Os parlamentares são acusados de obstruir o Congresso Nacional em protestos contra medidas cautelares impostas a Bolsonaro
“A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, informou em nota a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.
Após passarem pela corregedoria, onde as imagens serão analisadas, os processos voltarão à Mesa Diretora para, então, irem ao Conselho de Ética.
OS DEPUTADOS CITADOS SÃO:
Marcos Pollon (PL-MS);
Zé Trovão (PL-SC);
Júlia Zanatta (PL-SC);
Marcel van Hattem (Novo-RS);
Paulo Bilynskyj (PL-SP);
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
Nikolas Ferreira (PL-MG);
Zucco (PL-RS);
Allan Garcês (PL-TO);
Caroline de Toni (PL-SC);
Marco Feliciano (PL-SP);
Bia Kicis (PL-DF);
Domingos Sávio (PL-MG);
Carlos Jordy (PL-RJ);
Camila Jara (PT-MS).
*Oitomeia
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Presidente da Câmara silencia sobre emprego de familiares de seus assessores no Congresso Nacional
Além de empregar em seu gabinete três pessoas com rotinas incompatíveis com as funções que deveriam exercer no Legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também já manteve como contratados cinco parentes dessas funcionárias fantasmas.
A Folha de S.Paulo revelou nesta terça-feira (15) as contratações fantasmas. Motta mandou demitir 2 das 3 servidoras após ter sido procurado pela reportagem para explicar o caso.
As demitidas foram a fisioterapeuta Gabriela Pagidis — que atendia em clínicas no Distrito Federal enquanto recebia R$ 11,4 mil de salário da Câmara — e Monique Magno, que acumulava a função no gabinete com a de assistência social na Prefeitura de João Pessoa (PB), o que é proibido pelo Legislativo.
Mães, tia, irmão e primo dessas duas já constaram na folha de pagamento do gabinete de Motta nos últimos anos.
Procurado, Motta não respondeu sobre a contratação dos familiares. Sobre os funcionários fantasmas, ele disse que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.
Contratados por Motta A contratação de parentes para trabalharem no mesmo gabinete não é irregular, pelas regras do Legislativo, exceto se forem familiares do próprio deputado.
A fisioterapeuta Gabriela Pagidis ganhou uma vaga no gabinete de Motta em junho de 2017. Na época, sua mãe, Athina Pagidis, já trabalhava lá, como chefe de gabinete.
Além delas, também foram contratados pelo gabinete a tia e a irmã da fisioterapeuta, chamadas Adriana e Barbara Pagidis, respectivamente, além do filho de Adriana, Felipe Pagidis. Durante dois anos, em 2021 e 2022, os quatro constavam todos ao mesmo tempo do quadro de funcionários do escritório dele em Brasília.
Athina foi a primeira a trabalhar no gabinete de Motta. Começou no primeiro dia do primeiro mandato dele na Câmara, em 1º de fevereiro de 2011, e ficou até julho de 2019. Procurada desde a semana passada, ela não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Desde agosto, apenas Gabriela constava na folha de pagamentos do gabinete. Ela foi demitida nesta semana, após a Folha de S.Paulo procurar o presidente da Câmara para questiona-lo sobre a rotina da funcionária, que dava expediente em clínicas.
Já Felipe Padigis trabalha hoje, oficialmente, para o deputado Wellington Roberto (PL-PB). A reportagem ligou para o gabinete para falar com ele, mas o secretário que atendeu disse que não havia nenhum Felipe em Brasília e que talvez ele pudesse trabalhar para o deputado na Paraíba.
A reportagem procurou o parlamentar pelo telefone e o funcionário por meio das redes sociais, mas não teve retorno.
Adriana, mãe de Felipe e tia da fisioterapeuta Gabriela, deixou o cargo no gabinete em 2022, mas ainda trabalharia para Motta, segundo assessores e familiares. Ela não respondeu as mensagens nem atendeu as ligações da reportagem.
Outra funcionária fantasma que teve parente contratado pelo deputado é Monique Magno, que acumulou a função no gabinete com a de assistência social na Prefeitura de João Pessoa nos últimos quatro anos.
Ela é contratada de Motta desde junho de 2019, com salário de R$ 1.800, e como assistente social na Prefeitura de João Pessoa desde abril de 2021, onde ganha R$ 2.000 brutos.
Seu horário na prefeitura é de 8h às 14h, de 30 horas semanais, de acordo com a folha de ponto. A Câmara proíbe o acúmulo do cargo com outras funções públicas. Ao assinar o contrato, de acordo com documento a que a reportagem teve acesso, ela informou não prestar serviço para outro órgão público.
Ao ser questionada pela Folha de S.Paulo, ela num primeiro momento desligou a ligação. Dias depois, respondeu uma mensagem dizendo trabalhar nos dois empregos, “cumprir os horários certinho e ainda acumular” os cuidados de uma criança, “sendo mãe solo”. Motta também anunciou que a demitiu.
Anos antes, quem constava como contratada do parlamentar era a mãe dela, a advogada Marcia Agra de Souza, que esteve no quadro de funcionários de Motta entre dezembro de 2011 e abril de 2015. Ela ganhava, na época, R$ 845,00, pouco mais de um salário mínimo.
Procurada, Marcia disse que sua filha “é uma pessoa honrada, dedicada, excelente profissional, competente e requisitada no mercado de trabalho”. “As atividades profissionais que ela exerce são por mérito dela, não por indicação”, acrescentou.
Desde 2015 Marcia trabalha no gabinete do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), apesar de manter escritório profissional na Paraíba, seu estado natal. O regimento da Câmara proíbe a contratação de secretários parlamentares fora do estado de origem do deputado ou do Distrito Federal.
Por meio de sua assessoria, Bacelar afirmou que a funcionária é advogada e presta assessoria jurídica para processos legislativos. Já Marcia não comentou sobre seu estado de moradia até a publicação desta reportagem.
*ICL
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Todos são contratados no cargo de secretário parlamentar, com jornada de 40 horas semanais, proibição de exercer outra função pública e sem necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), empregou em seu gabinete três funcionárias com rotinas incompatíveis com as funções que deveriam exercer no Legislativo: uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e a assistente social de uma prefeitura na Paraíba.
Todas são contratadas no cargo de secretário parlamentar, com jornada de 40 horas semanais, proibição de exercer outra função pública e sem necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara. Uma mora em Brasília e outras duas em João Pessoa, capital da Paraíba.
Motta mandou demitir 2 das 3 servidoras após ser procurado pela “Folha de S.Paulo” em 8 de julho para explicar o caso. A assessoria do deputado só confirmou a ordem na tarde desta terça-feira (15). As demissões ainda não foram publicadas no boletim da Câmara.
Apenas neste ano elas tiveram vencimentos somados de R$ 112 mil, incluindo salários, auxílios e gratificações. Procuradas, elas se recusaram a dar informações detalhadas sobre os serviços prestados ao gabinete do deputado.
Para revelar a existência dos três casos, a “Folha de S.Paulo” comparou informações de bancos de dados oficiais, de processos judiciais e de redes sociais, procurou órgãos públicos e teve acesso a documentos dos contratos, além de acompanhar a rotina das funcionárias.
Gabriela Pagidis é fisioterapeuta. Ela atende em uma clínica de Brasília às segundas e quartas-feiras, durante todo o dia. Às terças e quintas à tarde, ela dá expediente em outra clínica no Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal que fica a 18 km da Câmara, de acordo com o ICL.
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Não se trata da política em si, mas da política infalivelmente cultural.
Se fosse somente uma questão que envolve o Congresso, não teria se transformado numa central do rodamoinho que levantou a poeira e as folhas secas da política brasileira.
Os traços comuns entre as merdas arrumadas por Hugo Motta e Alcolumbre contra a própria memoria afetiva da sociedade, sempre explorada pelas elites, com séculos de chicotes nas costas do povo, é que deram liga objetiva para produzir esse clima de terra arrasada na direita.
Cada qual vê a seu modo os memes que levantaram a questão da desigualdade secular nesse país. Mas algo é certo, a veneta de turbilhonar as peças montadas pela IA é que deu dimensão do tsunami digital que ganhou as artérias analógicas das ruas.
Ou seja, como diz Paulinho da Viola, quem carrega o samba é o povo. Assim, os dias ventosos que vieram e ainda virão, dependerão da crueza das piadas, duras e secas que narram com fidelidade o “nós contra eles” que habita no peito de cada brasileiro explorado pelas classes economicamente dominantes desse país até os dias que correm.
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A “crise do IOF” remonta a dezembro, quando Flavio Dino bloqueou milhares de emendas parlamentares, entras elas uma superemenda destinada pelo atual presidente da Câmara para a “capital do sertão”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é quem está por trás de uma superemenda parlamentar bloqueada no final do ano passado pelo ministro Flavio Dino, do STF, no âmbito do combate à máfia do orçamento secreto. A emenda, de mais de R$ 13 milhões, foi destinada ao município paraibano de Patos, cujo prefeito, Nabor Wanderley, é pai de Motta. O avô paterno e a avó materna do deputado também já governaram a cidade.
Com valor exato de R$ 13.292.983,00 e com objeto “infraestrutura turística”, a emenda que tem o dedo de Hugo Motta tem superpoderes porque foi a segunda maior destinada a um município brasileiro entre as 5.449 emendas de comissão bloqueadas por Dino em dezembro. Só João Pessoa, capital da mesma Paraíba, foi destino de emenda maior, de R$ 50 milhões, para “obra”, entre todas as milhares de emendas do megalote. João Pessoa tem 833 mil habitantes. Patos, “morada do sol”, “capital do sertão”, tem pouco mais de 100 mil.
Nem o nome de Hugo Motta nem de nenhum outro deputado aparecem na lista das 5.449 emendas de comissão enviada pela Câmara ao Palácio do Planalto no dia 12 de dezembro de 2024, para pagamento “no escuro” de um total de R$ 4,2 bilhões. Ao todo, 17 líderes da Câmara assinaram o ofício ao Palácio, entre eles os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e o então líder do PT, Odair Cunha, ainda que as emendas não tivessem passado por deliberação formal nas comissões temáticas da Casa, em flagrante descumprimento ao que o STF havia determinado.
No entanto, em um documento da Comissão de Turismo da Câmara localizado por Come Ananás, é Motta quem aparece como solicitante da superemenda para Patos e ainda de uma outra do megalote ilegal, esta de R$ 5 milhões, também destinada à cidade governada por seu pai.
No dia 23 de dezembro, Dino suspendeu o pagamento das emendas atendendo a um pedido impetrado no Supremo pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ). Entre as 5.449 emendas bloqueadas estavam ainda, por exemplo, cinco para o município alagoano de Barra de São Miguel, cidade então governada por Benedito de Lira, pai de Arthur Lira (PP-AL), na época presidente da Câmara.
Também oriundas da Comissão de Turismo da Câmara, as cinco emendas para Barra de São Miguel somam R$ 8,3 milhões. Todas as cinco foram solicitadas por Lira, conforme o mesmo documento da Comissão de Turismo localizado por Come Ananás. A população de Barra de São Miguel não chega a oito mil habitantes.
Benedito de Lira morreu em janeiro, menos de um mês depois do bloqueio das emendas por Flavio Dino. A ação movida por Glauber Braga no STF contra as emendas de comissão está na origem da obsessão de Arthur Lira por exterminar o mandato do deputado do Psol, assim como um novo esquema de “emendas de comissão paralelas”, criado após o bloqueio das 5.449 emendas de comissão em dezembro, explica a decisão de Hugo Motta de pautar de surpresa a votação dos decretos do IOF, deixando o governo chocado, atônito e sem reação.
No final de fevereiro, após o Congresso apresentar um plano de lisura, Flavio Dino liberou a maioria das milhares de emendas bloqueadas em dezembro. O plano se mostrou uma farsa e semanas atrás Dino voltou a cobrar do Congresso transparência nas emendas, citando a existência de “emendas de comissão paralelas”, com adulteração do código de pagamento para burlar as exigências de rastreabilidade impostas pelo STF.
Foi quando Hugo Motta ameaçou retaliar o governo caso o pagamento de emendas parlamentares fosse novamente paralisado. Mas quem tem fome, tem pressa, e Hugo Motta se adiantou, precipitando a votação dos decretos do IOF na Câmara com o objetivo de inviabilizar, sequestrar de vez o Governo Federal.
Neste momento, Patos, “capital do sertão”, é a capital do Brasil.
Nesta terça-feira, 1º de julho, Brasília parece ter dado início à guerra de reconquista, com a decisão do governo Lula de acionar o STF contra a derrubada dos decretos do IOF pela máfia das emendas parlamentares. O relator será o ministro Alexandre de Moraes. A guerra começa no mesmo dia em que a fiscalização dos CACs – “colecionadores” de armas, atiradores “esportivos” e caçadores “de javalis” – passa do Exército golpista para a Polícia Federal.
É como dizem os versos da música que tem o nome do Dia da Reconquista, 1º de julho, composta 30 anos atrás por um saudoso poeta de Brasília: “eu vejo que aprendi (…) não quero mais a tua insensatez”.
Benedito de Lira morreu em janeiro, menos de um mês depois do bloqueio das emendas por Flavio Dino. A ação movida por Glauber Braga no STF contra as emendas de comissão está na origem da obsessão de Arthur Lira por exterminar o mandato do deputado do Psol, assim como um novo esquema de “emendas de comissão paralelas”, criado após o bloqueio das 5.449 emendas de comissão em dezembro, explica a decisão de Hugo Motta de pautar de surpresa a votação dos decretos do IOF, deixando o governo chocado, atônito e sem reação.
No final de fevereiro, após o Congresso apresentar um plano de lisura, Flavio Dino liberou a maioria das milhares de emendas bloqueadas em dezembro. O plano se mostrou uma farsa e semanas atrás Dino voltou a cobrar do Congresso transparência nas emendas, citando a existência de “emendas de comissão paralelas”, com adulteração do código de pagamento para burlar as exigências de rastreabilidade impostas pelo STF.
Foi quando Hugo Motta ameaçou retaliar o governo caso o pagamento de emendas parlamentares fosse novamente paralisado. Mas quem tem fome, tem pressa, e Hugo Motta se adiantou, precipitando a votação dos decretos do IOF na Câmara com o objetivo de inviabilizar, sequestrar de vez o Governo Federal.
Neste momento, Patos, “capital do sertão”, é a capital do Brasil.
Nesta terça-feira, 1º de julho, Brasília parece ter dado início à guerra de reconquista, com a decisão do governo Lula de acionar o STF contra a derrubada dos decretos do IOF pela máfia das emendas parlamentares. O relator será o ministro Alexandre de Moraes. A guerra começa no mesmo dia em que a fiscalização dos CACs – “colecionadores” de armas, atiradores “esportivos” e caçadores “de javalis” – passa do Exército golpista para a Polícia Federal.
É como dizem os versos da música que tem o nome do Dia da Reconquista, 1º de julho, composta 30 anos atrás por um saudoso poeta de Brasília: “eu vejo que aprendi (…) não quero mais a tua insensatez”.
*Hugo Souza/Come Ananás
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Deputado participou de evento em maio, com transporte em avião da FAB e diárias pagas pela Câmara.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, participou em maio de um conjunto de eventos em Nova York organizados por entidades empresariais como o LIDE, fundado por João Doria. Pouco mais de um mês depois, em junho, reencontrou Doria em Brasília, em um jantar reservado no qual foi chamado de “herói” por representantes do empresariado.
Documentos da Câmara dos Deputados revelam que Motta recebeu diárias no valor de R$ 14.429,25 para participar da missão oficial de 12 a 14 de maio, cujo objetivo foi declarado como participação em eventos empresariais e com investidores. A viagem foi realizada em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), com ida em 9 de maio e retorno no dia 15.
O relatório oficial da viagem, assinado pelo próprio deputado, confirma presença nos seguintes eventos: Diálogos Esfera New York, LIDE Brazil Investment Forum, Fórum Veja Brazil Insights, Summit Valor Econômico Brazil-USA, Conferência Datagro sobre Açúcar e Etanol e eventos paralelos organizados por empresas como BTG, XP, JBS e Citibank. Entre os destaques está o jantar “REFIT70”, evento privado da Refit, empresa considerada a maior devedora de ICMS do Brasil, ligada ao empresário Ricardo Magro.
O evento do LIDE e seus desdobramentos ocorrem em meio à crise política gerada pela decisão da Câmara de derrubar o decreto presidencial que aumentava a alíquota do IOF para determinadas operações financeiras. A manobra foi vista como traição por integrantes do governo e marcou o início de um distanciamento entre o Planalto e setores da base.
Em redes sociais, Motta foi chamado de “inimigo do povo” por militantes e parlamentares da base. Nos bastidores, contudo, o deputado se fortaleceu junto ao empresariado e foi um dos homenageados por João Doria em jantar reservado na capital federal, realizado em junho, pouco mais de um mês após a missão internacional.
Hugo Motta se reuniu, na noite desta segunda-feira (30), com cerca de 50 empresários e políticos na casa do ex-governador de São Paulo, João Doria. Durante o evento, em discurso, Doria disse que Motta “é o herói do Brasil”.
O encontro ocorreu em meio ao avanço de críticas contra o Congresso, com uma percepção de conivência e alinhamento com interesses das elites econômicas. A hashtag #congressoinimigodopovo é uma das mais usadas nas plataformas digitais nos últimos dias.
O jantar, em uma casa de 12 mil metros quadrados no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, teve a presença de representantes do empresariado e do mercado financeiro, como Antonio Alban, presidente CNI (Confederação Nacional da Indústria), e o executivo do mercado financeiro Henrique Meirelles, hoje Secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo e ex-ministro da Fazenda. Também estavam presentes Cláudio Lottenberg (presidente do conselho deliberativo do Einstein), Roberto Musto (executivo do BlueBank).
*Cleber Lourenço/ICL
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A expressão “Congresso inimigo do povo” tem sido usada pelo povo especialmente em redes sociais, para expressar insatisfação com decisões do Congresso Nacional que são percebidas como contrárias aos interesses da população. Em junho de 2025, a frase ganhou destaque devido a duas ações principais do Congresso:
Derrubada de vetos presidenciais: O Congresso derrubou vetos do presidente Lula a projetos que aumentam gastos públicos, como os “jabutis” na Lei das Eólicas Offshore, que podem elevar a conta de luz em até 3% para os consumidores, beneficiando setores empresariais, como o de energia. Além disso, foi aprovado um aumento de R$ 164,8 milhões no Fundo Partidário, o que gerou críticas por priorizar interesses políticos em vez do bem-estar da população.
Derrubada do aumento do IOF
O Congresso, dias atrás, revogou um decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empresas de apostas online, fintechs e outros setores, visando promover “justiça tributária”.
A medida, defendida pelo governo Lula, poderia arrecadar R$ 12 bilhões para investir em programas sociais, saúde e educação. A derrubada, liderada por partidos como o PL e apoiada por parte do Centrão, foi criticada por parlamentares de esquerda, como Erika Hilton (PSOL-SP) e Daiana Santos (PCdoB-RS), que acusaram o Congresso de proteger os ricos em detrimento dos mais pobres.
Contexto e Repercussão
A hashtag #CongressoInimigoDoPovo viralizou no X, alcançando o topo dos assuntos mais comentados em 18 de junho, com mais de 260 mil menções e 1,4 milhão de interações.
Críticas nas redes sociais, incluindo memes, apontam o Congresso como defensor de elites econômicas, com figuras como Hugo Motta (presidente da Câmara) sendo alvos por decisões vistas como impopulares, como o aumento do número de deputados de 513 para 531.
O PT e aliados, como a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), intensificaram o discurso de “pobres x ricos”, lançando hashtags como “Ricos paguem a conta” e “Haddad tem razão” para criticar o Congresso e defender medidas de justiça tributária.
Vale lembrar que nem todas as decisões do Congresso são unânimes, e parlamentares de esquerda votaram pela manutenção de vetos, defendendo o consumidor.
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que, se o Congresso derrubar o novo decreto do governo em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o congelamento de emendas parlamentares terá que ser ampliado em R$ 2,7 bilhões, totalizando R$ 9,8 bilhões em contenção neste ano.
A declaração veio às vésperas da votação, marcada para esta quarta-feira (25), quando a Câmara deve analisar o projeto que anula o decreto presidencial.
De acordo com Gleisi, a anulação dos efeitos da medida do governo pelo Congresso deve afetar também a liberação de verbas no próximo ano, totalizando a perda de R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares.
“O decreto do IOF reflete o esforço do governo de construir entendimento com o Congresso Nacional, atenuando os impactos do decreto editado anteriormente”, escreveu Hoffmann no X.
Segundo informou O Globo, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em pautar a votação para esta quarta-feira foi recebida com surpresa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso o projeto na Câmara se concretize, a expectativa é de que o Senado também realize a votação hoje. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, confirmou que pretende levar o tema ao plenário em sequência.
*Sputnik
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, em suas redes sociais, que vai pautar para esta quarta-feira (25) a votação, em Plenário, do projeto (PDL 314/25) que pode derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na semana passada, os deputados aprovaram o requerimento de urgência da proposta.
A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), que suspende o decreto do governo que amenizou o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O requerimento foi aprovado por 346 votos contra 97.
Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), diz que a discussão não trata apenas de aumento de impostos. “A medida é sobre justiça tributária, fazer com que os ricaços, que pagam nada ou muito pouco hoje, deem sua parcela de contribuição para o ajuste fiscal. Nós não vamos aceitar que um novo corte de gastos de mais R$ 20 bilhões recaia sobre programas sociais, os trabalhadores, os mais pobres e a classe média”, afirmou Lindbergh nas redes sociais.
“O debate é sobre quem paga a conta. O Congresso está pressionado por setores poderosos para não mexer no privilégio dos ‘moradores da cobertura’. Nós e o governo do presidente Lula vamos para esse debate tendo um lado, o lado de quem quer corrigir distorções históricas e fazer o Brasil avançar com mais justiça tributária e menos desigualdade social. Chega de ajuste fiscal só nas costas de quem trabalha e sustenta esse país! É hora dos ricaços também pagarem a conta! Ricaços, paguem a conta!”, defende o líder do PT.
Para Lindbergh, caso o decreto seja derrubado, haverá necessidade no dia seguinte de um contingenciamento de mais de R$ 12 bilhões.
Haddad: decreto do IOF combate evasão de impostos Nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou: “O decreto do IOF corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores”.
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que as ações do Executivo são para fazer cumprir o arcabouço fiscal, em vigência desde 2023. “Estamos fazendo ajustes para cumprir o arcabouço votado por todos. Nosso governo tem tanta responsabilidade fiscal e social que não vai desrespeitar as normas e as regras da lei que aprovamos”, declarou.
Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder do governo, o decreto presidencial ataca somente quem ganha “dinheiro sobre dinheiro”. “Estamos discutindo operação financeira. Isso não é problema da grande maioria do nosso povo, mas de quem tem recurso para operações financeiras no País”, declarou.
A líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), afirmou que o aumento seletivo do IOF incide somente sobre quem tem mais dinheiro. “Vocês estão contra aqueles do andar de cima pagarem a conta do ajuste fiscal que os senhores insistem que nós devemos fazer”, disse ela aos deputados a favor da derrubada do decreto presidencial.
*ICL
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A feição pacata, cabelos emplastados de gomalina e a retórica de responsabilidade fiscal, não conseguem esconder o guardião dos cofres milionários das classes economicamente dominantes do Brasil.
A energia de Hugo Motta é 100% gasta para atacar quem ousa mexer no bolso dos milhonaríssimos senhores da terra.
Que o pobre se foda!
Essa é a frase concreta que ele adorna por ser feio segregar os pés descalços e os trabalhadores brasileiros.
As frases são sempre trocadas, não o sentido e a defesa do bolso dos abastados.
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Motta não surpreende ninguém quando vem com aquelas frases carregadas de hipocrisia para barrar qualquer cobrança de impostos dos muito ricos.
Semana após semana, sua única preocupação é travar qualquer proposta que faça cócegas no bolso da papa fina.
Por isso o termo justiça social causa urticária em Motta. O sujeito é o próprio sabujo da elite brasileira.