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Haddad imputa a Eduardo Bolsonaro cancelamento de reunião com secretário do Tesouro dos EUA

Ministro da Fazenda afirma que reunião com Scott Bessent foi cancelada após pressão de aliados de Donald Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (11) que a reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (13), foi cancelada após pressão de “forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca”. Segundo Haddad, essas forças agiram diretamente para minar a interlocução entre os dois países.

A reunião teria como pauta principal o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros. O encontro vinha sendo articulado desde julho, a pedido do presidente Lula (PT), após uma reunião considerada produtiva entre Haddad e Bessent em maio.

“A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião foi desmarcada”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews.

Haddad: Eduardo Bolsonaro se posicionou publicamente contra o diálogo

Haddad apontou ainda que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria se posicionado publicamente contra o diálogo entre os governos brasileiro e americano. O ministro acredita que essa atuação contribuiu diretamente para o cancelamento da reunião.

“Eduardo publicamente deu uma entrevista dizendo que ia procurar inibir esse tipo de contato entre os dois governos. Depois disso, aconteceu o episódio do cancelamento. Não há coincidência nesse tipo de coisa”, disse Haddad.

Apesar de tentativas posteriores de reagendar o encontro, o governo norte-americano alegou “falta de agenda” e não retomou o contato.

Resposta ao tarifaço de Trump
Durante a entrevista, Haddad detalhou a Medida Provisória que está sendo finalizada pelo governo como resposta às tarifas. O pacote inclui três frentes principais: linhas de financiamento para empresas afetadas, ajustes tributários específicos e compras públicas para absorver parte da produção voltada ao mercado americano.

As medidas visam mitigar os impactos do tarifaço em setores-chave da economia brasileira, como alimentos, vestuário e manufaturados, que tinham forte presença no mercado dos EUA.

Críticas à fala de Tarcísio de Freitas
Haddad também rebateu declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou que Lula deveria “ligar diretamente para Trump” para resolver a questão comercial.

“É no mínimo um pouco ingênua. Talvez uma pessoa que ainda não tenha traquejo das Relações Internacionais”, comentou Haddad, ressaltando que encontros entre chefes de Estado requerem preparação diplomática e técnica prévia para serem efetivos.


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Nesta quinta, Lula fará pronunciamento sobre tarifaço de Trump em rede nacional

Material já foi gravado; Fernando Haddad (Fazenda) acredita que Trump vai recuar

O pronunciamento ocorrerá em rede nacional às 20h30.

O presidente Lula (PT) deve se manifestar em rede nacional de rádio e televisão na noite desta quinta-feira (17) para responder ao tarifaço anunciado por Donald Trump. O governo norte-americano decidiu aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, medida que foi classificada como “agressiva” e “injustificada” por autoridades brasileiras.

No discurso gravado, Lula reafirma a disposição do Brasil para negociar, mas destaca que o país não aceitará imposições unilaterais.

Lula voltou a mencionar a Lei da Reciprocidade Econômica, que autoriza o Brasil a adotar medidas comerciais equivalentes, e também sinalizou a possibilidade de levar o caso à OMC (Organização Mundial do Comércio).

A fala do presidente complementa uma série de ações recentes do governo federal em defesa da soberania brasileira, incluindo postagens nas redes sociais de ministérios e autoridades que contestam os argumentos dos Estados Unidos para justificar as novas tarifas.

A mais recente carta do governo brasileiro aos Estados Unidos — assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira — reforça a insatisfação do Brasil e exige uma resposta formal à mensagem enviada em maio, que não obteve retorno. O documento também destaca que, ao contrário do que afirma Trump, os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais do que compram.

De acordo com o ICL, o endurecimento do discurso brasileiro reflete a preocupação do governo com os impactos econômicos e diplomáticos da medida, além de uma tentativa de preservar a imagem do país em um momento de reconstrução da política externa e valorização do multilateralismo.

Haddad acredita em recuo de Trump

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente a postura do governo dos EUA, que além da tarifa de 50%, anunciou uma série de investigações comerciais envolvendo o Brasil, com alegações que vão de pirataria ao sistema de pagamentos Pix.

Na avaliação do ministro da Fazenda, Trump vai recuar na taxação ao Brasil, porque “vai encarecer o café da manhã americano”.

Haddad disse não trabalhar com a hipótese de que o Brasil não superará essas ameaças e ironizou o foco das investigações.

“Os Estados Unidos deviam estar copiando o Pix. Você não se incomoda com criptomoeda e vai se incomodar com o Pix? Qual é o sentido disso?”, questionou o ministro, insinuando que o lobby das empresas de cartão de crédito poderia estar por trás das críticas americanas à ferramenta brasileira de pagamentos instantâneos.

Haddad também demonstrou perplexidade com o avanço das tarifas sem retorno às tentativas de negociação feitas pelo governo brasileiro desde maio.

Segundo ele, foram realizadas ao menos dez reuniões com autoridades norte-americanas, incluindo uma com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que sinalizou abertura para um diálogo sobre a tarifa original, de 10%. A elevação para 50%, sem aviso prévio, pegou o governo de surpresa.

“Se com 10% havia espaço para uma negociação, do que nós estamos falando agora?”, questionou.

Haddad ainda criticou o uso da pauta ambiental como justificativa para as novas barreiras comerciais, lembrando que Trump é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, responsável, segundo o ministro, pela pior fase de aumento do desmatamento na Amazônia. “Estamos revertendo o desmatamento. Este país vai ser penalizado?”, questionou.


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Governo Lula coloca o pé na forma e domina totalmente a comunicação nas redes e na grande mídia

Lula e Haddad dão show.

Não dá para a grande mídia editar detalhes e adicionar os interesses dos bilionários na guerra do IOF.

Lula e Haddad estão ocupando todos os espaços do campo e tocando a bola de pé em pé.

O resultado é uma lavada nas redes com mais de 90% de menções negativas contra as piranhas do Congresso que travaram o IOF para os ricos da Faria Lima, que não querem pagar imposto de renda como todos os brasileiros pagam na fonte ou no consumo a partir de um mísero grão de arroz.

Haddad foi claro, “deixa os ricos fazerem caretas, não arredaremos o pé nem um centímetro da proposta porque temos a obrigação de fazer justiça social via justiça fiscal”.

Deixa que os trilhos gemam dentro do Congresso de abutres do povo, nós vamos recorrer ao STF porque estamos operando, dentro da lei, em benefício dos mais pobres, diz Lula com outras palavras não menos duras contra Alcolumbre e Motta, dois sabujos dessa corja de bilionários que quer erguer paredes toda vez que tem que participar de um intera a favor da isonomia e, consequentemente, da busca por menos desigualdade social, tão cara à sociedade brasileira que sempre beneficiou a cobertura como bem explica Haddad.

Que o governo use essa prática direta com a sociedade como padrão didático, porque tem o que mostrar e deve explicar diretamente ao povo para que a mídia, aliada direta dos grandes sabotadores da nação, não encontre espaço no debate público para manipular a sociedade.


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Depois da prisão do primo traficante, Nikolas parece mais descompensado e agressivo, por quê?

O molequinho, tratado no dízimo evangélico desde sempre, que se acha com poderes e habilidades comunicacionais divinas, ficou enfezado com Haddad pelo ministro, no Congresso, desmascarar a farsa dos tais 300 milhões de visualizações de seu vídeo fake sobre o Pix.

Haddad está certíssimo. Aquilo foi uma armação grotesca, tanto que, tocando na ferida, o ministro conseguiu a reação despirocada de Nikolas denunciando que a sua farsa havia sido desancada.

Mas parece que a coisa não para aí.


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Além de ser apontado pelos bolsonaristas e, logicamente, por Bolsonaro como moleque traidor, Nikolas não consegue esconder que seu humor e “perspicácia” foram para as picas depois da prisão de seu primo traficante, filho do tio, a quem Nikolas destinou uma grana preta extraída dos cofres públicos.

Tem coelho nesse mato do fedelho.

Suas atitudes tão agressivas, depois que a polícia pegou o primo com 30 quilos de droga, sugerem que tem uma montanha de caroços debaixo desse angu.

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Com o arregão de Bolsonaro no STF, bolsonaristas que sobraram no Congresso partem para a algazarra

Bolsonaro será condenado em agosto e preso em outubro, avaliam advogados e aliados. Essa notícia é a pá de cal no bolsonarismo.

Mesmo sem ninguém pisar nos calos de Nikolas Ferreira perguntando alguma coisa sobre seu parente traficante, preso com quilos de cocaína e maconha, o nanico moral se empombou com Haddad por dizer que os tais 300 milhões de visualizações de seu vídeo era historinha para animar parquinho de debilóides.

No fundo, isso não passa de uma constatação inapelável.


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Depois da arregada vexatória de Bolsonaro para Moraes nesta terça (10), no STF, ao vivo e a cores, chega a notícia de dentro do próprio PL que a prisão de Bolsonaro não passará de Outubro.

Isso significa que o bolsonarismo, que ainda resta na xepa, não passará da mesma data.

Daí a gritaria dos futuros defuntos políticos foi de estalão, mostrando que essa turma de pé inchado está ligada no automático com o genocida.

Cai em desgraça ele, cai todo o bando.

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As ratazanas guincham e a caravana passa

Esbofeteando os línguas de trapo na mídia, PIB do Brasil cresce 1,4% no 1º trimestre de 2025 ficando em 5º lugar no ranking das economias que mais cresceram no mundo.

Brasil está entre os países que mais cresceram no período
Consumo das famílias brasileiras cresce 1% no PIB.
Investimentos sobem 3,1%.

Esses dados, conforme reportagens recentes, destacam a resiliência da economia brasileira frente aos desafios globais

Mas a super fodástica lavajatista, Mirian Leitão, meteu um olho gordo nos resultados extraordinários da economia com uma praga de bruxa e sapecou sua maldição riscada com facão : “O lado B do crescimento é a inflação”

Mailson da Nóbrega ninguém, um neoliberal fracassado e despeitado, sacou do bolso a sua amarelada bola de cristal e desconjurou: “na próxima o PIB cai”. Só pra animar o gado do pneu e do ET.

Alta de 9,1% dos investimentos indica que a economia brasileira vai muito bem, obrigado.

Mas sabe como é a Verinha Magalhães, colegial apaixonada pelo enxadrista, Sergio Moro.

A moça, que dizia que Lula não era player para ser entrevistado no seu Roda Viva, não para de amaldiçoar a pasta de Haddad..

É a velha história: as ratazanas guincham e a caravana passa.

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Política

Num desabafo, Haddad rasga o verbo: ‘Vamos derrotar essa extrema direita escrota’ em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o PT será vitorioso contra “essa extrema direita escrota” nas eleições presidenciais de 2026.

“O ano que vem nós vamos dar trabalho para essa extrema direita escrota que está aí”, discursou Haddad em evento do partido. “Vamos ver de novo o presidente Lula subir a rampa do Palácio do Planalto”, completou. Lula já sinalizou a aliados que concorrerá à reeleição.

Fala ocorreu durante evento de campanha de Edinho Silva à presidência nacional do PT. O ex-prefeito de Araraquara (SP) é o candidato da corrente CNB (Construindo Um Novo Brasil), majoritária dentro do PT, e visto também como nome apoiado pelo presidente Lula para o comando do partido.

Antes dividido, grupo chegou a acordo. Após uma série de reuniões e articulações, o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, anunciou ontem a desistência de sua candidatura à presidência do PT, levando a CNB a se unir em torno de Edinho, favorito para vencer a disputa.

Unidade e enfrentamento
Ao dar voz ao incômodo de muitos com a atuação da extrema direita nos últimos anos, Haddad não apenas reforçou a linha política que o PT pretende adotar em 2026, como também sinalizou que a sigla não pretende recuar diante do embate ideológico que se avizinha, de acordo com a Forum.

Com a campanha interna sob controle e o discurso afinado, o partido agora mira a próxima eleição presidencial com a confiança de que a unidade será um ativo central. E, se depender do tom adotado por Haddad, a postura será clara: sem meias-palavras.

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Aviso claro de que, com Lula e Haddad, a economia brasileira melhorou e muito

O Brasil está se tornando um mercado atraente para fornecedores e novos entrantes devido ao impacto menor do “tarifaço” em comparação com outros países.

Isso, segundo gente graúda do mercado, pode ser uma oportunidade para o país se destacar economicamente e atrair investimentos.

O “tarifaço” foi uma medida econômica que afetou muitos países, mas o Brasil parece ter sido menos prejudicado.

Isso pode ser devido a várias razões, como políticas econômicas específicas ou uma economia mais resiliente.

Com isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, programas de incentivo e subsídio chegam para a população mais necessitada. Isso muda completamente e cenário econômico no país.

Daí essa posição confortável do Brasil diante de uma crise mundial provocada por Trump.

A crescente guerra comercial entre Estados Unidos e China tem reconfigurado o panorama global de trocas econômicas – e, nesse contexto, o Brasil surge podendo levar vantagem. O cenário, de acordo com análises do Deutsche Bank, mostra que o Brasil se encontra em uma posição favorável para expandir suas exportações.

A guerra comercial entre EUA e China está criando oportunidades para o Brasil expandir suas exportações, especialmente no agronegócio.

Aqui estão alguns pontos-chave:
Aumento da demanda chinesa: A China suspendeu a compra de carne bovina de metade dos fornecedores americanos e acelerou negociações para adquirir soja brasileira, impulsionando o agronegócio brasileiro.

Benefícios para o mercado imobiliário rural: A crescente demanda por terras para atender à demanda chinesa pode movimentar o setor rural e diversas cadeias produtivas, como fertilizantes, agrotóxicos e infraestrutura de armazenagem.

Investimentos em tecnologia: A tecnologia será essencial para maximizar a produção e atender aos novos pedidos, com investimentos significativos em tecnologia agrícola para ampliar a produtividade no campo.

Expectativas de crescimento: A expectativa é de que o mercado de terras e o agronegócio brasileiro se transformem substancialmente nos próximos meses, impulsionados por um novo ciclo de investimentos e pela reconfiguração do comércio global.

Além disso, o Brasil já está mostrando sinais de crescimento nas exportações, com destaque para:

Exportações de carne de frango: As exportações gaúchas de carne de frango aumentaram 13% no primeiro trimestre de 2025.

Projeções positivas: O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que as exportações de carnes bovina e de frango seguirão crescentes em 2025.

Essas oportunidades podem ser um grande impulso para a economia brasileira.

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Política

Para o governo de SP, esqurda cogita Raí, Dr. Drauzio, Haddad, Alckmin, entre outros

Com as eleições de 2026 no horizonte, a direita paulista já se movimenta em torno de dois cenários principais: a tentativa de reeleição do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou sua possível candidatura à Presidência da República. Do outro lado, a esquerda ainda enfrenta impasses e falta de consenso — especialmente dentro do PT —, o que tem dificultado a consolidação de um nome competitivo para disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Segundo as pesquisas mais recentes, o nome mais viável mais a esquerda seria o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). No entanto, ele demonstra inclinação em manter a dobradinha com o presidente Lula (PT) na tentativa de reeleição nacional. Sem Alckmin no páreo estadual, nomes como Fernando Haddad, Alexandre Padilha, Márcio França e Guilherme Boulos são lembrados, embora nenhum deles tenha despontado com força nas intenções de voto até aqui.

Essa indefinição abre espaço para especulações sobre possíveis candidaturas de novatos no jogo político, como o médico Drauzio Varella e o ex-jogador Raí — ambos já negaram qualquer intenção de entrar na disputa. Parte dessa hesitação da esquerda também se relaciona à eleição interna do PT, marcada para julho, vista como peça-chave para definir os rumos da sigla no estado.

A gestão de Tarcísio — que estreou nas urnas em 2022 — e já ensaia discursos para enfrentar Alckmin, caso ele decida concorrer ganha destaque na direita. O governador tem reforçado entregas de obras iniciadas por gestões anteriores, como o monotrilho da Linha 17-Ouro e o trecho Norte do Rodoanel, ampliando seu capital político.

Além de Alckmin, que também pode mirar o Senado, o ministro Márcio França já manifestou publicamente o desejo de disputar o governo estadual. Ainda assim, em cenários sem Tarcísio, ele aparece com desempenho modesto nas pesquisas, atrás de nomes como Ricardo Nunes e Pablo Marçal. França, no entanto, aposta no prestígio de Lula e em alianças para alavancar sua candidatura, segundo o DCM.

Outros nomes cogitados no campo progressista — como os ministros Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Luiz Marinho — enfrentam obstáculos importantes, seja pelo histórico de derrotas em disputas majoritárias nas últimas eleições, ou até pela dificuldade de ampliar sua base de apoio. Haddad, por exemplo, foi derrotado por Tarcísio em 2022, e Padilha está fora de uma eleição executiva há mais de dez anos.

Para analistas como Paulo Niccoli Ramirez, um dos trunfos da direita tem sido a ocupação constante dos espaços digitais, conquistando visibilidade mesmo fora dos períodos eleitorais. Já os adversários progressistas seguem mais concentrados nos ritos tradicionais da política, o que limita sua projeção pública.

Caso Tarcísio opte por não disputar a reeleição, outros nomes já se posicionam no campo governista: o secretário estadual Gilberto Kassab (PSD), o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB) e o presidente da Alesp, André do Prado (PL). Para o Senado, o destaque vai para Guilherme Derrite, que deixou o PL rumo ao PP, buscando maior viabilidade eleitoral.

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Pedágios, CPTM e isenção do IR mostram que paulistas erraram feio entre Tarcísio e Haddad

As três iniciativas que dominaram as discussões da semana passada evidenciam as divergências entre os dois blocos políticos em conflito no Brasil. O governo Lula, representado pelo ministro Fernando Haddad, anunciou a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros com baixa renda. Em contrapartida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enfrenta dificuldades para explicar um polêmico pacote de pedágios que será implementado no interior do estado, além de tentar justificar a privatização das novas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que levanta preocupações após o fracasso da Via Mobilidade.

No interior de São Paulo, aumentaram as reclamações sobre os pedágios que serão introduzidos na região do Circuito das Águas, afetando 33 cidades com mais de 30 pórticos. Essa insatisfação se intensifica após queixas relacionadas aos pedágios da região de Mogi das Cruzes e da Baixada Santista, onde as cobranças começarão em novembro. Quanto aos trens, manifestantes invadiram a Secretaria de Transporte Metropolitano em protesto contra a proposta de privatização que poderia se expandir para mais linhas, após falhas recorrentes e quebras nas linhas 8 e 9 na Grande São Paulo. Tarcísio está considerando expandir esse modelo para as linhas 11, 12 e 13 da CPTM.

Enquanto Tarcísio adota medidas que encarecem o transporte público em São Paulo, o governo Lula busca aliviar o custo de vida dos cidadãos em nível nacional. A proposta de aumento da isenção do Imposto de Renda feita por Haddad ganhou apoio até mesmo de parlamentares da direita, ao passo que Tarcísio não demonstra disposição em promover melhorias para pessoas em situação financeira difícil. Essa contradição nas abordagens revela um aspecto importante do debate político atual.

Essas propostas ressaltam a disparidade entre Tarcísio, associado ao bolsonarismo, e Haddad, representante do lado progressista. A isenção do Imposto de Renda promove uma justiça fiscal ao fazer uma cobrança mais elevada sobre aqueles que têm mais, e menos sobre os que têm menos, o que pode ajudar a mitigar a desigualdade social. Em contraste, as privatizações defendidas por Tarcísio tendem a encarecer os serviços públicos, exacerbando a exclusão social e ampliando a desigualdade, funcionando como uma forma de tributação regressiva.

Esse modelo de concessões, ao transferir a responsabilidade de serviços essenciais do Estado para empresas privadas, provoca um aumento nos custos por conta da necessidade de retorno financeiro dessas empresas. Mesmo com subsídios governamentais, como os observados nas linhas 4, 5, 8 e 9, o encarecimento dos serviços é inevitável. O serviço público, sob administração estatal, consegue manter custos mais baixos, enquanto as empresas privadas costumam elevar esses custos, exigindo mais do usuário no momento do uso, semelhante a tributações sobre o consumo que desconsideram a capacidade financeira dos cidadãos.

Em suma, as iniciativas discutidas na semana passada evidenciam uma divisão clara entre abordagens progressistas e conservadoras em relação à política fiscal e ao gerenciamento de serviços públicos no Brasil, refletindo como as decisões políticas impactam diretamente o cotidiano da população.
A proposta de Tarcísio para implantar pedágios em rodovias revela a hipocrisia de suas promessas eleitorais. Durante a campanha, ele afirmou em diversos eventos que não imporia pedágios nas rodovias locais, mas com seu projeto atual, fica claro que isso não é viável se o objetivo é privatizar. Para que as privatizações sejam sustentáveis, é fundamental expandir a rede de pedágios e aceitar os aumentos constantes nas tarifas de transporte, tanto em ônibus quanto em trens, que são comuns em administrações que não se preocupam com a justiça social.

As justificativas apresentadas por Tarcísio evidenciam o erro de sua abordagem, especialmente se comparadas às propostas do Ministro Haddad. Em uma entrevista, Tarcísio questionou: “Como vou investir R$6 bilhões nessas rodovias de outro jeito?”. Embora tenha um orçamento de R$375 bilhões, maior que o PIB de países como Colômbia, Chile, Hong Kong ou Portugal, ele opta por não utilizar esses recursos para tal fim e parece incapaz de identificar alternativas orçamentárias.

A visão política de Tarcísio não inclui a busca por formas de tributação que sejam mais justas, que taxem mais aqueles que possuem maior riqueza ou que sonegam impostos. Ele parece querer convencer a população de que as privatizações, que excluem pessoas do acesso aos serviços e aumentam a desigualdade social, são uma solução natural. Fica claro que suas políticas beneficiam prioritariamente os mais ricos, que seriam os mais afetados por uma verdadeira reforma.

Em contrapartida, Haddad se destaca como um exemplo de como abordar essas questões, buscando reduzir desigualdades. Sua intenção de combater a sonegação fiscal foi o primeiro passo, e sua proposta de aumentar as isenções do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais ressalta as diferenças entre sua abordagem e a de Tarcísio.

A visão retrógrada e limitada de Tarcísio deteriora as condições de vida em São Paulo. Além das questões econômicas e de desigualdade, seu governo afeta negativamente o serviço de transporte. A falta de planejamento e investimentos adequados faz com que todas as iniciativas sejam vistas como “ativos a serem privatizados”, sem priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual, ou procurar tarifas de pedágio mais justas. Isso contraria a orientações da Lei Federal que preveem um plano integrado de ferrovias e transporte coletivo, segundo Rafael Calabria, Forum.

A deterioração do transporte público e o aumento das tarifas vêm ocorrendo há anos. A pergunta que fica é: será que os paulistas, como o sapo em uma panela que se aquece lentamente, só perceberão o problema quando já for tarde demais? Os aumentos graduais e a deterioração dos serviços ocultam a exclusão gerada pelos pedágios, limitando as viagens e isolando cidades interioranas. A reflexão necessária é: quando finalmente despertaremos para essa realidade?