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Bolsonaro foi ao STF a procura de um sócio para o fracasso de seu governo

O que a mídia não comenta e nem vai comentar é que, desde a derrota de Aécio para Dilma em 2014, a direita arrastou o país para um caminho trágico e, com o avanço dela, o caminho ficou sem volta.

A direita fez um cerco covarde ao primeiro ano do segundo mandato de Dilma, exatamente como Aécio queria, não deixá-la governar. E assim foi feito, num combinado entre Aécio, representando os tucanos, Cunha representando o Centrão, e Temer, o sabotador do MDB.

Três corruptos unidos que, juntos com o juiz corrupto Moro, conseguiram o que queriam, derrubar Dilma, construindo uma crise artificial para tombar o seu governo.

Temer assumiu e mergulhou o país numa tragédia. A justificativa é que ele, não sendo eleito, não tinha como cumprir com exatidão a agenda neoliberal do PSDB acordada por ele com os tucanos para dar o golpe em Dilma. O corrupto Temer saiu de seu governo fracassado com um dos maiores índices de rejeição da história, empatando com gente do calibre de Figueiredo, Collor e Fernando Henrique Cardoso. Ou seja, o vampiro era um portento em matéria de governo fracassado.

Mas, no primeiro ano do governo Bolsonaro, depois das reformas trabalhista e da Previdência, Bolsonaro, em parceria com Guedes, conseguiu o que, para muitos era praticamente impossível, apresentar um resultado econômico mais trágico do que o de Temer, depois de prometerem crescimento do PIB de 3,5%, o que, na realidade, revelou-se, mesmo com várias manobras contábeis, o mísero 1%, na teoria, porque, na prática, os brasileiros sentiram que o PIB teve uma queda muitíssimo maior. Essa observação é feita com base no fato de que, bem antes da pandemia, o governo Bolsonaro já era tido, como um fracasso econômico tanto pelo mercado quanto pela população.

Bolsonaro criou uma legião incontável de trabalhadores precarizados, vivendo de bicos, superando e muito o número de trabalhadores regulares com carteira assinada, o  que significa uma economia interna completamente depauperada. Ou seja, rigorosamente o oposto do que se viu nos 12 anos dos governos Lula e Dilma quando o país saiu da 14ª posição das maiores economias globais e passou a ocupar a 6ª, isso somado ao maior poder de compra do salário mínimo da história com o país vivendo o pleno emprego.

Assim, o que se diz aqui não é o que se acha, mas verdadeiramente o que ocorreu e que ocorre agora com Bolsonaro, uma comparação nua e crua das eras Lula e Dilma com as eras Temer e Bolsonaro, para se ter uma noção de como o golpe, comandado pelo PSDB, jogou o Brasil no inferno.

Aqui não se quer comparar a maneira como os pobres eram tratados nos governos do PT e como agora são tratados por um governo declaradamente antipobre e antipreto que é Bolsonaro. Mas sabem como é né, como disse Regina Duarte, a eterna namoradinha dos tucanos. Bolsonaro é isso que eu tenho, ou seja, essa merda, fazer o quê?

E foi esse mesmo Bolsonaro que, em 16 meses de governo, com o apoio de um gado lunático, segue escancarando que ele não tem a mínima ideia de como governar o país.

Nesta quinta-feira (07) ele deu a mostra mais clara disso. Procurado por empresário para saber se o governo tem algum plano para o pós-pandemia, Bolsonaro, sem saber o que responder, porque é um idiota completo, ligou para Toffoli marcando um encontro de estalão e seguiu midiaticamente com uma tropa para o STF. Sentou-se ao lado de Toffoli, tendo do outro lado o inútil e pífio ministro-chefe da Casa Civil, o general Braga Neto, que atua efetivamente como office boy de Carluxo e cobrou do presidente do STF uma solução econômica para o país.

Se fosse mais corajoso, Toffoli daria uma gargalhada, espinafrando com o genocida, dizendo a ele, você veio aqui para que o Supremo Tribunal Federal dê solução nas merdas econômicas que o Guedes fez jogando o país no buraco cada vez mais fundo? Aqui não é lugar disso, saia com sua comitiva de bugigangueiros e ministros inúteis e entre na primeira quitanda em que o dono vai tirar o lápis de trás da orelha e puxar um pedaço de papel de embrulhar pregos e vai te dizer com muito mais propriedade e profundidade que Guedes, como se administra a economia de um país. E terminaria com um conselho futebolístico mais metafórico que os de Lula: Bolsonaro, pede para cagar e vai embora. Simples assim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por que o Datafolha não faz pergunta objetiva sobre a Lava Jato? Porque o resultado seria desastroso para Moro, Dallagnol e cia.

Datafolha anuncia que 81% dos brasileiros acham que a Lava Jato deve continuar.

Isso logicamente foi estampado nas páginas dos procuradores da Força-tarefa de Curitiba porque é genérico, é o mesmo que perguntar se o Brasil deve combater a corrupção.

Sim, esse foi o discurso da Lava Jato na mídia e da própria mídia, de que o problema no Brasil é a corrupção e não a desigualdade, o rentismo, sonegação, super lucro dos empresários, exploração da mão de obra e a agiotagem dos bancos, etc, etc.

Por que as perguntas não são feitas sobre as questões concretas, por exemplo, das promessas que eles fizeram manipuladoras que a falta de investimento na educação e na saúde estavam relacionadas à corrupção e não a prioridade política no país? O que cria uma ilusão nas pessoas de que a Lava Jato, em seu “combate à corrupção” puniria os poderosos e traria benefícios aos pobres e mais investimentos, sobretudo na saúde e educação públicas.

Em muitas entrevistas, Dallagnol e outros picaretas da Lava Jato faziam aquela conta primária de quantos hospitais e escolas daria para fazer com determinado montante desviado da Petrobras ou de algo associado à empresa. Ou seja, trabalharam na trivialidade, mas hoje não querem trazer os resultados concretos disso, pois não teve benefício nenhum para a saúde dos pobres, ao contrário, o que se assiste é ao caos na saúde pública e preços dos medicamentos, assim como na educação e saneamento básico que tiveram os investimentos frontalmente mutilados pela PEC do fim do mundo de Temer. Sem falar que o Brasil voltou ao mapa da fome, assim como a mortalidade infantil em decorrência da miséria.

Que Temer? O mesmo que, junto com a escória golpista da qual a Lava Jato foi ponta de lança, assumiu a Presidência no lugar de uma mulher honrada como Dilma.

Não é preciso alongar muito para se constatar os resultados concretos do desastre para a população mais pobre dos cinco anos da Lava Jato e o ganho monumental que os poderosos de verdade tiveram na bolsa e em outras formas de especulação.

As perguntas seriam simples, mas objetivas para a população como, por exemplo: a Lava Jato mudou o atendimento médico na saúde pública, melhorando a assistência? Os remédios ficaram mais baratos? A educação melhorou, teve mais investimento depois da Lava Jato? O Brasil teve mais oferta de empregos? O Brasil exportou mais mão de obra qualificada depois da Lava Jato? O setor de serviços do Brasil passou a ter mais espaço no mundo? Seu trabalho foi mais valorizado com aumento de salário? Aumentou o poder de compra do brasileiro? Tem mais comida na mesa das famílias depois da Lava Jato? O brasileiro pôde comprar um terreno, uma casa, um automóvel melhor depois da Lava Jato? O brasileiro passou a comer mais carne bovina ou qualquer outra proteína animal depois da Lava Jato? Os jovens pobres tiveram mais acesso às universidades públicas? O preço do transporte coletivo ficou mais barato? Reduziram ou zeraram as dívidas pessoais dos brasileiros? O Brasil tem mais ou menos grandes empresas depois da Lava Jato? Os preços dos alimentos baixaram?

Grosso modo, essas deveriam ser as perguntas comuns aos brasileiros. Mas por que o Datafolha não faz essas perguntas referentes à Lava Jato? Porque sabe de antemão o resultado. Em todas as perguntas acima citadas, a Lava Jato teria 100% de reprovação e revelaria que não só o “combate à corrupção” é uma quimera diante dos reais problemas brasileiros, como a Lava Jato é uma gigantesca mentira diante do que sofre diariamente o povo brasileiro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bico, o bezerro de ouro do “empreendedorismo” que se transformou na tragédia nacional

Como é comum nos terceiro e quarto setores, as palavras ganham contornos alegóricos para fingir que elas não são o que realmente são. Assim, o bico ganha o glacê na nomenclatura e se transforma em empreendedorismo e todo o desastre que isso representa na vida das pessoas é jogado para os debates laterais. Aliás, o empreendedorismo cultural que, tempos atrás, já esteve muito em moda, traz um fato curioso, seus apologistas não vivem de empreendedorismo cultural, mas de palestras sobre o assunto.

É o charlatanismo do charlatanismo em que o sujeito dá aula daquilo que nunca viveu para dar testemunhos furados de algo sobre o qual não tem a menor ideia do que seja na vida real.

Assim é a vida de milhões de brasileiros vivendo em um país que se transformou na capital mundial dos ambulantes. Passamos o dia ouvindo as buzinas do carro do queijo, do pão, do ovo, da verdura, sem falar da multiplicação de cartões de visitas empilhados na caixa do correio com ofertas de serviços de encanador, eletricista, marceneiro, etc.

Esse país dos sacoleiros, que há poucos anos, a população nos governos de Lula e Dilma viveu o pleno emprego, com poder de compra, ocorre um fato curioso, tomados pelo fascínio do neoliberalismo por uma ideologia quase que religiosa, o empresariado brasileiro, no afã de não lucrar sobre o seu produto, mas sobre o seu empregado, acha uma maravilha ver seu consumidor precarizado, perdendo poder de compra, fechando a possibilidade de contar com crédito para consumir, e por aí vai. É o cachorro mordendo o próprio rabo.

O que se pode afirmar, sem medo de errar, é que, buscando uma régua que dê uma medida do nível intelectual do empresariado brasileiro, ele ostentará, sem dúvida, um troféu de burro motivado, pois não há no Brasil raciocínio mais ilógico do que o dessa gente.

Isso sem falar no pior, que é a vida de quem vive de bico, de como dorme e acorda sem saber se ele ou ela e sua família terão o que comer no almoço, já que não tem garantia de nada, depende da própria pessoa e de uma ação que lhe dê um retorno financeiro imediato para que, se trabalhar com venda, separe um dinheiro para realimentar o fundo do seu investimento e, dali, tirar a migalha que possibilitará a compra do seu alimento e de sua família.

Essa é a realidade nua e crua de quem vive do bico. E é esse conceito débil de economia que os neoliberais oferecem para fazer a economia bombar e acentuam isso na boca de Bolsonaro quando este arrota que, ou emprego ou direitos, sem reticências, como se a luz da economia pujante fosse a desregulamentação de qualquer lógica minimamente civilizada no mundo do trabalho.

Na verdade, o que assistimos é ao empobrecimento do país e o mesmo receituário da era FHC, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos e, lógico, não implantou as medidas que Temer e, agora, Bolsonaro implantaram, porque não teve tempo para fazê-lo.

Mas o PSDB fez questão de participar da história desse desastre votando, de forma incondicional, a favor de todas as medidas que detonaram direitos e seguridades mínimas aos trabalhadores brasileiros.

Sobre os resultados disso na vida das pessoas, na verdade, um drama nacional, a receita de sempre, um silencioso cinismo que transfere para o precarizado a responsabilidade de sua precarização. Ou seja, cada pobre é juiz de si mesmo, o que eles nunca contam é que essa visão pândega é inatingível para aqueles que renunciaram da civilidade deixando-se levar pela ganância que coroaria, de forma permanente, seus lucros, sem ao menos desconfiar que, na outra ponta desse processo, aparentemente oposto ao dos degradados, estão aqueles que aplaudiram essa cadeia de degradação e que vão lamentar muito a falência de seus negócios.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas