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Vídeo – Massacre: Israel bombardeia a Palestina

Um bombardeio de Israel derrubou um prédio residencial de 13 andares na Faixa de Gaza nesta terça-feira (11), segundo o próprio exército israelense. A torre abriga um escritório que é usado pela liderança política do Hamas, governantes islâmicos de Gaza.

A agência de notícias Reuters registrou o momento em que uma enorme coluna de fumaça sobe de onde havia um edifício na região.

Prédio de 13 andares na Faixa de Gaza que, segundo palestinos, foi destruído em ataque israelense — Foto: Palestine in the UK/Reprodução/Twitter

Os confrontos entre israelenses e palestinos, que já deixaram ao menos 30 mortos – entre eles dez crianças palestinas – se intensificaram nesta terça-feira. Sirenes soaram em Tel Aviv — segunda maior cidade de Israel que abriga grande comunidade internacional — e sistemas de escudo anti-aéreo foram acionados.

O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, teve todas as suas decolagens suspensas para “permitir a defesa do espaço aéreo” de Israel, ainda de acordo com o Haaretz.

Confira:

https://youtu.be/e4fR1-eVoX8

*Com informações do G1

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Política

Vídeo: Eleito por São Paulo, que tem fila de espera por leitos, Eduardo Bolsonaro manda pessoas enfiarem a máscara no rabo

O discurso de Lula, que tratorou o clã inteiro, foi a gota d’água para Eduardo Bolsonaro partir para a baixaria em seu twitter, depois de levar uma saraivada de comentários que funcionaram como uma rajada de metralhadora pela sua ida inútil a Israel numa comitiva nula que fez, mais uma vez, o Brasil passar vergonha pela falta de uso de máscara, ato repreendido por autoridades israelenses, o 03 não suportou o tranco e mandou as pessoas enfiarem a máscara no rabo.

A comitiva de brasileiros, incluindo Eduardo e Ernesto Araújo, foi a Israel em busca de informações sobre o spray nasal contra a covid.

Fica a pergunta, ele mandou esse recado para os israelenses ou para os brasileiros? Afinal, foi em Israel que ele passou essa vergonha, os brasileiros só gozaram com a cara do trouxa.

Mas seu comportamento não deixa de ser emblemático num país em que quase 2.400 pessoas morreram em consequência da covid nas últimas 24 horas por culpa exclusiva de um governo de militares comandado por um clã de milicianos que tem o certificado internacional de incompetência, fazendo o Brasil ser apontado por cientistas, pesquisadores e infectologistas do mundo todo como laboratório a céu aberto do coronavírus, tal a falta de política pública do governo Bolsonaro e seu estímulo pessoal à negação da doença, da prevenção, da vacinação e da propaganda do kit cloroquina.

Confira:

*Da redação

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Irã ameaça atacar dentro dos EUA se houver retaliação e Hezbollah vai bombardear Israel

A Guarda Revolucionária Iraniana ameaçou atacar dentro dos Estados Unidos caso os americanos respondam com outro ataque aos disparos de dezenas de mísseis feitos pelo Irã contra uma base militar dos EUA no Iraque nesta terça-feira7.

A mensagem foi postada no canal da Guarda Revolucionária na rede social Telegram.

“Desta vez a resposta será na América”, diz a postagem, em referência à notícia de que o Pentágono afirmou que tomará todas medidas necessárias para proteger e defender norte-americanos, parceiros e aliados na região.

Uma terceira onda de ataques, ainda de acordo com a Guarda Revolucionária Iraniana, caso seu território seja bombardeado, terá como alvo as cidades de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Haifa, em Israel.

Ainda, segundo o Israel Breaking:

“O canal de mídia Tasnim, afiliado ao estado do Irã, noticiou que autoridades estão dizendo que se os EUA retaliarem esta noite o Irã, o Hezbollah atacará Israel com seus mísseis.”

 

 

*Com informações do 247

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Mundo

Vídeo: Multidão toma as ruas de Teerã pedindo vingança por morte de General Soleimani

Na capital do Irã o clima de revolta durante as homenagens a Soleimani, morto em ataque aéreo americano na quinta-feira.

Uma multidão cercou a torre Azadi (liberdade), erguida nos anos 1970 para celebrar os 2.500 anos do império persa.

O dia de homenagens ao general Qassem Soleimani, nesta segunda-feira em Teerã, teve como tônica o pedido de uma vingança dura contra os autores do seu assassinato, vindo da filha do militar, de altas autoridades e também presente em manifestações espontâneas da população iraniana.

Na despedida da capital ao general, uma cerimônia foi realizada na mesquita da Universidade de Teerã, que ficou logo cercada por uma multidão de milhares de pessoas, que tomou todas as ruas ao redor do prédio e depois saiu em cortejo pela cidade.

A cerimônia na universidade foi reservada para convidados, principalmente militares, clérigos, políticos, membros do Judiciário e parentes.

O líder máximo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, se debruçou sobre o caixão de Soleimani e chorou. Os dois eram próximos, e o general era conhecido por sua lealdade extrema à mais alta autoridade do país.

— As famílias de soldados americanos no Oriente Médio vão passar os dias esperando pela morte dos seus filhos.

Trump, maluco, não pense que tudo acabou com o martírio do meu pai — disse a filha do militar, Zeinab Soleimani, acrescentando que “um dia escuro” recairá sobre os Estados Unidos e Israel.

 

 

*Com informações de O Globo

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Trump cometeu um ato de guerra sem autorização do Congresso e pode sofrer impeachment, diz Glenn

“A execução de um ato de guerra contra o Irã sem o Congresso – um dos usos mais imprudentes da força militar em anos – é uma base válida e justa para isso”, afirma o jornalista do The Intercept, se referindo a um processo de impeachment contra o presidente dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, executou um ato de guerra sem consultar o Congresso e isso pode ser um motivo de impeachment, alertou nesta sexta-feira 3 o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do The Intercept no Brasil.

“Se você quer que Trump seja alvo de impeachment, a execução de um ato de guerra contra o Irã sem o Congresso – um dos usos mais imprudentes da força militar em anos – é uma base válida e justa para isso”, publicou o jornalista no Twitter.

A mensagem foi postada em resposta ao seguinte comentário do jornalista Jeremy Scahill, do The Intercept nos EUA. “Assim como os neocons chegaram ao poder em 2001 com uma agenda predeterminada para mudança de regime no Iraque, o governo Trump colocou o Irã no alcance dos atiradores desde o salto. Este foi o centro do escândalo de conluio, amplamente ignorado pela mídia americana, com Israel e Arábia Saudita”.

Glenn comentou ainda: “Infelizmente, a guerra sem fim – no Oriente Médio e em outros países – é uma ortodoxia de longa data das alas do establishment de ambas as partes. Alimenta a economia dos EUA e sua hegemonia. Trump venceu, em parte, concorrendo contra esse militarismo irracional, e agora é uma personificação dele”.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi às redes sociais nesta sexta-feira 3 para criticar o ataque comandado por Trump contra Bagdá na noite desta quinta-feira 2. De acordo com ela, ação foi realizada “sem a consulta do Congresso”.

“O administrador do Trump realizou ataques no Iraque contra oficiais militares iranianos de alto nível e matou o comandante iraniano Qasem Soleimani da Força Quds sem um AUMF (autorização de uso de força militar contra terroristas) contra o Irã. Além disso, essa ação foi tomada sem a consulta do Congresso”, escreveu.

 

 

*Com informações do 247

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Washington Post e a saga de Bolsonaro, o vassalo jeca traído por Trump

E o velho dito popular se repete. Bolsonaro passou este ano dizendo-se namorado de Trump e, quando Trump descobriu, terminou o namoro.

Ernesto Araújo, o bobo da corte bolsonarista, disse que Bolsonaro, o bobo da corte americana tinha um relacionamento tão íntimo e fiel com Trump que causava inveja ao mundo. Por isso as críticas de chefes de Estados europeus pelo crime ambiental provocado por Bolsonaro no dia do fogo na Amazônia.

Está aí agora esse tijolo na testa de Bolsonaro arremessado por Trump, ao vivo e a cores, do jeitinho que os dois gostam, no twitter, como quem mandasse um recado ao lacaio brasileiro por um formato de comunicação que o nosso Trump rococó imitou, mostrando o nível de originalidade nenhuma que tem esse governo Brasileiro formado por imbecis fascistas.

A questão nem é a traição de Trump, como foca o Whasington Post, que mostra que Bolsonaro é só mais que o Trump trai sem cerimônia, em nome dos interesses dos EUA e de sua reeleição.

O problema de Bolsonaro se difere dos demais líderes mundiais por sua servidão espontânea que, antes mesmo de começar o governar o país, anunciou que seguiria Trump, levando a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, o que provocou uma reação imediata de países árabes que mantêm uma relação comercial extremamente importante com o Brasil.

O capacho tropical de Trump foi mais longe, muito mais longe, aceitou todas as imposições americanas em troca de nada. Sem dizer que conseguiu um problema diplomático tão sério com a China, logo nos primeiros dias de seu governo, que obrigou o jornal estatal chinês a produzir um editorial alertando Bolsonaro do perigo que o Brasil corria de perder seu maior comprador internacional, numa escrita dura, direta e objetiva.

Lógico que Bolsonaro voltou atrás e não por acaso, é a China que está salvando as exportações brasileiras, já que o Brasil continua no vermelho quando se compara à balança comercial dos EUA e de Israel, revelando que a diplomacia brasileira é um verdadeiro desastre. Bolsonaro Vive provocando crises internacionais e remendando com super bonder.

O Whasington Post toca num ponto central, que são os bolsonaristas, os súditos do “mito” que já tinham visto Bolsonaro bancando o adolescente nos corredores da ONU, esperando Trump por uma hora, como uma tiete dos Menudos, conseguindo longos 17 segundos com ele e uma foto que simbolizou bem o rastejante presidente brasileiro sendo humilhado diante dos olhos do mundo.

Whasington Post

“Uma traição bastante forte ‘: Bolsonaro se junta a outros líderes ao saber que um bom relacionamento pessoal com Trump tem seus limites”

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro aprendeu da maneira mais difícil na segunda-feira o que muitos outros líderes descobriram antes dele: um bom relacionamento pessoal com o presidente Trump tem seus limites.

Bolsonaro e os diplomatas de seu país em Washington foram flagrados depois que Trump publicou um par de tweets de manhã cedo anunciando tarifas punitivas sobre as importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, outro país com o qual Trump já havia desfrutado de boas relações.

É o tipo de chicotada política que outros líderes mundiais também sentiram. O presidente sul-coreano Moon Jae-in, que apostou sua fortuna política em colaborações estreitas com Trump nas negociações nucleares com a Coréia do Norte, agora enfrenta as exigências do presidente de que Seul aumente seus pagamentos em cinco vezes para apoiar as tropas dos EUA estacionadas na Península Coreana.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe cortejou Trump incansavelmente, com quase quatro dezenas de reuniões e telefonemas e uma elaborada visita de Estado a Tóquio na primavera. Mas Tóquio não foi poupada das tarifas de aço no início do mandato de Trump, e Trump contradisse Abe durante o verão ao recusar declarar os testes de mísseis de curto alcance da Coréia do Norte uma violação das resoluções da ONU.

Para Bolsonaro, um líder de extrema direita que modelou sua campanha depois da de Trump e procurou agressivamente se agraciar com a Casa Branca, as tarifas representaram uma verificação embaraçosa da realidade em sua estratégia de apostar na política externa de seu governo em grande parte na boa química pessoal com um presidente que anseia por validação – mas que vê virtualmente todos os relacionamentos como transacionais e, potencialmente, descartáveis.

“Este é um presidente que desenvolverá relacionamentos íntimos, mas que não será necessariamente totalmente fiel a esses relacionamentos íntimos”, disse Fernando Cutz, especialista do Hemisfério Ocidental no Grupo Cohen que atuou no Conselho de Segurança Nacional sob o comando de Trump e do presidente Barack Obama . “Eu não acho que o Brasil entendeu isso, mas talvez eles entendam agora. Acho que foi uma surpresa muito grande para o sistema político do Brasil e seu povo. Eles realmente veem Bolsonaro como um amigo próximo do presidente. Isso vai parecer uma traição muito forte. ”

As missivas do presidente no Twitter, que também acusaram as duas nações sul-americanas de desvalorizarem suas moedas, fizeram o Ministério das Relações Exteriores do Brasil se esforçar para alcançar autoridades da Casa Branca e mitigar os danos. Os funcionários da embaixada em Washington entraram em contato freneticamente com o Departamento de Estado, enquanto Bolsonaro sugeriu que ele tentaria ligar diretamente para Trump. “Eu tenho um canal aberto com ele”, disse Bolsonaro a repórteres em Brasília.

.No entanto, não estava claro se eles receberiam respostas rápidas. Dentro da administração de Trump, várias autoridades americanas de alto nível em várias agências governamentais também foram pegas de surpresa pelos tweets do presidente, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto que falaram sob condição de anonimato para discutir deliberações privadas.

As ações punitivas de Trump no Brasil e na Argentina ocorreram poucas horas antes de ele partir de Washington para uma reunião da OTAN em Londres, onde aliados dos EUA estavam se preparando para um presidente mercurial que os repreendia rotineiramente por não gastar o suficiente em defesa mútua e os perturbava, sugerindo que a aliança era desatualizado.

Para Trump, “o que tem precedência é o que é bom para ele pessoalmente e o que aumenta seu poder”, disse Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano. Ele apontou para o presidente colombiano Iván Duque, que teve uma primeira reunião calorosa com Trump em fevereiro, apenas para ser criticado um mês depois pelo presidente em resposta às drogas ilegais contrabandeadas para os Estados Unidos.

Duque “não fez nada por nós”, declarou Trump.

“De repente, Trump decide fazer algo, presumivelmente para seu próprio benefício político”, disse Shifter. “Um a um, os presidentes latino-americanos estão aprendendo que ser um aliado próximo de Trump não compensa e você não pode confiar que vai receber tratamento favorável”.

Especialistas em política externa reconheceram que nenhum presidente dos EUA baseou suas decisões apenas em relacionamentos pessoais em questões geopolíticas maiores. Mas Trump há muito coloca uma ênfase primordial na lealdade pessoal a ele, forçando colegas líderes a uma escolha desconfortável sobre qual tom tomar ao lidar com seu governo.

Alguns líderes, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o ex-presidente mexicano Enrique Peña Nieto, às vezes chegaram a um tom de confronto sobre as demandas de Trump, provocando respostas iradas. Outros, incluindo Abe e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, deram elogios a Trump e ligaram suas administrações estreitamente às dele.

Mas talvez nenhum tenha sido tão abertamente bajulador quanto Bolsonaro, que ganhou o apelido de “ Trump dos trópicos ” durante uma campanha em que ele imitou a retórica impetuosa de Trump a caminho de uma vitória perturbada. Trump ficou tão apaixonado que foi o primeiro líder mundial a dar os parabéns depois que Bolsonaro venceu a eleição.

Em uma reunião bilateral calorosa na Casa Branca na primavera passada, Trump prometeu apoiar os esforços do Brasil para se tornar um membro pleno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Então Trump chocou os brasileiros e seus próprios assessores ao sugerir que o Brasil se tornasse membro da OTAN, uma organização reservada às nações do Atlântico Norte.

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Bolsonaro acaba de legitimar oficialmente a invasão de milicianos de Guaidó a embaixada da Venezuela

Representante do Itamaraty, Maurício Correia, que acabou de chegar à embaixada da Venezuela, afirma que Brasil reconhece Guaidó como presidente e não Maduro. Governo Bolsonaro legitima a invasão. Qual é a ideia? Implodir o Brics a mando de Trump e dos EUA?

Vassalo dos Estados Unidos e Israel, Bolsonaro opera na Presidência da República como um lacaio a serviço da política mais espúria dos dois países, buscando isolar o Brasil e afrontar parceiros comerciais que vão custar muito às empresas e à população brasileira.

Não bastasse as denúncias que o aproximam do caso Marielle e da milícia carioca, Bolsonaro parece dobrar a aposta em um governo pirata que pretende caminhar fora da lei para produzir um confronto no Brasil de proporções perigosas.

Sua agressão pública a Mourão humilhando-o de forma inacreditável e sua guerra com ex-aliados do PSL, demonstram que Bolsonaro está sofrendo um surto de cólera, pois, além de apoiar o golpe na Bolívia ainda reconheceu a autoproclamada, senadora Jeanine Áñez, como presidente da Bolívia.

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No governo Bolsonaro, Brasil já perdeu R$ 3,5 bilhões no comércio com EUA e Israel

Balança comercial brasileira em 2019 é negativa com países de fora do continente alinhados ao governo de Jair Bolsonaro.

Os dois países mais alinhados ao governo de Jair Bolsonaro e com maior influência no xadrez da geopolítica mundial deram prejuízo no comércio ao Brasil até agora em 2019.

De janeiro e agosto deste ano, a balança comercial brasileira teve saldo negativo de 352 milhões de dólares e de 519 milhões de dólares, respectivamente, com Estados Unidos e Israel. No total das transações com os dois, o Brasil perdeu 871 milhões de dólares (cerca de R$ 3,5 bilhões).

Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa, a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao Brasil. Apenas os sul-americanos “amigos” contribuem positivamente.

O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio.

A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo” foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446 milhões negativos.

Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações – um dos símbolos mais sagrados do judaísmo – ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.

Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.

Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o País perdeu US$ 839 milhões.

No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil: US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.

Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do comércio)

Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.

Europeus alinhados ao Brasil

Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.

A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil, que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.

Saldo positivo na América do Sul

Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.

Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três. Porém, com relação a Paraguai e Chile, os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões, a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.

A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em 2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603 milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.

A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.

 

Lucas Baldez/terra

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Bolsonaro é abandonado também pelo Instituto Millenium, um dos principais articuladores do golpe contra Dilma

Uma das principais instituições articuladoras do golpe contra Dilma Rousseff em 2016, Instituto Millenium também abandonou o presidente Jair Bolsonaro. “Ninguém imaginou que pudesse haver tanto desgoverno em tão pouco tempo de governo”, afirmou o economista Sérvulo Dias, especialista da entidade, que tem entre seus membros o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. O instituto é a versão pós-moderna dos institutos empresariais-midiáticos que foram decisivos no golpe militar de 64.

“O início do governo Bolsonaro pegou de surpresa até mesmo os mais pessimistas”, afirmou Dias em análise publicada no site do Millenium. “O presidente sofre de uma falta de foco crônica e está demasiadamente aberto às influências dos grupos com os quais se relaciona: olavistas, militares e o círculo familiar, todos tentando exercer a sua dose de influência ao mesmo tempo”.

Segundo o economista, o Bolsonaro “tem um conhecimento muito raso sobre a realidade em que vivemos, sobre o macroambiente no qual estamos inseridos e sobre como nossa marcante desigualdade nos impede de alcançar um nível mínimo de coesão social que permita que cheguemos a um acordo coletivo sobre o formato e o alcance das reformas que tanto necessitamos”.

“Ao tentar agradar a todos, Bolsonaro não agrada a ninguém. Desmanda, desmente e desqualifica os homens que deveria blindar, apoiar e promover”, complementa. “Também não ajuda em nada a velocidade com a qual o presidente queima capital político com temas secundários e puramente ideológicos, parte de uma agenda exclusivamente sua”, diz. “Aos poucos Bolsonaro se materializa como um autocrata e populista de direita, tão radical quanto aqueles com os quais se aproxima ao redor do mundo, passando por Estados Unidos, Israel, Hungria, etc”.

Pesquisa da consultoria Atlas Político, divulgada pelo jornal El País, apontou que pela primeira vez a desaprovação do governo superou a aprovação (36,2% da população consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, e 28,6%, “ótima” ou “bom”.

Vale ressaltar que até o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que apoiaram o golpe contra Dilma, não participarão das manifestações a favor de Bolsonaro no próximo domingo, 26.

Agora o presidente perde mais um apoio de um instituto “símbolo” da direita. Em dezembro de 2012, por exemplo, a revista Carta Capital publicou uma capa intitulada “A velha cara da nova direita”, em que expõe a volta do Brasil do mesmo tipo de organização que fomentou o golpe militar de 1964. Utilizando os mesmos procedimentos de entidades que, na fachada, destinavam-se à produção de estudos e pesquisas sociais, essas organizações uniram-se ao oligopólio que controla os principais veículos de imprensa para derrubar o presidente democraticamente eleito João Goulart, e implantar a ditadura militar, um dos períodos mais obscuros da nossa história.

De acordo com a publicação, o que se chamou de Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), na derrubada de Goulart, atende pelo nome de Instituto Millenium, que funciona em São Paulo.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247