos” no país, teve um papel central na trama golpista segundo a denúncia da PGR. As investigações revelam a presença do militar em reuniões estratégicas, na elaboração de planos de ação, no monitoramento ilegal de autoridades e na coordenação de operações clandestinas – como a “Copa 2022”.
Presidente Jair Bolsonaro participa da cerimonia de aberturado Forum: Controle no Cambatre à corrupção 2020, com a presença do Procurador-Geral Augusto Aras, Wagner Rosário (CGU), André Mendonça (Justiça), Braga Netto (Casa Civil), Jose Múcio (TCU) Sérgio Lima/Poder360 09-12-2020
Documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor podem arrastar novos personagens para o caso.
Na reta final da análise do material coletado na Operação Contragolpe, que levou à prisão do general e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a Polícia Federal avalia a possibilidade de apresentar novos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, informa Bela Megale, do jornal O Globo.
Mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter denunciado Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas, a investigação da PF segue em curso e pode atingir novos nomes. A análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor, o coronel Flávio Peregrino, tem sido central para essa avaliação. Telefones, computadores, pen-drives e outros materiais estão sob análise dos peritos, podendo trazer elementos que fundamentem novas imputações, segundo Guilherme Levorato, 247.
Entre militares e aliados de Bolsonaro, cresce a preocupação com a possibilidade de mais membros das Forças Armadas serem formalmente implicados no caso, sobretudo por envolvimento na tentativa de golpe e em ações de obstrução de Justiça. No meio castrense, Flávio Peregrino é visto como um elo fundamental entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e Braga Netto. Esse vínculo pode ser um dos pontos-chave para ampliar a lista de investigados.
Além disso, documentos encontrados pela Polícia Federal na sede do Partido Liberal (PL), durante uma operação de busca e apreensão, reforçam essa suspeita. O material estava na mesa de Flávio Peregrino e indicava uma movimentação para obter informações sigilosas sobre o acordo de Cid com a Justiça. Esse fator também está sendo analisado pelos investigadores, podendo gerar desdobramentos na investigação.
A expectativa é que, com a finalização da análise dos materiais, a PF decida se indiciará novos nomes, ampliando o alcance das responsabilizações na tentativa de ruptura institucional.
Michelle viu suas costas largas atrofiarem assim que perdeu o trono palaciano.
Sua manopla de aço derreteu e caiu.
Suas mãos gigantes pela luva coberta de lâminas de ferro da armadura de toda-poderosa, deu lugar a um sufoco caquético de mãos vazias e atrofiadas.
Agora que o caldo entornou de vez, a santa viu seu trono desabar e se revoltou.
Ela, mais que ninguém, sabe que, sem Bolsonaro no comando do cangaço, a sua cabeça estará a prêmio também.
Mauro Cid ainda entrega a Michelle por trás da máscara de casta e diz que ela era, ao lado de Eduardo Bolsonaro, comandante-chefe do batalhão mais fascista e violento, acabou dando nova ordem as coisas e ela se tornou ao menos suspeita de integrar a cúpula pesada da tentativa do golpe.
Além de se colocar como uma espécie de consultora de Bolsonaro nos assuntos do golpe, a própria pura, sem maldades e religiosa, revelou-se uma medusa.
O que vem por aí contra ela ainda é uma incógnita, mas, depois que o banquete Bolsonaro for degustado, é bem provável que ela entre no cardápio da PGR como sobremesa. A ver
Existe um golpe em andamento para impedir o julgamento da tentativa de golpe de Estado. Esse movimento da extrema direita, dos bolsonaristas, do centro e que agora tem adesão de democratas até dentro do Governo Lula é, em parte, legítimo. Eu o vejo como integrante de uma estratégia ampla de defesa. O problema – um dos problemas – é que a estratégia passa pela desmoralização do Supremo Tribunal Federal. Aí é que reside o risco de simplesmente considerar que, na ampla defesa, vale tudo.
A prudência por parte do Ministério Público e a demora na investigação do 8 de janeiro, são naturais, em parte, em razão da complexidade dos fatos. Afinal, não é simples denunciar criminalmente um ex-presidente e vários auxiliares, inclusive, generais; tudo, de alguma maneira, contribuiu para que esse movimento se fortalecesse.
São várias as frentes. A ultradireita busca apoio internacional e a vitória do Trump deu um falso fôlego aos extremistas tupiniquins. A direita radical tem estratégia e dinheiro. Tem o apoio declarado de boa parte da mídia e envergonhado de outros tantos. Muito dinheiro e poder envolvidos. Organizaram diversas teses: o tal golpe não tinha um líder; não estavam armados; as forças armadas não se empenharam; o então Presidente Bolsonaro estava fora do Brasil; por fim, não havia apoio internacional. Tudo que era discutido tinha roupagem teórica, sem efeito real. Ou seja, a incompetência dos golpistas serve como tese de defesa.
Depois da reação, especialmente do Supremo Tribunal Federal, que salvou as instituições democráticas, o leque de teses ampliou e apareceram adesões inesperadas de democratas. Críticas contundentes ou veladas ao STF viraram a regra. Afirmam que as penas são desproporcionais, que os crimes foram cometidos por pessoas sem poder, sem capacidade, que são pais de família, que as condenações são injustas e que a saída seria uma estranha anistia até para quem não foi sequer denunciado.
O Lula ficou preso 580 dias de maneira ilegal, imoral e inconstitucional. Nunca ouvimos da boca dele um choro desesperado. Deve ter chorado muito de raiva e de indignação nas noites solitárias do cárcere. É humano. Contudo, sua percepção política e humanista fez com que ele tivesse a dimensão do que era aquela prisão. E ele se portou como um verdadeiro líder. Também por isso ele hoje está de novo na Presidência, enquanto Bolsonaro se arrasta como um verme, praguejando e chorando.
Na estratégia golpista contra o processo da tentativa de impor uma ditadura no Brasil, ouvi de várias partes que dois eram os alvos: pressionar o procurador-geral, que é o dono da ação penal, para impedir uma denúncia formal no Supremo Tribunal. Denúncia é a peça que, se recebida pela Corte, dá início ao processo penal. Esse primeiro objetivo fez água. A denúncia contra Bolsonaro e seu bando mais próximo sairá nesta semana. Certamente, técnica e precisa. Quando o dr. Paulo Gonet, que é sério e preparado, pediu a prisão do general Braga Netto, não restou nenhuma dúvida para quem acompanha o desenrolar dos fatos de que a formalização da acusação era só uma questão de tempo.
Agora, a estratégia é desmoralizar o STF para conseguir a absolvição. O plano é apontar, até irresponsavelmente, teses esdrúxulas que tenham eco nas pessoas desavisadas e desinformadas. A regra é dizer: as penas foram altas demais. Desconhecimento puro do processo. Os golpistas condenados foram acusados de 5 crimes. O Poder Judiciário é inerte, só age se provocado. As denúncias que acabaram condenando 381 golpistas, por enquanto, imputaram crimes graves. Ao Supremo Tribunal só existiam duas hipóteses: absolver ou condenar. Absolver seria compactuar com o golpe e negar a democracia. Comprovadas a materialidade e a autoria, a condenação era inevitável.
E este ponto é essencial: no Brasil, há uma previsão de penas mínima e máxima para cada crime. O ministro não pode simplesmente dar uma determinada pena que considera justa. E com a fixação do concurso material quando da condenação, as penas mínimas somadas alcançam 13 anos!! Altíssima, mas é o que prevê a lei. O Supremo não tinha alternativa. As penas verdadeiramente altas – de 25 a 28 anos – estão previstas para o próximo processo, no qual os líderes terão, aí sim, penas de acordo com as responsabilidades de cada um.
Não cabe a nós, democratas, ficarmos afirmando que as penas foram altas e que existem inocentes presos. Ora, que os advogados entrem com Revisão Criminal para a Corte Suprema analisar caso a caso. É um desserviço à democracia o ataque indiscriminado ao STF. Acerca da anistia, é claro que o Congresso Nacional tem o direito de discuti-la. Esse direito está necessariamente atrelado à responsabilidade com a estabilidade democrática. É uma bazófia afirmar que a anistia pacificaria o país. Absolutamente falso. O que vai pacificar o país é a submissão dos fatos criminosos a um julgamento. Com evidente respeito à ampla defesa, ao devido processo legal e à presunção de inocência, mas com a condenação daqueles que comprovadamente fizeram parte da trama golpista, que incluía, registre-se, o assassinato do Lula, do Alckmin e do Ministro Alexandre de Moraes. Esses fatos sensibilizaram até parte da direita civilizada. Tivessem vingado, muitos de nós não estaríamos aqui hoje. É mais do que necessário virar esta página. E, em respeito aos princípios democráticos que basearam toda a reação por parte do TSE e do STF, fazer um julgamento rápido, técnico e que leve, aí sim, à pacificação que o Brasil merece.
Sempre carregando conosco a Cecília Meireles: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.”
Lógico que golpe não se explica. Golpe é golpe e ponto.
Mas para quem tem a cara dura de não assumir até hoje que Dilma sofreu um brutal e covarde golpe, sendo a primeira mulher a presidir o Brasil, isso é uma espinha de pirarucu atravessada na própria goela da direita “civilizada”.
As justificativas são de um ridículo inacreditável.
Mas um “economista” de banco, que tinha a cabeça coroada na cúpula tucana, mostrou porque o tucano voa baixo e caga mole e sapecou, sem corar, que Dilma jogou os juros e, consequentemente o spread bancario no chão de forma artificial.
Então, pergunta-se, o que são juros artificiais?
De onde esse idiota tirou a ideia de que agiotagem tem tal regra?
Não é porque a agiotagem consentida dos bancos tem seus métodos. Juros não são uma doença só contra a economia do país. A gravidade pode ser maior ou menor, mas é uma chaga que mata aos poucos ou de estalão.
Pergunte a qualquer micro e médio empresário o que significa o custo dos juros em seu modesto negócio, que é a principal atividade na economia global.
No caso do Brasil, não tem graça comentar. É a maior e mais imoral taxa de juros do planeta.
Mas o banqueiro, dada a sua própria origem estelionatária, contrata os estelionatários midiáticos para defender seus interesses culpando, imagine isso, os pobres pelo assombroso e covarde sistema neoliberal que, no Brasil, é sinônimo de roubo covarde e descarado.
Dilma enfrentou muita adversidade com sua coragem revolucionária, mas a sua grande batalha foi contra os bancos que perderam para ela e apelaram para o jogo sujo do golpe de Estado, patrocinando os sacripantas tucanos e afins, Simples assim.
Em menos de uma semana na presidência da câmara federal, Hugo Motta arreganhou a porteira da casa para os demônios e os diabos menores.
Ou é um colegial deslumbrado, ou o PL de Bolsonaro ameaçou agourar seus ovos na saída, por saber segredos do pigmeu moral que ainda não vieram a público.
Alguém terá que mostrar ao arrogante a diferença do que ele pode e o que acha que pode
Comprar uma guerra com o executivo e o judiciário como comprou, vai fazer de sua caminhada uma estrada esburacada que certamente o fará tropeçar na própria língua de trapo e terminará beijando o chão.
Parece que Motta está se divertindo com o enfrentamento, sobretudo com o STF.
O papagaio de pirata de Cunha e Lira, agora, com microfones e holofotes voltados para si, arvora-se em pautar o executivo e judiciário a partir de sua cabeça infestada de excremento.
Lógico, vai dar merda!
Se seguir nesse rodopio infrene que estarrece até a mídia, para ele, a previsão do tempo será a de céu escuro, raios, trovões e tromba d’água.
Na tese de Motta, a tentativa dos terroristas bolsonaristas, de explodirem um caminhão de gasolina no aeroporto de Brasília, não foi nada, mas tão somente um episódio inocente.
De acordo com a Polícia Federal, a tentativa de golpe tinha sim, um líder: o então presidente Jair Bolsonaro que, depois de perder a eleição, fez diversas reuniões com auxiliares e com os chefes das Forças Armadas para sondar a possibilidade de uma intervenção autoritária antes da posse de Lula.
Essa seria a linha de atuação, caso um grupo de militares, designado pelo chefe do Executivo, à época, falhasse em encontrar provas de uma fraude fictícia no sistema eleitoral.
Não só isso
A tentativa de golpe também tinha estimuladores, além do próprio presidente, ministros de seu governo, como Walter Braga Netto, instigaram os manifestantes a continuarem engajados na intentona golpista.
Deputados federais, senadores e influenciadores, ligados diretamente à família Bolsonaro, também contribuíram ativamente, segundo a Polícia Federal.
Motta quer negar, mas um número sem fim de provas dos atos criminosos que desembocaram no 8 de janeiro de 2023 não permitem.
Se seguir nessa pegada, verá, e não demora, Hugo Motta terá sua cabeça a prêmio na bacia das almas.
Até porque o próprio presidente seria o primeiro alvo a ser abatido pelos capatazes de Bolsonaro se o golpe não talhasse.
Seria um suicídio político Lula aliviar para um animal fascista.
Lula ainda foi didático. “Se ele não fosse um homem que tivesse preparado toda essa podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse, como qualquer ser humano civilizado faria”, disse o presidente.
Lula disse ainda que, caso Bolsonaro seja inocentado e possa concorrer à Presidência em 2026 contra o petista, “vai perder outra vez”.
“Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou inclusive a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral, não merece absolvição”, respondeu Lula durante entrevista a rádios mineiras.
“A verdade, só o Bolsonaro sabe. Se ele quis dar golpe, ele sabe que quis dar. Por isso que ele fugiu para Miami. Se ele não fosse um homem que tivesse preparado toda essa podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse, como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele, não”, acrescentou ainda o presidente.
Reclamar de vazamento seletivo, o que foi revelado aos brasileiros sobre a trama golpista, convenhamos, é piada.
Melhor seria Bolsonaro nada dizer.
O que ele está fazendo, porque não tem como sair do rodamoinho que essa delação de Mauro Cid revelou, nada mais é que confirmar o que foi publicado na mídia.
O fato é que essa delação desabou agora também nas cabeças de Eduardo e Michelle Bolsonaro como comandantes do grupo central do golpe.
Isso implica ainda mais Bolsonaro, por motivos óbvios e centrifuga para o olho do crime, filho e esposa do mandatário da nação e do golpe em si.
Como a coisa vazou pouco importa.
O cheiro de enxofre entra pelas ventas de qualquer maneira.
A defesa pode vir com mil desculpas esfarrapadas para tentar livrar a cara, agora também de Michelle e Eduardo que não livra a cara ninguém.
Não aceitando o funeral da reeleição de Bolsonaro e, lógico, o fim da vida de 1ª dama do fascismo nacional, a pudica, que vive de falsas rezas, revelou-se a carola Perpítua da novela Tieta, incitando o ódio e o golpe.
Não sei quem acreditava nas cenas religiosas da figuraça.
Aquilo sempre fedeu falsidade em estado puro de putrefação do próprio caráter da pundonorosa.
Por isso, não assusta saber que a parceira de maldades da Damares, segundo delação de Mauro Cid era o capeta em forma humana.
Mauro Cid disse à PF que Michelle e Eduardo Bolsonaro participavam de um grupo “radical” que acreditava que os CACs participariam de uma luta armada se o então presidente desse o golpe.
Delação de Cid, diz ainda que Michelle e Eduardo atuavam para convencer o então presidente Bolsonaro a contestar o resultado das urnas e romper com a democracia.
A íntegra do documento foi obtida pelo jornalista Elio Gaspari.
Agora é aguardar a víbora golpista proteger a própria reputação de tímida, casta e recatada.