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Aviso claro de que, com Lula e Haddad, a economia brasileira melhorou e muito

O Brasil está se tornando um mercado atraente para fornecedores e novos entrantes devido ao impacto menor do “tarifaço” em comparação com outros países.

Isso, segundo gente graúda do mercado, pode ser uma oportunidade para o país se destacar economicamente e atrair investimentos.

O “tarifaço” foi uma medida econômica que afetou muitos países, mas o Brasil parece ter sido menos prejudicado.

Isso pode ser devido a várias razões, como políticas econômicas específicas ou uma economia mais resiliente.

Com isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, programas de incentivo e subsídio chegam para a população mais necessitada. Isso muda completamente e cenário econômico no país.

Daí essa posição confortável do Brasil diante de uma crise mundial provocada por Trump.

A crescente guerra comercial entre Estados Unidos e China tem reconfigurado o panorama global de trocas econômicas – e, nesse contexto, o Brasil surge podendo levar vantagem. O cenário, de acordo com análises do Deutsche Bank, mostra que o Brasil se encontra em uma posição favorável para expandir suas exportações.

A guerra comercial entre EUA e China está criando oportunidades para o Brasil expandir suas exportações, especialmente no agronegócio.

Aqui estão alguns pontos-chave:
Aumento da demanda chinesa: A China suspendeu a compra de carne bovina de metade dos fornecedores americanos e acelerou negociações para adquirir soja brasileira, impulsionando o agronegócio brasileiro.

Benefícios para o mercado imobiliário rural: A crescente demanda por terras para atender à demanda chinesa pode movimentar o setor rural e diversas cadeias produtivas, como fertilizantes, agrotóxicos e infraestrutura de armazenagem.

Investimentos em tecnologia: A tecnologia será essencial para maximizar a produção e atender aos novos pedidos, com investimentos significativos em tecnologia agrícola para ampliar a produtividade no campo.

Expectativas de crescimento: A expectativa é de que o mercado de terras e o agronegócio brasileiro se transformem substancialmente nos próximos meses, impulsionados por um novo ciclo de investimentos e pela reconfiguração do comércio global.

Além disso, o Brasil já está mostrando sinais de crescimento nas exportações, com destaque para:

Exportações de carne de frango: As exportações gaúchas de carne de frango aumentaram 13% no primeiro trimestre de 2025.

Projeções positivas: O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que as exportações de carnes bovina e de frango seguirão crescentes em 2025.

Essas oportunidades podem ser um grande impulso para a economia brasileira.

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Política

Para o governo de SP, esqurda cogita Raí, Dr. Drauzio, Haddad, Alckmin, entre outros

Com as eleições de 2026 no horizonte, a direita paulista já se movimenta em torno de dois cenários principais: a tentativa de reeleição do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou sua possível candidatura à Presidência da República. Do outro lado, a esquerda ainda enfrenta impasses e falta de consenso — especialmente dentro do PT —, o que tem dificultado a consolidação de um nome competitivo para disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Segundo as pesquisas mais recentes, o nome mais viável mais a esquerda seria o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). No entanto, ele demonstra inclinação em manter a dobradinha com o presidente Lula (PT) na tentativa de reeleição nacional. Sem Alckmin no páreo estadual, nomes como Fernando Haddad, Alexandre Padilha, Márcio França e Guilherme Boulos são lembrados, embora nenhum deles tenha despontado com força nas intenções de voto até aqui.

Essa indefinição abre espaço para especulações sobre possíveis candidaturas de novatos no jogo político, como o médico Drauzio Varella e o ex-jogador Raí — ambos já negaram qualquer intenção de entrar na disputa. Parte dessa hesitação da esquerda também se relaciona à eleição interna do PT, marcada para julho, vista como peça-chave para definir os rumos da sigla no estado.

A gestão de Tarcísio — que estreou nas urnas em 2022 — e já ensaia discursos para enfrentar Alckmin, caso ele decida concorrer ganha destaque na direita. O governador tem reforçado entregas de obras iniciadas por gestões anteriores, como o monotrilho da Linha 17-Ouro e o trecho Norte do Rodoanel, ampliando seu capital político.

Além de Alckmin, que também pode mirar o Senado, o ministro Márcio França já manifestou publicamente o desejo de disputar o governo estadual. Ainda assim, em cenários sem Tarcísio, ele aparece com desempenho modesto nas pesquisas, atrás de nomes como Ricardo Nunes e Pablo Marçal. França, no entanto, aposta no prestígio de Lula e em alianças para alavancar sua candidatura, segundo o DCM.

Outros nomes cogitados no campo progressista — como os ministros Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Luiz Marinho — enfrentam obstáculos importantes, seja pelo histórico de derrotas em disputas majoritárias nas últimas eleições, ou até pela dificuldade de ampliar sua base de apoio. Haddad, por exemplo, foi derrotado por Tarcísio em 2022, e Padilha está fora de uma eleição executiva há mais de dez anos.

Para analistas como Paulo Niccoli Ramirez, um dos trunfos da direita tem sido a ocupação constante dos espaços digitais, conquistando visibilidade mesmo fora dos períodos eleitorais. Já os adversários progressistas seguem mais concentrados nos ritos tradicionais da política, o que limita sua projeção pública.

Caso Tarcísio opte por não disputar a reeleição, outros nomes já se posicionam no campo governista: o secretário estadual Gilberto Kassab (PSD), o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB) e o presidente da Alesp, André do Prado (PL). Para o Senado, o destaque vai para Guilherme Derrite, que deixou o PL rumo ao PP, buscando maior viabilidade eleitoral.

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Política

Pedágios, CPTM e isenção do IR mostram que paulistas erraram feio entre Tarcísio e Haddad

As três iniciativas que dominaram as discussões da semana passada evidenciam as divergências entre os dois blocos políticos em conflito no Brasil. O governo Lula, representado pelo ministro Fernando Haddad, anunciou a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros com baixa renda. Em contrapartida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enfrenta dificuldades para explicar um polêmico pacote de pedágios que será implementado no interior do estado, além de tentar justificar a privatização das novas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que levanta preocupações após o fracasso da Via Mobilidade.

No interior de São Paulo, aumentaram as reclamações sobre os pedágios que serão introduzidos na região do Circuito das Águas, afetando 33 cidades com mais de 30 pórticos. Essa insatisfação se intensifica após queixas relacionadas aos pedágios da região de Mogi das Cruzes e da Baixada Santista, onde as cobranças começarão em novembro. Quanto aos trens, manifestantes invadiram a Secretaria de Transporte Metropolitano em protesto contra a proposta de privatização que poderia se expandir para mais linhas, após falhas recorrentes e quebras nas linhas 8 e 9 na Grande São Paulo. Tarcísio está considerando expandir esse modelo para as linhas 11, 12 e 13 da CPTM.

Enquanto Tarcísio adota medidas que encarecem o transporte público em São Paulo, o governo Lula busca aliviar o custo de vida dos cidadãos em nível nacional. A proposta de aumento da isenção do Imposto de Renda feita por Haddad ganhou apoio até mesmo de parlamentares da direita, ao passo que Tarcísio não demonstra disposição em promover melhorias para pessoas em situação financeira difícil. Essa contradição nas abordagens revela um aspecto importante do debate político atual.

Essas propostas ressaltam a disparidade entre Tarcísio, associado ao bolsonarismo, e Haddad, representante do lado progressista. A isenção do Imposto de Renda promove uma justiça fiscal ao fazer uma cobrança mais elevada sobre aqueles que têm mais, e menos sobre os que têm menos, o que pode ajudar a mitigar a desigualdade social. Em contraste, as privatizações defendidas por Tarcísio tendem a encarecer os serviços públicos, exacerbando a exclusão social e ampliando a desigualdade, funcionando como uma forma de tributação regressiva.

Esse modelo de concessões, ao transferir a responsabilidade de serviços essenciais do Estado para empresas privadas, provoca um aumento nos custos por conta da necessidade de retorno financeiro dessas empresas. Mesmo com subsídios governamentais, como os observados nas linhas 4, 5, 8 e 9, o encarecimento dos serviços é inevitável. O serviço público, sob administração estatal, consegue manter custos mais baixos, enquanto as empresas privadas costumam elevar esses custos, exigindo mais do usuário no momento do uso, semelhante a tributações sobre o consumo que desconsideram a capacidade financeira dos cidadãos.

Em suma, as iniciativas discutidas na semana passada evidenciam uma divisão clara entre abordagens progressistas e conservadoras em relação à política fiscal e ao gerenciamento de serviços públicos no Brasil, refletindo como as decisões políticas impactam diretamente o cotidiano da população.
A proposta de Tarcísio para implantar pedágios em rodovias revela a hipocrisia de suas promessas eleitorais. Durante a campanha, ele afirmou em diversos eventos que não imporia pedágios nas rodovias locais, mas com seu projeto atual, fica claro que isso não é viável se o objetivo é privatizar. Para que as privatizações sejam sustentáveis, é fundamental expandir a rede de pedágios e aceitar os aumentos constantes nas tarifas de transporte, tanto em ônibus quanto em trens, que são comuns em administrações que não se preocupam com a justiça social.

As justificativas apresentadas por Tarcísio evidenciam o erro de sua abordagem, especialmente se comparadas às propostas do Ministro Haddad. Em uma entrevista, Tarcísio questionou: “Como vou investir R$6 bilhões nessas rodovias de outro jeito?”. Embora tenha um orçamento de R$375 bilhões, maior que o PIB de países como Colômbia, Chile, Hong Kong ou Portugal, ele opta por não utilizar esses recursos para tal fim e parece incapaz de identificar alternativas orçamentárias.

A visão política de Tarcísio não inclui a busca por formas de tributação que sejam mais justas, que taxem mais aqueles que possuem maior riqueza ou que sonegam impostos. Ele parece querer convencer a população de que as privatizações, que excluem pessoas do acesso aos serviços e aumentam a desigualdade social, são uma solução natural. Fica claro que suas políticas beneficiam prioritariamente os mais ricos, que seriam os mais afetados por uma verdadeira reforma.

Em contrapartida, Haddad se destaca como um exemplo de como abordar essas questões, buscando reduzir desigualdades. Sua intenção de combater a sonegação fiscal foi o primeiro passo, e sua proposta de aumentar as isenções do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais ressalta as diferenças entre sua abordagem e a de Tarcísio.

A visão retrógrada e limitada de Tarcísio deteriora as condições de vida em São Paulo. Além das questões econômicas e de desigualdade, seu governo afeta negativamente o serviço de transporte. A falta de planejamento e investimentos adequados faz com que todas as iniciativas sejam vistas como “ativos a serem privatizados”, sem priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual, ou procurar tarifas de pedágio mais justas. Isso contraria a orientações da Lei Federal que preveem um plano integrado de ferrovias e transporte coletivo, segundo Rafael Calabria, Forum.

A deterioração do transporte público e o aumento das tarifas vêm ocorrendo há anos. A pergunta que fica é: será que os paulistas, como o sapo em uma panela que se aquece lentamente, só perceberão o problema quando já for tarde demais? Os aumentos graduais e a deterioração dos serviços ocultam a exclusão gerada pelos pedágios, limitando as viagens e isolando cidades interioranas. A reflexão necessária é: quando finalmente despertaremos para essa realidade?

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Brasil

Brasil não quer retaliar EUA. ‘Ordem é negociar’, afirma Haddad

Trump e os EUA estão impondo uma guerra tarifária ao mundo. No Brasil, o governo Lula avalia com cautela e aposta em saídas diplomáticas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (12) que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de negociar, e não retaliar, em um primeiro momento, a taxação de 25% sobre o aço e o alumínio imposta pelos EUA e que afetam as exportações da indústria nacional.Brasil não quer retaliar EUA. ‘Ordem é negociar’, afirma Haddad 1Brasil não quer retaliar EUA. ‘Ordem é negociar’, afirma Haddad 2 A política de Trump de guerra tarifária vem impactando todo o mundo. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que não deve haver retaliação, mas não afasta outras medidas, como denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“O presidente Lula falou ‘muita calma nessa hora’. Já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse o ministro a jornalistas após reunião com representantes do setor da indústria do aço brasileira, que apresentou um relatório com argumentos para a negociação.

De acordo com Haddad, os empresários “trouxeram argumentos muito consistentes de que [a taxação] não é bom negócio sequer para os norte-americanos”.

O ministro não entrou em mais detalhes sobre as propostas de negociação apresentadas pelo setor do aço, afirmando apenas que o relatório servirá de subsídio para as negociações lideradas pelo Ministério do Desenvolvimento.

“Vamos levar para à consideração do governo americano que há um equivoco de diagnóstico”, disse Haddad, para quem os argumentos apresentados pelas siderúrgicas são “muitos consistentes”.

Guerra de Trump
A taxação de 25% sobre o aço e o alumínio pelos EUA entraram em vigor nesta quarta-feira (12), após terem sido confirmadas no dia anterior pelo governo estadounidense. A medida afeta diretamente a exportações brasileiras.

Os EUA são um dos maiores compradores do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço para o país norte-americano.

“Os Estados Unidos só têm a perder, porque nosso comércio [bilaterial] é muito equilibrado”, afirmou Haddad.

O ministro acrescentou que o setor do aço pediu providências não só em relação às exportações, mas também a respeito das importações, preocupado em especial com a entrada de aço chinês no país.

“No caso das exportações envolve uma negociação, enquanto que no caso da importações envolve uma defesa mais unilateral. Isso pela proposta que eles fizeram”, relatou Haddad.

Segundo o ministro, a Fazenda deverá agora preparar uma nota técnica sobre as propostas das siderúrgicas brasileiras, que deverá ser enviada ao vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, para orientar as negociações com os EUA.

Posição oficial
Em nota, o Itamaraty rebateu o que considerou “injusto e oneroso” para ambos os países. Confira a íntegra: “O governo brasileiro lamenta a decisão tomada pelo governo norte-americano no dia de hoje, 12 de março, de elevar para 25% as tarifas sobre importações de aço e de alumínio dos EUA provenientes de todos os países e de cancelar todos os arranjos vigentes relativos a quotas de importação desses produtos. Tais medidas terão impacto significativo sobre as exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA, que, em 2024, foram da ordem de US$ 3,2 bilhões.

Em defesa das empresas e dos trabalhadores brasileiros e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio, o governo brasileiro considera injustificável e equivocada a imposição de barreiras unilaterais que afetam o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, principalmente pelo histórico de cooperação e integração econômica entre os dois países. Segundo os dados do governo estadunidense, os EUA mantêm um superávit comercial de longa data com o Brasil, que foi, em 2024, da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens.

No caso do aço, as indústrias do Brasil e dos Estados Unidos mantêm, há décadas, relação de complementaridade mutuamente benéfica. O Brasil é o terceiro maior importador de carvão siderúrgico dos EUA (US$ 1,2 bilhão) e o maior exportador de aço semi-acabado para aquele país (US$ 2,2 bilhões, 60% do total das importações dos EUA), insumo essencial para a própria indústria siderúrgica norte-americana.

À luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras, o governo do Brasil buscará, em coordenação com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos. Em reuniões já previstas para as próximas semanas, avaliará todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior, com vistas a contrarrestar os efeitos nocivos das medidas norte-americanas, bem como defender os legítimos interesses nacionais, inclusive junto à Organização Mundial do Comércio.”

EUA contra o mundo
As novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira (12), provocando reações imediatas de países afetados, como Canadá, China e membros da União Europeia.

A medida restaurou tarifas efetivas de 25% sobre todas as importações desses metais e ampliou a incidência dos impostos a centenas de produtos derivados, incluindo porcas, parafusos, lâminas de escavadeira e latas de refrigerante. As decisões de Trump foram rapidamente respondidas por países aliados e parceiros comerciais dos EUA.

União Europeia
A Comissão Europeia, responsável pelas políticas comerciais do bloco, anunciou que imporá tarifas compensatórias sobre produtos norte-americanos no valor de até 26 bilhões de euros (US$ 28 bilhões) a partir do próximo mês. O chanceler alemão Olaf Scholz criticou duramente a medida de Trump, afirmando que “precisamos de menos barreiras comerciais, não mais”.

Canadá responde
O Canadá, maior fornecedor de aço para os EUA, também reagiu prontamente. O ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, anunciou a imposição de 29,8 bilhões de dólares canadenses (aproximadamente US$ 20,6 bilhões) em tarifas retaliatórias a partir desta quinta-feira (13). Produtos como computadores, equipamentos esportivos e ferro fundido serão afetados.

Em um episódio anterior, o governo de Ontário tentou retaliar as tarifas de Trump impondo um imposto de 25% sobre eletricidade exportada para os EUA. Entretanto, diante da ameaça de Trump de dobrar a taxa sobre exportações canadenses de aço e alumínio, a medida foi suspensa e os EUA recuaram da cobrança extra.

China denuncia violação de regras da OMC
O governo chinês também criticou a decisão norte-americana. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que tomará todas as medidas necessárias para proteger seus interesses, alegando que a nova tarifa viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), segubdo a TVT.

Esta não é a primeira escalada da disputa comercial entre os dois países. Em fevereiro, Trump já havia imposto uma tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas, provocando uma série de retaliações de Pequim.

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Política

Haddad diz que Bolsonaro “está por trás” de crise com Pix e Receita

Ministro Fernando Haddad revogou medida da Receita Federal, após críticas da sociedade e da oposição, instigada por aliados de Bolsonaro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (17/1) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está “por trás” da crise envolvendo o monitoramento de transações via Pix, que havia sido anunciado pela Receita Federal e acabou revogado, após ampla repercussão negativa.

“Tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do [deputado] Nikolas, o [marqueteiro] Duda Lima foi quem fez a produção do vídeo. E eu penso que o Bolsonaro tem uma bronca com a Receita pelas questões conhecidas”, disse Haddad em entrevista à CNN.

E completou: “A Receita Federal descobriu o roubo das joias, a Receita Federal abriu investigação das rachadinhas, a Receita Federal abriu a investigação sobre os mais de 100 imóveis comprados pela família Bolsonaro sem uma notável fonte de renda”.

“Os Bolsonaros têm uma bronca com a Receita. Foram investigados, mas eles têm um problema com a Receita. Eles não escolheram a Receita Federal, na minha opinião por outra razão. Eles ficaram com lupa nos atos burocráticos da Receita que são tomados há mais de 20 anos”, completou o ministro.

  • Ao anunciar a revogação do ato normativo da Receita Federal sobre o monitoramento das movimentações por Pix, na tarde desta quarta-feira (15/1), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alfinetou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Flávio foi investigado pela prática de rachadinha em seu gabinete na época em que exerceu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ao final, após idas e vindas judiciais, ele não foi processado.
  • Nesta sexta, Haddad reforçou a crítica, dizendo que a família Bolsonaro “tem uma bronca” com a Receita Federal. Ele citou também o caso das joias sauditas e a compra de imóveis pelo clã.

Haddad x Flávio Bolsonaro
Na quarta-feira (15/1), Haddad deu a seguinte declaração: “Não podemos colocar a perder os instrumentos que o Estado tem de combater o crime. As rachadinhas do senador Flávio foram combatidas porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas do Flávio Bolsonaro. Agora o Flávio Bolsonaro está reclamando da Receita? Ele não pode reclamar da Receita, ele foi pego pela Receita”.

Em seguida, o ministro defendeu o trabalho do Fisco e disse que o governo precisa de “instrumentos” para combater o crime organizado.

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Brasil

Cerca de 500 bets serão banidas e apostador deve retirar dinheiro já, diz Haddad

Ministro afirmou que a publicidade das bets está ‘fora do controle’.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou, na manhã desta segunda-feira (30), que cerca de 500 bets que não entraram com pedido de regulação do governo terão sites derrubados na próxima semana pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Haddad disse, ainda, em entrevista à rádio CBN, que os apostadores que possuem dinheiro nessas empresas devem pedir restituição o quanto antes.

“Do mesmo jeito que o X saiu do ar, essas empresas devem sair também, por falta de adequação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional… Se você tem dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já”, afirmou.

Bloqueio do cartão do Bolsa Família
O ministro da Fazenda também comentou que o governo federal prepara o bloqueio a formas de pagamento como cartão de crédito e cartão do Bolsa Família nos sites de aposta, tema que vem sendo discutido nas últimas semanas.

Haddad afirmou, ainda, que o governo deve fazer um acompanhamento da evolução dos prêmios por CPF de cada apostador. “Quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica, quem aposta pouco e ganha muito está geralmente lavando dinheiro”.

O uso do cartão de crédito para bets será proibido a partir de janeiro de 2025, e empresas do setor devem bloquear esse meio de pagamento já a partir de 1º de outubro. A antecipação da medida já é discutida por operadoras de cartões.

Haddad: publicidade das bets está ‘fora do controle’
Na entrevista, Haddad afirmou que a publicidade das bets está “fora do controle”. O ministro da Fazenda disse que deve se reunir na terça-feira (1) com entidades do setor para tratar do assunto, diz o ICL.

Segundo o ministro, além do apostador, a família também deveria ter acesso aos dados de quanto dinheiro já foi perdido. “Mesmo no caso de um adulto com posses, será que é só ele que precisa saber o quanto perdeu?”, disse.

“Do mesmo jeito que eu poderia colocar meu telefone para receber esse dado, poderia cadastrar o telefone do cônjuge também. Tem gente que perde milhares de reais. Como você deixa a família sem o alerta devido?”, completou.

A postura mais dura do governo diante das empresas de apostas foi adotada após o Banco Central afirmar que beneficiários do Bolsa Família que fazem apostas online gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix no mês de agosto. O montante destinado às empresas de apostas corresponde a 20% do valor total repassado pelo programa no mês.

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Opinião

Haddad 7 x 0 terroristas econômicos

Os “analistas” do sinal dos tempos engoliram seco a besteira que falaram. PIB brasileiro sobe 0,1% no terceiro trimestre, mais que o esperado.

Na comparação com igual período de 2022, houve alta de 2,0%; consenso de analistas esperava uma queda de 0,2% na comparação trimestral.

Não é novidade nenhuma dos analistas econômicos de mídia, errar até a previsão do passado. É só pegar o histórico dos jornalões sobre a política econômica de Figueiredo, Sarney, Collor, FHC, Temer e Bolsonaro, todos neoliberais, todos mergulharam o país numa crise econômica profunda, todos tinham as melhores expectativas dos analistas de mercado da mídia nacional.

Essa turma erra tanto ou, mesmo sendo Lula e Dilma, os únicos a deixarem grandes reservas internacionais nos cofres da União, sempre foram vistos com olho e boca tortos. Já a turma do congelamento, do sequestro da poupança, da privataria, da dolarização da Petrobras e da privatização do Banco Central, não acerta uma com a prata da casa.

Haddad tem a seu favor um histórico que mereceu elogio até de João Dória, por ter equilibrado as contas de São Paulo, quando prefeito, tirando a cidade do vermelho e deixando reservas para João Dória, que devolveu a prefeitura no vermelho, assim como fez com o governo do estado, com a mesma política neoliberal, o grande mantra da direita.

Pois bem, Haddad tem tudo para fechar a conta com a previsão que ele teve do PIB, com crescimento de 3% a 3,5%. Enquanto isso, os economistas da mídia de banco seguem fazendo figa para a coisa desandar, pois é só o que resta para essa turma de pés de ferro.

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Política

Na cruzada por receita, Haddad enfrenta os sabotadores e o ‘tersitismo’

Reinaldo Azevedo*

Chegou a hora de os sedizentes liberais fazerem a lição de casa.

Vou aqui empregar, pela primeira vez, à parte alguma distração, a expressão “fazer a lição de casa”. Ela frequenta, com sinonímias variadas, o discurso dos sedizentes liberais brasileiros quando se referem a governos, notando à margem que a turma “raiz” não lotaria uma Kombi —do tipo elétrica, claro, para atualizar um chiste antigo. E por que essa conversa sempre me aborreceu? Lembro-me lá dos tempos do primário. Havia a “tarefa”: era uma obrigação extra a cumprir. Certamente colaborava com o aprendizado. Mas era também um exercício de disciplina. Como governos não são estudantes de calças curtas (outra antiguidade…), a metáfora sempre me pareceu imprópria. Quando a esse papo-furado se junta o “tersitismo”, tanto pior. Hein?

Uma das principais críticas que a turma a que me refiro faz ao arcabouço fiscal negociado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), que atua em nome do presidente Lula, sempre é bom lembrar, diz respeito à sua excessiva dependência do crescimento da receita.

E assim seria, afinal, porque esse governo se nega a fazer “a lição de casa”, que consistiria em cortar gastos. Essa corrente tem hoje um porta-voz no Congresso: o senador bolsonarista Rogério Marinho (RN), líder do PL, que migrou com celeridade da condição de um conservador moderado para a de um reacionário estridente. Ele chega a chorar quando pensa nas agruras por que passam os golpistas presos. Não sei já visitou alguma vez a Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Se aconteceu, não consta que tenha encharcado o lenço de lágrimas.

Ao se opor à recuperação, pelo Fisco, do voto de desempate no Carf, Marinho mandou brasa: “Estamos transformando um tribunal para dirimir questões entre quem tributa e quem é tributado num local de arrecadação coercitiva (…). O governo aumenta de forma irresponsável os gastos públicos e busca resolver seu problema com receitas não recorrentes”. O Carf é um conselho, não um tribunal. O Brasil era o único país do mundo em que cabia ao devedor decidir se pagaria ou não a conta.

Na quarta (30) em que senadores de PL, PP e Republicanos votaram em uníssono contra o resgate do voto de qualidade, a Câmara endossou a extensão até 2027 da desoneração da folha de salários de 17 setores —o que não gera nem emprego nem muxoxo de desagrado daquela turma obcecada por cortar despesas. A perda de arrecadação para o governo federal é da ordem de R$ 9,7 bilhões. Se prevalecer o benefício aprovada na Casa também para os municípios, estima-se uma elisão de outros R$ 7,2 bilhões.

Os mesmos que chamam de “aumento da carga” a tributação de “offshores” e “fundos exclusivos” —uma consideração que se dá com um despudor a céu aberto, como língua de esgoto— não soltam um pio contra o ataque ao caixa. Em alguns casos, o espírito crítico cede ao escárnio, como a dizer: “Olhem aí, o Haddad se deu mal…”. Só falta os “kkkkkk”.

Visitem ou revisitem, com algum tempo, a personagem “Tersites”, da “Ilíada” (“Tersito” em algumas traduções). Estava sempre a zombar fosse dos grandes feitos, fosse das boas intenções. Há quem o veja como o primeiro herói, ou anti-herói, popular. Fico com as considerações de Hegel em “A Razão na História”.

O “tersistismo” é, em essência, o ressentimento destrutivo: “(…) A sua inveja, o seu egoísmo, é tormento que ele tem de carregar em sua carne, e o verme eterno que o corrói é o pensamento torturante de que suas excelentes intenções e críticas não têm resultado nenhum no mundo”. E ainda: “Por isso, homens assim poderão chegar a tratar outros interesses grandes ou até sagrados sem muita reflexão, comportamento esse que realmente os sujeita a repreensão moral. Uma personalidade tão poderosa tem de pisar em muita flor inocente, esmagando muitas coisas em seu caminho”.

Façam, obrigo-me a dizer, “a lição de casa”. Digam como se cortam gastos já, com o necessário assentimento do Congresso, mantendo uma base apoio e justificando o governo que foi eleito, não o que foi derrotado, aquele de Marinho… Não se esqueçam da política, sem o que se faz conta de embusteiros. O “tersitismo”, na leitura hegeliana, é a degeneração do espírito crítico e o triunfo da alegria maligna.

*Folha

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Economia

Haddad contesta Campos Neto e nega fim do parcelado sem juros no cartão: “não pode mexer nisso aí”

Haddad contesta Campos Neto e nega fim do parcelado sem juros no cartão: “não pode mexer nisso aí”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a continuidade do sistema de vendas parceladas com prestações fixas no cartão de crédito, que já representam mais de 50% das vendas no varejo, ao contrário do que foi proposto na semana passada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Nesta segunda-feira, em entrevista ao advogado Walfrido Warde e ao jornalista Reinaldo Azevedo, no podcast Reconversa, Haddad esclareceu que não repreendeu Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), por suas declarações recentes no Senado sobre o fim do rotativo do cartão de crédito e das compras parceladas no cartão de crédito, diz o 247.

Ao mesmo tempo, ele argumentou que é essencial considerar o impacto no varejo antes de tomar decisões sobre o parcelamento sem juros. “Não pode mexer nisso aí”, destacou o ministro, referindo-se à sugestão de Campos Neto de limitar o parcelamento sem juros, numa posição alinhada com os bancos. Haddad alertou sobre a importância de proteger os consumidores que recorrem ao rotativo, mas sem comprometer o atual sistema de vendas. “Até alimento está sendo comprado assim”, observou. Haddad recordou a medida anterior do BC de tabelar os juros do cheque especial e mencionou um emergente “movimento no Congresso de insurgência” contra os juros do rotativo, que podem alcançar até 470% ao ano.

Sobre a autonomia do Banco Central, Haddad descreveu a situação atual como uma “experiência inédita no Brasil”. Ele expressou preocupação sobre a aprovação da autonomia do BC durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual classificou de forma contundente como “lunático” e “psicopata”. Haddad afirmou que jamais apoiaria a autonomia do BC sob a presidência de Bolsonaro e revelou ter sugerido um mandato mais curto para o presidente do BC sob a nova regra de autonomia. Na entrevista, Haddad também esclareceu que sua sugestão de mandato reduzido não era uma crítica pessoal a Roberto Campos Neto.

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Política

Alckmin se junta a Haddad e também devolve presente da Arábia Saudita: “Valor elevado”

Postura contrasta com a de Jair Bolsonaro, que tentou se apropriar ilegalmente de presentes milionários dados por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro.

O vice-presidente e ministro da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, decidiu, a exemplo do que fez nesta segunda-feira (31) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devolver um presente valioso que havia recebido do ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al Falih. Ambos estiveram com a autoridade árabe no Fórum de Investimentos Brasil – Arábia Saudita, em São Paulo (SP).

Contrastando com a postura de Jair Bolsonaro, que tentou se apropriar ilegalmente de presentes milionários dados por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro, Alckmin, que havia postado uma foto segurando o objeto recebido – uma escultura de camelo feita com metal e pedras preciosas -, decidiu devolvê-lo, em vez de incorporá-lo ao acervo da União, para respeitar normativos que vedam o recebimento de presentes de valor elevado.

“A despeito disso, com as necessárias escusas, informamos que normativos nacionais brasileiros impossibilitam a concretização de recebimento de presentes de elevado valor, por autoridades públicas, ainda que utilizadas apenas para a demonstração de respeito e da possibilidade de convergência de interesses em ações conjuntas de interesse recíproco”, diz ofício assinado pelo chefe de gabinete de Alckmin, Pedro Guerra.

“Nesse sentido, reafirmamos nossos votos de consideração e de agradecimentos pela relevante demonstração de apreço e respeito, ao tempo em que informamos sobre a restituição desse valioso item, para que retorne ao seu acervo original”, prossegue o documento.

Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devolverá à Arábia Saudita uma escultura de uma onça feita em ouro que havia ganhado de Khalid Al Falih, ministro de Investimento do país.

A princípio, o objeto, cujo valor ainda não foi calculado, seria incorporado ao acervo da União e já não ficaria com Haddad em caráter pessoal. Em nota, entretanto, o Ministério da Fazenda informou que o presente será devolvido pois não foi dado com aviso prévio, conforme manda o protocolo.

*Com Forum

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