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Golfo do México: Google abraça Trump e diz que vai mudar nome

Mais uma gigante da tecnologia aponta para a extrema direita e anuncia mudança no nome do Golfo do México para “Golfo da América” de Trump.

A empresa de tecnologia, uma das maiores big techs do mundo, Google, controlada pela Alphabet, anunciou que vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América” em suas plataformas. A medida está alinhada à postura expansionista do presidente de extrema direita Donald Trump. O político adota uma visão de desprezo pela América Latina. Já do lado da Google, o CEO da empresa, Sundar Pichai, estava na posse de Trump, acompanhado de outros bilionários extremistas como Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta).

O anúncio da mudança veio ontem (27). A big tech anunciou que atualizará seus mapas para refletir a decisão do governo dos Estados Unidos e deve impactar, sobretudo, no Google Maps. A mudança ocorrerá assim que o novo nome for registrado oficialmente no Sistema de Nomes Geográficos dos EUA.

A alteração será visível apenas para usuários nos Estados Unidos, enquanto no México o nome continuará sendo “Golfo do México”. Em outros países, o Google Maps exibirá ambos os nomes lado a lado.

Golfo do Trump
A mudança foi anunciada pelo Departamento do Interior dos EUA na última sexta-feira (24), como parte de uma série de ações executivas assinadas pelo presidente Donald Trump logo após assumir o cargo, em 20 de janeiro.

“Como orientado pelo Presidente, o Golfo do México agora será oficialmente conhecido como Golfo da América e o pico mais alto da América do Norte passará a ter novamente o nome de Monte McKinley”, informou o Departamento em comunicado.

A montanha mencionada, anteriormente conhecida como Denali, no Alasca, também terá seu nome alterado para o antigo título em homenagem ao presidente William McKinley, revertendo uma decisão tomada em 2015 pelo governo Obama.

Reação do México
A decisão de renomear o Golfo do México gerou reações tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, ironizou a decisão e sugeriu, em tom bem-humorado, que a América do Norte fosse renomeada como América Mexicana, em referência a um antigo mapa histórico da região.

O Google, por sua vez, confirmou que seguirá as diretrizes estabelecidas pelo governo norte-americano e atualizará sua plataforma de mapas. A empresa, que pertence à Alphabet, afirmou em publicação no X (antigo Twitter): “Conforme a atualização do Sistema de Nomes Geográficos dos EUA, o Golfo do México será renomeado como Golfo da América em nossas plataformas nos Estados Unidos. Em outros locais, exibiremos ambas as denominações.”

A mudança no Google Maps também incluirá o Monte McKinley, alinhando a plataforma às novas decisões geográficas oficiais dos EUA.

A decisão de Donald Trump reflete sua visão de reforçar símbolos ultranacionalistas americanos. No entanto, críticos apontam que mudanças como essas podem ser vistas como uma tentativa de apagar ou minimizar influências culturais e históricas de outras nações, especialmente no caso do México, que compartilha uma longa relação histórica com o Golfo. Com TVT.

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Política

Algum inocente acredita que o Google, sem querer, voltou a mostrar dado errado do dólar?

A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre a cotação do dólar depois que o site de buscas Google exibiu durante todo o dia o valor errado da moeda em relação ao dólar nesta ultima quarta-feira de Natal.

Detalhe: era feriado e nem cotação tinha.
Reincidente nessa patacoada cara ao país, o Google desinforma, deforma, manipula dados falsos e diz não saber se está ou não errado

Ora, faça-me o favor!

Como pode uma plataforma de busca dizer que errou um troço desses?
Já não basta essa mídia pedregulhenta e sua guerra contra a informação?A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre a cotação do dólar depois que o site de buscas Google exibiu durante todo o dia o valor errado da moeda em relação ao dólar nesta ultima quarta-feira de Natal.

Detalhe, era feriado e nem cotação tinha.
Reincidente nessa patacoada cara ao país, o Google desinforma, deforma, manipula dados falsos e diz não saber se está ou não errado

Ora, faça-me o favor!

Como pode uma plataforma de busca dizer errar um troço desses?

Já não basta essa mídia pedregulhenta e sua guerra contra a informação?

A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre a cotação do dólar depois dessa do site de buscas.

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Justiça

Pressionado, Google começa a desativar link contra PL das Fake News

Ministério da Justiça e MPF apuram suposta prática abusiva; Google nega irregularidades e diz que havia programado o fim da campanha.

De acordo com o Metrópoles, o Google afirmou que começou a desativar, a partir do meio-dia desta terça-feira (2/5), uma mensagem em sua página inicial que acusava o Projeto de Lei (PL) das Fake News de “piorar sua internet”. O Ministério da Justiça havia multado em R$ 1 milhão a empresa por suposta propaganda enganosa. O Ministério Público Federal apura suposta prática abusiva da big tech.

Esse link destacado pelo Google leva a um texto do diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google no Brasil, Marcelo Lacerda, contra o PL das Fake News.

Em nota enviada à coluna, o Google afirmou que o fim da campanha estava planejado, e que já usou esse expediente do link abaixo da caixa de busca outras vezes para promover “iniciativas relevantes” por um tempo controlado. Recentemente, essa estratégia convidou brasileiros para assistir ao debate presidencial no ano passado, homenageou Pelé e fez um agradecimento a profissionais de saúde na pandemia.

Mais cedo, o Ministério da Justiça e o Ministério Público Federal abriram apurações contra o Google. Além da visibilidade ao texto crítico ao PL, o Google é suspeito, segundo esses órgãos, de direcionar resultados de buscas para conteúdos contra a proposta.

O PL das Fake News pode ser votado pela Câmara nesta terça-feira (2/5). As big techs têm atuado contra a aprovação do texto. Essas empresas alegam que o debate ainda não está maduro, e que são favoráveis a uma regulação em outros moldes. O governo, por outro lado, defende que a regulação é urgente e que a proposta já tramita na Câmara há três anos.

Nos últimos dias, o presidente do Google no Brasil disse que o PL pode ser “draconiano” para o país, um diretor da companhia afirmou estar “muito preocupado” com o texto e uma associação de lobby que reúne Google, Facebook e TikTok espalhou entre deputados que o PL censura posts de teor religioso.

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Política

Randolfe pede remoção do conteúdo do Google e multa de 20% do faturamento por usar sua estrutura para tentar sabotar o projeto das fake news

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Senado, anunciou nesta segunda-feira (1°) que irá acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar e multar a plataforma Google por conta da campanha contra o PL das Fake News, segundo o Agenda do Poder.

“Solicitarei ao CADE, cautelarmente, a remoção do conteúdo, abstenção de reiteração de práticas análogas e fixação de multa no valor máximo de 20% do faturamento bruto, além do bloqueio cautelar nas contas bancárias do Google”, disse Randolfe pelço Twitter.

Na página inicial de buscas do Google há um link que afirma “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Ao clicar, o leitor é direcionado a uma nota da plataforma com críticas à proposta.

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Política

Flávio Dino aciona secretaria contra Google para apurar “prática abusiva”

O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) afirmou hoje (1º) que acionará a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão vinculado ao ministério, para verificar possível prática abusiva das chamadas big techs contra o chamado PL das Fake News, diz o Uol.

Mais cedo, o perfil Sleeping Giants Brasil no Twitter afirmou que as big techs estão atuando para atacar o projeto de lei. “Google usando a própria plataforma pra atacar o PL [projeto de lei] e o Twitter deslogando a conta das pessoas pra atrapalhar”, diz o Sleeping Giants Brasil.

Um print mostra a página de buscas do Google com um link que afirma “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Ao clicar, o leitor é direcionado a uma nota da plataforma com críticas à proposta.

Em resposta, Dino disse que encaminhará o assunto à Senacon.

Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas”Flávio Dino, ministro da Justiça

O UOL entrou em contato com o Google e aguarda resposta. Também procura o Twitter sobre a denúncia feita pelo Sleeping Giants Brasil. O espaço segue aberto a manifestações.

Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas.

Ontem, a Meta, dona do Facebook, criticou o texto em nota pública. A big tech afirma que o texto da proposta ameaça atingir a gratuidade dos serviços da plataforma.

“E, na sua forma atual, a legislação tornaria difícil que empresas de tecnologia como a nossa continuem a oferecer o tipo de serviços gratuitos usados por milhões de pessoas e negócios no Brasil.”

O Google também afirma que a possível aprovação do projeto de lei “coloca em risco o acesso e a distribuição gratuita de conteúdo na internet” ao exigir o pagamento de direitos autorais sobre o material compartilhado.

O Google diz ainda que o projeto de lei, da forma como está, “iria na contramão” do combate à desinformação e que acabaria protegendo quem produz informações falsas. A empresa também diz que as plataformas ficariam impedidas de remover conteúdo jornalístico com afirmações falsas.

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Uncategorized

Google lança ofensiva contra PL das Fake News

OUTRO LADO: Empresa nega que privilegie links contrários ao projeto e diz que não altera manualmente resultados

O Google lançou uma ofensiva contra o PL 2630, o projeto de lei que regula a internet e que deve ser votado nesta terça-feira (2), mostram emails, prints e relatos obtidos pela Folha, além de um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Quem usa o Google nesta segunda-feira (1º) se depara com um link bem embaixo da caixa de busca, com os dizeres: “O PL das fake news pode piorar sua internet”. O link direciona para um post do blog do Google com inúmeras críticas ao projeto. Segundo o site de dados Statista, 97% dos brasileiros usam o Google para buscas na internet. De acordo com levantamento do NetLab, a plataforma também está privilegiando links de conteúdo de oposição ao PL nos resultados das buscas sobre o projeto de lei, além de anúncios do próprio Google criticando a nova legislação.

Procurada pela reportagem, a plataforma negou que esteja privilegiando links contra o PL em seu buscador e afirmou que seus sistemas de ranqueamento se aplicam para todas as páginas da web, incluindo aquelas que administra.

De acordo com o NetLab, quando se procura por “PL 2630” no buscador, entre os primeiros resultados está um link de publicidade com o título: “PL da Censura”. Ele leva a um post no blog do Google que diz que a proposta “pode piorar a sua internet”.

Além desse, os outros links que aparecem nos primeiros resultados das buscas pelo termo são oficiais, como do Senado e Câmara, de veículos de imprensa e de sites hiperpartidários que se posicionam contra o PL, como a Revista Oeste, PlenoNews, PLdaCensura e Boletim da Liberdade, de propriedade do ex-deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), que lidera campanha contra a regulação, além de vídeos do canal do Brasil Paralelo no YouTube.

Conforme o NetLab, os links do Google contra o PL também apareceram na primeira página não como propaganda, mas como resultado da busca orgânica pelo termo “PL 2630”, em consultas realizadas de forma anônima, sugerindo um usuário genérico brasileiro sem histórico, entre os dias 23 e 28 de abril.

Além disso, youtubers vêm recebendo desde sexta (28) e-mails do YouTube afirmando que eles vão perder dinheiro se o projeto for aprovado. As mensagens afirmam que o PL compromete “nosso modelo de compartilhamento de receita”.

Dizem que, ao ser obrigada a pagar por conteúdo jornalístico, como prevê o artigo 32 do PL, sobrariam “menos fundos para investir em você, em todos os nossos criadores e nos programas para ajudá-lo a desenvolver seu público”. No final, insta os youtubers a falar “com seus deputados nas redes sociais ainda hoje”.

Pelo Twitter, o influenciador Felipe Neto respondeu ao email do YouTube, dizendo nunca viu “uma tentativa tão pesada de utilização dos criadores para defender os interesses do Google”.

Segundo ele, o “posicionamento do YouTube é vergonhoso, pois é uma mentira e uma ameaça feita de maneira intencional”.

De acordo com Marie Santini, coordenadora do NetLab, o algoritmo do Google que determina o ranqueamento dos sites na ferramenta de busca normalmente mostra os resultados por ordem de relevância. Está entre os critérios o link ter sido citado por outras fontes de reconhecida reputação na internet.

“O que nos parece é que o Google ponderou os resultados de busca de tal forma a aumentar a relevância de sua própria voz em sua plataforma.”

Segundo ela, “isso pode configurar abuso de poder econômico às vésperas da votação” para tentar impactar a opinião pública e os votos dos parlamentares.

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Justiça

Google envia parecer contrário à entrega de dados para a investigação do assassinato de Marielle

A empresa de tecnologia Google enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o parecer sobre a entrega de dados acerca das pessoas que pesquisaram a agenda da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018.

Segundo a empresa, a solicitação feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro apresenta riscos, como abrir precedente para que as pesquisas de usuários da plataforma sejam solicitadas em investigações por todo o país, uma vez que tal solicitação terá grande repercussão.

A batalha judicial para este caso entre o Google e o MP-RJ perdura há cinco anos. Tanto este conjunto de dados, quanto as informações acerca dos aparelhos que teriam passado pelos locais no qual Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos, seguem judicializados.

Até o momento, com as diversas trocas de comando da investigação, outros 90 pedidos foram deferidos pela Justiça, para que a empresa oferecesse dados que auxiliassem nas investigações.

Em um parecer divulgado na última terça-feira (21) ao STF, a empresa diz que o MP-RJ, ao fazer o pedido de um conjunto de dados indeterminado, quer fazer uma “pescaria” — termo utilizado para um conjunto de dados sem especificações ou individualização da conduta — e procuram por algo que se encaixe na investigação.

Outro ponto levantado pelo Google é a probabilidade de riscos de “confiança geral na privacidade das buscas”.

Já em 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que fosse quebrado o sigilo, por meio do Google, de um grupo indeterminado de pessoas que chegaram a fazer alguma pesquisa relacionada à vereadora e à agenda dos quatro dias que antecederam a sua morte.

No pedido, queriam saber quem pesquisou, entre os dia 10 e 14 de março de 2018, parâmetros como “Marielle Franco; “vereadora Marielle”; “agenda vereadora Marielle; “Casa das Pretas”; “Rua dos Inválidos, 122” ou “Rua dos Inválidos”. A decisão foi questionada pelo Google ao STF.

A empresa enviou um parecer, assinado pelos professores Heloísa Estellita, Lucas Montenegro e Orlandino Gleizer, no qual sublinham quais os riscos que uma decisão favorável ao MP-RJ podem desencadear.

“Em primeiro lugar, porque as buscas, em geral, são atividades que não envolvem terceiros. Em segundo, porque, por sua própria natureza, as buscas representam, atualmente, quase uma extensão do pensamento humano: na era da informação, o indivíduo dificilmente memoriza todo o conhecimento produzido e passa a utilizar-se das informações disponíveis na internet para se orientar em diversas situações do seu cotidiano Isso significa que as pessoas não apenas usam com maior frequência aplicações de busca, mas também que as usam sem qualquer restrição temática e sem maiores reflexões”, explicam em determinado trecho do parecer.

*Com Agenda do Poder

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Opinião

A Suprema Corte dos EUA contra algoritmos?

O responsável pela seleção não é quem produziu o conteúdo. É o YouTube. Ou o Twitter. Ou o Facebook. Ou o TikTok.

Pedro Doria*

A Suprema Corte americana começou a analisar um caso muito difícil, que poderá mudar para sempre a cara da internet. Os pais de Nohemi Gonzalez, uma universitária de 23 anos que morreu num ataque terrorista em Paris, estão processando o YouTube. Seus advogados alegam que os três responsáveis pelo ataque à casa de shows Bataclan, em 2015, foram radicalizados após assistirem a uma série de vídeos produzidos pelo Estado Islâmico (EI) e recomendados pelo site.

A praxe da Corte americana é escolher os casos que julgará. Ela não é obrigada a aceitar nenhum, mas, sempre que considera haver uma questão constitucional importante, entra no debate. Os advogados submetem aos nove juízes seus argumentos por escrito e, depois, são convidados a uma ou mais sessões de sustentação oral. É quando os ministros têm a oportunidade de compreender melhor como cada lado vê o tema em debate. A primeira sessão foi na última terça-feira.

O que está sendo testado é a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Bill Clinton, em 1996. É a lei que rege a internet no país desde então. Naquela época, quando a indústria digital no Vale do Silício se concentrava ainda em hardware e software, e a internet não passava de promessa, a Seção 230 possibilitou o desenvolvimento da rede. Em essência, definiu que uma empresa com presença na web não poderia ser responsabilizada legalmente pelo que dizem usuários que publicam em seus sites. Em 1996, poucos sites ofereciam espaço a comentários. Havia também espaços de discussão, fóruns, começando a se popularizar. Não existiam ainda blogs, muito menos redes sociais. Não havia algoritmos de recomendação.

Este é o argumento dos advogados da família Gonzalez: a lei pode proteger o YouTube de qualquer coisa que o EI tenha decidido publicar, mas a recomendação por algoritmo é diferente. A partir do momento em que o YouTube pinça um vídeo específico dentre milhões para sugerir a quem assiste, aí o exercício de expressão não é mais dos terroristas. O YouTube, como qualquer outro serviço baseado em algoritmos, se exprime por meio das escolhas de conteúdo que faz. O responsável pela seleção não é quem produziu o conteúdo. É o YouTube. Ou o Twitter. Ou o Facebook. Ou o TikTok.

Alguns ministros expressaram em suas perguntas dúvidas a respeito desse argumento. Afinal, mecanismos de seleção de conteúdo baseados em algoritmos tornaram a internet viável. Foi a revolução que o Google produziu quando apresentou seu sistema de buscas ainda no final do século passado. Havia outros sites de busca que apontavam para os locais na rede onde as palavras-chave estavam presentes. O Google, porém, fazia mais que oferecer uma lista de centenas ou milhares de links. Usava um algoritmo para recomendar hierarquicamente os melhores resultados de busca.

A internet se tornou útil ali.

Tornar as empresas responsáveis pelo que seus algoritmos recomendam, quiseram saber os ministros, não poderia abrir uma imensa onda de processos que trariam impactos econômicos inimagináveis? Afinal, a rede se ergue sobre tais algoritmos.

A pergunta que os juízes da Suprema Corte americana parecem fazer é onde está a linha divisória. Por óbvio, outras indústrias são responsáveis pelos danos que suas decisões internas produzem. Quando falamos de algoritmos, a partir de que momento as gigantes da tecnologia passam a ser responsáveis? A Suprema Corte tomará uma decisão neste ano — e ela pode ser até não decidir nada. Por enquanto.

*O Globo

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Após debate na Band, pesquisas trazem péssimas notícias para Bolsonaro

Buscas no Google associam presidente a polêmicas recentes.

A menos de duas semanas do segundo turno, cada passo dado pelos candidatos à presidência é minuciosamente vigiado pelos eleitores. Depois da troca de farpas entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no debate da TV Bandeirantes na noite do último domingo, 16, o Google registrou um aumento repentino de buscas envolvendo o nome do presidente — e nenhuma delas é positiva.

Os temas mais procurados no pesquisador são relacionados à expressão “pintou um clima”, utilizada por Bolsonaro para se referir ao dia em que encontrou supostas prostitutas venezuelanas menores de idade. Após a declaração, o candidato à reeleição foi acusado de pedofilia, e sua campanha abafou o caso.

Em segundo lugar, vem a polêmica em torno do ato eleitoral praticado em Aparecida do Norte no feriado de Nossa Senhora, em 12 de outubro. A manifestação foi severamente criticada por católicos e até por autoridades da Igreja.

Confira:

Pesquisas em ascensão no Google (17/10/2022) -

*Com Veja

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PGR concorda com ação que pede ao Google dados de pesquisas feitas dias antes do assassinato de Marielle Franco

O procurador argumenta que não se trata de violação de privacidade e que medida diz respeito a um caso específico.

O Procurador-Geral da República Augusto Aras entregou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que defende a constitucionalidade da quebra de sigilo de dados telemáticos de pessoas indeterminadas em investigações criminais.

Segundo a Forum, a manifestação de Aras foi realizada dentro do recurso do Google contra a uma decisão de Superior Tribunal de Justiça (STF) que, em agosto de 2020, manteve a determinação da Justiça do Rio que ordenou que a empresa de internet forneça aos investigadores do caso Marielle Franco a lista de IPs e Device IDs de usuários que fizeram pesquisas com as combinações “Marielle Franco”, “Vereadora Marielle”, “Agenda vereadora Marielle”, “Casa das Pretas” e “Rua dos Inválidos”, entre os dias 7 de 14 de março de 2018, data em que a vereadora e o motorista foram assassinados.

O IP, que significa “protocolo da internet”, permite que a polícia consiga chegar até o endereço da conexão de internet de quem fez as pesquisas. Por sua vez, o Device ID permite identificar computadores e celulares e está vinculada às pessoas. O cruzamento das informações do IP com a Device ID permite a localização de alguém. Para os investigadores, tais dados são considerados cruciais para se chegar aos mandantes do assassinato de Marielle Franco.

O Google é contrário a fornecer tais dados e argumenta que a medida fere o direito à privacidade dos usuários e que pode transformar um serviço de pesquisa na internet em ferramenta para vigil1ãncia indiscriminada dos cidadãos.

Em sua manifestação, o PGR Augusto Aras argumenta que a medida se ” “mostra-se compatível com a Constituição Federal a possibilidade de afastamento de dados telemáticos, no âmbito de procedimentos penais, ainda que em relação a pessoas indeterminadas. Na realidade, mostrar-se-ia incompatível com a ordem jurídico-constitucional entendimento pelo qual fosse vedada a transferência de dados que possam contribuir para a efetivação da persecução penal e para a elucidação de crimes, sobretudo quando se sabe que tais dados hão de ter o sigilo preservado pela autoridade pública”.

Augusto Aras rebate a afirmação do Google e destaca o fato de que a quebra será exclusiva ao caso de Marielle Franco. “Trata-se “de acesso a material relevante à linha investigativa – delimitado, especificamente, por expressões precisas de busca, área geográfica e período – em posse de empresa estrangeira, com representação oficial no Brasil, que se submete às disposições do artigo 12 da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet)”.

A vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes foram executados em março de 2018, no Estácio, que fica na região central do Rio.

Desde então, o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes vive entre muitas perguntas e sem nenhuma resposta.

Além disso, até hoje a Polícia e o Ministério Público não conseguiram descobrir o paradeiro da arma utilizada para matar Marielle e Anderson.

De acordo com a perícia do caso, sabe-se que foi utilizada uma metralhadora MP-5 com munição UZZ-18.

As investigações também revelaram que fuzis foram jogados ao mar no dia seguinte à prisão de Lessa, em março de 2019. Porém, nenhuma arma foi encontrada.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos nas penitenciárias federais de Campo Grande e de Porto Velho e vão a júri popular, que ainda não tem data para ocorrer.

Por fim, cabe destacar que, apesar da prisão dos supostos executores de Marielle e Anderson, a principal pergunta segue sem resposta: quem são os mandantes?

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