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Justiça

O novo inquérito que mira Pazuello e dirigentes da Saúde por omissão na pandemia

Ministério Público Federal em Brasília abriu novo inquérito para apurar supostas irregularidades cometidas pelo ex-ministro Eduardo Pazuello e outros ex-integrantes da cúpula da pasta da Saúde no combate à Covid-19. A investigação se baseia em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta que os gestores foram omissos no enfrentamento da doença. General da reserva, Pazuello vai concorrer ao cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro, segundo Bela Megale, O Globo.

De acordo com auditorias sobre o caso, os ex-dirigentes da pasta descumpriram a determinação da corte de contas para elaborar uma política nacional de testagem da Covid-19 que estabeleceria quantidade de testes a serem adquiridos, público-alvo, prazo para o atendimento, frequência dos exames a serem aplicados e os critérios para distribuição a Estados e municípios.

Além disso, Pazuello e sua equipe ignoraram a ordem para que fosse elaborado um plano de assistência farmacêutica na pandemia, com o objetivo de garantir e monitorar estoques de produtos de diagnóstico e tratamento da doença. Outros propósitos dessa medida eram os de manter uma reserva estratégica de medicamentos, além de rever e estabelecer uma logística de controle, distribuição e remanejamento dos materiais empregados no combate à Covid-19.

No relatório sobre o caso, os auditores do TCU afirmam que problemas como o desabastecimento de remédios e de oxigênio medicinal, a possível perda de testes e a explosão do número de casos da doença no país se deveram “em muito ao comportamento do Ministério da Saúde, que tem se esquivado de cumprir as determinações” do tribunal.

O inquérito civil foi instaurado no último dia 3 e ficará sob responsabilidade da procuradora da República Luciana Loureiro. O objetivo é apurar responsabilidades pelos fatos apontados pelo tribunal. Além de Pazuello, a apuração mira o ex-secretário-executivo Antônio Élcio Franco Filho, o ex-secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde Hélio Angotti Neto e o ex-secretário de Vigilância em Saúde Arnaldo Correia de Medeiros.

O TCU, em paralelo ao inquérito, já toca processos para apurar supostas irregularidades dos gestores ao não implementarem medidas de comunicação efetivas para o combate à pandemia e se omitirem quanto às políticas de testagem e de assistência farmacêutica.

O MPF em Brasília também abriu outro inquérito civil para averiguar a responsabilidade de servidores da Saúde por falhas na administração de estoques para exames de Covid-19. A pasta tinha mais de 7 milhões de testes, mas só não os deixou vencer nos depósitos porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou as datas de validade em quatro meses. O TCU aponta que, no auge da pandemia, houve notícia de que o governo tentou doar parte do material ao Haiti, que o recusou.

Em abril do ano passado, por meio de medida cautelar, a corte determinou que a pasta desse imediata destinação aos kits de diagnóstico que estavam prestes a vencer e concedeu 15 dias para que as providências tomadas fossem informadas. Naquela ocasião, ao menos 3 milhões de testes aguardavam vazão.

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Curiosidades

Pizzaria do sabor “paunomito” e das “quartas da rachadinha” é investigada pelo MPF

A pizzaria “Autêntica Pizza da Lambreta”, em João Pessoa, capital da Paraíba, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por uma ação publicitária que pretendia engajar os jovens a tirar o título de eleitor.

O restaurante ficou conhecido pelo sabor de pizza “paunomito”, em referência ao apelido que os apoiadores do presidente deram a Jair Bolsonaro (PL), mas as alusões políticas são várias: a “quarta da rachadinha”, por exemplo, é o único dia da semana em que são vendidas pizzas meio a meio.

Também já esteve no cardápio, de brincadeira, a pizza “patriota”, uma massa de mentira que seria feita de madeira extraída ilegalmente na Amazônia, farinha do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e molho de tomate com agrotóxicos liberados pelo governo.

Na ação publicitária que se tornou alvo do Ministério Público, a Autêntica garantia uma pizza para quem apresentasse o cadastro na Justiça Eleitoral, mas o restaurante também dizia que os participantes deveriam ser “Fora Bolsonaro”.

De acordo com o dono da pizzaria, o empresário Thiago Ferreira, a descoberta sobre a investigação veio através de notícias publicadas na internet.

— Na arte da divulgação online, tinha uma estrela por trás do texto, que alegaram ser a estrela do PT e que isso seria uma forma de direcionar votos para o Lula — explicou. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), o caso está em análise na Vice-Procuradoria Geral Eleitoral.

De acordo com o Congresso em Foco, a investigação estava sob a guarda da procuradora Acácia Suassuna, que levou a questão à PGR, em Brasília, por envolver o presidente Jair Bolsonaro (PL), o principal adversário de Lula nas eleições de 2022.

Nas redes sociais, as reações às investigações foram várias. Por um lado, muita gente dizia que viraria freguês da pizzaria, enquanto outras pessoas já propunham sabores como ‘Lula na cana”. Um post que dizia que o restaurante estava sendo investigado pelo sabor “Paunomito” alcançou mais de 100 mil curtidas, mas a informação foi desmentida por Thiago.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSDB) foi uma das internautas mais influentes a comentar a publicação:

— O Ministério Público Federal está ocupadíssimo investigando um restaurante na Paraíba que vende pizza com o nome “PauNoMito”, feita com molho de tomate, muçarela artesanal, palmito, tomate cereja, cebola roxa, alho-poró e parmesão. Esse episódio lembra quando o Ministério da Justiça agiu contra um cidadão por causa de um outdoor que dizia que Bolsonaro “não vale um pequi ruído”. O MJ viu “crime contra a honra” do presidente — escreveu em seu perfil no Twitter.

Na mesma rede social, a pizza sabor “paunomito” também rendeu uma publicação de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente:

— Na hora do almoço eu gostaria de pedir algo que saciasse minha fome, aí me veem esses tipos além de dar duplo sentido numa frase, parecem destilar seu ódio sem a menor preocupação! Se a vontade for de outra coisa, o que é possível, sugiro mudar o desejo! Seja feliz! — disse o 02.

*Com O Globo

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Política

O mistério Teori Zavascki, segundo Dilma

MPF já tinha completado o inquérito sobre Cunha, com levantamento de propinas, de contas na Suíça. E Teori sentou em cima do inquérito.

Se perguntar à ex-presidente Dilma Rousseff qual foi o ato mais suspeito, no endosso do Supremo Tribunal Federal (STF) ao impeachment, ficaria surpreso com a resposta. Poderia ser Rosa Weber, votando a favor da prisão após julgamento em 2a instância mesmo sendo contrária. Ou Gilmar Mendes impedindo Lula de assumir a Casa Civil. Ou Luís Roberto Barroso comandando a prisão de Lula. Ou Luiz Fux pelo conjunto da obra. Ou Dias “Até tu Brutus” Toffoli.

Mas o enigma é Teori Zavascki. Em fins de 2015, o Ministério Público Federal já tinha completado o inquérito sobre Eduardo Cunha, com levantamento de propinas, de contas na Suíça. E Teori sentou em cima do inquérito até 15 dias após o impeachment. Só depois do crime político consumado, tirou o caso da gaveta.

Qual a razão desse atraso, essencial para a confirmação do impeachment? Quais foram os acordos que levaram Teori a arranhar a imagem de juiz sóbrio e técnico.

Em outro episódio – quando decidiu segurar arbitrariedades de Sérgio Moro -, Teori foi enganado por um blefe do juiz, que espalhou para jornais que sua decisão libertaria um traficante internacional. Mas e o caso Eduardo Cunha?

Seria conveniente que o filho de Teori trouxesse à tona os detalhes, a fim de preservar a imagem do pai.

*Com GGN

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Política

Estupro e morte de menina indígena: comunidade é queimada e moradores desaparecem misteriosamente

Denúncia é de Júnior Hekurari Yanomami, que sobrevoou a comunidade em Roraima onde o crime bárbaro dos garimpeiros teria sido cometido; PF e MPF investigam.

Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), denunciou nesta sexta-feira (29), em nota, que a comunidade onde a menina indígena de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros está totalmente vazia e foi incendiada.

Foi Hekuari quem expôs, na última terça-feira (26), que a adolescente yanomami da Terra Indígena da comunidade de Aracaçá, região de Waikás, em Roraima, faleceu após ser violentada sexualmente por garimpeiros. Ele também havia denunciado o sequestro, também por parte de garimpeiros, de uma mulher indígena e seu filho de três anos, que foi atirado em um rio e segue desaparecido.

“No sobrevoo vimos que a comunidade estava queimada. Segundo relatos, viviam lá, cerca de 24 yanomamis, mas não havia ninguém. Em todos meus 35 anos, nunca vi isso. Um Yanomami não abandona sua casa, a menos que seja uma situação muito grave. Quem queimou? Por que queimou? Para onde eles foram?”, questionou Júnior Hekurari em entrevista ao Mídia Ninja.

Segundo o líder indígena, alguns yanomamis que ainda estão na região teriam sido cooptados por garimpeiros e, por isso, estariam divulgando informações falsas para atrapalhar as investigações. Ele informa, ainda, que alguns dos indígenas receberam ouro dos garimpeiros para manter o silêncio.

“Vou chamar antropólogos para nos ajudarem a entender o que pode ter acontecido, acionar a Hutukara [entidade mais representativa do povo Yanomami] e mostrar um lugar em que acho que o corpo foi queimado naquele loca. Os moradores da comunidade podem estar escondidos na mata. Precisamos procurar essas pessoas”, disse ainda o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena.

Investigações continuam

Em nota conjunta divulgada na quinta-feira (28), a Polícia Federal, Funai e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), informaram que “após extensas diligências e levantamentos de informações com indígenas da comunidade não foi encontrado indício óbito por afogamento” e nem do estupro e morte da adolescente. Os órgãos, entretanto, ressaltaram que vão prosseguir com as investigações.

*Com Forum

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Política

MPF pede condenação de Aécio Neves por R$ 2 milhões recebidos da J&F

Defesa do senador afirma que valor foi um empréstimo. Dinheiro foi levado em espécie de SP a MG. Aécio é o mesmo que, quando perdeu a eleição para Dilma, disse: “perdi para uma quadrilha”.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação e a perda do mandato do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) no processo em que o tucano é acusado de receber R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista. O dinheiro foi entregue em espécie, em quatro vezes, em 2017, e transportado em malas de São Paulo até Minas Gerais. Na época, Aécio Neves era senador. O pedido faz parte das alegações finais, última etapa antes do julgamento, informa O Globo.

Em delação premiada, Joesley Batista e o ex-diretor da J&F Ricardo Saud confirmaram o pagamento de propina. O pedido teria sido feito inicialmente pela irmã do senador e, numa gravação feita pelo empresário, durante o encontro, o parlamentar combina a entrega das parcelas a seu primo Frederico de Medeiros.

O deputado afirma que os R$ 2 milhões não eram propina, mas um empréstimo que pediu ao empresário. Ele não esclareceu, segundo o MPF, porque o valor foi entregue em espécie e não por transferência bancária. Para o MPF, o deputado cometeu o crime de corrupção passiva e recebeu vantagem indevida. Os procuradores afirmam que não é necessário um ato funcional do então senador a favor da empresa para que seja comprovado o crime. O Supremo Tribunal Federa, que recebeu a denúncia, afirmou na época que bastava “uma vinculação causal entre as vantagens indevidas e as atribuições do funcionário público, passando este a atuar não mais em prol do interesse público, mas em favor de seus interesses pessoais”.

A defesa do deputado afirmou, em nota, que o MPF reconheceu equívocos nas acusações originais, que incluíam obstrução de Justiça, mas “surpreendentemente ignorou o fato de que os próprios delatores, quando ouvidos em juízo, afastaram qualquer ilicitude envolvendo o empréstimo feito ao deputado. Na época, o sócio da J&F afirmou que não houve qualquer contrapartida do parlamentar, dizem os advogados.

“As provas deixaram clara a inexistência de qualquer crime e a defesa aguarda, com tranquilidade, a apreciação pelo Poder Judiciário”, diz a nota.

Para o MPF, porém, a intenção do presidente da J&F era “comprar boas relações” com o então senador e contar com ele como aliado político. O procurador da República Rodrigo de Grandis, autor das alegações finais, afirma que ainda que não seja possível indicar favores que o empresário recebeu em troca houve “mercantilização da função de senador da República” e “inversão do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado”.

“O que se incrimina é uma espécie de simbiose nefasta entre o público e o privado que dispensa a ocorrência de qualquer contrapartida por parte do agente público, sendo suficiente a mera potencialidade do ato funcional”.

Além da perda do cargo, o procurador pediu que os R$ 2 milhões sejam devolvidos e que sejam pagos R$ 4 milhões a título de reparação dos danos morais.

A acusação foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2018 e depois remetidas à primeira instância da Justiça Federal devido ao fim do mandato de Aécio Neves como senador.

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Política

MPF pede apuração contra presidente da Fundação Palmares, que chamou Moïse de “vagabundo”

Após o presidente da Fundação Palmares chamar o congolês Moïse Kabamgale de “vagabundo” e afirmar que seu assassinato “nada teve a ver” com “a cor da pele”, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma nota de repúdio e pediu a abertura de procedimentos contra ele, informa o GGN.

Sérgio Camargo fez declarações repudiantes, como descreveu o órgão do MPF, na semana passada. Em suas redes sociais, assim descreveu o espancamento do congolês Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro:

“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava.”

 

Imediatamente após a publicação de Sergio Camargo, que já protagonizou outros episódios de racismo e foi nomeado para a Fundação Palmares por Jair Bolsonaro, a OAB iniciou uma análise para abrir processos contra ele.

Nesta terça (15), foi a vez da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (MPF) manifestar repúdio.

“Causa espécie o fato de que, antes mesmo de qualquer conclusão dos órgãos responsáveis a respeito da motivação que levou ao crime em questão, uma autoridade pública nacional afirme categoricamente, sem qualquer embasamento, que o racismo não teve qualquer relação com o fato.”

Na nota, o procurador federal Carlos Alberto Vilhena encaminha o ofício à Procuradoria do Distrito Federal, para possível abertura de procedimentos e apuração.

“As recentes declarações do Presidente da Fundação Cultural Palmares merecem exame mais acurado, especialmente por tratarem de fato amplamente conhecido e por terem sido as ofensas proferidas por meio que facilitou a divulgação dos gravames.”

Vilhena afirmou ser necessário adotar medidas nas esferas civil, criminal e administrativa pelas falas do presidente da Fundação Palmares, instituto do qual compete justamente a “preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra”, descreveu.

“Importante igualmente destacar que a conduta pública do Presidente da Fundação Palmares posiciona-se em frontal contrariedade com as finalidades específicas previstas em lei para essa entidade.”

Com base nisso, o procurador pede a abertura de investigação sobre possível crime de racismo e ofensa à Moïse Kabagambe.

“Todos esses dicursos odiosos e ressentidos fazem parecer que a última intenção do Presidente da Fundação Palmares seja concretizar os objetivos legalmente impostos à entidade, resultando na necessidade de apuração da questão também sob o ponto de vista administrativo”, conclui.

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Política Uncategorized

Empresa que atrasou entrega de vacinas foi denunciada por esquema de propina

A Intermodal Brasil Logística (IBL), empresa contratada pelo Ministério da Saúde para transportar as vacinas pediátricas contra a Covid-19 da Pfizer, já foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento em um esquema de propinas na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O Metrópoles teve acesso à íntegra do processo.

O suposto suborno dado a servidores da superintendência teria como objetivo agilizar o processo das apresentações de mercadorias na Zona Franca de Manaus e obter as chancelas sem as devidas vistorias. Com isso, a companhia seria beneficiada com incentivos fiscais.

A denúncia feita pelo MPF contra a IBL e outras duas empresas, por improbidade administrativa, foi apresentada em junho de 2016 pelo procurador Alexandre Jabur – que também fez parte da finada força-tarefa da Lava Jato –, mas ainda não foi aceita pela Justiça.

Os crimes teriam ocorrido em meados de 2007, quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Rio Nilo. Trinta e uma pessoas foram denunciadas pelo MPF. Entre os acusados, estão o atual presidente da IBL Logística, Jonatas Spina Borlenghi, e o então gerente da empresa em Manaus, Neil da Silva Araújo, que admitiu o envolvimento da companhia no esquema.

Em março de 2015, a juíza Ana Paula Serizawa Silva Podedworny, da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, condenou 30 réus por estelionato, formação de quadrilha, corrupção e falsidade ideológica. Nesse caso, Borlenghi foi o único absolvido, por falta de provas.

No ano seguinte, o MPF propôs a ação de improbidade administrativa contra as empresas.

Hoje, a IBL Logística tem apresentado problemas na entrega do imunizante para o público infantil. A vacinação contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) para crianças de 5 a 11 anos começou no último dia 14 no país. Levantamento feito pelo Metrópoles apontou que ao menos 11 estados e o Distrito Federal relataram atrasos na chegada das primeiras doses da vacina pediátrica.

Os contratos entre a IBL e o Ministério da Saúde foram firmados em dezembro do ano passado, no valor de R$ 62,224 milhões, com dispensa de licitação. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para investigar a contratação da companhia.

A Folha de S. Paulo revelou, no último domingo (16/1), que a IBL não tem experiência com vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Esquema Homero

As investigações do Ministério Público apontaram a existência de uma organização criminosa na área de integração de mercadorias na Zona Franca de Manaus. Empresários de São Paulo simulavam a remessa de mercadorias para obter isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por outro lado, os vistoriadores da Suframa facilitavam o ingresso de produtos, sem a devida conferência, “sequer da documentação necessária”, como narra a denúncia.

A ação foi apelidada pelos investigadores de esquema Homero, por ter como principal articulador o vistoriador Homero Cordeiro Tavares, que era na época um servidor antigo da Suframa. Ele coordenava a arrecadação da propina e sua distribuição aos demais integrantes do esquema, o que demonstrava uma organização hierarquizada, com divisão de tarefas e ações permanentes, segundo a acusação.

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Moro perde mais uma pra Lula: Justiça arquiva caso que liga Lulinha a supostos repasses ilegais da Oi

Juíza endossa parecer do MPF, que apontou falta de ‘elementos indiciários de prática criminosa’.

A Justiça Federal da 3ª Região arquivou nesta segunda-feira (17) o inquérito que investigava o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, por supostos repasses ilegais da Oi às empresas do grupo Gamecorp, informa Mônica Bergamo, Folha. ​

A decisão ocorre após o MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo pedir o arquivamento do caso, ainda em dezembro do ano passado. Na ocasião, o órgão afirmou que as apurações careciam “de elementos indiciários de prática criminosa” e citou o reconhecimento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

Na decisão desta segunda, a juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo, endossa o parecer do MPF.

Ela cita quebras de sigilo fiscal, bancário, de dados e telemático encabeçadas pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, além de medidas de busca e apreensão, para em seguida dizer que as provas não são válidas. A decisão também considera a anulação, pelo Supremo, de atos do ex-juiz Sergio Moro.

​”Vê-se que os elementos obtidos através das duas medidas de quebra relacionadas na portaria de instauração não podem ser utilizados como prova, pelo reconhecimento da nulidade dos procedimentos que forneceram evidências para a decretação das medidas, impondo-se o reconhecimento de sua ilicitude e desentranhamento dos autos”, afirma Rodrigues.

“O próprio MPF afirma que, com a exclusão dessas provas ilícitas, não remanescem elementos indiciários de prática criminosa a justificar o prosseguimento das investigações, o que impõe o arquivamento dos autos”, segue a magistrada.

A decisão pelo arquivamento é comemorada pelo criminalista Fábio Tofic Simantob, que representa Lulinha na ação junto aos advogados Mariana Ortiz e Marco Aurélio de Carvalho.

“As ilegalidades no processo já haviam sido fulminadas pelo pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público Federal e foram agora sepultadas por decisão muito bem fundamentada da juíza”, afirma Tofic Simantob.

Deflagrada em dezembro de 2019, a Operação Mapa da Mina teve como alvo o suposto pagamento de despesas da família do ex-presidente Lula com recursos das empresas de telefonia Oi e Vivo.

A Polícia Federal suspeita que o dinheiro tenha sido repassado por meio das empresas de Jonas Suassuna, dono do Grupo Gol (que atua nas áreas editorial e de tecnologia e não tem relação com a companhia aérea de mesmo nome). Ele foi sócio de Fábio Luís em diversas empresas.

As investigações foram conduzidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Ela apontava que parte do dinheiro do esquema foi usado para comprar o sítio de Atibaia frequentado pelo ex-presidente —ele representava, contudo, apenas 1% do total dos repasses suspeitos.

Segundo as apurações, foram transferidos R$ 132 milhões pela Oi e R$ 40 milhões pela Vivo a empresas de Fábio Luís e de Suassuna, de 2004 a 2016.

Em outubro do ano passado, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) acatou recurso apresentado pela defesa de Lulinha e determinou que Justiça Federal de São Paulo julgasse o caso. A investigação estava parada havia mais de um ano enquanto aguardava a definição.

O TRF-4 decidiu em março do ano passado que não havia nenhuma relação do caso com os desvios da Petrobras —requisito para a manutenção dos casos em Curitiba.

O tribunal determinou o envio o caso para a Justiça Federal de São Paulo, sede da Gamecorp, empresa em que Fábio Luís e Jonas Suassuna foram sócios.

Sorteada para acompanhar a investigação, a juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª Vara Federal de São Paulo, decidiu em dezembro que a investigação deveria ocorrer no Rio de Janeiro, sede da Oi.

Tanto a defesa de Fábio Luís como o Ministério Público Federal recorreram da decisão.

À época da operação, a defesa de Lulinha disse que havia perseguição por parte dos investigadores. Os advogados afirmaram também que a vida do filho do presidente fora devassada por “anos a fio e nenhuma irregularidade fosse encontrada”.

A defesa de Jonas Suassuna disse que o nome dele é vinculado a suspeitas devido apenas ao depoimento de um ex-funcionário que tenta represália.

O ex-presidente Lula também negou qualquer envolvimento no caso. Ele afirmou na ocasião que a operação era uma “demonstração pirotécnica de procuradores viciados em holofotes”, em referência à força-tarefa do MPF de Curitiba.

O petista disse também que o Ministério Público Federal recorreu a “malabarismos” para atingi-lo, perseguindo sua família.

A Oi disse, em nota, que “colabora de forma transparente com as investigações de autoridades competentes, prestando todos os esclarecimentos necessários, tanto na esfera administrativa como na judicial”.

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MPF no RJ pede afastamento de presidenta do Iphan após Bolsonaro confessar interferência em favor da Havan

O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, pediu à Justiça o afastamento imediato – em caráter liminar – da presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, informa Carta Capital.

A solicitação do MPF-RJ ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar ter demitido funcionários do Iphan após o órgão interditar uma obra da Havan, empresa que pertence ao bolsonarista Luciano Hang.

“Tomei conhecimento de que uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma obra e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra”, relatou o ex-capitão em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. “Liguei para o ministro da pasta e ‘que trem é esse’? Porque não sou inteligente como meus ministros. O que é Iphan? Explicaram para mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá.”

Segundo o MPF, não há dúvida razoável sobre o desvio de finalidade na nomeação e na posse da atual presidenta do Iphan.

“No caso em julgamento, sequer buscaram os agentes do ato ocultar a verdadeira motivação na nomeação e posse da ré Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, qual seja, a de ‘não dar mais dor de cabeça’ para o Presidente da República e seu círculo de ‘pessoas conhecidas'”, avalia o órgão.

O caso tramitará na 28ª Vara Cível da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.

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MPF pede a justiça que governo pague R$ 62,5 bi a famílias de vítimas da Covid

Ministério Público Federal pediu à Justiça que a União seja condenada a reparar as perdas das famílias e vítimas da Covid-19.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça, nesta quarta-feira (15/12), ação civil pública para que o governo federal seja condenado a reparar as perdas das famílias e vítimas da Covid-19. O órgão pede indenização por danos morais e materiais, informa o Metrópoles.

Na ação, os procuradores solicitam que as famílias dos mortos sejam indenizadas em, pelo menos, R$ 100 mil, e as famílias de sobreviventes com sequelas graves ou persistentes, em R$ 50 mil. Além dessa indenização, R$ 1 bilhão deve ser revertido ao Fundo Federal dos Direitos Difusos, para ser aplicado em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico.

O órgão também pede a declaração expressa de desculpas do governo brasileiro às famílias das vítimas. Para os procuradores, os gestores federais agiram de forma omissa e injustificada na aquisição tempestiva de vacinas e na realização de campanhas informativas e educacionais. Além disso, também apontam omissão da União ao coordenar o combate à pandemia.

Até essa terça-feira (14/12), 616.970 brasileiros morreram em decorrência da Covid-19. Além disso, 22,204 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

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