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Vídeos: Contra o fascismo, bolivianos radicalizam protestos e sobem em tanques

Atos de massa em toda a Bolívia exigem a queda da ditadura golpista instaurada após o golpe militar contra Evo Morales.

Pelo 11º dia consecutivo, milhares de bolivianos continuam nas ruas de diversas cidades e localidades de todo o país exigindo a queda do regime golpista de extrema-direita que se instalou no poder após o golpe contra Evo Morales, no último dia 10.

As principais mobilizações ocorrem, como de costume, na capital La Paz e na cidade vizinha de El Alto. Moradores da região de Senkata, em El Alto, fizeram uma marcha até La Paz para denunciar o massacre de oito cidadãos pelas forças repressivas da ditadura esta semana, quando foi realizada uma operação para desbloquear a saída de suprimento da distribuidora de combustíveis da estatal petrolífera YPFB.

Essa manifestação também foi fortemente reprimida pela polícia, que ainda está, neste exato momento, em operações nas ruas de La Paz para perseguir os participantes do protesto.

A mobilização concentrou milhares de pessoas em El Alto para marchar a La Paz.

Na capital, a população mostrou sua indignação com a ditadura ao capturar um tanque do exército. Tanto o tamanho como a radicalidade das mobilizações mostram que já é possível derrubar o regime golpista nas ruas. Entretanto, as direções políticas, especialmente do Movimento ao Socialismo (MAS), ainda tentam uma conciliação com os golpistas na ilusão de que algum tipo de democracia seja estabelecida na Bolívia. O que não passa de um sonho.

 

 

*Com informações da Causa Operária

 

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Vídeo: O golpe na Bolívia e as ilusões republicanas

Concessões à direita não impediram que Morales sofresse um golpe violento

Quando Dilma foi golpeada em 2016, o impeachment foi chamado por alguns de “golpe branco”, levando em conta que a tomada do poder do Estado não ocorreu pelos meios convencionais, violentos, mas por malabarismos institucionais que tinham o intuito de lhe conferir a aparência de legalidade.

Dizia-se que não havia mais espaço para golpes “old school” na América Latina, com militares acossando governos democraticamente eleitos. A era das repúblicas bananeiras já estaria há algum tempo no retrovisor.

Ledo engano.

Evo Morales, presidente da Bolívia, foi deposto no domingo, dia 10 de novembro, após motins e ultimatos das forças militares bolivianas em conluio com lideranças golpistas. Seus opositores não hesitaram em adotar ações terroristas para pressioná-lo, com depredações, linchamentos, perseguições e sequestros de apoiadores, partidários e seus familiares.

Uma prefeita situacionista foi submetida à tortura e humilhação públicas, sendo obrigada a caminhar meio à multidão hostil após ter os cabelos cortados e o corpo sujo de tinta. Prédios e casas foram incendiados – incluindo a casa da irmã de Evo – e o editor chefe de um meio de comunicação sindical chegou a ser amarrado a uma árvore.

Ainda, a chefe da justiça eleitoral foi presa, ficando sob a custódia de encapuzados, e ministros e parlamentares do MAS, partido de Evo, tiveram que se abrigar na embaixada do México para se proteger de ameaças após também terem suas casas queimadas. Em uma rede social, o presidente denunciou a intenção da polícia em prendê-lo. Enquanto rumava para o México na condição de asilado, sua casa era saqueada.

Evo, reeleito recentemente, fez todas as concessões possíveis aos detratores de sua vitória: chamou novas eleições; acatou as orientações da OEA acerca do novo pleito, permitindo e legitimando sua intervenção; informou que renovaria a composição do Tribunal Supremo Eleitoral; convidou Carlos Mesa, seu adversário na eleição presidencial, para conversar (o convite foi negado) e cedeu à pressão da oposição, mostrando tolerância – ou mesmo temor – à violência com que pautou suas ações.

Não foi suficiente.

A estratégia de Mesa, do líder opositor Luis Fernando Camacho e das forças militares amotinadas era a reivindicação da democracia como tática, e não como princípio. Camacho, um fundamentalista cristão, faz eco aos racistas de Santa Cruz de La Sierra, reduto anti-Evo, estimulando a violência contra indígenas e a queima de bandeiras Whipala, símbolo dos povos andinos originários. Não é surpresa, portanto, que operem de acordo com a ritualística nazista.

“Os meus opositores só sabem repetir que é preciso derrubar esse índio de mierda. Como se pode chegar a um acordo com esse tipo de gente?”, reclamou o então presidente em relato publicado ainda em 2007 pela Piauí.

Até 1952, a Bolívia viveu sob um apartheid entre brancos e indígenas, que não tinham direito a voto, a identidade e mesmo a frequentar alguns lugares públicos. A chegada de Evo ao poder mexeu com os brios da elite branca, disposta a partir para o vale-tudo para retomar privilégios. Provavelmente foi com risadas que os facínoras receberam a juvenil estratégia governista de reagir ao golpismo com iniciativas legalistas e conciliatórias. A boia da institucionalidade, antes de ser uma salvação, é uma armadilha quando o adversário está disposto a bater abaixo da cintura.

O Estado Plurinacional criado por Evo, importante para o reconhecimento histórico dos povos indígenas, mostrou-se insuficiente para, por si só, conter levantes golpistas historicamente irrigados pelos EUA e seus associados do poder econômico. Entre os séculos XIX e XX, a Bolívia passou por quase duzentos golpes de Estado.

O republicanismo que fez o presidente abrir mão de combater fogo com fogo foi o sinal que os sequestradores da democracia precisavam para restaurar essa tradição.

“Os militares estão conosco. Eles não querem a divisão do país”, disse Evo em 2007 como uma espécie de garantia às incursões golpistas da mesma direita que o golpeou hoje. Na Comuna de Paris, em 1871, o controle das forças militares foi um ponto inegociável para os communards. O golpe seguido do massacre de junho de 1848 contra os operários – um morticínio apoiado pela burguesia francesa, com quem se aliara em fevereiro para depor o rei Luís Felipe – os vacinou quanto aos limites da democracia burguesa, que prende, arrebenta e mata quando o conteúdo se sobrepõe à forma e alguém que não estava no roteiro chega onde não deveria chegar. Os golpes encabeçados por militares na América Latina no século XX mostram que fazia sentido a preocupação dos revoltosos de Paris.

Tomara que o golpe na Bolívia sirva para que a esquerda latino-americana sepulte suas ilusões republicanas e feche enfim as veias do continente.

 

 

*Gustavo Freire Barbosa/Carta Capital

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Vídeos: Mega deslocamento da população boliviana exigindo a volta de Evo Morales

Não há o que um povo unido não possa mudar.

Parlamentares exigem respeito à linha sucessória e centrais sindicais ameaçam greve geral pela volta do presidente

Protesto, que em 2008 evitou o golpe de estado contra o presidente, reclama novamente a volta de Evo Morales. De acordo com as informações recebidas desde a Bolívia, os manifestantes partiram de Alto e já assumiram o controle de alguns postos policiais da zona.

De acordo com as fontes ouvidas pela Carta Maior os manifestantes já estão às porta de La Paz e são iminentes os confrontos com as forças de segurança que respaldam a autodeclarada presidenta Jeanine Áñez.

Os rumores no país são que a polícia da capital boliviana já está negociando para evitar enfrentamentos armados. Os manifestantes esperam nas próximas horas o retorno de presidente eleito, Evo Morales, a seu cargo.

Informações confirmadas pela Carta Maior até o momento

1. – A primeira vice presidenta do Congresso Boliviano (militante do partido Movimento al Socialismo – MAS). Declara que sua renúncia à mesa diretora não foi aceita, pelo que ela segue na linha sucessória presidencial.

2. – Vice presidenta da câmara de deputados, Susana Riveros, não renunciou a seu cargo, e mantém as sessões do congresso junto com a bancada do MAS.

3. – As principais centrais operárias convocaram os trabalhadores a desmontar o Golpe de Estado, caso contrário o país enfrentará uma greve geral.

4. – As principais centrais sindicais camponesas bloquearam as estradas do país para pressionar a direita a desmontar o golpe.

https://twitter.com/jummasky/status/1195085898356023296?s=20

 

 

*Com informações da Carta Maior

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Pesquisa americana contraria OEA e conclui que não houve fraude em eleição na Bolívia

Relatório do Center for Economic and Policy Research, com sede em Washington, também sustenta que Estados Unidos e OEA são responsáveis por golpe na Bolívia por tentativa de boicotar vitória de Morales nas eleições.

Uma pesquisa do Center for Economic and Policy Research (CEPR), com sede em Washington, apurou o processo eleitoral da Bolívia do mês passado e não constatou fraudes na contagem das urnas ou na divulgação dos resultados, diferente do que foi alarmado pela OEA na época. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (11) e também atribui aos Estados Unidos e OEA a responsabilidade pelo golpe militar que forçou o presidente Evo Morales a renunciar no último domingo (10).

Um dos ocorridos no dia das eleições bolivianas e que foi contestado pela OEA foi a demora na apuração dos votos de algumas zonas eleitorais do país. De acordo com a pesquisa, tal demora é vista em diversos países do mundo e se explica pelas limitações logísticas e tecnológicas de determinadas áreas. Regiões periféricas e rurais da Bolívia foram as mais afetadas pela lentidão na contagem dos votos e, coincidentemente, majoritariamente apoiam Evo Morales e seu partido, o MAS.

“Os lugares rurais e mais pobres, que tendem a favorecer Morales fortemente, são os mais lentos em transmitir os dados ou enviar as cédulas de voto os tribunais eleitorais”, afirma o documento.

O CEPR também sustenta que, no momento em que a contagem foi interrompia, marcando 83,85% das urnas apuradas, Morales já possuía grande vantagem com relação a seu opositor, Carlos Mesa. A pesquisa ainda realizou uma projeção com os votos que ainda precisavam ser apurados, e constatou que o resultado era idêntico à porcentagem que o presidente eleito conquistou quando as urnas retornaram a contagem.

“As conclusões desta projeção estatística são consistentes com os resultados oficiais da contagem eleitoral na Bolívia (que mostra a vitória de Morales com uma margem de 10,5 pontos percentuais)”, relata a pesquisa, que também conclui que os resultados da contagem oficial seguiram uma tendência similar aos da contagem rápida.

O texto finaliza atribuindo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como a própria OEA – que possui 60% de seu orçamento financiado pelos EUA – “forte influência” na agenda política da América Latina ao tentar fraudar as eleições na Bolívia.

“Trata-se de uma grave violação da confiança do público, e ainda mais perigosa no contexto da forte polarização política e da violência política pós-eleitoral que ocorreu na Bolívia. Essas acusações infundadas devem ser retiradas e medidas devem ser tomadas para garantir a neutralidade da observação eleitoral da OEA no futuro”, conclui.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

 

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Chomsky denuncia: EUA tinham planos A e B: derrubar ou matar Evo Morales

Um dos maiores intelectuais do mundo, Noam Chomsky denuncia a participação dos Estados Unidos na derrubada do governo de Evo Morales, citando inclusive a hipótese de assassinato.

“O golpe é promovido pela oligarquia boliviana (…) e conta com o apoio total do governo dos Estados Unidos, que há muito tempo anseia por expulsar Evo Morales e seu movimento de poder”, afirmou o renomado cientista político americano.

Em comunicado divulgado no sábado, Chomsky alertou que o centro de operações da embaixada dos EUA em La Paz (capital boliviana) revelou dois planos no país sul-americano: “o ‘plano A’, um golpe de estado e o ‘plano B’, o assassinato de Morales ”, afirmou.

Segundo o cientista político, a oposição boliviana prepara um golpe de estado após o fracasso sofrido nas eleições de 20 de outubro contra o Movimento ao Socialismo (MAS), liderado por Morales.

Do site Aporrea – 10 de noviembre de 2019.- El politólogo Noam Chomsky denuncia que EE.UU. está detrás del golpe de Estado de la oposición en Bolivia para derrocar al presidente Evo Morales.

“El golpe es promovido por la oligarquía boliviana (…) y cuenta con el total apoyo del Gobierno de Estados Unidos, que desde hace mucho tiempo está ansioso por expulsar a Evo Morales y a su movimiento del poder”, advirtió el reconocido politólogo estadounidense.

En un comunicado emitido el sábado, Chosmky alertó que el centro de operaciones de la embajada de Estados Unidos en La Paz (capital boliviana) ha dejado entrever dos planes en el país suramericano: “el ‘plan A’, un golpe de Estado, y el ‘plan B’, el asesinato de Morales”, indicó.

 

 

*Com informações do 247