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Opinião

Ninguém disse que seria fácil, muito menos Lula

A ocupação militar no governo fascista de Bolsonaro e a ocupação tecnocrata o governo sabotador de Temer só confirmam que tanto o golpe em Dilma, quanto a prisão de Lula, tinham um mesmo objetivo, produzir terra arrasada e dizimar o que, para essa gente, é considerado encosto, o povo.

O último exemplo de como pensava e agia o governo Bolsonaro foi o genocídio dos Yanomami, tudo para explorar suas terras, do ponto de vista mais vil, sobretudo com o garimpo ilegal.

Ou seja, toda aquela campanha de desmoralização de Dilma e, depois, de Lula em que eram assados diuturnamente no Jornal Nacional, era para que o trabalho dos abutres fosse resumido nos negócios, assim surgiram as sabotagens, a instigação ao ódio e a tranca para qualquer forma de desenvolvimento, mais que isso, um NÃO bem sonoro a qualquer benefício endereçado ao povo brasileiro, que é quem paga as contas do Estado.

Nisso, não há nada de pioneiro, vira e mexe a burguesia brasileira quer retomar o controle do país para se ajudar, dirigindo serviços e recursos para os próprios cofres, transformando o Estado numa Camorra federal.

Mas lembrem-se, quem sempre acende o fósforo do ódio que incendeia o país, é a mídia. E ela arregaça as mangas para cumprir sua tarefa.

Por isso o que hoje brota no colunismo de banco dos Mervais da vida, é a retomada das futricas brejeiras em prol do status quo.

Lula sempre soube do que essa plutocracia seria capaz, daí o arco de alianças na eleição e, consequentemente, no governo.

Traições? São previsíveis e não adianta cheirar as pessoas para saber se tem cheiro de traidor, fosse assim, Palocci, sozinho, simbolizaria o escroque, e ele saiu de dentro do PT.

Ou seja, o governo não é uma sociedade com inúmeros acionistas.

Estamos ainda na primeira página de um governo que busca uma sincera eficiência em prol do bem comum que, por si só, é historicamente complicadíssimo por conta da desigualdade produzida pela mesma oligarquia que não aceitará largar o osso na base do beijinho.

Não há qualquer ideologia nas classes economicamente dominantes, quem acreditava nessa profunda ingenuidade e, tenho certeza, não é o caso de Lula, entende agora que o modo da burguesia obter dinheiro nesse país sempre foi um só, o povo planta o milho, colhe o milho, mói o milho, vende o fubá, e o lucro vai para os exploradores às custas das camadas mais magras da população.

É esse o grande triunfo dos que “mandam” nesse país, por isso é bom nos prepararmos para uma dura luta nesse momento, porque, depois que Bolsonaro autorizou e incentivou a escravização de trabalhadores, como se viu no recente caso da vinícola do Rio Grande do Sul e o discurso pró-escravidão de um vereador nazista do mesmo estado, ficou claro que tipo de cultura o inferno que Temer e Bolsonaro produziram nesse país.

Trocando em miúdos, bola para o mato que o jogo é de campeonato.

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Justiça

AGU prepara ‘revisaço’ de posicionamentos de Bolsonaro e Temer no STF

Órgão que defende juridicamente governo federal cria linha de atuação oposta à dos ex-presidentes.

De acordo com a Folha, Órgão responsável pela representação jurídica do governo federal, a AGU (Advocacia-Geral da União) se mobiliza para revisar posicionamentos apresentados ao STF (Supremo Tribunal Federal) durante as gestões Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB).

A ideia é alinhá-los às diretrizes da administração Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em oposição ao que defendiam os governos anteriores, sobretudo em temas ambientais, sociais e econômicos.

Além disso, o órgão tem como proposta diminuir a litigiosidade nessas áreas e buscar soluções negociadas, como acordos, para a maior quantidade de questões.

Sob Bolsonaro, a AGU ficou conhecida pela intensa apresentação de ações no Supremo em nome do presidente, para tentar resolver situações como bloqueios de perfis em redes sociais e revisão de medidas de governos estaduais e municípios contra a pandemia de Covid-19.

Uma das principais mudanças de posicionamento será feita nas ações do que ficou conhecido no Supremo como “pauta verde”, cuja maioria dos processos está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.

As ações foram levadas ao plenário da corte em março do ano passado, quando a ministra afirmou ter visto um “estado de coisas inconstitucional” na política ambiental do país, instituto que permitiria ao Judiciário estipular medidas aos demais Poderes em relação ao tema.

A ministra fez severas críticas ao votar em ações que pediam a determinação ao governo federal da execução de fiscalização e controle ambiental “em níveis suficientes para o combate efetivo do desmatamento na Amazônia Legal e o consequente atingimento das metas climáticas brasileiras assumidas perante a comunidade global”.

O julgamento, porém, foi paralisado por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro André Mendonça, que foi indicado ao cargo por Bolsonaro.

Ao se posicionar, a AGU sob Bolsonaro se manifestou contra as ações. “Mesmo o cabimento de todas essas ações é questionável”, disse, antes do voto de Cármen, o então advogado-geral da União, Bruno Bianco.

“Não houve qualquer descontinuidade no plano de ação para prevenção e controle do desmatamento na Amazônia, mas sim uma evolução para um novo plano nacional de combate ao desmatamento ilegal e recuperação da vegetação nativa para os anos de 2020 a 2023”, justificou.

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Opinião

Para que o Banco Central independente? Para o povo é que não é

O que é e para o que serve o Banco Central independente? Certamente não é para melhorar a vida do povo.

Para todo lado que se olha, enxerga-se a ditadura dos banqueiros que operam em causa própria. É essa a única verdade.

Ninguém, na mídia, atreve-se a dizer que o Banco Central, sob o controle do governo Lula, em seus dois mandatos anteriores, tirou 40 milhões da miséria, pagou o FMI, reduziu significativamente a dívida pública e o Brasil ficou entre as economias mais fortes do mundo, além com a 6ª potência economia do mundo. E mais, Lula e Dilma,  deixaram uma reserva de U$ 380 bilhões, coisa que o Brasil jamais havia experimentado. Simples assim.

Do outro lado, com Temer e Bolsonaro, com o Banco Central independente, o Brasil assiste à tragédia econômica e social instalada, a dívida pública disparou, não se aumentou um níquel sequer das reservas internacionais, ao contrário, Bolsonaro queimou um valor ainda desconhecido, mas certamente não foi pouco, devolveu 33 milhões de brasileiros ao mapa da forme, fato inédito na história de países que conseguiram erradicar a miséria.

Soma-se a isso o desmonte pelo governo Bolsonaro das políticas sociais implementadas por Lula que, além de melhorar, e muito, a vida dos mais pobres, transformou as classes C, D, e E no 14º balcão de negócios do mundo.

A pergunta inevitável, serve a quem o Banco Central independente? Ao Brasil e aos brasileiros é que não é.

E quem defende essa verdade absoluta neoliberal, não sabe por que defende, simplesmente porque essa verdade não existe.

Já para os bancos e rentistas, estes bateram recorde de lucro enquanto o povo estava na fila do osso.

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Opinião

A carapuça de golpista que Lula enterrou na cabeça de Temer, serviu para toda a mídia

A gritaria infrene de Merval Pereira e cia., na mídia, merece nota.

Ninguém quer pagar a fatura do golpe. Merval e Dora Kramer foram os primeiros a se mostrarem atingidos frontalmente pelas palavras de Lula contra Temer.

Ora, a sinuosidade, o labirinto e a complicação que rodeiam o enredo malandro do golpe contra Dilma, é a própria confissão saliente de que a mídia foi parte crucial nessa vergonhosa página da democracia brasileira. Agora, tenta caminhar em zigue-zague para fugir dos justos ataques que sofrem pelos serviços prestados ao fascismo nativo.

O caso de Dora é emblemático, ela sapecou em seu twitter a seguinte fala: “acabei de falar com Michel Temer. Para além da nota reagindo à acusação de golpista, “promete falar a verdade se Lula insistir nos ataques.”

Pronto. Temer arrumou uma cuidadora na mídia, o caso dele está resolvido. Dora provou que, quando não se tem medo do ridículo, as coisas de fato sa4em do controle.

Na verdade, Lula atirou no que viu e acertou no que viu.

A mídia brasileira imita os golpistas militares de 1964, que chamam até hoje o golpe civil-militar de revolução ou contragolpe.

Isso muda a história? Claro que não. Piora e muito. O cinismo nunca foi bom conselheiro em qualquer fato.

Temer foi um canalha. Uma pessoa baixa, peçonhenta e, misturada com Aécio Neves e Cunha, formou a tríade vigarista que armou e deu o golpe na primeira mulher presidenta do Brasil.

Tudo com apoio luxuoso da grande mídia que, no seu circo de horrores, contra a presidenta, lambuzou-se da misoginia.

Então, é desnecessário dizer que foi golpe, até porque foi muito golpe. Foi saudade da ditadura. Foram fartos e múltiplos ataques a uma mulher honrada que estava sendo derrubada pelo esgoto da política e escória desse país, formando um lixo tóxico que fez brotar o fascismo nativo e, junto, o genocida Bolsonaro, que operou para dizimar o povo Yanomami.

Bolsonaro não caiu de paraquedas na cadeira da presidência, ele é a face mais bárbara do golpe em Dilma, tanto que, no dia da votação do impeachment, ao lado do seu filho marginal 03, homenageou o torturador Brilhante Ustra diante do silêncio obsequioso da grande mídia

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Opinião

Para o Estadão, Dilma não sofreu golpe, tudo feito dentro da lei pelos ilibados, Cunha, Aécio e Temer

Sejamos amenos com os senhores feitores do baronato midiático.

Quando alguém do Estadão escreve uma história de meia página e não explica o processo, apresenta um pensamento à míngua.

Agarrado ao antipetismo, o Estadão chicoteia as costas da verdade com uma publicação que melhor dá uma explicação do porquê o Brasil chegou ao fascismo bolsonarista.

Com uma pitada de arte do contorcionismo, o Estadão usa o açúcar de uma suposta legalidade para utilizar as falácias básicas, típicas de quem usa ingredientes “legais” para se agarrar a um galho fraco que não aguenta o pouso de um mosquito.

O que pode ter de legal no processo de impeachment contra Dilma, comandado por Eduardo Cunha, Aécio Neves e Michel Temer, que forma a santíssima monarquia da picaretagem nacional?

Para o Estadão, essas três figuras, que nem vale a pena recordar a ficha corrida, garantiram a integridade do golpe do impeachment. Lógico, a coisa ainda passou pelas mãos da estrambótica bolsonarista, Janaina Paschoal, num daqueles repiques de quem explica o que não se explica, O Estadão faz uma zorra linguística caricaturada das bocas malditas, ofendendo a inteligência alheia para entoar uma mentira na base do tranco.

Ora, se Dilma foi totalmente absolvida pela justiça da acusação de pedalada fiscal, por que o Estadão afirma o oposto, utilizando como espelho os arquitetos do golpe?

Sim, a má digestão do Estadão sobre tal tema, emoldurado por esse assunto, é refluxo de quem não consegue digerir a ideia de que não mantém o monopólio oficial das verdades absolutas e, claro, o senhor barão do Estadão abandona a etiqueta republicana e diz que a verdade não pode ser dita pela imprensa oficial.

Para o jornalão e seu arroto editorial, isso é uma declaração de guerra contra a verdade.

O fato é que o telescópio do jornal dos Mesquita, reza por uma alegoria miúda, enfadonha, dissimulada e totalmente desfocada, um aviso tosco para que o governo Lula não meta a mão em cumbuca midiática, do contrário, os imperadores da “verdade” reagirão.

*Imagem em destaque: O Grito

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Opinião

Mídia quer reeleger Bolsonaro porque ele está politicamente anêmico e vira presa fácil da oligarquia

O que a própria mídia diz é que, se houver de fato o segundo turno, será uma nova eleição, e com razão, o que deixa claro por que está neste momento apoiando sistematicamente Ciro e Tebet, para que eles possam impulsionar a ida de Bolsonaro para o segundo turno, impedindo que Lula ganhe no primeiro.

Para a mídia, interessa que Bolsonaro permaneça como está, assim como foi Temer, sem apoio popular e empencado de denúncias de corrupção, para que o sujeito coma em sua mão.

E é com essa visão de quem já sabe que Bolsonaro tomou um sossega leão, é que a mídia pretende barrar a volta de Lula para que Bolsonaro, que trabalhou como cão de guarda da oligarquia, através de Guedes, siga piorando cada vez mais a vida dos trabalhadores em prol do lucro dos milionários, porque esse sempre foi o objetivo da mídia industrial no Brasil.

O máximo que os Marinho entendem de política social é o Criança Esperança, projeto feito na base de renúncia fiscal e de quem quer se promover às custas da miséria alheia.

É a volta da esmola no sábado, tradicional entre comerciantes num país colonial, que foi largamente utilizada no período da ditadura militar.

Para essa gente, não interessa que o Brasil tenha qualquer fruto comercial no exterior, além dos interesses da oligarquia.

O Brasil província sempre deu grandes lucros à elite escravocrata, por isso, não  sem motivos, foi o último país a abolir a escravidão. Se dependesse dessa gente, o Brasil sequer teria indústria de base, menos ainda petróleo, que fará ter autonomia nesse setor.

No Brasil, não há uma escala que diferencie, do ponto de vista intelectual, o dono da birosca com o grande industrial, a essência do pensamento dos dois é a mesma, com uma diferença, um não está preocupado com as questões sociais por conta de sua própria sobrevivência em função dos seus parcos lucros. Já o outro, sendo parte da oligarquia rentista, vive dentro de uma ilha de prosperidade num mar de iniquidade e não tem o menor interesse em saber a vida concreta de quem ele explora comercialmente e explora a mão de obra. Ou seja, ele esquece qualquer conceito que esse universo possa ter de país, de desenvolvimento, de futuro, de pesquisa, de nada que não seja lucro imediato.

Bolsonaro não chegou ao poder por acaso, é o jumento perfeito que, em nome da ambição, põe até a mãe em seus rolos, é uma presa fácil e enfraquecido politicamente, em comparação a 2018, e vai virar um Temer, um rato colocado no poder após o golpe em Dilma para fazer o serviço sujo que fez e ampliar os ganhos dos famosos homens ricos, brancos e velhos.

Não tenham dúvidas, a mídia, daqui por diante, vai mergulhar de cabeça de vez na disputa eleitoral para a presidência da República, primeiro anabolizando as candidaturas de Ciro e Tebet para que Lula não vença no primeiro turno e, no segundo turno, partir para o tudo ou nada para reeleger Bolsonaro, e este, transformar-se numa espécie de Quincas Berro D’água.

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Política

Ruína institucional é legado deplorável dos Anos Temer-Bolsonaro. Remover esse entulho é desafio da campanha para o Congresso

Por Luís Costa Pinto, do 247 – Por seis meses, em seu primeiro mandato, o ex-presidente Lula conviveu com Geraldo Brindeiro como procurador-geral da República. Esgotado o mandato daquele que se perpetuou como “engavetador-geral”, em de 30 de junho de 2003 tomava posse na PGR Cláudio Fontelles, o mais votado da lista tríplice entregue pelos Subprocuradores-gerais à Presidência.

Ao nomear Fontelles, Lula inaugurou a tradição – só seguida por ele e por Dilma Rousseff – de prestigiar a decisão autônoma do Ministério Público Federal. Em 2005, o escolhido foi Antônio Fernando de Souza, que meses depois tentaria virar uma espécie de “paladino” anticorrupção patrocinando ações espetaculosas no âmbito do “escândalo do mensalão”.

Passaram-se dois anos e Antônio Fernando traiu a categoria, apresentando seu nome para novo mandato e sendo o vitorioso em nova lista tríplice. Lula o nomeou, quando podia não fazê-lo se tivesse usado os métodos que Michel Temer consagraria no futuro – fazendo de Raquel Dodge, segunda mais votada na lista a seu tempo – a escolhida para o posto depois da usurpação do poder na esteira do golpe de 2016. Com desfaçatez inédita, Bolsonaro superou Temer nomeando e renomeando Augusto Aras, que sequer se submeteu ao escrutínio dos Subprocuradores federais, em 2019 e em 2021.

Há que se perguntar, numa remissão histórica e olhando para trás, a Lula e a Dilma Rousseff, a ex-presidente que nomeou Roberto Gurgel, sucessor de Antônio Fernando e patrocinador da denúncia da Ação Penal 470 (Mensalão) no Supremo Tribunal Federal em 2011, e Rodrigo Janot, o permissivo PGR que viu nascer e deu asas à “Força Tarefa da Lava Jato”: valeu a pena seguir a institucionalidade?

Desarmar os espíritos nas Forças Armadas: o 1º grande desafio de um eventual 2º mandato

Em seu primeiro dia como ministro da Defesa durante o 2º mandato de Lula, cargo no qual se manteve no início do 1º governo de Dilma, o advogado, ex-deputado e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nélson Jobim rebarbou o auto convite de um general, que se incluiu num voo do ministro e de outros assessores sem pedir permissão ao chefe. “Fiz a lista de todos que iremos na viagem”, comunicou o militar a Jobim. “Você não vai” respondeu o ministro da Defesa ao subalterno fardado. Quando o general quis saber o motivo, ouviu a resposta: “as listas de embarque, eu faço”. E mais não se falou, mas, ficou claro a partir do episódio quem mandava na agenda.

Jobim foi o sexto brasileiro a ocupar o Ministério da Defesa. Todos antes dele eram civis. Depois dele, outros quatro civis sentaram na cadeira de comando das três forças militares até que em 27 de fevereiro de 2018, na esteira do impeachment sem crime de responsabilidade (ou seja, golpe), Michel Temer nomeia ministro da Defesa o general da reserva Joaquim Silva e Luna. Já sob Jair Bolsonaro, os generais (também da reserva) Fernando Azevedo e Silva e Walter Braga Netto, atual ministro, ocupam o posto.

Braga Netto pôs na cabeça que deveria ser o nome escolhido para a vice-presidência na chapa com Bolsonaro. A partir daí, abriu-se uma disputa no Exército, na Marinha e na Aeronáutica pela sucessão no Ministério da Defesa. Os almirantes-de-esquadra são os mais animados com o mimo – acham que chegou a hora de um deles sentar na cadeira de coordenação e de comando das três armas. Os generais-de-exército não querem perder a primazia (e a boquinha). Brigadeiros-do-ar assistem à disputa de longe (e do alto da própria arrogância, uma vez que se sentem profissionais mais qualificados que os “irmãos de farda”).

A pergunta que se impõe, no caso, é um pouco diferente: como retornar à institucionalidade? Qual o preço, na moeda “tensões internas”, que o Brasil está disposto a pagar para regressar à razoabilidade de ter civis no comando da Defesa?

Auditores da Receita vivem o pior momento de uma das mais qualificadas carreiras de Estado

Em 2007, durante o 2º mandato de Lula (PT), foram unificadas as estruturas da Receita Federal e da Receita Previdenciária. Criou-se, a partir dali, uma estrutura única de Receita Federal do Brasil, antiga reivindicação de uma das mais qualificadas carreiras de Estado do País. A partir de então, toda a arrecadação de impostos federais e contribuições tributárias de matriz previdenciária passou a ser centralizada na Receita Federal.

“O bom cobrador de impostos é aquele que impõe medo no mau contribuinte, fazendo-o ao menos pensar duas vezes antes de virar sonegador”, costumava dizer Osiris Lopes Filho, secretário da Receita Federal sob o governo Itamar Franco. Osiris pediu demissão quando viu dificultada sua missão de fiscalizar a Seleção Brasileira de 1994, no momento em que os heróis do tetracampeonato mundial de futebol pousaram em solo nacional (no Recife) depois da conquista da Copa do Mundo. Já ali, a reivindicação de autonomia, unidade de ação e reconhecimento de duas das mais preparadas e melhor remuneradas categorias de servidores públicos tentava se impor. Só nas administrações petistas as agendas tiveram consequência prática.

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Opinião

Para Temer, fracasso de Bolsonaro é a continuação do seu fracasso

No Brasil, os políticos de direita disputam a paternidade do fracasso. Isso costuma dar muito ibope na mídia que sempre teve uma queda pelos fracassados rancorosos.

Não é sem motivos que FHC saiu do governo com uma das rejeições mais altas da história da presidência da República e é tratado como mago da economia nacional pelo baronato midiático. Por isso tem tanto orgulho do seu fracasso de entregar para Lula um país aos cacos, sem um tostão furado nos cofres públicos, mesmo depois de ter torrado, a preço de banana, várias estatais estratégicas do país.

E se FHC pode fazer um discurso gabola do seu magnífico fiasco, Temer também pode. E foi com esse espírito que, numa dessas falas de salão, ele felicita Bolsonaro pelo retumbante fracasso de seu governo, mas sublinha que o fracasso de Bolsonaro é a continuação do seu fracasso.

Todos nós sabemos que o fracasso de Temer é a retomada da linha de pensamento econômico de FHC que, por sua vez, foi a continuação de Collor e, por isso, quebrou o Brasil três vezes em oito anos.

Mas não para por aí, Dória e Moro já estão nas redes apresentando seus programas de campanha mostrando que podem fazer pior, para a felicidade dos fracassados rancorosos.

Dória fala em privatizar tudo, e Moro fala em copiar Dória.

É nesse nível.

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Política

O que sobrará de Bolsonaro até o fim de 2022?

Antes de falar no avançado estado de decomposição de Bolsonaro e perguntar o que sobrará dele até outubro de 2022, vamos a alguns detalhes: Datafolha: Lula é melhor presidente da história para 51%, e Bolsonaro, o pior para 48%.

Como se pode observar, Bolsonaro tem a coerência do histórico da direita no Brasil: Nenhum presidente de direita saiu com mais aprovação que reprovação. Sempre perderam pra eles mesmos.

A direita está sempre em disputa interna quando o assunto é o pior presidente. FHC, Collor, Figueiredo, Sarney, Temer e Bolsonaro estão sempre se estapeando pra ver quem foi o pior aos olhos do povo.

Diante dessa inquestionável realidade, a pergunta é inevitável, sobretudo porque a montanha de estupidez de Bolsonaro até lá deve dobrar de tamanho. O sujeito tem uma inteligência inferior à de um chimpanzé. E muita gente esquecerá, por razões óbvias, que um dia chamou esse animal de mito.

Mesmo que não haja um ponto de vista concreto numa diferenciação dos números de reprovação de seu governo em relação a outros presidentes de direita, resultante de verdadeiras hecatombes sociais e econômicas provocadas por gestões mórbidas, Bolsonaro ainda tem muito carvão para queimar até outubro e tem talento suficiente para ser coroado como a besta das bestas, como o estúpido dos estúpidos, o maior dos maiores imbecis da história do Brasil.

O sujeito tem luz própria quando o assunto é nulidade, incapacidade de um pensamento minimamente racional. Bolsonaro sempre teve orgulho de sua burrice, acompanhado de uma vagabundagem que não lhe permitiu em todos esses anos de vida pública produzir uma única centelha que pudesse ser chamada de trabalho, mesmo no sentido figurado.

Mas todos sabem que ele é um inútil orgulhoso. E aqui nem se fala no mar de corrupção e demais crimes cometidos por ele e todo o clã, muito menos comparando Bolsonaro a qualquer outro infame presidente de direita e seus retumbantes fracassos na gestão da coisa pública, é Bolsonaro com Bolsonaro, osso com osso.

E tudo indica, como já mostra seu arrastado mandato, que aquele que já foi um dia mito dos tolos, terá nesse ano de 2022 sua pior performance. E lógico, deixará o país numa situação gravíssima, tanto que a pergunta que mais se faz é, que resto de país Bolsonaro deixará quando for cuspido da presidência da República?

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A Globo que apoiou todos os golpes no Brasil e na América Latina, tenta fazer de Lula um tirano

Como já foi dito aqui no Antropofagista, a Globo, assim como o restante da grande mídia, seguirá todos os passos que deram à Jovem Pan o título de esgoto jornalístico brasileiro, com seu caráter absolutamente fascista.

Incomodada com o sucesso de Lula na Europa, que expôs para o mundo a oligarquia brasileira tradicionalmente golpista, a quem a grande mídia brasileira serve, somado à guerra fratricida nos últimos suspiros do PSDB para desatar qualquer freio civilizatório, ela parte com unhas e dentes pra cima de Lula e do PT, como é especialidade da nossa saturada grande mídia.

Quem imaginou que ela viria com uma esporazinha meia sola para defender candidaturas semimortas da chamada terceira via, enganou-se. A mídia, que já provou que não tem limites, apoiando não só a ditadura militar brasileira, mas todas as ditaduras militares da América Latina, suas torturas e assassinatos, agora aparece como “guardiã da democracia” para, de braços dados com o gabinete do ódio bolsonarista, partir para a fake news numa tentativa de amaldiçoar a candidatura de Lula, já que toda a direita brasileira que não encontra refresco e nem relento na sociedade por seu histórico trágico no comando do país, vê-se diante de uma pinguela na beira do barranco.

Por isso toda a mídia cerrou fileira para editar uma entrevista que Lula deu ao jornal espanhol El País, tentando colocar cabelos compridos em casca de ovo.

Folha, Globo, Estadão também não esconderam as unhas da onça e, sem o menor pudor, criaram uma versão oposta a tudo o que Lula disse, apostando sempre na velha máxima de passar para a sociedade uma informação confusa para ser confusamente entendida, fabricando delitos, botando palavras na boca de Lula, com uma única preocupação, distorcer vergonhosamente o que ele disse às repórteres do El País a respeito de Ortega.

Essa gente nem disfarça que, em nome dos interesses da burguesia mais bronca e rude do planeta, resolveu atacar de forma uníssona Lula e o Partido dos Trabalhadores, ao mesmo tempo em que tece elogios a um fascista declarado como Sergio Moro que queria emplacar um lei que daria aos agentes do Estado garantia de impunidade, caso matassem um inocente.

Até o mais estúpido dos seres sabia que as ovelhas dessa caçada de Moro seriam os pobres e pretos desse pais, moradores de favelas e periferias.

E a maldita Globo ainda tem a pachorra de dizer, com todo o seu histórico de arquitetar golpes no Brasil, junto com milicianos, ditadores e bandidos corruptos como Eduardo Cunha, Aécio e Temer, que está preocupada com a vitória de Lula e ele instalar o autoritarismo no Brasil.

Imaginar que a Globo, que foi contra até as Diretas Já, em que Lula e outros líderes perseguidos e presos pela ditadura, lutavam por eleições diretas, é algo que nos causa mais engulhos, mais vômitos diante do ataque da emissora a Lula em nome da “democracia”.

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