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“Processo suspeito do começo ao fim”: Oposição questiona compra da Sabesp pela Equatorial

Vencedora do leilão teve como gestora uma conselheira que atuou também na Sabesp, o que abre margem para ações.

A oposição ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo levanta suspeitas sobre a oferta da Equatorial para comprar 15% das ações da Sabesp por R$ 6,9 bilhões para tornar-se acionista de referência.

Nesta semana, a Folha de S. Paulo divulgou que o conselho de administração da Sabesp foi presidido por uma gestora que tem passagem pela empresa que venceu o leilão.

A Equatorial, aliás, foi a única empresa que permaneceu até o fim da disputa, com proposta de compra dos 15% das ações da Sabesp por um preço abaixo do valor de mercado, segundo levantamento divulgado pelos parlamentares do Psol.

“Todas as empresas que demonstraram interesse em ser acionistas de referência da Sabesp, como Votorantim, Cosan, J&F, e IG4 Capital, por exemplo, desistiram ao longo do processo pelas imposições contratuais [feitas pela gestão Tarcísio]. Com isso, a Equatorial ofereceu R$ 67 por ação e arrematou 15% da Sabesp, e vai pagar cerca de R$ 10 a menos por ação do que o atual valor de mercado. Para executivos da empresa esse foi o ‘melhor negócio da história’”, comentou no X o deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).

A Equatorial é uma holding que atua no setor de energia, água e gás, com 20 anos de história e atuação sobretudo em Alagoas, Amapá, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, e Rio Grande do Sul, sendo o terceiro maior grupo de distribuição do país em número de clientes, com 13 milhões de pessoas nas regiões atendidas.

Boulos salientou que “a presidente do conselho de administração da Sabesp era, até 7 meses atrás, integrante do conselho… da Equatorial.”

Karla Bertocco ocupava um cargo no conselho administrativo da Equatorial até dezembro de 2023, faturando cerca de R$ 1,02 milhão ao ano. Ela chegou, segundo a Folha de S. Paulo, a acumular o cargo de conselheira da Sabesp, onde recebe em torno de R$ 160 mil por ano. “Mas o que é interessante é que ela só renunciou ao cargo na Equatorial em 29 de dezembro, 23 dias após a privatização ter sido aprovada na ALESP.”

Para a deputada Sâmia Bomfim, a renúncia pode ter ocorrido para “esconder” eventual conflito de interesses. Folha publicou que não há ilegalidade no fato de Karla Bertocco ter sido conselheira da Sabesp e da Equatorial, mas sua presença em ambos os conselhos “é inadequada e abre margem para que o processo seja questionado.”

“Nós viemos denunciando todos os absurdos da privatização desde o início. Um processo tão suspeito do começo ao fim não tem nenhuma condição de ser benéfico para a população de São Paulo”, avaliou Boulos. Sâmia Bomfim chamou o leilão de “mutreta” patrocinada pelo governo Tarcísio em São Paulo. Ela destacou que houve opressão aos opositores da privatização da Sabesp e também que há muitas críticas em relação aos serviços prestados pelas empresas de saneamento que têm a Equatorial entre seus acionistas.

À Folha de S. Paulo, a Sabesp disse que a passagem de Karla Bertocco pelo conselho administrativo é “anterior ao início da modelagem da privatização” e que sua indicação para o conselho da Sabesp não teve impedimento legal.

*GGN

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Vídeo: Sâmia denunciou recentemente ameaças de morte contra ela e sua família

Após Samia Bomfim perder seu irmão, Diego Bomfim, vítima de uma execução, internautas resgatam uma reportagem da CNN Brasil, de agosto de 2022, mostrando que a deputada registrou um boletim de ocorrência em que relatava ameaças contra ela, o marido e o filho. Os textos continham ofensas pessoais, ameaças de morte e insinuações nazistas.

Sâmia é casada com o deputado federal Glauber Braga, que possui uma forte atuação em áreas conflagradas do Rio. Além de Diego, o atentado em um quiosque da Barra da Tijuca deixou outros outros dois médicos mortos e um terceiro gravemente ferido. Eles estavam no local participando de um congresso.

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Vídeo: Sâmia Bomfim chama Salles de “réulator” e lista denúncias contra o ex-ministro de Bolsonaro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve início nesta terça-feira (29/8) com bate-boca entre a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e o relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP). A parlamentar chamou Salles de “réulator”, em referência à decisão da Justiça Federal do Pará, proferida na noite de segunda-feira (28/8), diz o Metrópoles.

O tribunal aceitou uma denúncia contra o deputado federal, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de facilitar regras para exploração de madeira quando ainda era ministro do Meio Ambiente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Foi escolhido por essa comissão um ‘relator’, e, desde o ínicio [da CPI], a escolha deste relator tinha muito questionamento. Tendo em visto, seus interesses diretos em desmobilizar a reforma agrária neste país. Mas, os últimos acontecimentos tornam ainda mais grave a presença deste sujeito [Ricardo Salles] na relatoria desta CPI porque ele não é mais um relator, é um réulator”, disse a deputada psolista (veja vídeo no final da matéria).

Em seguida, Sâmia levantou plaquinhas com os supostos crimes de Ricardo Salles. Entre eles: corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, facilitação de contrabando, desacato, obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do poder público.

A acusação de Salles foi apresentada no âmbito da investigação da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de exportação ilegal de madeira da Amazônia. Além do ex-ministro, o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Eduardo Bim e outros servidores foram denunciados pelo MPF.

Segundo o Ministério Público, as investigações indicaram a existência de “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”. O órgão destacou uma série de apreensões de madeira de origem brasileira nos Estados Unidos que estavam sem a documentação adequada para exportação.

Em meio às apreensões, um conjunto de empresas do setor madeireiro buscou apoio de servidores do Ibama para liberar a carga. De acordo com o MPF, os funcionários do órgão ambiental teriam emitido certidões e um ofício sem valor jurídico com o intuito de liberar a madeira apreendida.

A denúncia do MPF ressalta ainda um encontro de Ricardo Salles e representantes de empresas envolvidas no suposto esquema em fevereiro de 2020. Depois da reunião, a investigação aponta que o ex-ministro atendeu de forma integral e “quase que imediato” o pedido das companheiras, com parecer técnico “legalizando, inclusive com efeito retroativo, milhares de cargas expedidas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020”.

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Vídeo: Sâmia chama Salles de “golpista e covarde” por elogio à ditadura

Nesta terça-feira (1º), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado Ricardo Salles (PL), relator do colegiado, causou polêmica ao defender a ditadura militar. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) reagiu veementemente às declarações, chamando Salles de “covarde e golpista”.

As declarações de Salles ocorreram durante o depoimento do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O deputado perguntou a opinião do militar sobre a ditadura militar e elogiou o golpe de 31 de março de 1964, que culminou no período ditatorial.

Sâmia Bomfim criticou duramente as falas do relator, destacando os horrores vividos por milhares de brasileiros e brasileiras durante o regime militar. A parlamentar ressaltou que muitas mães até hoje não têm informações sobre o paradeiro de seus filhos, que foram perseguidos e torturados na ditadura. Além disso, ela enfatizou que o período ditatorial não permitia debates democráticos, o que torna absurdo qualquer elogio a tal regime.

A deputada também fez críticas ao presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos), por não ter repreendido as falas de Ricardo Salles. Ela ressaltou a importância do presidente da CPI defender o estado democrático de direito e apontou que é papel dele repreender parlamentares que atentam contra a democracia.

*247

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Política

Sâmia Bonfim entra com ação contra Salles no MPF por ações em CPI do MST

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acionou o Ministério Público Federal contra o colega Ricardo Salles (PL-SP). .

Sâmia acusou Salles de abuso de autoridade, violação de domicílio e advocacia administrativa e pediu que o MPF o investigue. As supostas ilegalidades teriam ocorrido durante uma diligência da CPI do MST, no Pontal de Paranapanema (SP), em maio. Segundo Sâmia, as idas a campo não tinham “indicação mínima de um calendário para organização administrativa da Casa e dos membros da comissão”.

A representação argumenta que Salles cometeu advocacia administrativa quando “abordou famílias de acampados de forma abusiva, afirmando que o local se tratava de uma área privada” e teria dito que uma mulher que o acompanhava era a proprietária da terra. Sâmia também apontou que a mulher proferiu ofensas e ameaças contra as pessoas que estavam na região.

O abuso de autoridade estaria ligado a essa postura e por ter utilizado seu cargo público para forçar a entrada nas moradias de acampados, segundo o texto. “Membros da CPI e seus assessores filmaram e entraram em barracos sem autorização expressa dos seus ocupantes ou mediante intimidação”, o que constituiria violação de domicílio.

A ação também citou que um barracão foi arrombado e, nele, foram feitos vídeos e fotos para as redes sociais dos deputados de oposição ao governo. Ao serem removidos das casas, “continuaram filmando o interior através de portas e frestas, bem como insistiam em verificar os banheiros e privadas”.

Além de Salles, foram citadas na representação a deputada Caroline de Toni (PL-SC) e Maria Nancy Giuliangeli, que teria alegado ser dona da terra onde está o acampamento no Pontal.

*Com Uol

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Opinião

Vídeo: Quando a voz de uma mulher é implacável contra machões bolsonaristas

Esta mulher é Sâmia Bonfim, deputada do Psol, reeleita por São Paulo.

Uma deputada que verdadeiramente representa a mulher, que cala os machões que, por sua vez, estão afinados com Bolsonaro, o pior presidente que o Brasil já teve, se é que pode ser chamado de presidente.

Na verdade, é um troço que saiu do esgoto do baixo clero, fabricado por sucessivos golpes, o golpe contra Dilma, o golpe contra Lula e a fraude montada por Bolsonaro e o ex-juiz inclassificável, Sergio Moro, para chegar à presidência e abrir caminho para a carreira política de Moro.

Confira a fala perfeita de Sâmia Bomfim contra machões bolsonaristas.

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Vídeo: Damares discursa em evento no Chile e plateia vira de costas em protesto

A ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, foi alvo de protestos durante a 14ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, no Chile. Enquanto Damares discursava, um grupo de mulheres na plateia se levantou e ficou de costas para ela.

O caso aconteceu na noite de ontem. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir a ministra brasileira falando sobre o combate à violência contra a mulher no Brasil e ver parte do público de pé e de costas. Damares continuou discursando mesmo assim.

A reportagem do UOL procurou o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos para comentar o caso e aguarda posicionamento.

No Twitter, opositores e críticos ao governo e à ministra repercutiram o ocorrido. “Damares Alves foi ignorada pela sociedade civil presente na XIV Conferência Regional da Mulher da América Latina e Caribe há pouco, na sede da ONU, no Chile”, escreveu a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

 

 

*Com informações do Uol

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Bolsonaro sinaliza a todas as representações diplomáticas no país que não respeita a Convenção de Viena

Para Itamaraty, ação contra embaixada da Venezuela não foi invasão

O Itamaraty não qualifica de “invasão” a ação contra a embaixada da Venezuela em Brasília por aliados de Juan Guaidó, em novembro de 2019. Em documentos enviados pela chancelaria a deputados da oposição, o Ministério das Relações Exteriores explicou que considera que os diplomatas entraram na embaixada que representam e que quem estava dentro do prédio não mais tinha função.

Em 13 de novembro, representantes do governo de Guaidó invadiram na embaixada da Venezuela em Brasília, ocupada por diplomatas do governo de Nicolás Maduro. De dentro, publicaram um vídeo indicando que os funcionários da embaixada “reconheceram” Guaidó como presidente legítimo e “entregaram” a residência e escritório.

“A dignidade volta”, declarou Tomás Silva, diplomata designado por Guaidó e líder da invasão. O vídeo foi imediatamente compartilhado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. “Bem tranquilo diplomata Tomás Silva manda recado após entrar na embaixada da Venezuela no Brasil”, escreveu o deputado, que é ainda o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Mas Freddy Meregote, o encarregado de negócios da embaixada e representante do governo de Nicolas Maduro, se recusou aceitar a situação e Caracas desmentiu que o prédio tivesse passado para as mãos de Guaidó.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, declarou à coluna que entendia que “houve uma instrução direta do presidente do Brasil” aos invasores. “Ou seja, há uma linha de comando entre o presidente do Brasil e as pessoas que estavam nessa embaixada”, completou.

Dias depois, as deputadas federais Samia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Erika Kokay (PT-DF), além de Marcelo Freixo, Glauber Braga (PSOL-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) solicitaram do Itamaraty esclarecimentos sobre o papel desempenhado pelo Brasil na invasão.

Agora, dois meses depois, a resposta do chanceler Ernesto Araújo é radicalmente diferente daquela dotada pelo GSI. Ainda que insista que o assunto da tentativa da tomada do prédio não tenha sido debatida com o Itamaraty, o serviço diplomático insinua que não viu problema com a iniciativa e que a crise foi gerada pelos representantes de Maduro que se recusaram a sair da embaixada.

Numa carta de 19 páginas de 26 de dezembro obtida com exclusividade pela coluna, o chanceler não condena o ato e, apesar de ser repetidamente questionado sobre a “invasão”, o ministro fala apenas em “episódio”, “tema” e “eventos”.

em explicar, Araújo disse que o governo tomou conhecimento do “ingresso de representantes do governo legítimo venezuelanos nas instalações da embaixada” por vias informações na manhã daquele dia 13.

Segundo Itamaraty, em sua resposta, Silva “adentrou a embaixada que representa e la permanece por algumas horas”

O governo também indicou que não recebeu “registros oficiais de violações de qualquer natureza cometida pelo diplomata”. Silva, segundo Araújo, continua credenciado pelo governo brasileiro depois dos acontecimentos.

Em outro trecho do documento, o chanceler reforça sua visão de que os reais proprietários daquele edifício são os representantes de Guaidó.

“É importante esclarecer que, apesar de as instalações ainda serem utilizadas por diplomatas remanescentes do regime de Nicolas Maduro, o edifício pertence à República Bolivariana da Venezuela”, apontou.

Além disso, o chanceler indica que a crise foi instaurada por “alguns ocupantes remanescentes do governo de Nicolas Maduro que não aceitaram a presença do enviado de negócios do governo legítimo de Guaidó”.

Pela versão do Itamaraty, portanto, a crise não havia sido causada pelos invasores. Mas por aqueles que permaneciam na embaixada representando Maduro.

Ainda que o Brasil tenha rompido com o chavismo, sua embaixada e consulados pela Venezuela continuam operando. O temor dos diplomatas brasileiros no país vizinho era de que uma eventual chancela do governo brasileiro à invasão representasse um risco para suas seguranças em Caracas.

Autorização

O Itamaraty mantém a mesma lógica de não condenar a invasão quando fala do emissário que o governo destacou para o local da crise. Ao enviar o diplomata Maurício Correia, responsável por temas relacionados à imunidade, Araújo explica que quem deixou o brasileiro entrar na embaixada foi Silva. Ainda assim, para evitar aprofundar a crise, Correia buscou uma autorização verbal de Meregote, o representante de Maduro.

Pessoas que estavam dentro da embaixada alertaram que Correia teria tido o papel de resguardar a segurança dos invasores e que, de fato, policiais também entraram no local com essa finalidade.

Araújo aponta para a mesma direção. Segundo ele, a entrada de policiais foi autorizada por Silva, “considerado o legitimo representante da Venezuela no momento do episódio”.

Segundo o chanceler, seu funcionário teve como meta adotar “medidas de contenção que impedissem a deterioração da situação, evitando assim novos confrontos entre os grupos antagônicos”.

Fim da Função

Na carta, o governo reafirma que a embaixadora da Venezuela no Brasil é, desde 4 de junho de 2019, Maria Teresa Belandria. Ela foi indicada por Guaidó. Ao ser designada, portanto, o governo considera que os funcionários da embaixada não teriam mais um papel de representação. “Com isso, encerrou, definitivamente, a função de Freddy Meregote”, afirma o texto.

Como naqueles dias Belandria não estava no Brasil, era Tomás Silva quem ocupava o cargo de chefe.”Portanto, o chefe interino da embaixada – e, por consequência, responsável legal pelas instalações – era o sr.

Tomas Alejandro Silva Guzman, e não Freddy Meregote”, explicou Araújo. Meregote, insistiu ele, “não é e não era encarregado de negócio da Venezuela” e qualquer comunicação que se mantenha com o venezuelano é apenas de caráter “administrativo”.

A crise, segundo o chanceler, foi resolvida “com a saída voluntária” de Silva das instalações da embaixada. Mas o Itamaraty se recusou a dar detalhes das comunicações mantidas desde setembro daquele ano entre Belandria e o governo. No documento, o chanceler apenas lista as visitas da embaixadora, sem detalhar o que foi discutido.

No total, desde sua nomeação, ele esteve no Itamaraty em 17 ocasiões. O governo também se recusou a dar os nomes dos demais invasores, supostamente para preservar sua segurança de suas famílias diante do risco de represálias de Maduro.

or fim, o governo indicou que não vai responder ao comunicado do governo de Maduro, que acusou o Brasil de “atitude passiva”.

Para Glauber Braga, a resposta de Ernesto Araújo “confirma o que presenciamos no dia da invasão da embaixada venezuelana em Brasília: o governo brasileiro não só tomou o lado dos invasores, como legitima essa prática irresponsável e criminosa com as suas posições”.

“O governo Bolsonaro sinaliza a todas as representações diplomáticas no país que não respeita a Convenção de Viena e desafia princípios básicos das relações internacionais, como a inviolabilidade dos espaços diplomáticos e a reciprocidade”, alertou.

“Perigosamente, a política externa subserviente de Bolsonaro aos EUA atenta não só contra a soberania do Brasil, mas também desafia a soberania e a estabilidade dos países de nossa região”, completou.

 

*Jamil Chade – Uol

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Vaza áudio da deputada Carla Zambelli sobre compra de votos na reforma da Previdência

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acaba de divulgar em suas redes sociais, um suposto áudio de uma deputada bolsonarista, que confessa que só teria recebido emendas do governo federal, por ter “votado a favor da reforma da previdência”.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acaba de tornar público um áudio-bomba que mostraria a suposta compra de votos para a aprovação da reforma da previdência no governo de Jair Bolsonaro. No áudio a deputada Carla Zambelli (PSLS-SP) teria confessado ao secretário de saúde da cidade de São Carlos, que só conseguiu verbas para suas emendas, porque votou a favor da reforma da Previdência.

Sâmia disse em seu twitter: “Somado a diversas manifestações públicas de parlamentares e também do governo, o áudio de Carla Zambelli revela que a reforma da previdência só foi aprovada a partir da liberação de dinheiro público para compra de votos. Um verdadeiro esquema sujo de “toma lá, dá cá”.

 

*Com informações do Falando Verdades

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Glen diz que, além de áudios, tem fotos e vídeos que “dão medo nas pessoas poderosas”

No 57º Congresso da UNE, editor do The Intercept reafirmou que revelações da Vaza Jato estão só começando.

“Poderes, segredos e democracia” foi o tema do debate realizado na tarde desta quinta-feira (11), na Universidade de Brasília, como parte da programação 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O principal convidado para a mesa de debates foi o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil.

Greenwald foi homenageado pelo trabalho que sua equipe tem desenvolvido ao tornar pública atuação política da força-tarefa da Lava Jato, revelando o papel de chefe e articulador do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Esse acervo que nós temos é muito poderoso. E o poder dos documentos, fotos e vídeos, e dos áudios que nós temos dá medo nas pessoas que têm mais poder. Esse acervo tem a capacidade de mostrar a verdade. Só isso. E isso está assustando a eles mais do que tudo”, explicou o jornalista.

Também participaram da atividade a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) e a presidenta da União da Juventude Socialista (UJS), Carina Vitral, e o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki.

Presidenta da UNE, Marianna Dias afirmou que a entidade está à disposição para atuar na proteção do jornalista e sua família, que vêm recebendo ameaças desde os vazamentos de áudios em conversas envolvendo o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro e procuradores ligados à operação Lava Jato. Segundo Greenwald, as publicações estão só começando.

O editor do The Intercept Brasil afirmou que a força demonstrada pelas mulheres negras brasileiras, em especial após o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol/RJ), serviu de inspiração para seu trabalho. Greenwald defendeu a importância do jornalismo investigativo, com objetivo de buscar mais transparência nos atos dos governantes.

“Quanto mais eles nos atacam, mais eles mostram o quanto esse tipo de jornalismo é importante”, afirmou, relembrando que chegou a ser alvo de investigação da Polícia Federal, além de ter sido convidado a participar de audiência no Congresso Nacional para dar explicações sobre os arquivos divulgados.

O jornalista, que é casado com o deputado federal David Miranda (PSol/RJ), se disse fortalecido para enfrentar as declarações homofóbicas contra ele e seu marido, com quem tem dois filhos adotados. Sobre esse assunto, o editor do The Intercept alegou que, embora seja duro ouvir xingamentos e ameaças, essas situações são aproveitadas por eles como oportunidade para a construção do diálogo a respeito das questões de gênero e igualdade racial e social.

“Eu quero falar uma coisa: meu marido, David Miranda, cresceu como órfão em Jacarezinho [favela do Rio de Janeiro], como um garoto negro, obviamente com pobreza extrema, e como um menino LGBT. Ele não tem medo de nada, ele não tem medo de ninguém!”, asseverou.

Greenwald deixou ainda uma provocação para guiar a luta do público presente. “Qual tipo de país o Brasil vai ser no futuro? Vai ser uma democracia com uma Constituição, com um Judiciário que funcione junto com instituições que protegem os direitos constitucionais, como os do artigo 5º e todos os outros direitos? Ou vai escolher um outro caminho, um caminho autoritário e fascista e repressivo?”, questionou.

Em sua visita ao Congresso da UNE, o estadunidense deixa uma promessa: a democracia não está perdida. “Você tem o poder para mudar tudo”, afirmou.

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) também participou do debate e falou sobre os direitos garantidos pelo artigo 5º da Carta Magna, como a prerrogativa constitucional que garante a liberdade de imprensa e o direito ao sigilo da fonte.

“Esses que não suportam nenhum direito constituído e consolidado fingem não saber que o artigo 5º, na verdade, garante o seu trabalho como profissional, que é indispensável para ajudar a revelar para o povo brasileiro a farsa que foi montada não somente durante o processo eleitoral, mas que até hoje segue se perpetuando nos espaços de poder no nosso país”, argumentou Bomfim.

A parlamentar se referia às fake news divulgadas em massa desde a campanha eleitoral de 2018, à retirada da corrida eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao fato de o juiz que prendeu o candidato favorito ser nomeado ministro. “Não fosse o trabalho do Glenn, muito dificilmente a gente conseguiria explicar ao conjunto da população brasileira essa farsa política que montaram”, concluiu.

 

*Do Brasil de Fato