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Mídia desenterra as múmias FHC e Temer em defesa de Bolsonaro para tentar impedir o protagonismo de Lula

A reação grosseira de Vera Magalhães, uma espécie de Augusto Nunes de saia, é um aviso de que, “todos, menos o PT” está mais vivo que o coronavírus na mídia de bancos.

O tema que trouxe FHC e Temer à baila, tirando-os dos sarcófagos dos golpistas e corruptos, foi a defesa de Bolsonaro, o último zumbi do neoliberalismo nativo. Ele caindo, não há nada para ser colocado no lugar.

O lema “Bolsonaro é uma desgraça para o povo, um câncer para o país, um genocida compulsivo, mas é nosso”, como pensa o mercado, convoca as bestas dos sarcófagos, Temer e FHC, porque, além de serem sabujos do grande capital, são canalhas o suficiente para defender um sujeito que está provocando mortes por coronavírus às pencas.

Na realidade, FHC, Temer e a própria mídia estão reforçando o discurso de que é melhor produzir um suicídio em massa, levando a população às ruas para se infectar, mas salvar o comércio do que imaginar que os lucros dos milionários brasileiros cairão com a quarentena.

Bolsonaro nunca esteve sozinho, sempre foi e de forma bastante clara, o principal representante das classes dominantes brasileiras, racista, escravocrata, com fobia de pobres e de uma docilidade nunca vista com os banqueiros, com a agiotagem, com a contravenção, com tudo o que não produz nada no país e vive só de sugar e extorquir a população. Afinal, Bolsonaro sabe o caminho das pedras, ensinando logo cedo aos filhos a mamarem nas tetas do Estado, defendendo os interesses do grande capital.

Para piorar o ranço contra Lula que lidera hoje um movimento de oposição às atrocidades de Bolsonaro, Datafolha aponta que o presidente vê sua aceitação despencar e sua rejeição disparar, mostrando que o avanço do coronavírus no país está num caminho inversamente proporcional à sua aprovação, como bem observou o jornal inglês The Economist.

O jeito que a mídia de bancos encontrou para tentar segurar o furação contrário a Bolsonaro, por ordem do mercado, foi desenterrar duas múmias sagradas do entreguismo nacional, FHC e Temer.

Não há dúvida de que essa será a última intervenção da direita brasileira, pois a festa do neoliberalismo acabou porque, por conta dela, muitos brasileiros se infectaram e muitos outros se infectarão.

Assim, a visão de que o mercado é mais importante que as pessoas, vai a pique, pois já está obrigando o mundo a entender que, sem solidariedade humana, as pandemias serão cada vez mais avassaladoras.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro assume incompetência para governar: “Não dá para ir além do que estamos fazendo”

Bolsonaro disse hoje que ele e sua equipe ministerial estão trabalhando “há semanas” para minimizar os efeitos do novo coronavírus no país, destacando que não há como ir além do que já está sendo feito.

E o que está sendo feito além de beneficiar os ricos na pandemia? Nada!

Se nada foi feito pela imensa maior parte da população, que são os mais pobres, nada continuará sendo feito por esse governo genocida.

Bolsonaro disse que os empregos estão sendo “exterminados” e que o governo não pode levar o pânico à população quando o próprio Ministro da Saúde de seu governo pede diuturnamente que ninguém saia de casa.

Afinal, quem está governando?

A MP publicada por Bolsonaro flexibiliza ainda mais a CLT. E o cínico diz que é uma maneira de preservar empregos.

O fato é que Bolsonaro consegue criar uma epidemia de desempregos dentro da pandemia do coronavírus.

Certamente, é o único presidente no mundo com uma atitude tão descarada contra o seu povo para defender os interesses do grande capital.

Empresários que apoiam esta MP criminosa só se esquecem que, sem ter como consumir por falta de salário, eles vão à bancarrota muito mais rápido.

Bolsonaro, com essa medida, quer forçar com os trabalhadores a voltarem a trabalhar impondo uma produção que não terá demanda correspondente, o que levará o país a ter muito mais mortes e muito mais empresas quebradas.

Para Bolsonaro, nada é tão ruim ou letal que não possa ser pior e mais assassino.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo – Bolívia: Mãe indígena diz ao filho militar: como você pode fazer isso com seu povo?

Que cena! Assistam à conversa de gestos entre mãe e filho na encruzilhada boliviana. Ela, indígena a caminho da marcha; ele, militar fardado, a postos para a repressão. Nos próximos dias esse diálogo decidirá o futuro da democracia boliviana. Muitos filhos já desertaram. Oremos. (Saul Leblon)

Chorando, a mãe fala para o filho na língua deles: como você pode fazer isso com seu povo?

É a lei do império americano e as linhas internas de um sistema em que os senhores da terra são os grandes neoliberais do planeta, numa guerra insana contra os pobres, contra os índios que não conseguem encobrir suas próprias contradições.

Mediante a violência de um soldado escravo das ordens dos EUA, ele se depara, através de seu ofício, com sua própria mãe num momento de rebeldia contra a servidão, numa desobediência, a linguagem de guerra formalizada pelos brancos num país marcado por uma divisão racista aonde soldados de origem indígena matam seus próprios irmãos através de um poder fardado que não aceita desobediência ao grande capital.

Nesse caso, o opressor era filho da oprimida e escravo do sistema. A mãe encontra com o filho em linhas cruzadas, com uma frase final que serve como pena de morte para ele: como você pode fazer isso com seu povo?

Imagina o coração dessa mãe. Imagina a dor. Ao mesmo tempo, não dá para ignorar a sua altivez, a sua conduta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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As hienas amazônicas

As hienas são animais carnívoros, vivem em clãs, produzem um som parecido com o de uma risada, a dentição é composta por 32 a 34 dentes, grande parte da alimentação das hienas é à base de carcaças que encontram ou que roubam, As crias são muito agressivas e é comum matarem-se umas as outras.

No Brasil, as hienas sofreram uma mutação e se transformaram num ornitorrinco amazônico.

Aqui elas se alimentam de laranjas, milícias e fantasmas em quantidade assustadora, extorsões, corrupção, grandes negociatas, mentiras e até picaretagens de troco miúdo, mas mantêm sempre a característica original de viverem em clã e terem como principal presa os direitos dos trabalhadores, a aposentadoria dos pobres e as empresas estatais, possibilitando que a especialidade em usufruir dos cofres do Estado lhe garanta robustez muscular para devorar as instituições de controle como o Coaf, a Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público, AGU e o próprio Ministério da Justiça, assim como o Itamaraty e todo o restante dos ministérios.

As hienas, no Brasil, são mutáveis e agem conforme a presa. O líder do clã costuma ser um completo analfabeto, com tara por torturadores e ditadores sanguinários, mas as características principais das hienas amazônicas são a de caminhar quilômetros no esgoto, mantendo um bom convívio com ratos, baratas e outros peçonhentos do intermúndio.

Assim, as hienas nativas têm uma psicopatia própria em que se arrastam no chão diante de tubarões do grande capital e de quem elas consideram forte no mundo do mercado especulativo e de agiotagem financeira.

Por outro lado, elas tentam devorar permanentemente os oprimidos, principalmente os negros, os quilombolas, os nordestinos, os gays, os miseráveis em nome dos interesses mais espúrios.

As nossas hienas não atacam leões, ao contrário, fazem questão de tirar o alimento da boca dos mais fracos para levar aos reis da selva capitalista e se alimentar dos restos do banquete. Aliás essa é a característica que mantém vivas as gerações de hienas brasileiras que se sucedem há três décadas dentro das casas legislativas, mas com uma capacidade de destruição de florestas, mares e rios que impressiona, produzindo um impacto de terra arrasada por onde passam.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas