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Polícia Federal deve abrir nova investigação para apurar relação de Bolsonaro com regime saudita e possível crime de corrupção

A Polícia Federal deve abrir uma nova investigação que tem como foco a relação entre Jair Bolsonaro, o regime da Arábia Saudita e o possível crime de corrupção.

Segundo Bela Megale, O Globo, as investigadores já receberam dados sobre o terceiro pacote de joias entregue a Jair Bolsonaro em 2019 pelo regime saudita assim como toda sua lista de presentes. A informação sobre o novo conjunto de presentes foi revelada pelo jornal “Estadão”. O foco da PF em uma nova investigação seria o que motivou a entrega de presentes de valores tão elevados ao ex-presidente pela Arábia Saudita, quando ainda ocupava o Palácio do Planalto.

Na semana passada, Jair Bolsonaro entregou, por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), outro conjunto com relógio avaliado em cerca de R$ 1 milhão. O ex-presidente tentou reaver também um conjunto de R$ 16,5 milhões, com colar, brincos e outras peças de diamantes que foi retido pela Receita Federal. Na ocasião, os presentes foram trazidos, de maneira ilegal pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque, ao retornar de uma viagem à Arábia Saudita.

Hoje a PF já apura a entrada ilegal desses itens e a tentativa de Bolsonaro de reaver o jogo de diamantes. Como informou a coluna, o ex-presidente deve ser indiciado por peculato. Delegados da corporação avaliam, porém, que é necessária a instauração de uma nova investigação para focar no possível crime de corrupção sobre a relação do ex-presidente com o regime saudita. Esse inquérito só deve ser instaurado após a conclusão do primeiro.

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Política

O passo a passo do governo Bolsonaro para trazer joias ilegalmente para Michelle

A entrada das joias no Brasil foi impedida pela Receita Federal, conforme determina a legislação brasileira. Objetos seriam presente.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ao Brasil, ilegalmente, joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões. As peças seriam um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro. Apesar das quatro tentativas de resgatar as peças, os itens continuam com a Receita Federal.

O caso ocorreu em 2021 e foi revelado na sexta-feira (3/3) pelo jornal O Estado de S. Paulo. A entrada das joias no Brasil foi impedida pela Receita Federal, conforme determina a legislação brasileira.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o caso será investigado pela Polícia Federal.

  • Quem presenteou Michelle Bolsonaro?

As joias teriam sido presente de Mohammed bin Saman, príncipe da Arábia Saudita. Em outubro de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ambos se tratavam como “irmãos”.

  • Como as joias foram trazidas até o Brasil?

Os objetos — um conjunto de anel, colar, relógio e brincos de diamante — foram trazidos após uma viagem de comitiva brasileira ao Oriente Médio. O grupo desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e foram encontradas na bagagem de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

  • Por que as joias foram retidas pela Receita Federal?

No Brasil, a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado à Receita Federal. Nesses casos, é necessário pagar um imposto equivalente a 50% do valor do produto. O agente do órgão reteve os diamantes após identificá-los na mochila do assessor pelo aparelho de raio-x.

  • Onde as joias estão?

Os objetos seguem retidos com a Receita Federal. O governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia; Minas e Energia; e Relações Exteriores.

Em uma quarta movimentação para reaver os objetos, realizada a três dias de Bolsonaro deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar a Guarulhos. O homem teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

Bolsonaro também entrou em campo e chegou a enviar ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

  • O que dizem os envolvidos?

Por meio de suas redes sociais a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (foto em destaque) ironizou a reportagem de O Estado de S. Paulo.

No Instagram, Michelle escreveu: “Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa (sic) vexatória.”

Ao Estado de S. Paulo, Bento Albuquerque confirmou que as joias eram para Michelle, mas disse que não sabia o conteúdo dos estojos na época em que o caso ocorreu.

  • O que acontece agora com as peças?

De acordo com o Estadão, as joias estavam prestes a serem incluídas em um leilão da Receita Federal de itens apreendidos por sonegação de impostos. Essa decisão foi suspensa, entretanto, porque o colar, os brincos, o relógio e o anel passaram a ser enquadrados como prova de crime. O ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu no Twitter que o caso pode configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro. “Os fatos relativos a joias serão levados ao conhecimento oficial da Polícia Federal para providências legais. Ofício seguirá na segunda-feira”, disse.

*Com Metrópoles

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Justiça

Moraes manda prender Oswaldo Eustáquio e sócio de canal bolsonarista; PF procura dupla

Polícia Federal ainda não localizou alvos; dupla tem feito manifestações golpistas.

Segundo a Folha, ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão dos influencers bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, ligado ao canal Hipócritas no YouTube.

Apoiadores do ainda presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois têm participado e incentivado as manifestações recentes que pedem um golpe militar contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Eustáquio chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2020, por determinação de uma ordem de Moraes nos autos do inquérito dos atos antidemocráticos ocorridos naquele ano.

A decisão de Moraes é da semana passada e, desde então, a PF procura a dupla.

De acordo com informações apuradas pela reportagem, Eustáquio tem descumprido as condições impostas para sua liberdade.

Eustáquio afirmou em vídeo publicado na última semana que havia protocolado uma denúncia contra Alexandre de Moraes na Corte IDH (Interamericana dos Direitos Humanos).

Segundo a versão do bolsonarista, o ministro estaria usando a máquina do Estado em benefício próprio. No vídeo, ele aparece em um avião e diz que está indo “cumprir a missão mais importante de sua vida”.

À época, procurado pela Folha citou que se tratava da denúncia à Corte IDH.

Já no caso de Bismark, a prisão é pelo que tem feito ostensivamente em favor dos atos golpistas.

Após a derrota do mandatário nas urnas, bolsonaristas promoveram bloqueios de estradas em todas as regiões do país e fizeram peregrinação a unidades das Forças Armadas.

Em Brasília, eles permanecem acampados em frente ao QG do Exército. Nas últimas semanas, têm realizado atos em outros pontos da capital do país.

Os apoiadores do atual presidente acompanharam, por exemplo, uma audiência em uma comissão do Senado na qual fizeram ataques ao processo eleitoral e ao Supremo. Eles pediram a prisão ou impeachment de Moraes —Eustáquio e Bismark participaram do evento.

“A gente está junto com o povo na rua há mais de 30 dias. Há 30 dias, junto com o povo. Eu saí de Itajaí, Santa Catarina, e estou aqui em Brasília, desde o dia 3. Tenho andado até com o Oswaldo Eustáquio, que também sofreu censura, hoje está na cadeira de rodas, até por consequência disso”, afirmou Bismark na audiência.

Ainda em sua fala, o bolsonarista afirmou que a “tirania do Judiciário” está com os dias contados no Brasil e fez uma ameaça sobre a posse de Lula. “O ladrão não sobe a rampa”, disse.

O influenciador digital também acompanhou o protesto que um grupo fez próximo ao hotel onde Lula está hospedado. Xingamentos contra o petista e contra ministros do STF foram proferidos.
Violência escala em atos antidemocráticos bolsonaristas pelo país

A escalada da violência nos atos antidemocráticos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público de Bolsonaro e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.

Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.

Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.

Um dos casos mais recentes de violência ocorreu na véspera de Natal, quando um homem foi preso suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível, em Brasília.

Outro caso aconteceu no dia 12 de dezembro. Horas após a diplomação de Lula, uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, contra um indígena bolsonarista acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília.

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PT decide que vai tirar segurança de Lula do GSI, reduzindo poder da pasta

Por desconfiança, petistas querem manter a todo momento presidente sob os cuidados da Polícia Federal.

De acordo com a Folha, o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança pessoal do presidente da República não ficará mais sob cuidados do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

A avaliação é de que a pasta foi aparelhada por aliados de Bolsonaro e que impõe risco à segurança do petista.

Após a posse, de forma inédita nos últimos anos, a Polícia Federal continuará fazendo proteção aproximada de Lula até uma reestruturação definitiva. A Folha apurou que o delegado federal Alexsander Castro Oliveira será o responsável pelo trabalho.

Hoje a prerrogativa da segurança presidencial como um todo é do GSI, que está sob o comando de Augusto Heleno, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL).

Por avaliar que a pasta está repleta de bolsonaristas descontentes com a eleição do petista, a equipe da PF com Lula tem centralizado a segurança do futuro mandatário e escanteou a equipe de Heleno de participar dos cuidados da posse.

Via de regra, uma vez empossado, o petista ficaria sob os cuidados do GSI até que o novo ministro e sua equipe assumam os cargos oficialmente.

Agora, o PT também definiu que o GSI não cuidará da segurança de Lula empossado, mesmo que por um dia. As nomeações na Esplanada dos Ministérios começam a sair no Diário Oficial da União no dia 1º de janeiro, e as posses acontecem no dia seguinte.

O plano do novo governo é fazer uma reestruturação logo no início do mandato. Segundo petistas, está em estudo a possibilidade de editar um decreto para oficializar a mudança. O texto seria publicado assim que Lula tomasse posse.

A PF será comandada por Andrei Augusto Passos Rodrigues. O delegado é desde o início da campanha o responsável pela segurança do petista.

Se antes houve resistência entre integrantes do gabinete de transição a respeito da mudança, hoje ela é consenso.

A proposta consta no relatório do grupo de inteligência, que também sugeriu a retirada da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) do GSI. Integrantes do governo eleito dizem, no entanto, que a parte da Abin não está madura e ficará para um segundo momento.

A equipe de Lula passou a falar de uma estrutura provisória de segurança, nas palavras do futuro ministro da Casa Civil e governador da Bahia, Rui Costa (PT).

“Nós teremos uma estrutura provisória que continuará dando segurança ao presidente até a reestruturação definitiva, que ele definirá qual é mais à frente”, disse Costa, na terça-feira (20), na chegada ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), local escolhido para a transição de governo.

Segundo o petista, o titular para o GSI já está definido, bem como “quase a totalidade” dos ministros que comandarão as 37 pastas do futuro governo.

“Já tem um nome definido para o GSI. Cabe a ele [Lula] anunciar, mas já estamos nos reunindo com as pessoas e terá, portanto, uma estrutura de transição, a estrutura definitiva ele ainda vai definir”, acrescentou.

Alguns integrantes da transição afirmam, no entanto, que no futuro, quando o GSI estiver menos politizado, pode haver nova discussão para que a segurança do presidente volte para a pasta.

Quem deve assumir a pasta é o general Gonçalves Dias, mais conhecido como GDias. Próximo a Lula, ele foi o responsável pela segurança do petista em seus dois mandatos na Presidência e chefiou a Coordenadoria de Segurança Institucional no início do governo Dilma.

GDias foi para a reserva do Exército em 2012, mas mantém uma boa relação com militares que hoje estão na cúpula da Força Terrestre.

Os petistas esperam que o próximo ministro seja capaz de promover mudanças até “normalizar” a pasta.

A exclusão da equipe de Heleno da segurança de Lula, mesmo que por algumas horas, insere-se num contexto de disputa interna por mudanças na estrutura do GSI, antiga Casa Militar.

Como mostrou a Folha, a equipe do petista estuda tirar permanentemente a segurança pessoal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) do guarda-chuva do GSI.

Integrantes da equipe de Lula se incomodam com a militarização da inteligência, que assessora o mandatário. A avaliação é a de que se trata de um resquício do período da ditadura militar e que, em outros países, tanto esta área quanto a de segurança do chefe do Executivo estão sob a tutela de civis.

Além disso, a proximidade de militares com Bolsonaro faz com que a transição avalie não ser possível contar com o atual quadro para cuidar de setores tão sensíveis diante da enorme polarização do país. Uma das hipóteses em estudo é alocar a Abin sob outra secretaria palaciana.

Também durante os eventos da posse, caberia ao GSI atuar na organização. Mas, diante do novo entendimento dos petistas, a tarefa ficou sob responsabilidade da PF.

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Justiça

Filho de Sérgio Cabral se entrega à Polícia Federal no Rio

Justiça Federal havia emitido mandado de prisão contra José Eduardo Neves Cabral por comércio ilegal de cigarros.

O filho do ex-governador Sérgio Cabral, José Eduardo Neves Cabral se entregou à PF (Polícia Federal) nesta 5ª feira (24.nov.2022) no Rio de Janeiro. Ele é um dos alvos da operação Smoke Free, que investiga uma organização criminosa especializada em comércio ilegal de cigarros.

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro chegou a expedir um mandado de prisão contra José Eduardo. Na 4ª feira (23.nov), quando soube que a PF estava à procura do filho, Cabral passou mal no BEP (Batalhão Especial Prisional), onde está detido.

Ao Poder360, a Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que o ex-governador “recebeu atendimento médico dentro da unidade prisional e que seu estado de saúde é estável”.

A operação Smoke Free envolveu a PF, o MPF (Ministério Público Federal) e teve apoio da HSI (U. S. Homeland Security Investigations), órgão que cuida da segurança nacional dos Estados Unidos. Contou com a participação de 300 policiais federais.

Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. A PF informou que o grupo investigado é responsável por causar prejuízos à União de quase R$ 2 bilhões.

Ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões, foram emitidas pela Justiça. Entre os itens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, valores depositados em contas bancárias e dinheiro em espécie.

A investigação teve início em 2020. Segundo a PF, a organização criminosa atuou de 2019 a 2022 “com falsificação ou não de emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas”, como facções e milícias.

*Com Poder360

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Vídeos: Roberto Jefferson troca tiros com a polícia e uma agente é baleada

Um agente da PF do Rio de Janeiro foi baleado em frente a casa do ex-parlamentar.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), apoiador de Bolsonaro, trocou tiros com a Polícia Federal (PF) neste domingo (24) durante o cumprimento de mandado de prisão do petebista. Um agente da PF do Rio de Janeiro foi baleado em frente a casa do ex-parlamentar.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o ex-parlamentar, investigado pela participação em milícias digitais. O petebista também fez ataques contra a ministra do TSE Cármen Lúcia.

https://twitter.com/eixopolitico/status/1584215114504228864?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1584215114504228864%7Ctwgr%5E7f670ff18282962118da30d4f2f90586df5fc6ff%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.brasil247.com%2Fbrasil%2Froberto-jefferson-troca-tiros-com-a-policia-e-agente-e-baleado-videos

*Com 247

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Justiça

Celulares apreendidos mostram troca de mensagens entre Aras e empresários bolsonaristas

Aras, além de PGR, é o procurador-geral-eleitoral. Troca de mensagens pode trazer embaraços para ele nesta posição.

JOTA – Nos celulares apreendidos pela Polícia Federal com empresários bolsonaristas há troca de mensagens com o procurador-geral da República, Augusto Aras. A informação é confirmada por fontes da PF, do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda segundo fontes do MPF, PF e STF, nas mensagens haveria críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e também comentários sobre a candidatura de Jair Bolsonaro. As mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas já viraram tema entre ministros do STF.

Aras, além de PGR, é também o procurador-geral-eleitoral. E a troca de mensagens com empresários que se tornaram alvo do inquérito que investiga atos antidemocráticos pode trazer embaraços para ele nesta posição. Especialmente porque o que levou à deflagração da operação foram mensagens desses empresários com defesa de Bolsonaro e críticas à eleição do ex-presidente Lula.

Segundo a PGR, o relator do processo no STF, o ministro Alexandre de Moraes, autorizou as buscas e só comunicou a PGR depois de iniciada a operação da PF na manhã desta terça-feira. No entanto, fontes ligadas a Moraes defendem que a PGR foi informada da operação na segunda-feira (22/8).

Um dos amigos de Aras é o empresário Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, que foi citado nominalmente no discurso de posse de Aras como PGR. “Não posso deixar de cumprimentar um amigo de todas as horas neste momento em que vivenciamos. E faço uma homenagem especial ao amigo Meyer Nigri, em nome de quem cumprimento toda a comunidade judaica, que comemorou 5.780 anos nos últimos dias”, disse Aras. E acrescentou no seu discurso: “Ficaria difícil para mim nominar cada amigo. Então peço vênia para, em nome de Meyer Nigri, cumprimentar a todos presentes, especialmente aos amigos da Bahia aos quais não teria como nominar um a um e a todos os colegas e amigos aqui presentes”.

De acordo com assessores de Aras, o procurador-geral da República tem conhecidos e amigos no mundo empresarial e, portanto, há conversas entre eles. Os assessores reiteram que Aras soube somente nesta terça-feira (23/8) da operação e, portanto, não trocou informações sobre as diligências policiais. E afirmam que as mensagens enviadas por Aras a um dos empresários, agora alvo da investigação, são comentários apenas “superficiais”.

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Aliado de Lira, prefeito afastado de cidade no Alagoas é preso pela PF

A PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente na manhã de hoje o prefeito afastado de Rio Largo (AL), Gilberto Gonçalves (PP), por acusações de que estaria atrapalhando as investigações da corporação na Operação Beco da Pecúnia, que apura possíveis desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa com recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica) e do SUS (Sistema Único de Saúde) no município.

Gonçalves é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e está afastado desde 11 de agosto, quando a PF cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em Rio Largo.

“De acordo com a investigação, além dos crimes já referidos, identificou-se uma atuação visando impedir ou embaraçar a investigação que envolve organização criminosa”, disse a PF.

A prisão de hoje foi efetuada durante a segunda fase da operação da PF e contou com a participação de 12 agentes. Além da detenção, também foi cumprido mais um mandado de busca e apreensão.

Celular jogado pela janela em ação da PF

Durante a operação da PF no dia 11 de agosto, um dos alvos jogou o celular pela janela para tentar evitar a apreensão do equipamento pelos agentes, segundo a PF.

De acordo com as investigações, há suspeita de ilegalidades nas contratações e pagamentos pela prefeitura de Rio Largo a duas empresas. Compras para a aquisição de material de construção, peças e serviços para veículos atingiram o valor de R$ 20 milhões.

Por meio de nota, a PF disse que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques de R$ 49 mil “na boca do caixa” de contas das duas empresas.

Essas retiradas, segundo a corporação, ocorreram após o recebimento de recursos de Rio Largo e teriam como objetivo burlar o sistema de controle do BC (Banco Central) e do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) — segundo a PF, os órgãos preveem a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Prefeito já foi alvo de pedido de prisão

Segundo informações da revista Piauí, Gonçalves já foi alvo de um pedido de prisão enviado à Justiça no mês passado. O pedido se deu no âmbito das investigações da operação de hoje da PF, mas a defesa do prefeito conseguiu a suspensão temporária das apurações.

Isso porque prefeitos só podem ser processados criminalmente na segunda instância, devido à prerrogativa do foro privilegiado. Agora, a revista diz que os investigadores aguardam uma nova decisão para dar continuidade ao caso na segunda instância.

Ainda de acordo com a Piauí, as duas empresas envolvidas no caso são a Litoral Construções e Serviços Ltda e Reauto Serviços e Comércio de Peças.

Lira nega envolvimento com o caso

Em entrevista à Jovem Pan no início deste mês, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), disse que não tem relação com as suspeitas de desvios em Rio Largo.

“Parlamentar tem responsabilidade na indicação, não na execução. Não faz licitação, não faz pagamento, fiscalização. Para isso existem órgãos de controle e quem errar, órgãos estarão atentos. Que ilações não sejam propagadas com má-fé e ma índole”, disse.

Isso porque prefeitos só podem ser processados criminalmente na segunda instância, devido à prerrogativa do foro privilegiado. Agora, a revista diz que os investigadores aguardam uma nova decisão para dar continuidade ao caso na segunda instância.

Ainda de acordo com a Piauí, as duas empresas envolvidas no caso são a Litoral Construções e Serviços Ltda e Reauto Serviços e Comércio de Peças.

*Com Uol

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Bolsonaro pode ser preso? Conheça os 5 inquéritos que ameaçam o presidente

Se perder a eleição, os inquéritos criminais contra Bolsonaro saem das mãos do ministro Alexandre de Moraes e vão para um juiz de primeira instância, onde as decisões costumam ser mais céleres.

Segundo reportagem do Estadão, no último dia 16 de maio, o presidente Jair Bolsonaro expôs publicamente um temor que seus interlocutores mais diretos ouvem com frequência. A um grupo de empresários do setor de alimentos afirmou sem meias palavras: “Mais da metade do meu tempo eu me viro contra processos. Até já falam que eu vou ser preso… Por Deus que está no céu, eu nunca vou ser preso.”

Um mês depois, repetiu sua teoria para outro público. Desta vez, Bolsonaro comentava a condenação da ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez por atitudes antidemocráticas. “A turma dela perdeu, voltou a turma do Evo Morales. Agora foi confirmado dez anos de cadeia para ela. Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Alguém faz alguma correlação com Alexandre de Moraes e os inquéritos por atos antidemocráticos? Ou seja, é uma ameaça para mim quando deixar o governo?”, afirmou.

E nesta semana, disse o mesmo numa conversa reservada com um ministro do Supremo. Bolsonaro justificava o porquê de atender a pressão do ministro Nunes Marques para nomear desembargadores para o Superior Tribunal de Justiça. Ele precisava de um aliado entre os magistrados para defendê-lo de uma eventual prisão.

O temor do presidente não é em vão. Atualmente, ele é alvo de cinco investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). São elas: 1) tentativa de interferência na Polícia Federal; 2) espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral; 3) ataque a instituições de forma organizada nas redes sociais; 4) vazar dados de investigação sigilosa da PF e 5) fazer ligação falsa entre a vacina da covid-19 e a AIDS.

Todas as apurações tramitam no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, alvo constante de hostilidades do presidente.

O Estadão apurou que um dos inquéritos que mais preocupa Bolsonaro é o que aponta sua “atuação direta, voluntária e consciente”, segundo a Polícia Federal, na prática do crime de violação de sigilo funcional. O deputado Filipe Barros (PSL-PR) e o ajudante de ordens do presidente Mauro Cid também foram implicados.

Segundo a delegada Denisse Ribeiro, que presidiu a investigação, o deputado entregou ao presidente cópia de um inquérito sigiloso “a fim de municiá-lo na narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro era vulnerável e permitiria fraudar as eleições”.

Embora a PF diga que o seu inquérito estava sob sigilo, a Procuradoria-Geral da República afirmou que não e pediu o arquivamento do caso. O ministro Alexandre de Moraes não atendeu ao Ministério Público Federal e mandou dar prosseguimento as investigações. A decisão gerou um cabo de guerra com a PGR. Nesta segunda-feira, 1,º, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo voltou a defender o arquivamento do caso, sustentando que o ministro “violou o sistema acusatório”.

Caso Bolsonaro seja reeleito, as investigações seguem sob responsabilidade do Supremo. Nesse contexto, eventual denúncia criminal contra ele só poderá ser oferecida pela Procuradoria-Geral da República, cargo atualmente ocupado pelo procurador Augusto Aras, a quem se atribui alinhamento ao Planalto. Aras exerce seu segundo mandato consecutivo, por escolha de Bolsonaro. Ele ainda fica no cargo mais um ano. Para oposicionistas, a permanência de Aras na cadeira número um do Ministério Público Federal garante blindagem de Bolsonaro.

No entanto, caso Bolsonaro saia derrotado das urnas, as investigações sobre suas condutas serão remetidas à primeira instância judicial, podendo tomar um ritmo de tramitação diferenciado, com rito mais célere. Neste caso, a blindagem de Bolsonaro se dilui. Em tese, qualquer promotor ou procurador poderá requerer uma eventual prisão de Bolsonaro, sem foro especial e sem a ‘proteção’ do guarda-chuva de Aras.

Ordens de prisão decretadas em meio a apurações podem ser de duas classes – temporária e preventiva (sem data para acabar). A primeira é determinada sob o argumento de cumprimento de diligências ou até para fazer cessar determinada conduta pelo investigado. A segunda é justificada sob alegação de ‘garantia da ordem pública’, ou para garantir o prosseguimento das investigações quando há ocultação de provas, ameaça a testemunhas e até risco de fuga do investigado. Já prisão decorrente de condenação hoje só é possível após o trânsito em julgado do processo, ou seja, após todos os recursos judiciais se esgotarem.

Um exemplo claro da mudança nos procedimentos quando a competência se desloca da corte máxima para o primeiro grau é o recente caso do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele foi preso em junho na Operação Acesso Pago, por ordem do juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do DF após o Estadão revelar esquema de pagamento de propina em troca de liberação de verbas do ministério. O caso agora voltou ao Supremo e está sob sigilo, após a Procuradoria apontar suposta interferência de Bolsonaro nas apurações.

A suspeita da Procuradoria surgiu a partir de um telefonema de Milton Ribeiro para sua filha, em que o ex-ministro diz ter recebido ligação de Bolsonaro o alertando da investigação da Polícia Federal. Nesta ligação, segundo Milton, o presidente teria dito que teve um ‘pressentimento’ de que ele seria alvo de buscas da PF.

Confira detalhes de cada uma das apurações que miram Bolsonaro:
Ataques às urnas eletrônicas

Às vésperas da campanha que sua reeleição, Bolsonaro é investigado pela live realizada em julho de 2021, na qual o chefe do Executivo voltou a propagar notícias falsas e declarações infundadas sobre supostas fraudes no sistema eletrônico de votação, além de promover ameaças ao pleito deste ano.

O inquérito foi aberto por ordem do ministro Alexandre de Moraes a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Inicialmente a petição foi distribuída por prevenção ao inquérito das fake news. Em maio deste ano, Alexandre atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou o apensamento do caso ao inquérito das milícias digitais.

No despacho de abertura do inquérito, o ministro do STF apontou que as condutas relatadas na notícia-crime do TSE configuram, em tese, os crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime, associação criminosa e denunciação caluniosa. Além disso, Alexandre citou possível delito de ‘injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda’, além de três crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.

Os mesmos ataques que motivaram a investigação criminal levaram à abertura de um inquérito administrativo no TSE. O procedimento apurar se, com a ofensiva de Bolsonaro contra as urnas, Bolsonaro praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”.

Milícias Digitais

A investigação mira a atuação coordenada de grupos na internet para divulgar notícias falsas e atacar opositores bolsonaristas e instituições democráticas. Depois que o inquérito das fake news esfriou no STF, a investigação se tornou a frente com maior potencial explosivo contra aliados do presidente.

A Polícia Federal já apontou a “atuação orquestrada” de apoiadores do governo para promover notícias falsas e ataques antidemocráticos, usando para isso até mesmo a estrutura do chamado “gabinete do ódio”.

Bolsonaro entrou na mira do inquérito das milícias digitais em fevereiro, após o ministro Alexandre de Moraes acolher pedido da Polícia Federal e autorizar o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de uma investigação sigilosa com a apuração que mira a atuação de uma milícia digital contra a democracia.

Depois, em maio, o ministro do STF atendeu a Procuradoria-Geral da República e determinou que investigação sobre notícias falsas divulgadas por Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas seja fosse incorporada ao inquérito.

m relatórios entregues ao STF, a Polícia Federal (PF) relacionou a investigação ao discurso do presidente na live em que ele lançou suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas. A PF apontou “semelhança no modo de agir”, “aderência ao escopo descrito na hipótese criminal” e “atuação direta de Bolsonaro na promoção da ação de desinformação”.

Associação entre a vacina da covid-19 e a AIDS

A investigação se debruça sobre declarações dadas por Bolsonaro durante live feita em 21 de outubro, exatamente um dia após a leitura do relatório da CPI da Covid no Senado. O colegiado pediu o indiciamento por 11 crimes relacionados à conduta do chefe do Executivo no enfrentamento à pandemia.

Durante a transmissão ao vivo, o presidente citou uma notícia falsa sobre pessoas que tomaram as duas doses da vacina contra o novo coronavírus no Reino Unido e passaram a desenvolver o vírus aids. Cientistas do mundo todo desmentiram as declarações.

Em junho Alexandre atendeu um pedido da Polícia Federal e prorrogou as investigações por mais 60 dias. Os investigadores apontaram a necessidade de prosseguimento das apurações.

Uma das movimentações mais recente do inquérito foi o envio, pelo Google da íntegra da transmissão ao vivo em que o presidente divulgou, em outubro de 2021, a informação falsa sobre a vacina.

Vazamento de inquérito da Polícia Federal

A investigação também foi aberta com base em pedido do Tribunal Superior Eleitoral, em agosto de 2021. A Polícia Federal apurou se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao divulgar o inquérito sigiloso da corporação sobre uma invasão ao sistema eleitoral ocorrida em 2018.

O inquérito tornado público pelo presidente nas redes sociais foi aberto dez dias após o segundo turno das eleições de 2018, sobre uma denúncia de invasão do sistema interno do TSE. A investigação foi solicitada pelo próprio tribunal. Desde então, nunca não foram encontrados indícios de que o ataque tenha afetado o resultado das eleições daquele ano.

Ao abrir a investigação sobre a conduta de Bolsonaro, Alexandre indicou que o objetivo do inquérito era apurar “notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações”, que buscam atingir “a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal” e de seus membros, assim como de familiares dos magistrados.

Em fevereiro, a PF decidiu concluir o inquérito, mesmo sem colher o depoimento de Bolsonaro, que faltou a interrogatório. A corporação apontou ‘atuação direta, voluntária e consciente’ do presidente na prática do crime de violação de sigilo funcional, mas deixou de promover o indiciamento do chefe do Executivo em razão de seu foro por prerrogativa de função.

O crime de violação de sigilo também foi imputado ao deputado Filipe Barros. Quem não saiu ileso foi o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, homem da confiança de Bolsonaro, que acabou indiciado uma vez que, “na condição de funcionário público, revelou conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências, ao qual teve acesso em razão do cargo de Chefe Militar da Ajudância de Ordem da Presidência da República”.

A Procuradoria-Geral da República contrariou a conclusão da Polícia Federal e pediu arquivamento do inquérito contra Bolsonaro, alegando que o material divulgado pelo chefe do Executivo não estava protegido por sigilo.

Após a manifestação, Alexandre não acolheu de imediato o parecer do Ministério Público Federal, determinando que a PF realizasse ‘relatório minucioso’ de análise de materiais colhidos em quebra de sigilo telemático – ou seja, de emails – no âmbito do inquérito. Segundo Alexandre, o documento é ‘essencial para a completa análise’ dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República.

Nesta segunda-feira, 1º, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo reforçou o pedido de arquivamento da investigação alegando que o ministro Alexandre de Moraes ‘violou o sistema acusatório’ ao determinar a realização do relatório citado. Lindôra sustenta que, ao determinar que a PF realizasse nova diligência, Alexandre ‘adentrou nas funções precípuas e exclusivas do Ministério Público, o que é vedado pelo sistema constitucional brasileiro’.

Interferência na PF

A investigação mais antiga sobre o chefe do Executivo é a que apura tentativa de interferência política na Polícia Federal. O inquérito foi aberto na esteira da renúncia do ex-juiz Sérgio Moro – atual candidato ao Senado pelo Paraná – do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em abril de 2020. Tal investigação ganhou fôlego após a divulgação da controversa reunião ministerial do dia 22 de abril daquele ano.

No entanto, em março passado, a Polícia Federal informou ao Supremo que, ‘dentro dos limites da investigação’, não há elementos mínimos para indiciar o chefe do Executivo na esfera penal. O caso agora aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República.

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Bolsonaro tem acesso a informes de inteligência da PF, diz assessor

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem acesso a documentos de inteligência da PF (Polícia Federal), que, em tese, seriam sigilosos. A declaração do assessor, feita durante entrevista ao canal Cara a Tapa, no YouTube, ocorre em meio a suspeitas de interferências de Bolsonaro na corporação, segundo o Uol.

Eu, como assessor, tendo a manifestar minhas discordâncias internamente. Acho que é descortês e deselegante eu vir aqui e dizer: ‘não, naquele episódio eu disse isso. E foi feito aquilo’. Uma vez que ele fechou questão, o meu papel também é fazer com que a posição dele dê certo. Ele é o cara que tem a visão de conjunto tem informações que eu não tenho. Eu acompanho tema ali, mas ele está falando com os militares de uma forma que eu não estou. Ele está recebendo informe de inteligência da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e da Polícia Federal de uma forma que eu não estou. Filipe Martins, em declaração ao canal ‘Cara a Tapa’, no YouTube.

pós a fala, o UOL procurou a PF para saber se os informes supostamente enviados ao presidente são sigilosos. A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Presidência da República. Caso haja retorno, o texto será atualizado. Martins integrou o núcleo da transição do governo Bolsonaro no grupo do ex-chanceler Ernesto Araújo e foi um dos responsáveis pela aproximação da ala ideológica do governo a Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump. Ele é considerado uma das pessoas mais próximas a Bolsonaro.

Recentemente, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou o pedido ao STF para que Bolsonaro seja investigado por suposta interferência na Polícia Federal.

Isso ocorreu após a divulgação de uma conversa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e a filha, na qual ele dá a entender que foi avisado pelo presidente que sua casa seria alvo de uma busca e apreensão. A conversa com a filha teria sido registrada no dia 9 de junho —ou 13 dias antes da operação. Dois anos atrás, o ex-ministro Sergio Moro falou sobre a exoneração do então diretor-geral da PF, Maurício Leite Valeixo, dizendo que “houve essa insistência” da parte de Bolsonaro para trocar a liderança da corporação.

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