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Lula & Alckmin estrelam o novo melodrama que a imprensa criou da política

The Intercept – Por Fabiana Moraes: “Divergências”, “ataques”, “rivais”, “inimizade”, “ofensas”: quando os primeiros boatos sobre a possível chapa Lula-Alckmin começaram a circular, diversos termos que indicavam animosidade entre os dois políticos pulularam no noticiário. Era hora de lembrar de antigos debates, acusações, ofensas; de um venenozinho aqui, outro venenozinho acolá. Refrescaram ativamente a nossa memória: cês tão lembrados que um já chamou o outro de “leviano”, que por sua devolveu com um “mentiroso”? Ai que delícia, é briga!

Esta recente produção jornalística sobre a provável dupla exemplifica como jornais e jornalistas agem muitas vezes tal qual um veículo voltado para a vida afetiva das celebridades, narrando dramas, separações e uniões de personagens que não parecem, por exemplo, legislar sobre nossas vidas, mas sim estrelar um novelão meio ruim. Ok, sabemos que há tempos política e entretenimento são também uma coisa só – não esqueçamos que Trump e Doria, por exemplo, saíram de reality shows –, mas estamos falando de uma cobertura diária que insiste em tratar como anormais questões absolutamente comuns e pertinentes ao campo da política, como acordos, disputas, coligações, uniões estratégicas etc. Além disso, essa cobertura ainda confere papéis bastante marcados a todos: há sempre um vilão (Bolsonaro? Lula? Xi Jinping?), um mocinho (Moro? Dallagnol? Biden?), um monstro (a corrupção) e uma vítima (nós, a sociedade).

Isso tem um custo social – e ele é alto: ao preferir “vender” ao público a ideia de que aquele espaço é povoado apenas por pessoas de caráter duvidoso que se juntam e se repelem sem maiores justificativas e ao contribuir com o senso comum do “político é tudo igual”, a imprensa acaba destruindo a própria política. E vocês sabem: esse desprezo por esse lugar central da nossa vida nos levou até um anti-sistema de araque que usa a faixa presidencial, manda mensagens no WhatsApp às quatro da manhã e corre atrás de militares e emas enquanto o país é depenado.

Dizer isso não é fechar os olhos para conluios realizados com o único objetivo de se apropriar do dinheiro público e garantir benesses pessoais – sim, espaços como o Congresso estão repletos deles, taí o orçamento secreto para nos mostrar (o jornalista Breno Pires vem traduzindo bem o esquema há tempos). Mas uma cobertura baseada tanto em fla-flus quanto na espetacularização de operações – te invoco, Lava Jato – não trouxe efetivamente nenhuma melhoria para que este Congresso honrasse os votos recebidos, pelo contrário.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma análise da imprensa que inclui outros espaços midiáticos levando em consideração capas de revistas, manchetes, memes e redes sociais, a pesquisadora Yvana Fechine, da pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE, percebe que, no Brasil, a abordagem melodramática é a marca por excelência da cobertura noticiosa da política. “Ela é marcada pela redução da realidade a dramas morais e à fixação de atores políticos em certas identidades, em papéis temáticos, como o vilão e o ladrão, e na qual o tema da corrupção é bem vocacionado para esse tipo de narrativa”.

Nesse sentido, a famosa “polarização”, palavrinha doce entre jornalistas que pesam na mesma balança carroça e avião, extrema direita e centro-esquerda, é o espaço perfeito para a fixação destes personagens onde não cabe qualquer complexidade: o caçador é sempre caçador, a bruxa é sempre má, a mocinha está sempre à espera da salvação. “O melodrama é essa cristalização de certos papéis nos quais os personagens não têm nenhuma subjetividade, nenhum psicologismo. Isso dialoga muito com a importância do melodrama nos países latino-americanos, em especial as telenovelas. É um sistema de personagens sem profundidade, do tipo dominador e dominado, o bem versus mal, os decentes versus os indecentes. Dentro desse jogo de papéis, o povo é sempre a vítima”, continua Yvana.

De fato, o personagem da corrupção é aquele mais evocado para garantir audiências e dar emoção à novela. Ele é difuso, generalizado, tem muitos dentes e está sempre ali, pronto para atacar. Lembro bem como ele era repetido continuamente no Jornal Nacional, nos anos 90, assombrando a hora do jantar da minha família. Ao mesmo tempo, nos apresentavam em rede nacional justamente um herói que iria salvar o Brasil da peste: Fernando Collor de Mello. Como no caso do presidente anti-sistema de araque, vocês também sabem onde essa história foi parar.

Mais recentemente, a receita foi novamente oferecida, com a imprensa elegendo Moro e Deltan como o Batman e o Robin que iriam nos livrar da corrupção então personificada pelo Charada, o ex-presidente Lula. Pode soar como brincadeira, mas o fato é que a operação causou um impacto enorme no setor social e econômico do país, como observou uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese: R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 a 2017. Além disso, 4,4 milhões de empregos teriam sido extintos. O assunto foi discutido pelo advogado Walfrido Warde no livro “O Espetáculo da Corrupção”, no qual ele analisa os maiores erros da força-tarefa empreendida pelo MPF de Curitiba.

O autor compara a corrupção a um câncer sistêmico que, sem dúvida, precisa ser combatido, mas percebe os muitos efeitos colaterais do modus operandi comum, também, a setores da imprensa. A demonização da política, a desmoralização das instituições e a espetacularização das ações estão entre as práticas mais danosas. Ele argumenta que a concepção de uma política nacional de combate à corrupção precisa, por exemplo, de uma ação articulada entre órgãos e agentes públicos que trabalhem buscando parceria, e não protagonismos e estrelato – é impossível não lembrar aqui dos citados juiz e procurador de Curitiba que, após tornarem-se celebridades, vão em busca de cargos políticos. Para Walfrido, é preciso “uma política que se afaste do moralismo barato e alienado, que seja capaz de distinguir e de separar o que tem utilidade daquilo que não presta, e que prefira o pleno ressarcimento dos cofres públicos à vingança”.

Pois é.

Criador do canal e podcast Fora da Política Não Há Salvação, o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas, pensou o programa justamente para discutir e popularizar a conjuntura política nacional sem simplificações que mais embotam do que iluminam a temática. Cláudio há muito percebe a criminalização da política e dos atos costumeiros à mesma, como acordos e coalizões.

Além disso, falácias como atribuir uma maior qualidade a uma pessoa porque ela tem mais perfil “técnico”, e não político ou ideológico (como vimos extensamente na cobertura da pandemia), também contribuem para que o olhar público sobre espaços como assembleias legislativas e poder judiciário seja sempre enviesado. “É preciso lidar com a política como um dado da realidade, e isso implica em defender a democracia”, diz ele, um crítico do termo “polarização” como sinônimo de “extremo”. “É uma posição preguiçosa, que considera atores do campo democrático antigos como PT e PSDB no mesmo espaço de um radical extremista como Bolsonaro. Ao mesmo tempo, essa imprensa é incoerente, pois se referia a Viktor Orbán como sendo da extrema direita”, continua ele se referindo ao ultradireitista primeiro-ministro húngaro, uma referência para o (infelizmente) presidente brasileiro.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com o melodrama correndo solto – e a desinformação idem –, o grande desafio de quem procura traduzir o cotidiano da política no debate público é ainda maior. Assim como Cláudio Couto, Yvana Fechine também tem, ao lado de professoras/es e alunas/os da UFPE, realizado debates políticos em um programa de rádio/podcast, o Fora da Curva. Ela assume que a tarefa não é simples. “Quando a imprensa reduz tudo isso a papéis e a narrativas simplificadas, esvazia a própria complexidade da política, um desserviço para população. A dificuldade é encontrar um discurso que não seja redutor e simplista, que seja compreensível para uma população que muitas vezes não tem formação política”.

Um exemplo, diz Yvana, são as diversas matérias sobre o preço da gasolina, que trazem números vários, mas não evidenciam que o valor alto do combustível está diretamente associado a uma decisão comemorada pelo mercado e parte da imprensa em 2016, quando a Petrobras passou a acompanhar o preço de commodities praticado no mercado internacional. “A busca é por uma abordagem crítica, um pensamento feito com profundidade e ao mesmo tempo que traduza a realidade. Não é entendendo que a audiência é formada por Homers Simpsons, mas superando os clichês redutores”.

Um dos casos recentes mais interessantes da popularização do debate político se deu através de uma iniciativa entre a cantora Anitta e a advogada e professora Gabriela Prioli, que se uniram ano passado para realizar uma série de lives sobre política. As perguntas são super básicas – e por isso mesmo importantes para quem tem pouco conhecimento sobre a política brasileira e quer se iniciar. “O que são os três poderes?”, pergunta a cantora, que escuta da também apresentadora quem são os atores de cada âmbito em nível federal, estadual e municipal, assim como suas responsabilidades.

Na época, várias pessoas criticaram a ação – ou melhor, o desconhecimento de Anitta sobre o que membros das assembleias legislativas, por exemplo, fazem a partir do momento em que são eleitos (mas e um presidente da República, que não conhecia uma autarquia que está sob a responsabilidade dele, o Iphan?). “É pedantismo puro, foi uma ação superlegal, que produz efeitos importantes, que abre espaço. O caminho é muito por aí”, diz Cláudio. Concordo: é somente, por exemplo, compreendendo de saída quem é quem nos espaços de poder que apitam na vida pública, quais são suas funções, limites e responsabilidades, que podemos localizar melhor os diversos atores (eleitos ou não) que frequentam as manchetes dos jornais. A partir daí, tenho fé, vamos achar mais absurdas ou no mínimo risíveis matérias como esta, publicada na revista Veja, na qual tanto o título quanto o texto se perguntam se Lula e Alckmin são, agora, “novos amigos”.

Não, isso é política – e, no caso do Brasil, sobrevivência –, estúpido.

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Sobre a possível aliança Lula e Alckmin

Não entrei e nem entrarei nesse debate sobre a possível chapa de Lula e Alckmin.

É uma operação de guerra como qualquer disputa política. Isso está longe de determinar alguma coisa costurada, além de alianças nos estados.

O sangue começa a correr mais quente nas veias da militância que sonha com aquilo que ela idealiza, o que é absolutamente natural, o que não significa que seja eficaz para vencer uma eleição e até mesmo governar.

Por isso não entro nesse debate. Não conheço a dinâmica nacional de uma campanha presidencial, mas ela existe e, muitas vezes, revela realidades que não contemplam nossos desejos por inteiro, sobretudo num país com uma diversidade cultural tão grande quanto a nossa.

O medo de Lula se render ao neoliberalismo, representado por Alckmin, não faz sentido. Meirelles foi presidente do Banco Central no governo Lula e não o impediu de implantar os mais importantes programas sociais que esse país já viu.

José Alencar, o vice de Lula, nunca foi alguém que tivesse qualquer inclinação à esquerda, mas jamais quis melar os avanços sociais que o Brasil teve nos dois mandatos de Lula.

O PT não nasceu em uma grota, nasceu debatendo e negociando abertamente com todos os setores da sociedade e toda a sua história vitoriosa foi construída assim.

Vencer Bolsonaro não é simplesmente vencer uma eleição ou um candidato de direita. Bolsonaro rompeu todas as barreiras de civilidade e está enfiado até o pescoço num projeto fascista sonhado por ele e os generais boquinhas que têm um apego doentio pelo poder e, por isso, formulam todos os caminhos antipovo que Bolsonaro tem como bandeira principal.

Ou seja, é bola pro mato que o jogo é de campeonato.

Dito isso, reservo-me o direito de não opinar sobre o jogo de xadrez eleitoral que o PT tem que jogar, como é da natureza da democracia.

Lula e Dilma já nos deram exemplos de sobra que não são madeiras que o cupim neoliberal consegue roer.

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Olavão já dá Bolsonaro como derrotado e diz que foi usado por ele

O astrólogo Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, criticou o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (20) durante participação em uma live chamada ConservaTalk e admitiu que a “a briga já está perdida”, em referência às eleições de 2022. Pesquisas apontam que o ex-presidente Lula (PT) venceria a disputa contra Bolsonaro no primeiro turno.

“Não venham com esperanças tolas. A briga já está perdida. Existe chance de voltar [a vencer]? Existe uma chance remota, se o Bolsonaro acordar. Eu não sei como fazer o Bolsonaro acordar”, disse Olavo.

Olavo ainda voltou a negar que seja “guru” de Bolsonaro e disse que foi usado pelo presidente. “Eu conversei com ele quatro vezes na minha vida e eu duvido que ele tenha lido um livro meu inteiro. Se ele tivesse lido, muita coisa que ele fez não teria feito”, declarou.

“A minha influência sobre Bolsonaro é zero, ele me usou como poster boy para se promover e se eleger”, completou. Olavo voltou a reclamar da retirada de pessoas próximas a ele de postos chave no governo. O guru afirmou que indicou dois ministros para o governo após ter recusado integrar o gabinete do presidente.

Participaram da transmissão três ex-ministros do governo Bolsonaro: Abraham Weintraub (Educação), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). O deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) também esteve no podcast.

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Pesquisa Ipespe: Lula venceria todos no 2° turno. Bolsonaro perderia

Líder nas simulações de 1° turno, o ex-presidente Lula (PT) venceria todos os pré-candidatos em um eventual 2° turno.

De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20/12) pelo Ipespe, o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial de 2022 com ampla vantagem.

Líder nos cenários de primeiro turno, o petista ganharia de todos os pré-candidatos em um eventual segundo turno. O levantamento foi realizado entre os dias 14 e 16 de dezembro, com 1.000 pessoas, por meio de ligações telefônicas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O ex-presidente venceria o atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL), por 53% a 31%. Caso o segundo turno fosse entre Lula e Sérgio Moro (Podemos), o petista ganharia com 52% contra 33% para o ex-juiz.

Veja os outros cenários simulados pela pesquisa:

  • Lula 52% X 25% Ciro
  • Lula 53% X 22% Doria
  • Ciro 44% X 33% Bolsonaro
  • Doria 43% X 36% Bolsonaro

Governo Bolsonaro

A pesquisa também solicitou aos entrevistados que avaliassem o governo Bolsonaro. De acordo com o levantamento, 54% afirmaram que o governo é péssimo ou ruim, 24% classificaram a gestão federal como boa ou ótima e 22% acharam o governo regular.

Já o Congresso Nacional tem uma atuação péssima ou ruim para 46%, enquanto 39% avaliam o Legislativo como regular e 9% como bom ou ótimo.

*Com informações do Metrópoles

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O que sobrará de Bolsonaro até o fim de 2022?

Antes de falar no avançado estado de decomposição de Bolsonaro e perguntar o que sobrará dele até outubro de 2022, vamos a alguns detalhes: Datafolha: Lula é melhor presidente da história para 51%, e Bolsonaro, o pior para 48%.

Como se pode observar, Bolsonaro tem a coerência do histórico da direita no Brasil: Nenhum presidente de direita saiu com mais aprovação que reprovação. Sempre perderam pra eles mesmos.

A direita está sempre em disputa interna quando o assunto é o pior presidente. FHC, Collor, Figueiredo, Sarney, Temer e Bolsonaro estão sempre se estapeando pra ver quem foi o pior aos olhos do povo.

Diante dessa inquestionável realidade, a pergunta é inevitável, sobretudo porque a montanha de estupidez de Bolsonaro até lá deve dobrar de tamanho. O sujeito tem uma inteligência inferior à de um chimpanzé. E muita gente esquecerá, por razões óbvias, que um dia chamou esse animal de mito.

Mesmo que não haja um ponto de vista concreto numa diferenciação dos números de reprovação de seu governo em relação a outros presidentes de direita, resultante de verdadeiras hecatombes sociais e econômicas provocadas por gestões mórbidas, Bolsonaro ainda tem muito carvão para queimar até outubro e tem talento suficiente para ser coroado como a besta das bestas, como o estúpido dos estúpidos, o maior dos maiores imbecis da história do Brasil.

O sujeito tem luz própria quando o assunto é nulidade, incapacidade de um pensamento minimamente racional. Bolsonaro sempre teve orgulho de sua burrice, acompanhado de uma vagabundagem que não lhe permitiu em todos esses anos de vida pública produzir uma única centelha que pudesse ser chamada de trabalho, mesmo no sentido figurado.

Mas todos sabem que ele é um inútil orgulhoso. E aqui nem se fala no mar de corrupção e demais crimes cometidos por ele e todo o clã, muito menos comparando Bolsonaro a qualquer outro infame presidente de direita e seus retumbantes fracassos na gestão da coisa pública, é Bolsonaro com Bolsonaro, osso com osso.

E tudo indica, como já mostra seu arrastado mandato, que aquele que já foi um dia mito dos tolos, terá nesse ano de 2022 sua pior performance. E lógico, deixará o país numa situação gravíssima, tanto que a pergunta que mais se faz é, que resto de país Bolsonaro deixará quando for cuspido da presidência da República?

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O encontro de Lula e Alckmin em um jantar

Será a primeira foto de muitas? Aguardemos.

Jantar promovido pelo Prerrogativas reuniu Lula, Alckmin, Randolfe, Tebet, Kassab, Rodrigo Maia, Omar Aziz e outras lideranças políticas.

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) posaram juntos para uma foto pela primeira vez desde o início das especulações sobre uma possível chapa conjunta nas eleições de 2022. Os dois participaram do jantar realizado anualmente pelo Grupo Prerrogativas.

O advogado Marco Aurelio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, disse  que o encontro tem como objetivo fazer um balanço das conquistas do ano, mas também construir um caminho para um frente ampla nas eleições de 2022. Durante discurso realizado na abertura do evento, nomeado “Jantar Pela Democracia”, Carvalho disse que a atividade tinha como objetivo dar um recado para “reconciliar o país” e enfrentar a fome.

No jantar, Lula e Alckmin tiveram seu primeiro encontro público desde que começaram as conversas para o ex-tucano assumir a vice em uma chapa petista em 2022. O ex-presidente receberá um prêmio durante o evento, realizado no restaurante Figueira Rubaiyat.

Além dos dois, diversas lideranças políticas participaram do evento. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet (MDB-MS), estão entre os que foram ao jantar. Lula e Kassab, inclusive, foram flagrados em uma longa conversa pelo jornalista Guilherme Amado.

*Com informações da Forum

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Sentindo-se traído com a disparada de Lula nas pesquisas, Merval Pereira é um poço de mágoas

Hoje, voltei a gravar vídeo aqui para o Antropofagista, depois de um certo recesso.

O tema é o fracasso da mídia na tentativa de antecipar a campanha eleitoral para a presidência em 2022. Acreditem, não tinha ainda passado os olhos no artigo chorumela do desalentado Merval Pereira, que não deixa de ser um desalento dos próprios Marinho com o fracassado projeto da cômica vertigem chamada terceira via.

Afinal, Merval é o eterno Pazuello dos Marinho, eles mandam, ele obedece. O jornalista não se fez de rogado na hora de escrever seu artigo choroso em que joga a toalha assumindo o fracasso da terceira via e, depois, é a xaropada de sempre, Lula é um populista, FHC um estadista. E seguiu nesse caminho de boi repisando o barro para ver se reconstrói um rumo para os órfãos do finado PSDB.

Merval acha mesmo que as pessoas se esqueceram dele saltitante de alegria no Jornal das 10 ou coisa que o valha na GloboNews, numa indecorosa comemoração dupla pela vitória de Bolsonaro e pela derrota de Haddad, com os seguintes dizeres, PT fez uma campanha milionária e perdeu para uma campanha pobre sem recursos nas redes sociais feita de maneira artesanal pela própria população.

Mal sabia o romântico Merval que toda essa farsa, na verdade, era uma baita de uma milionária máquina de produção de fake news, que seria tão desmascarada que até o próprio Merval, logo após o início do governo Bolsonaro, teve que admitir que havia um jogo criminoso ricamente pago por milionários do agronegócio, mas também empresários como Luciano Hang, entre outros figurões da mesma estirpe.

Mas Merval, nesse artigo de hoje, é um homem nu com um machado de pedra nas mãos esperando a volta dos tucanos ao poder, farejando uma quimera enfeitada de sonhos até se encontrar com a realidade denunciada no próprio artigo em que o autor, depois de fazer o picadão, desaparece e, a partir de suas próprias palavras que nos comove, é obrigado a manter distância de um passado grandioso dos tucanos que só existe na caixola dele.

Ou seja, terminou descrevendo o próprio fracasso de um belo romance característico de um imortal que só foi parar na ABL (Academia Brasileira de Letras) através de uma posição intra-acadêmica tão moribunda quanto seu artigo de hoje em que, sem vacilaçao, reafirma seu amor imortal por Fernando Henrique que, longe de sua idealização, terminou seu governo praticamente com uma desaprovação inversamente proporcional aos 87% de aprovação de Lula.

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Lula botou Moro na roda e o fez de João. É nó tático que chama

Lula apagou Moro com um mata-leão.

Chega a ser cômica a ingenuidade política de Moro que grava um vídeo de um assunto pautado por Lula. Na vida real, chama-se a isso de correr atrás do prejuízo.

Pior, Lula transformou o que seria um ativo de Moro em fardo, em bomba do Rio Centro que explodiu no colo de Moro.

A Lava Jato, que na estratégia de Moro deveria render frutos e glórias para a sua campanha, transformou-se numa dor de cabeça, porque Lula soube muito bem explorar o que de fato aconteceu com o país depois da Lava Jato, que provocou uma verdadeira hecatombe econômica quebrando não só as maiores empresas de engenharia do Brasil e do mundo, mas também todo um sistema que, em cascata, não só movimentava a economia como gerava milhões de empregos.

Agora, Moro aparece amarelo em um vídeo tendo que se explicar e, lógico, acusando Lula de mentiroso sem conseguir provar que a Lava Jato fez o que fez contra o Brasil.

O carimbo de “vacilão” está tatuado na testa de Moro e não há mídia amiga que consiga remover a pecha.

Lula usou a tática de muitas técnicas de lutas marciais onde se usa o peso e a força do adversário para golpeá-lo, com isso, Lula botou Moro na roda para andar em círculos e não sair do lugar, como Garrincha fazia com os Joões.

Para quem se cercou de certezas de que a Lava Jato lhe daria a glória fatal contra Lula, Moro hoje se vê cercado pela Lava Jato.

Moro está procurando Lula até agora.

É nó tático que chama.

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Vitória de Lula e Dilma: Juíza extingue ação contra Lula e Dilma que questionava refinaria em PE

Conjur – Por entender não ter ficado provado que a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi ilegal ou lesou os cofres públicos, a 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro negou e extinguiu ação popular contra a União, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os ex-presidentes da Petrobras Maria das Graças Silva Foster e José Sergio Gabrielli de Azevedo.

A ação questionava a construção da Refinaria Abreu e Lima e pedia a paralisação da obra, devolução do investimento feito e indenização por danos morais coletivos.

Refinaria Abreu e Lima, 18 anos depois: toma, Lula, que o filho é teu -  Ricardo Kertzman - Estado de Minas

A julgadora pontuou que, para caracterizar o dano moral coletivo, é necessário que a ofensa extrapole o âmbito individual e cause repercussão coletiva, mediante a repulsa geral da sociedade diante do ato antijurídico. No caso concreto, ela entendeu que não ficou demonstrado que a construção da Refinaria Abreu e Lima seja ilegal, imoral ou mesmo que tenha lesado os cofres públicos.

Sobre o pedido de paralisação da obra, a juíza lembrou que a ação foi ajuizada em 2013, e a refinaria passou a operar em 2014. Por isso, reconheceu a perda do objeto da ação.

“Eventual discussão acerca da excessividade dos gastos ou da ocorrência de corrupção na construção na refinaria fogem do escopo dessa demanda, especialmente tendo em vista que nestes autos não foi produzida nenhuma prova nesse sentido, bem como que essa questão está sendo devidamente apurada na seara criminal e também sob a luz da lei de improbidade administrativa”, apontou a juíza na decisão que declarou extinta a ação.

O ex-presidente Lula foi representado no caso pelo escritório Teixeira Zanin Martins Advogados.

Clique aqui para ler a decisão

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Entre os pré-candidatos Lula é o campeão em engajamento digital

O ex-presidente Lula é o campeão em engajamento digital entre os cinco principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o ex-presidente Lula é o campeão em engajamento digital entre os cinco principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto. O petista ficou na frente de Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, João Doria e Sergio Moro. A avaliação considera os perfis oficiais no Instagram e no Facebook. O levantamento é do cientista de big data Alek Maracaja, da agência AtivaWeb.

“Enquanto Bolsonaro permanece numa postura mais radical, sendo contra vacinas e adotando um tom mais de conflito em relação a adversários, Lula, por sua vez, parece ter retomado o ‘paz e amor’, tratando de questões cruciais, como fome, emprego, meio ambiente, inclusive construindo pontes com adversários”, pontuou a pesquisa. Segundo a análise, Lula tem evitado discutir com adversários ou reagir a provocações.

Com exceção de Lula, todos os outros pré-candidatos patinaram no engajamento digital em dezembro, com uma queda nas reações ante novembro.

A maior queda foi a de Sergio Moro, que não conseguiu manter o impulso obtido com a sua entrada no jogo eleitoral ao se filiar ao Podemos em 10 de novembro. O ex-juiz chegou a perder seguidores nos últimos 30 dias. São 532 pessoas a menos acompanhando as suas páginas. A redução só não é maior do que a de Doria, que perdeu 617 fãs.

Por outro lado, Lula foi o que mais ganhou, com 257 mil novos seguidores, seguido por Bolsonaro, com um avanço de 32,5 mil e Ciro Gomes, com 3,9 mil.

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