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Política

Marçal confirma que discutiu com jornalista ‘só para gerar cortes’ para redes sociais

No Roda Viva, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo diz que entrevistadores terão ‘que aguentar os cortes’ e volta a bater boca,

O empresário Pablo Marçal (PRTB) confirmou que reagiu de forma agressiva a uma pergunta da jornalista Clarissa Oliveira durante sabatina da CNN Brasil, no dia 26, apenas para produzir cortes para as redes socais. Após o programa, a colunista do canal revelou que Marçal deu uma explicação inusitada para o descontrole. “Olha, aquilo ali foi só para gerar cortes, viu?”, teria dito ainda dentro do estúdio.

— Falei isso mesmo — disse Marçal, no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, atribuindo a tática a uma exposição menor do que os seus adversários fora das redes sociais. — Estou sem fundão, sem padrinho político, sem tempo de TV. Vocês vão ter que aguentar os cortes.

Na CNN, a jornalista havia perguntado sobre o envolvimento de Marçal, em 2005, com uma quadrilha que disparava e-mails para invadir contas bancárias e subtrair valores de correntistas. Ela argumentou que Marçal deveria ter cumprido a pena de quatro anos e cinco meses de prisão, em regime semiaberto, mas o caso acabou prescrito. Antes de terminar a pergunta, no entanto, o candidato a interrompeu e disse que a entrevistadora deveria “estudar um pouquinho”.

No Roda Viva, Marçal também se irritou ao ser chamado de “coach” e bateu boca com jornalistas em diversos momentos, incomodado com as perguntas. O candidato discutiu com a colunista do GLOBO, Malu Gaspar, sobre uma reportagem a respeito de planos para criar um partido político e pretender atrair o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Marçal adotou um tom ríspido ao pedir que não o interrompessem sempre que tinha a resposta comentada, ainda que tergiversasse sobre os assuntos ou aproveitasse o tempo para falar de outros temas. Perguntado sobre o uso de raps na campanha, o candidato respondeu cantando a música Diário de um detento, dos Racionais MC’s, enquanto o jornalista tentava concluir a pergunta.

Marçal disse não ter ideia de quanto gastou com os “campeonatos de cortes”, que premiam usuários que geram maior alcance com vídeos curtos relativos ao ex-coach nas redes sociais e que se tornou objeto de ação na Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico. Ele negou, no entanto, que as suas empresas tenham mantido pagamentos desde que anunciou a intenção de concorrer à prefeitura de São Paulo.

— Não faço ideia quanto que já gastei com isso. Foi um dinheiro razoável — declarou.

Por outro lado, rebateu os indícios de que um dos desafios tenha gerado ganhos eleitorais. No Discord, houve promessa de pagamento para os melhores colocados em um campeonato que exigia o uso da hashtag #prefeitomarcal nos posts para concorrer às premiações.

— Não teve pagamento. Pedi para parar porque sabia que ia dar problema — justificou, antes de se dizer “perseguido” pela Justiça Eleitoral na ação movida pelo PSB de Tabata Amaral e que resultou no desligamento dos seus perfis nas redes sociais sob o argumento de preservar a isonomia da disputa. Marçal fala em “censura prévia”.

PCC, ‘despachante’ e STF
Sobre o tema que gerou a polêmica na CNN, Marçal disse, ao Roda Viva, que se envergonha de ter se envolvido com uma quadrilha que disparava e-mails para invadir contas bancárias e subtrair valores e afirmou que “não é bandido”.

— Os candidatos falam: “Você roubava velhinhas”. Nem sei quem são essas pessoas. Eu trabalhei para um cara que fez isso, que inclusive pegou cadeia e foi condenado. Eu fui prescrito porque não tinha nenhum crime na minha vida antes — disse o candidato.

Outra polêmica abordada foi o suposto envolvimento do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele se negou mais uma vez a dar mais detalhes sobre a conversa que teve com Avalanche em que teria pedido o seu afastamento, mesmo em um momento em que promete transparência na gestão pública.

— Peço que ele tenha bom senso. Eu resolvi me afastar, particularmente, dele, e estou seguindo a minha campanha em paz, porque é constrangedor o tempo inteiro ter que responder essas questões, segundo Samuel Lima, O Globo.

Marçal também se justificou por ter dado uma procuração para Florindo Miranda Ciorlin representá-lo junto a órgãos federais para realizar o trâmite de aquisição de um jatinho por R$ 9,1 milhões. Florindo já foi preso pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu na 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres (MT) por suspeitas de fornecer aviões para traficantes transportarem 5,1 toneladas de cocaína da Bolívia para o Brasil. As informações foram reveladas pelo site “Metrópoles”.

— Não fiz negócio com ele, não. Era um despachante. É que nem ir no Detran. Foi só para a compra da aeronave, ele transferiu para mim e acabou. Comprei de um empresário do interior de São Paulo que não tem nada a ver com ele — disse.

As suspeitas de envolvimento de pessoas do seu partido e do seu círculo pessoal, como o influenciador fitness Renato Cariani, com o crime organizado levantou dúvidas sobre a capacidade de Marçal conseguir prevenir a infiltração em seu eventual governo. Ele já defendeu secretariado político com “processo seletivo”. O candidato desviou do assunto diversas vezes, alegando que o PCC já se encontra nos serviços públicos e que pretende afastar quem apresentar problemas.

Em um aceno ao eleitorado de Bolsonaro, o ex-coach opinou no “Roda Viva” que existe um “desequilíbrio” dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) e que os ministros agem politicamente, sem observar os limites da Constituição no que se refere, por exemplo, a usurpar a função legislativa do Congresso Nacional.

— O Supremo está muito político. Ele está tentando dosar uma radicalidade que tivemos no passado e acho que já passou do limite. Com todo o respeito aos 11 togados, já passou essa onda. O Brasil precisa ser unificado. A gente precisa baixar essa pressão. Nós confiamos na Justiça, mas não precisamos de uma Corte política. Não precisa legislar e nem atuar politicamente. Eles estão fazendo isso — afirmou.

O empresário, no entanto, evitou chamar o ministro Alexandre de Moraes, o principal alvo bolsonarista no STF, de “ditador”, nem respondeu se apoia ou não o seu impeachment. Defendeu apenas que supostos abusos cometidos pelo magistrado “tem que ser apurados”.

Marçal foi confrontado sobre a hipótese de que evitaria ataques diretos a Alexandre de Moraes para não provocar a inelegibilidade da própria chapa. Em áudio, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, disse que teria “pilotado” uma decisão do ministro que permitiu a convenção da sigla, e consequentemente a indicação de Marçal à candidatura.

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Política

Marcos do Val tem rede social suspensa e R$ 50 milhões bloqueados após novos ataques ao STF

Suspensão e bloqueio partiram do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na noite da última segunda-feira (12) a suspensão do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) no Instagram e o bloqueio de R$ 50 milhões em suas contas bancárias, informa O Globo. A decisão veio após do Val publicar novos ataques à Corte e ao magistrado, afirmando que o “cerco estava se fechando contra Moraes” e que iria denunciá-lo em tribunais internacionais.

O senador afirma que a decisão é inconstitucional e configura “abuso de autoridade”. “O que estamos vivenciando é uma flagrante contravenção e um desrespeito não apenas à minha pessoa, mas a todo o Senado Federal, que está sendo desmoralizado diante de uma medida arbitrária, que fere o princípio da dignidade humana e a própria essência da imunidade parlamentar”, escreveu em seu perfil no X.

Não é a primeira vez que Marcos do Val tem as redes sociais suspensas após ataques ao STF. No ano passado, a Corte determinou que as contas do senador fossem suspensas quando ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal. Ele era suspeito de obstruir investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A operação ocorreu após ele relatar que teve uma reunião com o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir um suposto plano de golpe. Do Val teria sido incitado a gravar um encontro com Alexandre de Moraes com o objetivo de obter uma declaração comprometedora que pudesse impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Política

PGR pede acesso às redes sociais usadas por Bolsonaro com informações sobre urnas, Forças Armadas e STF

O acesso a informações nas redes sociais usadas por Jair Bolsonaro que tenham como tema urnas eletrônicas, Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal, entre outros, foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, segundo O Globo.

O pedido foi feito nesta segunda-feira em um inquérito que investiga incitadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, que tem Bolsonaro como um dos alvos. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações dos atos golpistas, ressalta que essa solicitação já havia sido feita, mas que não foi analisada por Moraes. Por isso, Santos reiterou o pedido nesta segunda.

A PGR quer acesso a publicações de Bolsonaro em redes como Facebook, Instagram, TikTok, Youtube, Twitter e Linkedin que sejam “referentes a eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e fotos e/ou vídeos com essas temáticas.

Além disso, quer que as redes apresentem as métricas de cada publicação, como visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários. Ainda foi solicitada uma lista completa dos seguidores de Bolsonaro.

O objetivo é obter “dados concretos” que possam “fundamentar uma análise objetiva do alcance das mensagens, vídeos e outras manifestações publicadas pelo ex-presidente da República nas redes sociais”.

Bolsonaro foi incluído no inquérito por ter compartilhado, dois dias após o 8 de janeiro, um vídeo acusando, sem provas, a ocorrência de uma fraude nas eleições do ano passado. Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), Bolsonaro afirmou que publicou o vídeo por engano.

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Política

A caminho do cadafalso, Bolsonaro segue se intitulando presidente da República nas redes sociais

Jair Bolsonaro (PL), ainda que com milhões de fanáticos seguidores e uma bancada incendiária e bárbara no Congresso Nacional, segue no limbo e largado pelos principais operadores do universo político de Brasília. Para piorar sua situação e seu futuro, no próximo dia 22 terá início o julgamento que deverá deixá-lo inelegível por oito anos, o que na prática deve encerrar de vez sua carreira política. No entanto, uma atitude do ex-presidente de extrema direita vem irritando o governo Lula (PT) e causando constrangimento institucional, segundo a Forum.

Em algumas redes sociais, o ex-mandatário que foi derrotado em sua tentativa de reeleição segue se apresentando como presidente da República. No LinkedIn, por exemplo, sua bio mantém-se como “Presidente da República – Governo do Brasil – janeiro de 2019 até o momento”, mostrando que ele estaria no cargo, portanto, por 4 anos e seis meses. O LinkedIn é a mais importante rede social para profissionais no mundo.

Já no Facebook e no Twitter, Bolsonaro permanece fazendo publicações que supostas ações que teriam ocorrido durante sua gestão, ou seja, no passado, usando verbos no presente, como se fossem atos realizados neste momento, embora o presidente desde 1° de janeiro seja Luiz Inácio Lula da Silva. Publicando desta forma, os algoritmos muitas vezes direcionam para esses posts como se fossem “notícias” atuais, o que vem causando bastante constrangimento ao Executivo de agora.

Embora a situação já esteja claramente “chata”, não há nada por ora que o governo Lula possa fazer. Talvez acionar a direção dessas plataformas fosse uma forma de pleitear alguma solução, mas o que se diz em Brasília é que a gestão atual não pretende fazer absolutamente nada em relação à “vergonha alheia” do ex-presidente radical.

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Justiça

Violência nas escolas: Dino exige respostas de plataformas de redes sociais e cita possibilidade de investigação policial

Até o momento Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu derrubada de 511 contas com conteúdos suspeitos no Twitter.

Segundo O Globo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, exigiu que empresas de redes sociais tenham canais abertos para atender a solicitação de autoridades no sentido de excluir conteúdos que incitem a violência. Segundo Dino, a pasta vai notificar as plataformas e caso os pedidos não sejam cumpridos, um inquérito será aberto para investigá-las.

A ação faz parte de um conjunto de iniciativas anunciadas pelo governo na última semana para tentar reduzir a recorrência desses casos. Participaram da reunião as empresas Meta, TikTok, YouTube, Twitter, Google, Kawai e WhatsApp.

– Estamos fazendo esse monitoramento e enviando às plataformas. Estamos vendo que alguns têm atendido e outros não – afirmou Dino. – Estamos exigindo que essas empresas de tecnologia tenham canais abertos, velozes de atendimento dessas solicitações ou notificações oriundas das autoridades policiais.

A pasta vai notificar as plataformas ainda nesta semana para que atendam às exigências das autoridades. Dino criticou a postura das plataformas. Segundo o ministro as empresas precisam ter gestos concretos no sentido de coibir publicação de conteúdos indevidos nas plataformas.

– Se essa notificação não for atendida, vamos tomas providências policiais e judiciais contra as plataformas – afirmou.

O ministro criticou a passividade das empresas para contribuir com o monitoramento do que é publicado nas plataformas, ele pediu que as empresas tenham uma moderação ativa dos conteúdos. Ele cobrou que as plataformas não tenham apenas uma moderação “reativa” a partir da provocação de autoridades, mas que façam monitoramento espontâneo.

– (As empresas) ajudarão de um jeito ou de outro. Ou ajudarão na autorregulação ou ajudarão porque serão obrigadas a ajudar – disse Dino.

O Ministério da Justiça também vai cobrar que as empresas revisem suas políticas de algoritmo e de suspensão de contas para coibir a circulação de conteúdos violentos.

– A secretária Estela (Aranha, da coordenação de Direitos Digitais) tem se dedicado a entrar nesses perfis, porque é dever dela e o que tem acontecido com ela? Tem recebido a recomendação de seguir perfis violentos. A empresa não sabe disso? Impossível, porque se a empresa sabe meus hábitos de consumo, sabe recomendar alternativas de lazer e gastronomia para nós – criticou. – Sabe! Mas acaba monetizando a violência. É isso que está em questão: modelo de negócio. Este tempo do Brasil acabou, no sentido de que haveria liberação de qualquer coisa em nome de uma falácia, de uma fraude, de uma falcatrua, de usar liberdade de expressão como escudo para crime.

– Esses adolescentes são algozes, mas são vítimas também. É preciso que quem tem responsabilidade, e essas empresas que lucram bilhões têm responsabilidade, também se engaje. Houve um momento nessa reunião que uma das empresas veio alegar termos de uso. Deixei claro que os termos de uso não se sobrepõem à Constituição, à lei, e não são maiores que a vida das crianças e adolescentes brasileiras – defendeu.

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Uncategorized

Padre Júlio Lancellotti é ameaçado nas redes sociais: ‘Vagabundo’

Há dois dias, ele também denunciou um ex-jogador de futebol que pedia que eleitores de Bolsonaro atropelassem quem passa fome.

O Padre Júlio Lancellotti postou em suas redes sociais uma ameaça que recebeu na tarde da última terça-feira (4/10). Na mensagem está escrito: “Padre vagabundo. Vamos passar por cima de você, seu safado”. Lancellotti é influenciador e ativista cristão dos direitos humanos e defensor de pessoas em situação de rua.

Há dois dias (3/10), o Padre também chegou a comentar a publicação de um ex-jogador de futebol, Fabrício Manini, em que ele disse que os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) não deveriam ajudar quem passa fome no país.

A publicação foi feita após o anúncio do segundo turno para as eleições presidenciais. “Depois do resultado do primeiro turno das eleições, espero que todos os eleitores do Bolsonaro, assim como eu, quando encontrar alguém passando fome ou pedindo algum alimento, não ajude. Passe com o carro por cima da cabeça, pro país não ter mais despesas com esses vermes”, declarou Manini no Instagram.

O padre comentou com pesar a declaração:

Como a publicação possui mensagem de ódio, a rede acabou excluindo o conteúdo.

*Com Correio Braziliense

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Carlos Bolsonaro mantém núcleo paralelo de campanha para as redes sociais

Filho do presidente ignora comunicação da equipe oficial, comandada pelo irmão, o senador Flávio Bolsonaro.

Apontado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos principais responsáveis por sua chegada ao Palácio do Planalto, o vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro mantém uma espécie de núcleo de comunicação paralelo ao comitê de reeleição do pai. Crítico do trabalho feito pela equipe de marketing contratada pelo partido, o parlamentar ignora grande parte das estratégias e até a identidade visual adotada pela campanha, coordenada por seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Segundo O Globo, antes das eleições de 2018, Carlos já detinha a senha do Twitter de Bolsonaro, rede social em que o presidente é mais ativo e por meio da qual propagou a maior parte da narrativa que ajudou a elegê-lo chefe do Executivo federal. Apesar do aumento da estrutura disponível para a campanha de Bolsonaro, ainda hoje Carlos mantém o método que deu certo quatro anos atrás: publicação de peças com aparência de produção caseira e fotos do pai com pouco tratamento. As diferenças entre o trabalho comandado pelo vereador e as ações elaboradas pelo comitê são visíveis.

O filho do presidente ignorou, por exemplo, as imagens oficiais produzidas para estampar as peças publicitárias de Bolsonaro. Nelas, o presidente aparece diante de uma bandeira do Brasil, sorridente, numa imagem em que mal se vê as manchas de sua pele. Esse material poderia ser usado a partir de meia-noite do dia 16 de agosto, quando a campanha começou efetivamente. Carlos só atualizou as redes cerca de 24 horas depois, acrescentando o nome e o número do presidente na urna, assim como a identificação do candidato a vice, o ex-ministro Braga Netto. Ele manteve, porém, a foto de baixa qualidade que ilustra o perfil de Bolsonaro há anos.

O vereador também administra um Flickr, uma plataforma que armazena fotos, onde posta materiais que exaltam realizações da gestão Bolsonaro. Essas peças são disparadas tanto na rede social do presidente administrada por Carlos como nos grupos de WhatsApp e Telegram em que ele dissemina informações que considera favoráveis ao pai.

Os parceiros de Carlos

No núcleo paralelo, Carlos conta com o apoio de servidores da Presidência, entre eles os assessores Filipe Martins, José Matheus Sales e Mateus Matos Diniz. Outro que deve se juntar ao quarteto é Tércio Arnaud Thomaz. Ele deixou o cargo que ocupava no governo para concorrer como suplente do candidato a senador pela Paraíba Bruno Roberto (PL). Thomaz, Sales e Diniz formam o chamado “gabinete do ódio”, grupo capitaneado por Carlos responsável por disseminar o discurso bolsonarista nas redes.

O Globo apurou que o vereador ainda é o único que opera o Twitter de Bolsonaro. Já no Facebook e no Instagram, usados para transmissões ao vivo, assessores do Planalto também administram as contas.

Para se dedicar integralmente à campanha do pai, Carlos se licenciou do cargo de vereador no início de agosto e tem passado praticamente todo o período eleitoral em Brasília. Apesar disso, ele não frequenta o QG da campanha e não vai às reuniões da equipe oficial. Quando necessários, os contatos são feitos com Flávio. Eventualmente, segundo interlocutores, os irmãos conversam sobre estratégias, embora procurem não interferir no trabalho do outro. Ainda assim, já houve rusgas entre eles.

Carlos criticou publicamente a campanha, ao comentar um post que anunciava o slogan “sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração, seremos uma grande nação”. “Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing”, desdenhou. À época, Flávio foi questionado:

— Olha, para mim as inserções do partido foram perfeitas. Isso foi fruto de muito trabalho, de muito estudo. Não foi um achismo.

Integrantes da campanha minimizam o embate e preferem dizer que “as redes sociais do presidente têm vida própria”. Já a campanha do PL, responsável pela propaganda na televisão e no rádio, tem a missão de alcançar outros públicos.

A equipe de comunicação da campanha é formada pelo ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o marqueteiro Duda Lima e o publicitário Sérgio Lima. O Globo tentou contato com Carlos Bolsonaro, mas não houve resposta.

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Bolsonaro é presidente de redes sociais

O tal povo de Bolsonaro não passa de uma comunhão digital, habitada, na grande maioria, por robôs, justamente porque depois de três anos e meio o governo Bolsonaro apresenta um deserto de feitos, sendo louvado apenas numa teia digital que o trata como o senhor dos deuses, sem estabelecer qualquer parâmetro para apoiar essa inescrupulosa forma de governar.

É como se fosse um Brasil separado aonde a maioria dos habitantes não tem forma, são fictícios, são robôs. E o preço alto que Bolsonaro está pagando diante da população de carne e osso é cada vez mais amargo.

Quem não plantou, não tem o que colher. Quem só produziu opressão e tragédia contra a população, não tem uma segunda chance, e não há uma fortaleza segura que o mantenha no poder protegido pela armas que são pagas para proteger o território e a população brasileira.

A cada dia que passa, fica mais claro que o único trabalho do governo Bolsonaro é o mal. Talvez por isso, Bolsonaro tenha colocado sigilo de cem anos em assuntos importantes.

Bolsonaro não governa nada em nenhuma área, vivendo apenas de redes sociais, espalhando mentiras e hipocrisia em constante ameaça ao Brasil, jurando de pés juntos que tem apoio dos militares para dar um golpe de Estado para que a justiça não o alcance e os seus pela quantidade de crimes que cometeram, crimes comuns, diga-se de passagem.

Mas até isso se torna complicado. Se o motivo é a urna eletrônica, que manteve Bolsonaro e os filhos mamando nas tetas do Estado durante três décadas, como eles operariam o tal golpe? Ele se manteria no poder e manteria todos os deputados e senadores numa espécie de mandato vitalício ou fecharia o congresso e detonaria sua própria base aliada?

O Centrão, por exemplo, que é a base do seu governo, seria chacinado pelos golpistas e eles sairiam tranquilos como estão, seguindo rigorosamente defendendo esse governo indefensável em troca de benefícios políticos em espécie para se perpetuarem no poder durante alguns mandatos?

No caso de fechamento do Congresso, Bolsonaro e seus militares,  vestidos de Alexandre Garcia, acabariam com os mandatos de deputados e senadores, inclusive dos próprios filhos, Flávio e Eduardo, ou tudo isso não passa de mais um rojão que Bolsonaro solta para manter a horda de fanáticos animada e, junto, o aumento do exército de robôs, comandado pelo general Carluxo nas redes sociais.

Seja lá como for, Bolsonaro é o chefe de Estado mais rejeitado no mundo, o que naturalmente levaria o país a uma zona de deserto diplomático em que a crise profunda em que vivemos seria elevada a uma potência insuportável e uma convulsão social de proporções inimagináveis, certamente eclodiria. E o exército, para manter no poder um ex-capitão expulso das Forças Armadas por sabotagem e terrorismo, atacaria a população que é quem produz riqueza e paga a conta, inclusive dos viagras, próteses penianas, cervejas, picanhas e salmão desses mesmos militares golpistas.

Por tudo isso e mais uma série de outros pormenores, sigo crendo que não há, além da verborragia de Bolsonaro, qualquer chance de ele liberar um golpe de Estado. O Brasil, a partir de então, deixaria de existir como nação, pelo menos para o mundo civilizado.

Tudo isso feito por um presidente de redes sociais.

A conferir.

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Política

Lula ultrapassa Bolsonaro em presença virtual pela primeira vez

Presidente alcançou 15% de participação em redes sociais, enquanto Bolsonaro ficou com 11%.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou pela primeira vez a presença digital do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo levantamento da .MAP, agência de inteligência em dados, que analisa diariamente uma amostra de 1,4 milhão de posts no Twitter e perfis abertos no Facebook, informa o Painel Folha.

O ex-presidente alcançou 15% de participação em redes sociais de janeiro para cá, enquanto Bolsonaro ficou com 11%. O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) despencou de 11% para 2%, João Doria (PSDB) recuou de 2% para menos de 1%, e Ciro Gomes (PDT) ficou com 0,53%.

Em outro índice, o IPD (Índice de Popularidade Digital), medido pela consultoria Quaest, Lula terminou o ano de 2021 à frente de Bolsonaro.

O presidente variou nos primeiros dias de 2022, perdendo pontos nas redes com as folgas em Santa Catarina, mas recuperando posições a partir da internação hospitalar em São Paulo.

Na maior parte do ano, Bolsonaro foi quem liderou o IPD. Lula, que está em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais de intenção de voto para a Presidência da República, ultrapassou a popularidade digital de Bolsonaro em curtos períodos e, desde seu giro pela Europa em novembro, assumiu a dianteira.

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Política

Militares assumem o controle de todas as comunicações do governo em redes sociais

Instrução Normativa assinada pelo general Heleno diz que a equipe poderá ter participação de servidores terceirizados, desde que coordenados por militares.

Uma Instrução Normativa publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU) estabelece diretrizes para que todas as mídias sociais de órgãos e entidades da administração pública federal sejam controladas e gerenciadas “por equipes compostas por militares, servidores efetivos ou empregados públicos”.

A Instrução Normativa 23 diz ainda que, a equipe que cuidará das redes do governo poderá ser mista, com a participação de terceirizados ou servidores sem vínculo, desde que sob coordenação e responsabilidade de militar.

O documento é assinado pelo ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, diz ainda que “apenas servidores, empregados públicos e militares devidamente autorizados poderão realizar ou autorizar postagens em mídias sociais em nome do órgão ou da entidade” e que “informações classificadas ou de acesso restrito não poderão ser publicadas em mídias sociais”.

A Instrução Normativa entra em vigor no dia 03 de janeiro de 2022.

Veja o documento:

Instrução normativa nº 6, de 23 de dezembro de 2021 from Aquiles Lins

*Com informações do 247

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