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Vídeo: Lacaio de Bolsonaro, Alexandre Garcia diz que pandemia é invenção da OMS para beneficiar a China

Diante de uma crescente preocupação da maioria das pessoas no Brasil e dos próprios sanitaristas com as consequências da desigualdade no país e com a multiplicação de infectados pelo coronavírus, Alexandre Garcia entra na campanha e atiça os terraplanistas, botando lenha no bolsonavírus, a pretexto de tratar da pandemia como algo banal, de que tudo não passa de uma conspiração que vai gerar uma enorme riqueza para a China.

Não sei se Alexandre Garcia acredita no que falou, ele é suficientemente rato para fazer o discurso de acordo com a situação, melhor dizendo, conforme o dinheiro que recebe para tal, mesmo que ele próprio ache o que diz é um absurdo.

Todos sabem que Garcia nunca foi um jornalista de princípios, ao contrário, sabujo da ditadura e da Globo, ele é seguramente um dos mais execrados sujeitos da história do jornalismo brasileiro.

Ninguém esperaria dele preocupação com a população, mas chegar ao ponto de soltar uma teoria da conspiração infame como esta, em pleno surto do coronavírus, crescente no mundo, merecia cadeia.

Agora, que é um militante do bolsonarismo tosco, rude e bárbaro, Alexandre Garcia ultrapassou todos os limites da falta de caráter, transformado-se num multiplicador de fake news sem o menor constrangimento. Tudo em nome da sua conta bancária mais polpuda.

Convenhamos, o camarada tem talento para o mau-caratismo mais repugnante.

Assistam ao vídeo:

https://www.facebook.com/yoko.suzuki3/videos/2967370923325704/?t=17

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Terraplanistas prometem juntar a maior quantidade de velhos peidorreiros por metro quadrado no dia 15

A velharada amiga do coronavírus vai à guerra por Bolsonaro!

Aquela velharada peidorreira que encherá o ar das ruas com suas flatulências contagiosas no próximo domingo, promete infestar o ambiente com peidos azedos e cheios de vírus de todos os tipos.

Todos sabem que um dos principais Sintomas Digestivos na Terceira Idade, é a flatulência.

Ao redor dos 50 anos, o estômago e os intestinos passam a produzir menos sucos digestivos, o que leva a uma diminuição na velocidade da digestão. Na 3ª idade, o suco gástrico fica menos ácido e o esvaziamento do estômago fica mais lento. Há diminuição de afluxo de sangue para todo o aparelho digestivo e a movimentação do intestino diminui.

Aí, é um salve-se quem puder!

Não há nada que possa tornar um ambiente mais tóxico.

A constipação intestinal é a principal característica de um bolsonarista de manifestação pela idade avançada da maior parte dos rancorosos terraplanistas.

Então, já sabe. Quem quer ficar longe do coronavírus, mantenha uma distância quilométrica do ajuntamento dos “patriotas” verde e amarelo, porque o céu vai virar uma borra de café num raio de 5 quilômetros que não haverá máscara que segure o bafio pestilento da pantomima bufa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Com o samba mais bonito do ano, setores religiosos conservadores querem censurar a Mangueira

A cidade do Rio de Janeiro está à espera de dois milhões de turistas no carnaval, mostrando que o grande cartão postal cultural do Rio são as escolas de samba. A Mangueira, a escola mais querida no Brasil, é responsável por atrair milhares desses turistas que invadirão a cidade durante o carnaval.

Os hotéis da orla da zona sul estão com lotação completa para o período. Bares, restaurantes lotados e a própria geração de empregos no setor de serviços mostram que o carnaval no Rio é uma fonte riquíssima de emprego e renda.

A questão central é que o carnaval é o que é e, por isso mesmo, atrai tantas pessoas de tantos lugares do Brasil e do exterior.

Por mais que tenha em seu simbolismo algumas distorções promovidas pelo interesse comercial da Globo, o desfile das escolas de samba, transmitido para mais de 100 países, é o ponto alto da maior festa popular do planeta ou do maior evento cultural da terra.

Mas este ano, seguindo a linha dos terraplanistas, nazistas, fascistas, bolsonaristas, setores religiosos conservadores cismaram de censurar o espírito carnavalesco da Mangueira, que é, como sempre foi, crítico em seus enredos.

Segundo Ancelmo Gois, no Globo, uma carta assinada por 21 entidades religiosas, lideradas pela arquidiocese do Rio, direcionada a Jorge Castanheira, presidente da Liesa que, mesmo sem citar nominalmente a Mangueira, pedem, de forma absurda, que eles sejam consultados pelos enredos, numa clara comissão de censores religiosos que querem agora nos devolver ao período da ditadura militar e dizer o que pode ou não ser cantado nas ruas do país. Era só o que faltava!

Em nome de um suposto princípio da boa fé, tolerância, imagina isso, e respeito, pedem que sejam ouvidos com o intuito de instá-los a observar atenciosamente o próximo desfile para que seja realizado de modo a não ofender, chocar, agredir ou encarnecer a fé de centenas de milhões de brasileiros.

Isso porque o samba da Mangueira começa com uma frase lindamente poética que diz:

Mangueira Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Basta esse poema carregado de verdade história para detonar a hipocrisia de conservadores que usam a religião como biombo para reprimir a liberdade de expressão do povo, dizendo logicamente que não é esta a intenção.

Entre os tais religiosos, estão, entre outros, a Associação Nacional de Juristas Islâmicos, Federação Israelita do Rio, Budismo Primordial e etc.

O fato é que escola de samba nenhuma enfia o bedelho na crença de ninguém, não pede a entidade nenhuma que conduza seus sermões a partir dos conceitos do samba. Por que o samba deveria abdicar da liberdade poética para atender aos bisbilhoteiros da fé alheia em nome de um respeito que os próprios não têm pela liberdade de expressão?

Que esse absurdo seja repudiado por todos. Já não basta a Damares, Bolsonaro e o pirado da Funarte que disse que o rock é satânico? Ou esses senhores, que se acham o oráculo da fé, são parceiros do texto nazista lido Roberto Alvim que lhe custou a cabeça falando na grande arte, na arte nobre?

*Carlos Henrique Machado Freitas

Assista ao vídeo:

[Enredo: A Verdade Vos Fará Livre]

Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente

Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil

Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão

Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão

Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão

Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade

 

Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca · Esse não é o compositor?

 

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Vídeo: Em desespero, Olavão propõe a criação do exército bolsonarista para salvar o governo do desmoronamento

Em termos de paranoia e mistificação, o astrólogo da carochinha, Olavo de Carvalho é o campeão.

Na verdade, Olavo é a própria pintura da classe média brasileira, que só deixará de ser um pastiche no dia em que não mais existir.

Qual é o segredo do gênio revelado nesse vídeo para salvar os sobreviventes da canoa virada do governo Bolsonaro? Olavão tem a resposta com a força de uma verdadeira obra de arte, interpretar a situação atual do país fora da luz das teorias, porque afinal o mestre dos terraplanistas, defendendo com ferocidade que ataquem a mídia e quem se opõe ao governo Bolsonaro, propõe a criação de um exército exclusivamente formado por bolsonaristas para esmagar com processos quem fizer críticas ao falido governo.

Olavo diz que Bolsonaro está sendo sufocado pelas forças do mal, Saci Pererê, Mula sem Cabeça, Curupira e outras formidáveis lendas nativas, numa conspiração interplanetária plasmada pelo Foro de São Paulo para frisar que o Brasil é comunista. Ou seja, o frenesi do mago espera que uma ação divina forme um exército tão potente que faça voltar os empregos, uma economia pujante e a melhora de vida do povo brasileiro, sim, porque é isso que provoca a queda de popularidade e apoio ao governo Bolsonaro no grosso da sociedade.

Olavão também pede para seus seguidores mais casca grossa esquecerem essa história de combate à corrupção, o negócio é combater os comunistas uniformemente, imprimindo em tudo o cunho antipetista e antipsolista, porque a questão já não é mais direita versos esquerda, mas bolsonarismo versos comunismo. Lógico que esse papo de combate à corrupção a essa altura do campeonato em que clã está afundado em denúncias, tem mesmo que sair de cena para que a coisa não se torne mais trágica do que já está.

Numa coisa sobre si mesmo, Olavão, a nossa maior caricatura civilizatória, não deixa dúvida sublinhando com suas paspalhices que ele acha que o governo Bolsonaro está nas cordas, prestes a se estatelar na lona.

Isso pode ser um bom sinal.

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Depois de um ano e meio de prisão, Lula se transforma num gigante e Moro, num anão

Se, de um lado, Lula ganha cada vez mais espaço na imprensa internacional, ocupando as capas dos maiores jornais do mundo, Moro, por sua vez, aparece em uma foto publicada pelo próprio, no hospital fazendo rapapé em Bolsonaro. Hoje, o político mais espinafrado do mundo.

Basta isso para afirmar que, ironicamente, a prisão de Lula fez bem para a sua imagem e fortaleceu suas ideias, que vão ganhando cada vez mais espaço no mundo. Já Moro, é de dar dó. Transformado em anão moral pelas próprias práticas lesivas à democracia, agora está reduzido a uma montaria de Bolsonaro e de generais terraplanistas do mundo napoleônico.

Hoje, dentro do governo Bolsonaro, uma louca como Damares tem muito mais prestígio que Moro que está asfixiado politicamente, cabreiro, cauteloso, mantendo-se distante dos holofotes da mídia que tanto lhe promoveram, está desnudado e reduzido a relíquia do museu do ódio, conservado em formol.

Lula, por outro lado, de dentro do seu cárcere, levanta a bandeira da esquerda em toda a América Latina, move o xadrez político na região com uma elegância própria dos mestres.

Na verdade, Lula jantou Bolsonaro e Moro juntos, essas excrescências inúteis, são resultado da campanha de ódio promovida pela grande mídia brasileira. Mas a casa caiu e Lula novamente poetizou o discurso político, conduzindo o debate para o grande sonho de fraternidade, sem abrir mão da indignação contra seus algozes, porque são algozes do povo, porque são cruéis com os pobres, porque subvertem a lógica humana, cristalizando a ideia de que o Estado não tem que repartir riquezas e oportunidades.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Luis Roberto Barroso, o ideólogo da barbárie

Barroso: falta alguém em Nuremberg, por Luis Nassif

Do lado direito do ringue, Gilmar Mendes, com sua fala sem rodeios, sem verniz, de uma objetividade chocante. Do lado esquerdo, Luis Roberto Barroso, diligente aluno de coaching, com seus maneirismos, falas ensaiadas, assobiando as sílabas, como quem toma sopa com colherzinha, para não expor a boca aberta, e regurgitando frases de efeito em favor do bem e da verdade.

Nesses tempos de sociedade do espetáculo, de avaliações superficiais, de manchetes profundas como mensagens de Twitter, se perguntasse a um leigo quem representava, ali, o Iluminismo e quem era o agente da barbárie, não haveria dúvidas: Barroso era a civilização, Gilmar a barbárie. Engano fatal!

Agora, o desnudamento da Justiça pelo dossiê The Intercept vai repondo os fatos no devido lugar. Cada capítulo do caso The Intercept é uma facada a mais na existência do Ministério Público Federal independente. Só um modelo institucional disforme para colocar nas mãos de figuras tão inexpressivas o destino da democracia brasileira, deixando o país sob o comando de um presidente suspeito de participação na morte de uma ativista política, tendo como blindagem o juiz que se consagrou como o símbolo da anticorrupção.

Há relação direta entre os procuradores imorais, retratados nos diálogos de hoje da Folha, e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, que autorizou a censura em uma feira de livros. E ambos têm como inspirador intelectual Luis Roberto Barroso, o Ministro que sancionou todos os abusos.

Foi Barroso quem trouxe as ideias de Constituição viva, sujeita às interpretações dos julgadores, que deveriam – subjetivamente – adaptá-la aos novos tempos e atender o clamor das ruas. É o aval ao qual recorreu um desembargador obscurantista para esquecer a Constituição e instituir a censura em uma feira de livros.

Desde que os ventos mudaram, consagrando o ódio e a revanche, Barroso se tornou um discípulo do juiz Charles Lynch, que consagrou esse tipo de interpretação da lei em Virgínia, EUA, em fins do século 18.

Assim como Barroso, Lynch criou sua própria lei ouvindo as vozes da rua. Quando os legalistas se insurgiram contra seus métodos, Lynch, outros juízes de paz, e seus milicianos, os prenderam, submeteram a julgamentos sumários em um tribunal informal. As sentenças incluíam açoites, apreensão dos bens. Essas selvagerias foram, depois, legitimadas pela Assembleia Geral de Virginia, em 1782. E consagraram o termo linchamento que acabou ressuscitando as práticas inquisitoriais.

Como leigo, acompanhei as discussões sobre a chamada hermenêutica do direito (ou seja, a interpretação das leis), entre os que entendiam a lei como um livro aberto, podendo ser interpretada livremente pelo julgador, e os que tratavam a lei como uma doutrina rígida, à qual o julgador teria que se submeter.

De um lado, Barroso; de outro, Lênio Streck e Gilmar Mendes.

Todo jurista tem que ser um profundo conhecedor da história, da ciência política, das ciências sociais, porque não existe o direito dissociado do mundo real ou de outras formas de conhecimento.

Sempre me surpreendeu, de um lado, a extrema superficialidade de Barroso, escandindo estereótipos de orelhas de livro, manipulando estatísticas em defesa de suas teses – como suas declarações sobre ações trabalhistas e sobre revisões de penas pelo STF. Nos seus escritos, o brasileiro é um indolente, apregoando falsas intimidades, recorrendo às pequenas malandragens, e com os direitos atrapalhando a produtividade.

O problema não é nem o preconceito e o conservadorismo entranhado, mas a extrema superficialidade das análises, típica de quem sempre tratou o direito de forma utilitária, adaptando-o para cada caso que defende – uma característica de advogados e pareceristas contratados, jamais de um jurista, menos ainda de um Ministro do Supremo.

No outro campo, Lênio esbanjando uma enxurrada de erudição, sofisticação analítica, solidez nos argumentos, capacidade única de levantar vários ângulos do tema tratado e estimular raciocínios e, especialmente, um respeito absoluto pela ciência do direito.
Lênio se tornou uma espécie de pensador maldito, assim como jornalistas, economistas, cientistas sociais que pensam fora da caixinha. E, aí, me dou conta de que há anos o Brasil fez a opção preferencial pela mediocridade. E nem me refiro aos terraplanistas, estes são apenas o reflexo de uma sub-elite intelectual que abdicou de pensar.

De seus pares, ouço que Michel Temer foi um constitucionalista medíocre; Alexandre de Moraes apenas um compilador de sentenças do STF e Barroso um constitucionalista mais consistente. Como pode um jurista sem nenhum conhecimento aprofundado de ciências sociais, filosofia, economia, antropologia, ser tratado como um grande constitucionalista?

Mesmo assim, seu pecado maior não é a superficialidade.

No futuro, quando o Brasil tiver seu tribunal de Nuremberg, que não se fixe nos Sergio Moro, Marcelo Bretas, no Desembargador Claudio de Mello Tavares, no genocida Wilson Witzel, nos procuradores da Lava Jato. Será preciso avaliar corretamente o peso das ideias na construção das barbaridades legais. As ideias matam mais do que as milícias.

Esses tempos de barbárie tiveram um ideólogo central: Luis Roberto Barroso.

* Falta Alguém em Nuremberg, título de um livro de David Nasser denunciando a participação de Felinto Muller nos crimes do Estado Novo.

 

*Do GGN