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Justiça

Tacla Duran pede ajuda de Dino para vir ao Brasil depor contra Moro

O ex-operador da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran pediu apoio a Flávio Dino para poder depor no Brasil no processo em que acusa Sergio Moro e Deltan Dallagnol de extorsão.

Tacla Duran está proibido de vir da Espanha, onde mora, para ser ouvido em Curitiba, na 13ª Vara Federal. E o motivo não é a polêmica decisão da semana passada do TRF-4. Ele não pode deixar Madri por veto das autoridades judiciais de lá, uma vez que ele responde a processos nas cortes espanholas.

O objetivo do ex-operador de caixa dois da Odebrecht na Europa é que Dino peça ao governo espanhol a liberação da viagem com base no acordo de cooperação jurídica existente entre os dois países.

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Uncategorized

Vídeo – Marcelo Xavier, presidente da Funai, é expulso de evento em Madri: “assassino, miliciano”

Indigenista Ricardo Rao acusou Marcelo Xavier, alçado por Bolsonaro à presidência da Funai, por genocídio indígena e assassinato de Bruno Pereira durante encontro de povos indígenas na Espanha.

Alçado por Jair Bolsonaro (PL) à presidência da Funai, o delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier foi expulso nesta quinta-feira (21) do III Encontro de Altas Autoridades da Ibero-América com Povos Indígenas, que acontece em Madri, após ato de protesto do indigenista Ricardo Rao, ex-agente do órgão, que o acusou de ser o responsável pelo genocídio dos povos indígenas e do indigenista Bruno Pereira, assassinado há cerca de um mês na região do Vale do Javari, na Amazônia, quando fazia uma expedição com o jornalista inglês Dom Phillips.

“Eu venho denunciar esse assassino, Marcelo Xavier, como inimigo de vocês. […] Esse homem é um miliciano, não representa a Fundação Nacional do Índio. É um assassino, um miliciano, é amigo de um governo golpista que está ameaçando a democracia no Brasil”, disse, em um misto de português e espanhol.

Rao foi colega de Bruno Araújo Pereira no Curso de Formação de Política Indigenista da Funai e vive exilado na Europa desde 2019. Em 19 de novembro de 2020, um ano após se exilar por medo ser assassinado, Ricardo Rao foi exonerado da Funai por Xavier.

“O Itamaraty é uma vergonha, está sendo babá de miliciano. Marcelo Xavier é um miliciano. É um assassino, responsável pela morte de Bruno Pereira”, emendou, enquanto Xavier levantou-se para sair da sala ao lado de um representando do Itamaraty.

A assembleia é promovida pelo Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas damérica Latina e o Calibre (FILAC), que foi criado em 1992 e distribui recursos, incluindo da FAO – órgão da ONU para Aa alimentação e agricultura, entre as comunidades originárias da região, além de trabalhar pela implementação de uma política de direitos humanos para os povos indígenas nos países membros.

*Com Forum

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Mundo

Alerta coronavírus!: Funeral no País Basco deixou mais de 60 infectados

Um funeral realizado na capital basca, Vitoria, há cerca de duas semanas se tornou o maior episódio de propagação do coronavírus registrado na Espanha até o momento, como confirmaram fontes das comunidades autônomas de Euskadi (País Basco) e La Rioja. Mais de 60 pessoas que acompanhavam a cerimônia e contatos próximos foram contagiados, segundo os resultados dos exames realizados no Centro Nacional de Microbiologia (CNM). Trata-se de 38 pessoas residentes das localidades riojanas de Haro e Casalarreina, e pelo menos outras 25 que vivem na província de Álava.

As autoridades confirmaram que esse foco está na origem de vários contágios de agentes de saúde no hospital de Txagorritxu (Vitoria). Esse centro e o de Santiago, também na capital basca, tiveram ainda casos de outro surto, que afetou pelo menos cinco agentes de saúde. Os dois hospitais têm, ao todo, cerca de cem profissionais em quarentena.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a magnitude do surto colocou La Rioja como a comunidade da Espanha com maior incidência de Covid-19, com uma taxa de 12,5 casos por 100.000 habitantes. A taxa na Comunidade de Madri, a mais afetada em termos absolutos, com 137 casos, é de 2,05. Também impulsionado pelos contágios ocorridos no funeral, o País Basco é a terceira comunidade proporcionalmente mais afetada, com uma taxa de 2,04 casos por 100.000 habitantes.

No total, os casos relacionados com o evento são quase um quinto dos 376 registrados até agora na Espanha.

O diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, atribuiu em parte a esse surto ―a outra causa é o aumento dos casos em Madri― o significativo crescimento de diagnósticos registrado sexta-feira na Espanha: saltaram de 262 para 374. Simón, no entanto, não se mostrou especialmente preocupado com o episódio, assinalando que “os casos estão associados a um evento único identificado e a um grupo limitado que, em princípio, não deve ser motivo de risco para a população”.

Os Governos do País Basco e de La Rioja deram até o momento muito pouca informação sobre o surto. Dos 33 casos detectados na província de Álava, por exemplo, 13 deles estão hospitalizados, 2 deles na UTI. Mas as autoridades não esclareceram quantos têm relação com a propagação do vírus ocorrida no funeral.

Um dos motivos que explicam a falta de informação são os momentos de tensão vividos em municípios como Casalarreina, situado a apenas seis quilômetros de Haro, onde a Guarda Civil e a polícia local estão tendo de monitorar as residências de famílias isoladas, segundo o jornal regional La Rioja. Grande parte dos afetados pelo surto é composta por ciganos. A administração municipal de Casalarreina divulgou um comunicado pedindo calma, após uma reunião realizada quinta-feira entre a Delegação do Governo espanhol em La Rioja e os prefeitos dos dois municípios.

Depois da reunião, as autoridades destacaram que “não é necessário adotar medidas especiais na vida cotidiana. As populações de Haro e Casalarreina não precisam usar máscaras, nem luvas, nem nenhum tipo de proteção especial. Seus habitantes podem ir a seus lugares de trabalho, educação, entretenimento e outros com toda a normalidade”.

Uma das famílias em quarentena, por sua vez, explicou ao La Rioja: “Estamos bem, eles nos trazem comida, acho que ainda temos de permanecer mais ou menos uma semana e queremos ficar tranquilos, que isto passe e possamos voltar à nossa vida normal”.

As últimas epidemias causadas por coronavírus, tanto a atual como as do SARS e do MERS, tiveram episódios chamados de “superdisseminação”, que atingiram grande relevância na propagação do agente patogênico. Esses eventos costumam ser causados por “superdisseminadores”, doentes que, por várias razões −algumas delas desconhecidas−, têm uma grande capacidade de propagar o vírus.

Ainda não se sabe se o surto no funeral em Vitoria foi causado por uma só pessoa ou por mais, embora os primeiros dados apontem para um assistente do funeral que está internado desde domingo passado em um hospital de Miranda de Ebro.

 

*Com informações do El País

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Mundo

Vídeo: Avião com 130 passageiros prepara pouso de emergência na Espanha após problema no trem de pouso

Aeronave com 130 passageiros teria problema no trem de pouso, segundo imprensa local.

Um avião com 130 passageiros da companhia aérea Air Canada pediu, nesta segunda-feira (3/2), ao controle aéreo da Espanha para realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri. A aeronave é um Boeing 767-200ER e a previsão é que o pouso ocorre às 15h30.

A empresa responsável pelo aeroporto informou, via Twitter, sobre o problema. A aeronave está queimando combustível após, de acordo com o jornal local El País, ter um problema com trem de pouso e, por isso, decidiu retornar à capital espanhola menos de uma hora depois de decolar.

O El País também cita versões segundo as quais houve “danos sérios”, o que levou o piloto a abortar o trajeto e a informar os controladores sobre a necessidade de um pouso de emergência. Antes disso, o avião dá voltas para gastar combustível e tornar o procedimento mais seguro. O aeroporto de Barajas já destinou uma pista para esse pouso.

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Quem é a misteriosa Olga Zucolotto na vida de Moro?

Antes de deixar a Câmara dos Deputados por uma saída secreta, Sergio Moro foi confrontado por questões que, se respondidas, podem esclarecer alguns pontos da trajetória de Moro quando era juiz.

Uma delas é: Quem pagava as despesas de Moro quando ia para o exterior?

A deputada Gleisi Hoffmann foi direto ao ponto: “O senhor ou a esposa tiveram ou têm conta no exterior?”

Moro não respondeu e considerou que a pergunta era “maluquice”.

Não respondeu também se viajou para o exterior com Carlos Zucolotto Júnior.

Gleisi não tirou esta pergunta do nada. Nem foi provocação.

Moro teria, sim, viajado com Zucolotto para o exterior. Mas, se respondesse afirmativamente, abriria espaço para outras questões incômodas para o juiz.

Desde que Moro acertou com Bolsonaro sua ida para o governo, o advogado se tornou lobista de carteirinha. É membro da Associação Brasileira de Relações Governamentais.

Zucolotto também foi sócio de Rosângela Moro, conforme ela mesma anunciou, em post antigo no Instagram.

“Sim! É meu amigo. Foi meu sócio, é meu compadre, é parceiro e é do bem. O tempo esclarece tudo! Enquanto isso seguimos na nossa amizade e de nossas famílias, enlouquecendo mentes criativas e destrutivas. Zucolotto faz o melhor churrasco da vida toda”, disse.

Moro é, digamos assim, da cozinha de Zucolotto Júnior, como mostra uma foto postada no Facebook pela mãe do advogado e agora lobista, Olga.

A postagem é do dia 13 de setembro de 2015, auge da Lava Jato. Uma amiga comentou:

— Aeee dona Olga.. Tietando rs.

Outra, de sobrenome Moro, disse:

— Quanto orgulho deste homem! Que Deus abençoe a vida dele, cada dia.

Outra perguntou:

— Conta aí dona Olga. Quando vai ser o dia dos rojões? Fala pra ele prender logo o Lula e a Dilma kkkkk.

Olga diz que perguntou:

— Já falei. Ele só deu risada, disse que seria o maior foguetório do Brasil, adoro.

Quando a foto foi postada, Lula nem sequer havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal.

Moro decretaria a condução coercitiva de Lula seis meses depois; o interrogaria um ano e sete meses depois; e o condenaria um ano e nove meses depois.

Nesse meio de tempo, Zucolotto Júnior foi denunciado pelo advogado Rodrigo Tacla Durán por extorsão.

Zucolotto, segundo mensagens trocadas entre eles nos dias 24 e 25 de maio de 2016, apresentadas por Tacla Durán, queria 5 milhões de dólares em troca de facilidades num acordo de delação.

No dia 14 de julho de 2016 – menos de dois meses depois —., Tacla Durán transferiu 612 mil dólares (o equivalente a R$ 2,4 milhões) para a conta de outro advogado curitibano, Marlus Arns.

Gleisi perguntou a Moro se Rosângela tinha sido sócia de Marlus Arns. Moro não respondeu.

Rosângela trabalhou com Marlus em ações da massa falida da GVA, que tinha como sindica a família Simão, denunciada em uma CPI por integrar a máfia das falências no Paraná.

A transferência dos 612 mil dólares de uma conta da empresa de Tacla Durán para o escritório de Marlus Arns se deu após encontro entre os dois, nos Estados Unidos, onde Tacla Durán morava.

“Paguei para não ser preso”, contou o advogado. A transferência seria a primeira parcela do total acertado com Zucolotto.

Em junho, antes de Marlus viajar lá, a Lava Jato tinha pedido a prisão de Tacla Durán, mas Moro ainda não a tinha decretado. A prisão só seria decretada cinco meses depois.

No dia 31 de agosto de 2016, segundo as conversas secretas vazadas pelo Intercept, Moro perguntou a Dallagnol se não era muito tempo sem operação.

“É sim”, responde o procurador. “O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla (Rodrigo Tacla Durán) pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos”, acrescentou.

Quando a prisão foi decretada, em 10 de novembro de 2016, as autoridades americanas não quiseram cumprir o mandado.

Tacla Durán viajou dos Estados Unidos para Madri e foi preso no hotel Intercontinental em 18 de novembro.

Três meses depois, seria solto e, em seguida, fixaria residência na Espanha, após o país negar sua extradição ao Brasil.

Em Madri, começou a escrever um livro, Testemunho, ainda não publicado. O primeiro capítulo, postado na internet durante alguns dias, narra como foi a negociação com Zucolotto.

Quando Moro foi procurado pela jornalista Mônica Bergamo, em agosto de 2017, para comentar a denúncias relatadas no livro, Moro não quis responder.

Depois que saiu a reportagem, Moro se manifestou, numa manhã de domingo, através de uma nota dura, em que lamentou que “a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira esteja sendo usada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça”.

Defendeu Zucolotto, que descreveu como “profissional sério e competente”, e faltou com a verdade, ao assegurar que ele nunca havia atuado na área criminal.

Zucolotto foi seu advogado em um processo criminal, movido pelo Ministério Público Federal contra o advogado Roberto Bertholdo, por calunia e difamação.

Moro nem cogitou determinar investigação para averiguar a denúncia de Tacla Durán — até para garantir que o nome dele (ou dos procuradores) não tivesse sido usado indevidamente.

Em vez disso, pensou em processar a jornalista que publicou a notícia, Mônica Bergamo, conforme revela a coluna Painel da Folha de S. Paulo de hoje.

Na troca de mensagens com Deltan Dallagnol, vazadas pelo Intercept, aparece uma em que Moro considerou a reportagem de Mônica Bergamo “ridícula” e disse que pensava em processá-la:

“Estou pensando em entrar com ação por danos morais contra ela.”

Não entrou, mas o caso, pelo visto ontem, ficou atravessado em sua garganta.

Ele se referiu à jornalista como “colunista social”, como se esta atividade fosse menor.

Ao não responder às perguntas de Gleisi, sobre viagem ao exterior, sociedade com Rosângela e conta, Moro atrai suspeita para si. Difícil entender por que Zucolotto é tão protegido por ele.

 

*Do DCM