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Política

A mensagem de WhatsApp de Carla Zambelli a Bolsonaro

Carla Zambelli enviou mensagem de WhatsApp ao ex-presidente Bolsonaro com questionamentos em relação a fatos ocorridos pós-eleição.

Em meio ao período sabático que passou nos Estados Unidos após deixar a Presidência, Bolsonaro recebeu um WhatsApp de Carla Zambelli. Na mensagem, em fevereiro, a deputada ressaltava ser uma de suas mais fiéis apoiadoras. E demonstrava incômodo com relatos, publicados na mídia, de que o ex-presidente estaria irritado com ela.

Zambelli também cobrou Bolsonaro. Disse que ele deveria ter dito com clareza a seus seguidores, após a derrota eleitoral, que aceitassem os resultados das urnas.

Tal medida, ponderou, evitaria o desgaste de parlamentares, como ela própria, e de militantes que contestaram as eleições. Em Orlando, Bolsonaro abriu a mensagem. Leu tudo. Mas não respondeu.

Poucos dias depois, ainda em fevereiro, foi procurado pela CNN para comentar uma entrevista que a deputada acabara de conceder ao jornal Folha de S. Paulo. O teor era semelhante ao do texto que havia lido em seu WhatsApp, acrescido de alguns acenos de Zambelli ao STF.

Questionado, Bolsonaro foi direto: “Não li nem vou ler (a entrevista)“.

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Política

Briga generalizada no WhatsApp: deputados do PL trocam xingamentos sobre voto na Reforma Tributária e ameaçam saída do partido

Líder da sigla, Altineu Côrtes decidiu bloquear o grupo após desentendimento generalizado.

Três dias após se dividirem na votação da Reforma Tributária na Câmara, deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, decidiram lavar a roupa suja em um grupo de WhatsApp da bancada. Mensagens obtidas pelo Globo e confirmadas por cinco dos envolvidos mostram uma discussão acalorada neste domingo, com xingamentos, acusações e até ameaça de saída da legenda.

Após a discussão no grupo, alguns parlamentares favoráveis à reforma admitem a possibilidade de pedir à Justiça para deixar o PL sem ferir a regra de fidelidade partidária. Eles são minoria no partido, que tem 99 deputados e se tornou o maior da Câmara após a filiação em massa de aliados de Bolsonaro. Na votação em primeiro turno da proposta que muda o sistema de impostos do país, a sigla deu 20 votos a favor, enquanto 75 foram contrários.

Na tarde deste domingo, diante do debate acalorado, o líder da sigla, Altineu Côrtes (PL-RJ), decidiu bloquear o grupo. Assim, ninguém mais foi permitido a enviar mensagens.

Já era tarde. Expressões como “melancias traidores” (comunista) e “extremistas” deram o tom da nova realidade da sigla: “Tá igual o PSL”, comentou um dos deputados. Antes de se fundir com o DEM, o PSL se desintegrou em 2019 após apoiadores fiéis a Bolsonaro e outra parte da bancada entrar em uma briga fratricida.

Antes de bloquear o grupo, Côrtes informou aos parlamentares que conversaria com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com Bolsonaro, sobre a situação. Procurado, ele não quis comentar a briga entre os deputados.

A discussão no grupo do PL esquentou quando Vinícius Gurgel (PL-AP) passou a reclamar de “extremistas” e da perseguição aos 20 parlamentares favoráveis à reforma nas redes sociais — Gurgel foi um dos deputados da sigla que apoiaram a proposta. Segundo um deputado próximo a ele, o acirramento dos ânimos vem desde a votação do arcabouço fiscal.

“Só não fico ofendendo nas redes sociais quem vota de um jeito, então peço respeito, cada um tem seu eleitor!”, escreveu o parlamentar, que tentou se diferenciar dos bolsonaristas: “Não sou esquerda e nem de direita, sou conservador somente! Se quiserem pedir minha suspensão de comissões, expulsão, do jeito que vier tá bom! Não é comissão que vai me eleger!”.

Fiel apoiadora de Bolsonaro, Julia Zanatta (PL-SC) atribuiu as reclamações à atitude de quem fica “choramingando”. “Não sei por que tanto choro”. “Se tinham tanta certeza do voto, por que estão se explicando até agora?”.

Os parlamentares então passaram a discutir a possibilidade de o partido ter duas lideranças distintas para representar os grupos divergentes. Carlos Jordy (RJ), alinhado a Zanatta, reagiu: “Para mim está muito claro: o PL não vai retroagir, o caminho é consolidar-se como o maior partido conservador, de direita, de oposição no Brasil. E aqueles que não aceitam essa posição devem sair do partido”.

Júnio Amaral (PL-MG), também aliado de Jordy e Zanatta, foi além, sugerindo que os 20 deputados votaram por outro motivo, que não o apoio ao texto. “Essas tentativas de justificar o voto aqui no grupo da bancada fica parecendo que nós, bolsonaristas, somos otários para acreditar que se trata de um posicionamento verdadeiro a favor do texto, me ajuda aí. Como se ninguém soubesse como funciona”, escreveu Amaral.

Gurgel rebateu pedindo que o correligionário pedisse sua expulsão do partido. “Amigo, pede minha expulsão! Aqui não tem clima mais com vcs!!”, respondeu Gurgel a Júnio Amaral.

Em meio ao barraco, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro General Pazuello, eleito em 2022 deputado pelo Rio de Janeiro, surgiu tentando apaziguar os ânimos. “Está faltando política nestas discussões!! Srs, considerando que sou um calouro nesta legislatura, peço desculpas caso escorregue em algumas ideias. O nome do nosso partido é Partido Liberal, só pelo nome não cabe radicalismo e acusações!”.

Não teve sucesso. A discussão prosseguiu com Gurgel afirmando que o partido parecia “casamento forçado”. Ele lamentou: “Tristeza vcs terem vindo pro PL”.

André Fernandes (PL-CE), também da ala mais bolsonarista da legenda, pergunta: “Vcs quem?”. Gurgel responde: “Vc, amigo, é um deles, pede expulsão, não respeita! Preferia vc em outro partido”. Fernandes rebate: “Não me chame de amigo. Não lhe dei essa liberdade”.

O bolsonarista também diz: “Tá achando ruim? Pede para sair”. A resposta: “Na hora certa”.

A discussão então descamba para acusações sobre processos a que os parlamentares respondem quando o deputado youtuber Gustavo Gayer (PL-GO) entra no debate.

Procurada, Julia Zanatta lamentou que a briga no grupo de WhatsApp tenha se tornado pública, mas disse manter o que disse. Segundo ela, há um “incômodo” entre a minoria da sigla com os parlamentares que votaram a contra a Reforma Tributária.

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Cotidiano

Tráfico na rede: criminosos vendem espécies ameaçadas de extinção em grupos on-line

Grupos dedicados à venda de animais exóticos no Facebook e WhatsApp se tornaram uma plataforma para o tráfico de animais silvestres ameaçados de extinção. Nas redes, são vendidos, entre outros bichos, macacos-pregos, araras-azuis e saguis, além de documentos que prometem forjar a legalização de animais, que são capturados da natureza e vendidos até sob demanda.

O Metrópoles acompanhou grupos usados por traficantes para o comércio de animais selvagens. A maior parte dos anúncios é de venda de cobras, lagartos e aranhas. No entanto, não é difícil achar pessoas anunciando animais selvagens de origem ilegal. No grupo “Exóticos Brasil 🇧🇷”, basta uma simples busca pela palavra “macaco” e dezenas de posts anunciando a venda de saguis, macacos-mão-de-ouro e macacos-prego são facilmente encontrados.

O mesmo vale para araras-azuis e canindés, ambas ameaçadas de extinção, que têm seu comércio livremente anunciado em grupos on-line.

Os preços de macacos-pregos por exemplo, variam entre R$ 4 mil e R$ 6 mil, a depender do anúncio, que normalmente vem acompanhado da cidade em que o animal será retirado.

Negociação com traficante
Nos últimos dois meses, o Metrópoles esteve em contato com um homem que anunciava a venda de macacos em grupo do Facebook. Em conversa com o traficante, o homem chamado Carlos explicou que um macaco-mão-de-ouro (com cerca de 1 mês de idade) custaria R$ 4 mil, enquanto um macaco-prego (com máximo de 70 dias de idade) sairia pelo preço de R$ 6 mil, e um sagui por R$ 700.

Questionado se os animais eram legalizados, Carlos respondeu prontamente: “Não. Legalizado você vai pagar R$ 80 mil, né?”.

Carlos esclarece que “não trabalha com animais velhos, para não ter dor-de-cabeça”. O homem também dá dicas e diz que prefere criar macacos-mão-de-ouro a macacos-pregos.

“Na minha opinião, curto mais o mão-de-ouro. Ele é mais fácil de lidar, bem pegajoso, carinhoso”, pontuou o traficante.

No WhatsApp, Carlos usava a ferramenta de “status” do aplicativo de mensagens para vender todos os tipos de animais, como lagartos, araras-azuis, araras-canindés, periquitos, papagaios, macacos e até documentos que permitiriam a legalização do animal vendido.

“Arara-azul mansa de tudo, chama no precinho”, dizia um dos anúncios, acompanhado do vídeo do animal, que está ameaçado de extinção.

Para a reportagem, o homem explicou como funcionaria o comércio de um macaco-prego, que custaria R$ 6 mil. Esta venda, especificamente, ocorreria sob demanda. Segundo ele, o fornecedor disse que deveria ter um macaco-prego para vender em cerca de 15 dias.

Primeiro, seria necessário pagar um “sinal”, um adiantamento de 50% do valor para o fornecedor que iria capturar o animal na natureza. O resto do montante iria diretamente para Carlos, que intermediaria a transação. O animal poderia ser retirado em São Paulo, capital, onde o traficante vive. Por um preço maior, o bicho também poderia ser enviado por frete para qualquer estado do país.

Além do macaco-prego, Carlos ofereceu documento, que, segundo ele, falsificaria a origem a regularizaria o animal capturado na natureza. A falsificação sairia por mais R$ 1,7 mil.

“A documentação para legalizar é bem básica: precisa do seu nome completo, o proprietário do animal, RG, CPF e o endereço onde vai chegar a documentação com o microchip. O chip você mesmo aplica. Não tem muito segredo, não.”

Facebook
Em julho do ano passado, o Facebook foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 10,1 milhões devido à venda ilegal de animais silvestres na plataforma.

De acordo com um auto de infração, traficantes usaram a rede social para vender ao menos 2.227 espécimes da fauna silvestre nativa sem a devida licença.

Estudo feito pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), em parceria com a Nortrhumbria Universaty, do Reino Unido, indica que dezenas de milhões de animais selvagens são comercializados todo ano no Brasil. A venda ilegal explodiu com o avanço da tecnologia, que criou redes internacionais de contatos.

Contatada pelo Metrópoles, a Meta, dona do Facebook, afirmou que o grupo “Exóticos Brasil 🇧🇷” foi removido por violar as políticas da rede social.

“Não permitimos conteúdo sobre compra, venda, comércio, doação ou oferta de espécies em vida selvagem, e removemos tais conteúdos quando tomamos conhecimento deles em nossa plataforma. Usamos uma combinação de tecnologia e revisão humana para aplicar essas regras, e cooperamos com autoridades locais nessa área”, disse a empresa por meio de nota enviada à reportagem.

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Política

Bolsonaristas se mobilizam pelo Whatsapp e cobram soltura dos terroristas

Quase 45 dias depois dos atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, seguidores de Jair Bolsonaro (PL) voltaram a se mobilizar no WhatsApp. O movimento havia se esvaziado mediante a investigação e prisão dos bolsonaristas envolvidos na tentativa de golpe de estado do dia 8.

De acordo com o Estado de São Paulo, as mensagens, apoiadores de Bolsonaro divulgam mobilizações para protestos que revivem pautas antigas – como voto impresso e desconfiança das urnas. Mas há também um novo movimento em curso: a cobrança de ações em defesa dos presos após as invasões do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os argumentos disseminados nas redes sociais já começaram a ser reproduzidos em discursos de deputados na Câmara.

Levantamento feito pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração da Universidade Federal Fluminense (Colab/UFF), a pedido do Estadão, mostra que os disparos de mensagens voltaram a ganhar força em fevereiro. O Comunidades, recurso lançado pelo WhatsApp, pode explicar o crescimento. A atualização criou uma espécie de “supergrupo”, que tem potencial para agregar vários grupos em um único espaço.

Se antes o limite era de 256 pessoas, agora uma comunidade pode ter milhares de usuários, o que aumenta significativamente a abrangência de um conteúdo. O WhatsApp planejava lançar o canal no ano passado, mas recuou por causa de possíveis impactos nas eleições. O grupo de avisos funciona como um “megafone” – no espaço, apenas os administradores podem publicar.

“O WhatsApp tem sido uma das poucas plataformas de mensagens a se aprimorar para conter viralidade no aplicativo e prestigiar as interações significativas entre as pessoas”, disse a empresa ao Estadão.

Se cada integrante de um canal espalhar uma mensagem para outro grupo, o alcance pode chegar a 25 milhões de pessoas. “Mesmo que você não lide com o número máximo, o impacto já é suficiente, considerando que cada um desses usuários está envolvido em outros grupos que não são, necessariamente, engajados politicamente”, disse o pesquisador da UFF Viktor Chagas.

Vandalismo

O Colab/UFF coletou 141 mil mensagens de 15 grupos de WhatsApp ligados a cinco diferentes comunidades, de 31 de outubro a 15 de fevereiro. O pico de postagens ocorreu em 11 de janeiro, três dias após os atos de vandalismo em Brasília. O principal assunto foi a prisão dos extremistas. Antes do carnaval, o tema voltou a circular nos grupos bolsonaristas.

Uma mensagem em diferentes grupos diz que está sendo feita “enorme movimentação” com o objetivo de reunir pessoas para pedir a demissão de todos os integrantes do Legislativo e do Judiciário. “A exemplo do que antecedeu a Revolução Francesa, o terceiro Estado (povo esclarecido) clama por justiça”, afirma o texto, que convoca para um ato, em abril, a favor do voto impresso.

Outro vídeo mostra manifestantes em Porto Alegre. Eles pedem a soltura dos “inocentes” presos em Brasília, além de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para responsabilizar o governo, na figura do ministro da Justiça, Flávio Dino. A alegação é a de que Dino teria conhecimento prévio do plano e facilitou a invasão dos prédios dos três Poderes. “Onde estão os direitos humanos?”, questiona um apoiador de Bolsonaro.

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Justiça

Luis Nassif: Alexandre de Moraes e os empresários conspiradores

Fala sério! Alguém pode acreditar que Alexandre Moraes, um ex-Secretário de Segurança do maior estado do país, ex-Ministro da Justiça, Ministro do Supremo Tribunal Federal, ordenasse uma operação de busca e apreensão contra grandes empresários baseado apenas em notícias de jornal?

É a maneira com que a mídia está tratando a operação que flagrou empresários maquinando golpes em um grupo de WhatsApp.

Para que essa versão fosse verossímil, teria que se acreditar que a Polícia Federal estava passeando pelo WhatsApp, sem nenhum objetivo maior, e por coincidência deu de cara com as conversas do grupo conspirador.

Ora, há muito tempo Moraes comanda as investigações sobre as fake news. E, por trás dos agentes, há financiadores, que ainda não foram denunciados.

O que levou a mídia em geral a supor que a decisão de Moraes se baseou em notícias de jornal?

  • Dor de cotovelo, pelo furo ter sido dado pelo Metrópoles, jornal digital de Brasília.
  • Críticas dos advogados, pelo fato de Moraes ter decretado sigilo na operação e nos documentos apreendidos.
  • Pressão dos empresários.
  • Receio de repórteres de investirem contra a maioria. Exceção para comentaristas da CNN, como Brasília Rodrigues e Gustavo Uribe.

Nas próximas semanas se verá a extensão do envolvimento dos empresários com a máquina de ódio de Bolsonaro. Sem se esquecer que houve um pedido de um conjunto de entidades da sociedade civil.

*Com GGN

 

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Eduardo Bolsonaro aparece em esquema de “astroturfing” usado no WhatsApp na eleição de 2018

Número de WhatsApp usado pelo mandato de Eduardo Bolsonaro administrava 6 grupos que participavam do ecossistema das fake news em 2018.

Um estudo publicado na prestigiada revista científica International Journal of Communication em 2022 aponta fortes indícios de participação do hoje deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) em um esquema de mobilização social e distribuição de fake news pelo WhatsApp na eleição de 2018.

O esquema batizado de “astroturfing” foi observado pelo pesquisador Viktor Chagas, da Universidade Federal Fluminense. Chagas conseguiu associar um número de celular utilizado oficialmente pelo mandato de Eduardo Bolsonaro à participação em 22 grupos e administração de 6 grupos bolsonaristas no WhatsApp. Em grande parte, esses grupos disseminaram conteúdo classificado como “desinformação” e “proselitismo”.

Astroturfing é a estratégia de mascarar os financiadores ou a organização por trás de uma mensagem com o intuito de fazê-la parecer espontânea. Nos últimos anos, acadêmicos têm estudado o fenômeno que vem favorecendo a extrema-direita no mundo, mas quase sempre a análise é do ponto de vista conceitual. Chagas, por outro lado, propõe uma abordagem empírica, apontando um caminho ou uma ferramenta para detecção e eventual desarticulação de grupos com comportamento atípico.

Desde maio de 2018 até chegar à eleição, o pesquisador monitorou e empregou a técnica de “social network analysis” (SNA) – “análise de redes sociais”, em tradução livre – em 124 grupos bolsonaristas no WhatsApp.

*Com GGN

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Política

Enquanto as redes de extrema direita se transformam em celeiros de grupos neonazistas, o WhatsApp suspende contas do PT

Teoria da conspiração?

Não, a extrema direita está com sangue nos olhos e não faz questão de esconder que hoje está concatenada com o que existe de mais hitlerista.

A pergunta que exige uma resposta clara e sem rodeios é sobre o papel dos barões das redes sociais, hoje, mais redes políticas e empresariais que sociais.

Nessa escalada neonazista que toma o mundo dito civilizado, as mensagens digitais se transformaram em arma de grosso calibre contra as liberdades de pensamento e opinião com referências explícitas às palavras de Hitler e do mantra nazista.

Enquanto isso, o WhatsApp suspende contas do PT e restringe grupos de comunicação de Lula.

A plataforma não comenta caso específico, e PT diz que bloqueio é reação automática a movimentação intensa de grupos.

Nesta semana, a equipe de comunicação de Lula criou o portal “Lulaverso”, que consiste em um conjunto de iniciativas nas redes sociais para impulsionar a candidatura petista.

Ao menos quatro grupos de WhatsApp do “Lulaverso” passaram a ficar inativos nesta semana, e a última movimentação foi registrada às 19h da última terça-feira. Além disso, números de telefones de administradores desses grupos também foram suspensos temporariamente.

Se o PT quer fugir do círculo vicioso de cartas marcadas das redes sociais, criando cinco mil comitês de luta e debate no país, a história apertou o passo e exige urgência urgentíssima para colocar o bloco na rua.

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Política

Lula 2.0: ex-presidente lança campanha digital no WhatsApp e Telegram e incomoda bolsonaristas

O petista “estreou” na web com site, gifs, figurinhas e material para ser postado no Instagram e TikTok. Além dessas plataformas, 11 grupos no WhatsApp e um no Telegram também foram lançados pelo ex-presidente.

Lula (PT) ainda não confirmou oficialmente sua candidatura, mas suas declarações e ações na busca por alianças mostram o propósito do petista. Tal objetivo foi concretizado ontem (7) ao se lançar no campo digital e inaugurar uma leva de grupos de WhatsApp dedicados a movimentar seguidores.
O ex-presidente lançou links para grupos disponibilizados em um site chamado Lulaverso, feito para abrigar links, memes e vídeos, se tornando o braço digital de Lula.

Com estética e linguagem dirigida ao público mais jovem, o site oferece materiais específicos para cada rede: vídeos para o Reels do Instagram, TikToks, gifs e figurinhas. Endereços Lulaverso foram inaugurados em quase todas as redes sociais, menos o Meta (ex-Facebook), de acordo com O Globo.
No entanto, cabe dizer que o petista estreou “em terreno bolsonarista”, uma vez que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), é conhecido por seu vasto uso de redes sociais antes e depois de ser eleito, tendo com ele um verdadeiro exército de seguidores que compartilham suas postagens.

De acordo com a mídia, no lançamento de Lula ontem (7), foram 11 grupos criados para o WhatsApp, dos quais seis abertos a postagens de internautas e cinco apenas para envio de conteúdo, além de mais um canal no Telegram.
Este último, atualmente se encontra na mira do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), uma vez que o Supremo acredita que a plataforma pode ajudar a proliferar a ação das chamadas “milícias digitais”, conforme noticiado.
Na segunda-feira (7) à noite, os grupos criados ainda não estavam lotados, mas a mídia relata que mesmo assim Lulaverso chamou a atenção dos bolsonaristas.

*Com Sputnik

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Economia

Ações do Whatsapp e Facebook caem 5% com queda que já dura 5 horas.

Investidores batem em retirada das ações do Facebook, nos EUA, devido à queda inédita do sistema que já dura 5 horas.

O tempo recorde fora ar de todos os sistemas da empresa, incluindo, o Whatsapp e o Instagram, provocam uma queda de 5% nas ações da empresa, na Nasdaq.

Quanto mais tempo o Face permanecer fora do ar, maior será a desconfiança em empresas de tecnologia.

No Brasil, Bolsa tem queda de 2,22% e dólar chega a R$ 5,45.

Papéis do Facebook negociados nos EUA fecharam o pregão com queda da ordem de 5%, na maior baixa diária desde 20 de outubro de 2020.

Em um dia de forte instabilidade nas redes sociais de Mark Zuckerberg, como Instagram, Facebook e WhatsApp, as ações do Facebook negociadas na bolsa de Nova York (Nasdaq), fecharam o pregão desta segunda-feira (4) em queda de 4,89%, a US$ 326,23, na maior baixa diária desde 20 de outubro de 2020, quando os papéis tiveram baixa de 6,3%.

A baixa acontece após alegações de uma ex-cientista de dados do Facebook, Frances Haugen, de que a rede de mídia social tem colocado o lucro antes da segurança dos usuários.

Durante programa na rede americana CNBC, Haugen alegou que a gigante da mídia social tem enganado os investidores sobre como tem lidado com o discurso de ódio e desinformação em sua plataforma.

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Bolsonaro, pelo Whatsapp, dissemina fake news, exalta Pinochet, anticomunismo e homofobia

A reportagem é de Paulo Capelli, O Globo, que teve acesso a mensagens enviadas nos últimos dias pelo presidente a seus contatos no aplicativo, que incluem notícias falsas sobre vacinação de jovens, vídeo elogioso ao ditador chileno, piadas preconceituosas e ataques a adversários.

Vídeos com elogios ao ditador chileno Augusto Pinochet, disseminação de fake news sobre a vacinação de jovens, além de piadas homofóbicas e um interminável arsenal de sua já conhecida sanha anticomunista. O GLOBO teve acesso a mensagens de WhatsApp remetidas pelo número pessoal de Jair Bolsonaro a pessoas próximas que expõem como o presidente da República tem usado o aplicativo de mensagens ao longo dos últimos dias.

O material foi enviado por Bolsonaro entre quinta-feira da semana passada e ontem por meio de um número adquirido recentemente. Diferentes pessoas do círculo do presidente receberam o mesmo conteúdo, inclusive outras importantes autoridades da República, o que indica o uso de uma lista de transmissão.

Em uma mensagem de anteontem, às 20h50m, Bolsonaro usou o aplicativo para espalhar fake news e desincentivar a vacinação ao escrever: “Jovens morrendo com a Pfizer.” No mesmo momento, ele compartilhou um vídeo com os dizeres: “Riscos — Precisam investigar! Jovens morr3ndo de parada card1aca (sic)”. No vídeo, também há a inscrição “Bolsonaro tem razão”. O material reproduz uma fala da comentarista Cristina Graeml, do programa “Os Pingos nos Is”, da rádio “Jovem Pan”, na qual ela cita cinco casos de adolescentes que faleceram recentemente, lançando dúvidas sobre a aplicação de doses da Pfizer. Duas das mortes citadas, no entanto, eram de adolescentes que sequer haviam sido vacinados. O texto foi disparado por Bolsonaro justamente no dia em que o governo voltou atrás e decidiu liberar a imunização de adolescentes, desaconselhada pelo Ministério da Saúde na semana anterior .

Uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid é a demora na compra pelo governo federal da vacina da Pfizer. No total, 86 e-mails enviados pela farmacêutica ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Em outra mensagem, disparada na última quinta-feira, Bolsonaro postou vídeo elogioso ao ditador chileno Augusto Pinochet e deu a entender que, se a esquerda voltar ao poder, o Brasil terá um destino preocupante.

“Quando os chilenos verem (sic) o que é o comunismo, quando entenderem as trapaças, as falácias, como estão enganando, vão se dar conta de que este governo tem razão”, diz a legenda em português do discurso de Pinochet compartilhado por Bolsonaro. Em seguida, aparecem imagens de protestos recentes no Chile, antes de o filmete retornar a Pinochet, que finaliza: “Isso nunca foi uma ditadura, senhores. Esta é uma ditabranda (ditadura branda). Mas, se necessário, teremos que apertar a mão, porque temos que salvar primeiro o país e depois olharemos para trás”.

O vídeo de Pinochet compartilhado por Bolsonaro vem acompanhado da seguinte mensagem, que leva o selo de “encaminhada”: “Pinochet/ Chile/ 1982. Cuba, Venezuela, Argentina, B…(?)”.

O presidente da República também disseminou homofobia. Na segunda-feira, ele compartilhou um conteúdo que mostra pessoas aparentemente num protesto por direitos da comunidade LGBT queimando uma bandeira do Brasil, acompanhado da legenda: “Essa turma toda quer ‘o cara’ voltando ao poder”.

Não foi a única mensagem preconceituosa. Na madrugada do último domingo, Bolsonaro remeteu um vídeo no qual o músico Rogério Skylab diz ter tido relações homossexuais sem, no entanto, considerar-se gay: “Já dei três vezes, mas sou hétero”. Logo depois, Bolsonaro completa: “Até três vezes pode.”

Bolsonaro também fez, em uma mesma postagem, críticas a Lula e à China. O presidente mandou ontem aos seus contatos um vídeo com a inscrição: “Lula, (sic) corrompeu-se para mentir ao mundo que a China é um ‘exemplo’”. Nesse vídeo, ao mesmo tempo em que Lula diz na parte superior da tela que a China é “um exemplo de desenvolvimento para o mundo”, a metade de baixo mostra cachorros mortos sendo comercializados como alimentos, além de uma criança levando uma surra de um suposto professor chinês dentro de sala de aula.

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