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Bolsonaro envia mensagem no WhatsApp sobre “provável e necessário contragolpe” e convoca para ato

Presidente enviou mensagens para uma lista de transmissão no WhatsApp com ministros de Estado, apoiadores e amigos.

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou na tarde deste sábado (14/8) uma mensagem para uma lista de transmissão no WhatsApp em que fala sobre a necessidade de um “contragolpe” e convoca apoiadores para se manifestarem no dia 7 de setembro com o objetivo de mostrar que ele e as Forças Armadas têm apoio para uma ruptura institucional.

A mensagem, que pode ser lida na íntegra ao fim desta reportagem, foi enviada pelo número pessoal do presidente para diferentes integrantes do governo e amigos. Não há o selo de “Encaminhada” com que o WhatsApp marca as mensagens, mas o texto é assinado por um grupo de Facebook chamado “Ativistas direitas volver”. Na lista de transmissão, estão ministros de Estado, apoiadores e amigos do presidente.

O texto da mensagem se dirige a outras pessoas de direita, e pede que elas leiam o texto para não criticarem Bolsonaro por não radicalizar o suficiente.

“Atenção direitista sem noção, você mesmo que está falando merdas (sic) como ‘Vamos tomar o poder já que ninguém faz nada’, ‘Bolsonaro tá muito devagar’ ou ‘FFAA não fazem nada’. Faça o favor de ler com atenção o abaixo escrito, compreender as coisas como realmente são e assim passar a nos ajudar e não atrapalhar, começa o texto, que apresenta na sequência uma série desses comentários.

No trecho mais forte da mensagem, defende-se que o “contingente” da manifestação em 7 de setembro deve ser “absurdamente gigante” para “comprovar e apoiar inclusive intencionalmente” que o presidente e as Forças Armadas têm o apoio necessário para dar um “bastante provável e necessário contragolpe”.

“Hoje, fazer um contragolpe é muito mais difícil e delicado do que naquela época, além do grave aparelhamento acima relatado, temos uma constituição comunista que tirou em grande parte os poderes do Presidente da República e foi por estes motivos que o Presidente Bolsonaro, no início de agosto, em vídeo gravado, pediu para que o povo brasileiro fosse mais uma vez às ruas, na Avenida Paulista, no dia sete de setembro, dar o último aviso, mas, desta vez, ele reforçou que o “contingente” deveria ser absurdamente gigante, ou seja, o tamanho desta manifestação deverá ser o maior já visto na história do país, a ponto de comprovar e apoiar, inclusive internacionalmente, para que dê a ele e às FFAA, para que, em caso de um bastante provável e necessário contragolpe que terão que implementar em breve, diante do grave avanço do golpe já em curso há tempos e que agora avança de forma muito mais agressiva, perpetrado pelo Poder Judiciário, esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos”.

Em outro trecho da mensagem encaminhada por Bolsonaro, lê-se que a manifestação do 7 de setembro, que vem sendo organizada por apoiadores de Bolsonaro, autorizaria o “nosso presidente Jair Bolsonaro juntamente com as nossas honrosas FFAA” a tomarem “as decisões cabíveis para que o Estado democrático de direito seja reestabelecido, o equilíbrio entre os poderes salvaguardado, o cumprimento da Constituição seja imperativo, o respeito à soberania nacional e do povo brasileiro sejam priorizados, a transparência das eleições seja cumprida e o resgate do STF hoje sequestrado por apátridas ocorra”.

Outro trecho da mensagem ressalta uma alegada aliança entre Bolsonaro e as Forças Armadas.

“As FFAA (Forças Armadas) e o presidente Bolsonaro vêm tentando de todas as formas evitar uma ruptura institucional, pois sabem o grande problema que inicialmente poderá representar a todos nós, isso se chama cautela e estratégia, visando um bem maior e comum à nação”.

A coluna procurou o Palácio do Planalto, para que Bolsonaro comentasse o teor da mensagem, mas não obteve resposta. O espaço está aberto a manifestações.

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*Guilherme Amado/Metrópoles

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Eduardo Bolsonaro: “o que você acha que vai acontecer comigo quando meu pai deixar de ser presidente?”

Essa resposta de Eduardo Bolsonaro a uma eleitora que lhe cobrou o fracasso da tentativa de abrir uma CPI do TSE, como havia fogueteado, é o retrato mais fidedigno do verdadeiro temor de Bolsonaro, o de ele e os filhos irem para trás das grades, já que a folha corrida do clã é de causar inveja aos piores bandoleiros da nossa história, a começar pelo genocídio provocado pela prática que se viu em Manaus de se tentar chegar à imunidade de rebanho não vacinando a população e, segundo a tese bolsonarista, com 70% de infectados, entre estes, um número incontável de vítimas fatais, se chegaria ao suposto resultado.

Para se ter ideia da tragédia que seria, apenas aproximadamente 10% dos brasileiros de uma massa de 211 milhões se infectaram e o resultado trágico é de quase 600 mil vidas perdidas.

Agora, multiplique isso por sete para se chegar à suposta imunidade de rebanho, quantos milhões não morreriam?

A CPI concluiu que, mesmo fazendo essa conta, Bolsonaro queria fabricar milhões de mortos em nome dessa tese macabra.

Para piorar, sabe-se agora o nível de promiscuidade de corrupção que estava por trás da compra das vacinas no ministério da Saúde do governo Bolsonaro. A cada semana que passa, sabe-se que Bolsonaro está nessa história até o último fio de cabelo. E se Bolsonaro sabe, todo o clã também sabe. E tudo indica que participa de mais um esquema pesado que fez a família criar um verdadeiro império de imóveis de maneira instantânea.

Todos sabem que os esquemas que envolvem todo o clã com laranjas e fantasmas, e de longa data, uma nítida formação de quadrilha, que é tratado pela mídia, de forma carinhosa, de rachadinha, quando, na verdade, é um esquema pesado de corrupção que fez um verdadeiro saque durante anos ao erário que, certamente, no futuro, quando Bolsonaro não estiver mais no poder, será revelado.

Na realidade, o que se imagina é que isso é somente um dedinho da ponta do iceberg e que a queda de Bolsonaro ou a sua saída do poder a partir das eleições terá efeito avassalador.

Essa resposta que Eduardo Bolsonaro dá a sua eleitora, por que não conseguiu votos para abrir a CPI do TSE, escancara que esse é o grande pavor de todos dessa família, e não é sem motivos.

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Política

Não dá terceira via, e o que vão fazer?

Já está clara a opção do povo brasileiro por Lula, diz Vivaldo Barbosa.

Três fatos da última semana foram significativos. Grandes empresários soltaram manifesto que mostram distanciamento de Bolsonaro, o que revela grande arrependimento, e dizem não querer Lula. Estão algo temerosos do retorno do Lula, revelador das preocupações deles do que vêm como inevitável. Ao mesmo tempo, diretor do banco espanhol Santader dirige igualmente fortes ataques a Lula, de forma despropositada, mas bem claras nas intenções. E veio um terceiro capítulo com as declarações do Steve Bennon, teórico da direita, chegado a Trump e a Bolsonaro, de que Lula é o maior perigo para o mundo, não poderia ganhar as eleições no Brasil.

Aconteceu também o encontro do Vice Mourão com o Ministro Barroso, coisa muito esquisita que ninguém explicou, mas que também ninguém desmentiu. Como não há muita lógica para reunião entre um Ministro do Supremo, que é juiz, e o Vice Presidente, as preocupações crescem em meio a tudo que vem acontecendo. Lá atrás, em seguida à eleição do Bolsonaro, assistimos a algo igualmente esquisito: o Ministro do Supremo Luiz Fucks visitou o Presidente eleito ainda na transição, na sede do Itamaraty. Justificou o Ministro que era visita de cortesia. O Juiz da Suprema Corte estava sendo cortês com o Presidente eleito.

O STF, pelo Ministro Alexandre de Moraes, aceitou representação feita pelo STF para investigar o Presidente pelos ataques que o mesmo fez e vem fazendo às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. Em vez de deixar o debate correr solto, mesmo da forma mais condenável como o faz o Presidente, o Ministro Barroso, como presidente do TSE, elevou a questão para o terreno criminal, o que faz a temperatura política subir, evidentemente. Tudo dentro de um ambiente desconcertante, para se dizer o menos, de discussões entre Ministros do Supremo e o Presidente da República.

Ainda na semana passada, em encontro promovido pela TV Globo, os Ministros Gilmar Mendes, Barroso, e Alexandre de Moraes defenderam a adoção do sistema de governo que estão chamando de Semi Presidencialismo, nome que adotam para o Parlamentarismo. É de se admirar como juízes Ministros do Supremo encontram tempo para tantas entrevistas que dão, palestras que proferem, encontros de que participam. Não se vê isto nos demais países.

A semana encerrou-se com a prisão de Roberto Jeferson. Pode tratar-se de um fato comum, no terreno criminal, não fora o ambiente político que estamos vivendo. Roberto Jeferson não tem importância política, não é líder de nada, não tem seguidores. Infelizmente, segura a presidência do PTB, como outras figuras que tais seguram presidências de outros partidos, nesta tristeza que vive a política brasileira. Poderiam ter aguardado o final das investigações, com condenações de quem deve ser condenado, sem aguçar nada no momento. Aliás, Roberto Jeferson não deve mesmo ser preocupação para nada, para ninguém. Segundo bem alertou Roberto Requião, o caso dele é mais para psiquiatria.

O bem mais precioso que temos em mãos são as eleições do ano que vem. Porque o povo brasileiro tem sido o grande entrave para as elites em sua busca de continuar o processo de espoliação e de continuidade da terrível herança do colonialismo e da escravidão. Derrubaram o Getúlio em 1945, o povo elegeu Getúlio em 1950. Arrasaram Getúlio em 1954, o povo elegeu no ano seguinte Juscelino e Jango. E após o golpe propriamente dito e os golpes do caçador de Marajás e do Plano Real, elegeu Lula duas vezes e Dilma duas vezes. Agora, o povo recuperou-se do choque da derrubada da Dilma, dos processos contra Lula que resultaram na eleição do Bolsonaro e se prepara para dar o troco no ano que vem.

Já está clara a opção do povo brasileiro por Lula. É por isso que o conservadorismo tanto se mexe, até a direita mundo afora, pois o Brasil é muito importante. Nossa posição territorial imensa e estratégica, nossas riquezas minerais, nossa capacidade de produzir alimentos, a biodiversidade, este imenso patrimônio ecológico da Amazônia e da água, que toca nas emoções das pessoas no mundo.

O Império sabe e as elites daqui, sócias menores, o sabem que o encontro do povo brasileiro com sua liderança nos colocará no centro dos acontecimentos do mundo. E mais bonito, ainda: a consciência que Lula demonstra ter do seu dever de liderar a nação neste momento. A história nos ensina que quando os povos encontram sua liderança, seus caminhos se abrem.

Não querem que isto aconteça. Estão forçando uma saída, pois Bolsonaro não serve mais. Fiquemos preparados, caminhemos com sabedoria.

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Sergio Reis, o último espantalho do bolsonarismo

Algumas pessoas se espantam com um sujeito que fez carreira musical na rabeira da indústria cultural de massa que sempre foi lugar preferido dos oportunistas. No caso de Sergio Reis, ele pulou de uma canoa para outra, da jovem guarda para o sertanejo industrial com um único propósito, ganhar grana.

Por isso nunca quis mostrar nenhuma destreza decorrente de um cantor ou compositor que buscasse qualidade. Ou seja, não há nenhuma surpresa, melhor dizendo, não há qualquer dúvida de que o pecuarista Sergio Reis, vendo Bolsonaro chafurdar na própria lama, convoca grileiros, jagunços, madeireiros, garimpeiros, entre outros bichos soltos que são modelos da milícia que conhecemos.

Consagrado com o “Pinga ni mim” e outras porcarias de duplo sentido, carregadas de preconceito e disfarçadas de humor.

Como deputado federal durante dois mandatos, um por Minas Gerais e, outro, por São Paulo, Sergio Bavini, o grandalhão boboca, fazia parte do mesmo saco da bancada BBB, Boi, Bala e Bíblia.

Um sujeito desse, com essas características, dispensa apresentações. O duro é ver gente dar trela para esse espantalho, que é literalmente uma panela velha sempre surfou no que existe de pior, seja como cantor popularesco, seja na política. Nunca teve qualquer força para ultrapassar o limite da própria mediocridade.

Sergio Reis falando em parar o país para salvar o mandato de um genocida moribundo. Um sujeito desse presta?

Na verdade, isso só mostra a debilidade política em que Bolsonaro se encontra, dependendo de Sergio Reis, Malafaia, Roberto Jefferson e Magno Malta, além dos lacaios da Jovem Pan e do inclassificável Alexandre Garcia.

Um insano que come na mão do centrão já assinou o próprio óbito político. E não é esse espantalho oportunista que vai tirar Bolsonaro do buraco em que se meteu.

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Política

Bolsonaro será alvo na Cúpula pela Democracia

Editorial O Globo – É bem-vinda a iniciativa do presidente americano, Joe Biden, de organizar o que batizou de Cúpula pela Democracia, um encontro de chefes de Estado, representantes da sociedade civil e do setor privado. A ideia era uma promessa de campanha que agora tem data marcada. Ao todo serão duas reuniões. A primeira será virtual, nos dias 9 e 10 de dezembro. A segunda deverá ser ao vivo, cerca de um ano depois da primeira. Em ambas, a agenda terá três temas principais: 1) a defesa contra o autoritarismo; 2) a luta contra a corrupção; e 3) o respeito aos direitos humanos.

Embora o governo americano ainda não tenha divulgado oficialmente quem convidará, representantes do governo brasileiro confirmaram ao GLOBO que o presidente Jair Bolsonaro pretende participar. É verdade que uma das motivações de Biden para promover a cúpula é fortalecer uma aliança contra o crescente poder chinês na cena internacional, e o Brasil é um palco importante na América Latina para a disputa por influência das duas potências. Mas que o governo brasileiro não se iluda. Bolsonaro, cuja imagem como um clone mal-acabado de Donald Trump já está sedimentada na opinião pública mundial, será um dos alvos de Biden na cúpula.

Recentemente, O GLOBO noticiou que o enviado da Casa Branca ficou espantado em Brasília ao ouvir do presidente brasileiro declarações em apoio à fantasia de que a eleição de Biden foi roubada, como sustenta a propaganda trumpista.

Declarações de amor e respeito eterno à democracia cairão no vazio diante de Bolsonaro. Ele é hoje alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusado de disseminar desinformação da mesma natureza sobre a lisura das eleições brasileiras. É evidente que pretende semear dúvidas em relação às urnas eletrônicas para poder contestar eventuais resultados desfavoráveis no ano que vem, exatamente como Trump fez nos Estados Unidos.

Não há, como deixou claríssimo o enviado de Biden ao reconhecer a qualidade e a confiabilidade do sistema brasileiro de apuração dos votos, chance alguma de o governo americano compactuar com tentativas de ruptura institucional. É isso que, mais uma vez, a cúpula tentará deixar claro a Bolsonaro.

No material divulgado pelo Departamento de Estado, um dos trechos descreve os ataques em curso à democracia, sem citar país algum: “O descrédito da população e a incapacidade dos governos de promover progresso político e econômico de forma equitativa e sustentável serviu de combustível para a polarização e a ascensão de líderes que estão enfraquecendo as normas e as instituições democráticas”.

Confirmados o convite e a participação de Bolsonaro, o governo americano precisa tomar cuidado para não criar a oportunidade de que ele possa explorá-la entre seus apoiadores no Brasil. Depois das perseguições a críticos, dos inúmeros ataques contra o STF e o TSE, dos elogios à ditadura militar, da campanha de descrédito das urnas eletrônicas, das ameaças contra as eleições e, por fim, do desfile militar de agosto, seria risível, mas também trágico, ouvir Bolsonaro dizer na campanha eleitoral de 2022 que até Biden

Recentemente, O GLOBO noticiou que o enviado da Casa Branca ficou espantado em Brasília ao ouvir do presidente brasileiro declarações em apoio à fantasia de que a eleição de Biden foi roubada, como sustenta a propaganda trumpista.

Declarações de amor e respeito eterno à democracia cairão no vazio diante de Bolsonaro. Ele é hoje alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusado de disseminar desinformação da mesma natureza sobre a lisura das eleições brasileiras. É evidente que pretende semear dúvidas em relação às urnas eletrônicas para poder contestar eventuais resultados desfavoráveis no ano que vem, exatamente como Trump fez nos Estados Unidos.

Não há, como deixou claríssimo o enviado de Biden ao reconhecer a qualidade e a confiabilidade do sistema brasileiro de apuração dos votos, chance alguma de o governo americano compactuar com tentativas de ruptura institucional. É isso que, mais uma vez, a cúpula tentará deixar claro a Bolsonaro.

No material divulgado pelo Departamento de Estado, um dos trechos descreve os ataques em curso à democracia, sem citar país algum: “O descrédito da população e a incapacidade dos governos de promover progresso político e econômico de forma equitativa e sustentável serviu de combustível para a polarização e a ascensão de líderes que estão enfraquecendo as normas e as instituições democráticas”.

Confirmados o convite e a participação de Bolsonaro, o governo americano precisa tomar cuidado para não criar a oportunidade de que ele possa explorá-la entre seus apoiadores no Brasil. Depois das perseguições a críticos, dos inúmeros ataques contra o STF e o TSE, dos elogios à ditadura militar, da campanha de descrédito das urnas eletrônicas, das ameaças contra as eleições e, por fim, do desfile militar de agosto, seria risível, mas também trágico, ouvir Bolsonaro dizer na campanha eleitoral de 2022 que até Biden.

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Um miliciano na Presidência da República

Para escapar da Justiça, Bolsonaro quer transformar Exército em milícia particular.

Em vez de visitar hospitais e se solidarizar com as famílias vitimadas pela Covid-19, Jair Bolsonaro promove “motociatas”, gastando milhões de reais, que poderiam reforçar os minguados orçamentos das universidades federais.

É verdade que a parvoíce da presidente Dilma Rousseff e a corrupção do PT despertaram na sociedade um justo sentimento de repulsa. Contudo, não era previsível que militares saudosos das benesses da ditadura, com o apoio de certas elites de poucas letras, quisessem ver o país nas mãos de generais linhas-duras. No entanto, instintivamente, o capitão Bolsonaro previu isto, empunhou a bandeira do combate à corrupção e ousou candidatar-se —logo ele, que foi expulso do Exército como tenente terrorista e passou 27 anos como deputado no baixo clero, envolvendo-se no fenômeno das “rachadinhas” (peculato), comprando imóveis em dinheiro vivo, injuriando colegas deputadas, elogiando torturadores e propondo aumentos salariais para cativar militares.

Começou então a campanha e veio a facada em Juiz de Fora (MG), que comoveu o país e o livrou dos debates e da comparação com candidatos decentes. E ele acabou sendo eleito.

Na época, desconhecia-se a sua folha corrida, e poucos sabiam de suas fortes ligações com as milícias cariocas. Não era, pois, de se esperar que aquele capitão conhecesse figuras qualificadas para formar um ministério. O que ele conseguiu foi congregar uma caterva que ia do obtuso Ernesto Araújo ao bonifrate Eduardo Pazuello, passando por mediocridades como Bento Albuquerque, Abraham Weintraub, Milton Ribeiro, Damares Alves e Fábio Faria. Não vamos esquecer do falaz Paulo Guedes, com sua voracidade por estatais lucrativas e fundos de pensão de funcionários públicos, e o escroque Ricardo Salles, acusado de enriquecimento ilícito e cumplicidade com os criminosos que estão devastando a Amazônia.

Agora, Bolsonaro está com medo da CPI da Covid e fará tudo para se agarrar ao governo, a fim de escapar da Justiça criminal. Assim, quer transformar uma instituição de Estado, o Exército, em “seu Exército”, ou milícia particular. Para isso, colocou no Ministério da Defesa o general Braga Netto, que já em sua posse rinchou em tom de ameaça que “é preciso respeitar o ‘projeto’ escolhido pela maioria” —​e depois relinchou que “sem voto impresso, não haverá eleição em 2022”.

Cabe perguntar se esse governo tem algum projeto, e se tal projeto inclui a subversão nas Forças Armadas, a morte de 600 mil brasileiros por Covid-19, a devastação da Amazônia e um “orçamento secreto” pior do que o mensalão do PT.

É patente que Bolsonaro aparelhou as instituições para se blindar e proteger seus filhos ladravazes, chamados por ele de 01, 02, 03 e 04. Foi para isso que interferiu na Polícia Federal, transferiu o Coaf do Ministério da Justiça para o Banco Central e rompeu com a tradição da lista tríplice, nomeando —e reconduzindo— o capacho Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República.

Completando a razia nas instituições, ele nomeou o fâmulo Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal e escolheu o pastor André Mendonça para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que acaba de se aposentar. Não precisou ter notório saber jurídico. Bastou ser “terrivelmente evangélico” e mostrar disposição para anular as irrefutáveis provas contra o ladrão 01, no escândalo das “rachadinhas”.

Até os militares já percebem que o capitão é inepto, mendaz, corrupto e perigoso.

É urgente que o Congresso aprove ao menos um dos mais de cem pedidos de impeachment deste celerado, antes que ele acabe com o que resta do Estado democrático de Direito. O problema é que o Congresso é majoritariamente composto por biltres iguais a Bolsonaro, a começar pelo réu que preside a Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que comandou um milionário esquema de “rachadinhas” em Alagoas. E nem falemos dos líderes do governo na Câmara e no Senado, respectivamente Fernando Bezerra (MDB-PE) e Ricardo Barros (PP-PR), acusados de receberem subornos quando foram ministros, respectivamente, de Dilma e Michel Temer (MDB).

Como esses velhacos não honram os seus mandatos, só nos resta esperar que o escândalo da Covaxin derrube o presidente-miliciano.

*Joaquim de Carvalho/Folha

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Falando sozinho: Pacheco não dará andamento a pedidos de impeachment de ministros do STF prometidos por Bolsonaro

De forma reservada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinalizou que não dará prosseguimento a pedidos de impeachment que o presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Nas palavras de um interlocutor de Pacheco, não há qualquer casualidade e nenhum fato objetivo na argumentação apresentada por Bolsonaro em mensagem postada nas redes sociais neste sábado (14).

A Constituição diz que “compete privativamente ao Senado Federal” processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal em casos de crime de responsabilidade.

Um senador próximo de Rodrigo Pacheco ressaltou que já há 17 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. E que um eventual novo pedido terá o mesmo caminho: a gaveta. Ou seja, não terá prosseguimento sem um fato objetivo.

Para interlocutores do presidente do Senado, o objetivo de Bolsonaro com isso é criar um “factoide” para alimentar sua militância mais radical, principalmente depois da prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, determinada nesta sexta-feira (13) pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Mas o Pacheco não vai entrar nesse jogo. Bolsonaro vai ficar dançando sozinho”, disse ao blog um interlocutor próximo do presidente do Senado.

*Gerson Camarotti/G1

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Bolsonaro continua matando uma média de mil brasileiros por dia e mídia cai em seu diversionismo

Enquanto a mídia discute se Bolsonaro vai ou não dar golpe, mesmo escancarando que não tem condição de se segurar em cima de suas pernas, tendo o centrão como as próprias, Bolsonaro segue matando brasileiros, cumprindo a mesma agenda genocida, quando faltam vacinas e os brasileiros correndo o risco de ver o descontrole total da pandemia com a disseminação da cepa delta, o que já acontece no Rio de Janeiro.

A pergunta a ser feita é, por que Bolsonaro se meteria com o Supremo por conta da prisão de Roberto Jefferson se não fosse apenas para criar fatos e pautar novamente a mídia, inclusive a progressista?

A mídia coloca em garrafais mais esse embuste, o de que ele entregará ao Senado nesta semana o pedido de impeachment dos ministros do STF, Alexandre de Moraes e de Roberto Barroso, o que é ridículo e merece uma manchete galhofa e não ares de crise institucional, porque a crise institucional tem seu epicentro o ministério da Saúde com o escândalo de corrupção na compra de vacinas, sem falar da adulteração pelo Palácio do Planalto do documento sobre números de mortos por covid, além de uma lista sem fim de oficiais oriundos da Forças Armadas envolvidos na maior bandalha de corrupção da história do país.

Essa jogada e a maneira com que a mídia trata os factoides criados por Bolsonaro como um filme trash, são assustadoras, porque ela cai em qualquer piscadela intencional de Bolsonaro ao fascismo, quando na vida real seu chão está mais mole do que manteiga.

Junta-se a isso, num ato combinado, a paspalhice dos decadentíssimos Sergio Reis e do bandidaço Magno Malta (PR-ES) que, num ato típico de crime premeditado, destruiu uma família no Espírito Santo, ao acusar um trocador de ônibus de estuprar a própria filha, sem apresentar qualquer prova.

Pois bem, Luiz Alves de Lima foi preso, torturado e, após seis anos, inocentado. Lima ficou detido nove meses. Durante esse período sofreu espancamentos, choques, asfixia e foi imerso em água gelada. Sofreu descolamento das retinas devido às agressões e hoje e perdeu 80% da capacidade de visão do olho esquerdo. A lesão é irreversível e progressiva. Ele deve ficar cego.

Esse pilantra, agora, emerge do esgoto com outro factoide, dizendo que o Supremo tem uma lista de pessoas que serão presas, incluindo ele e o Malafaia por criticarem os ministros do STF.

Ele sim, deveria estar preso, mas pelo crime que cometeu contra um inocente, mas está livre e, a mando do chefe da milícia, solta pombos funestos.

Malafaia, outro que é parte da mal-ajambrada farsa, diz que vai convocar os fieis da sua igreja para atos patrióticos no dia 7 de setembro em defesa do mandato do genocida que está levando o país ao primeiro lugar em número de mortes por covid, justamente por uma teia de corrupção no ministério da Saúde, enquanto o Brasil tem número recorde de desempregados, miseráveis e, consequentemente, de pessoas jogadas nas ruas.

Bolsonaro, até 2022, vai jogar todas as fichas na ópera do absurdo, como reza a cartilha de Steve Bannon, que já deu o tombo da campanha de difamação de Lula ao afirmar que ele é o comunista mais perigoso do mundo. E por aí vai.

Cair numa esparrela dessa de Bolsonaro, como a mídia cai, chega a ser inacreditável.

A oposição e a esquerda não podem deixar Bolsonaro pautar o debate nacional, porque é exatamente isso que ele quer para sair das cordas. Inspirado no ditado popular, “enquanto tiver bambu, flecha no genocida”.

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Circo de Bolsonaro nunca desarma, mas nesta semana será pior

Com o aumento assustador de internações por Covid Delta no Rio de Janeiro, cepa que se espalha pelo Brasil como um todo, por falta de vacina, somado a uma semana que será a pior para Bolsonaro na CPI, o genocida vai armar várias lonas de circo, inclusive tendo como coadjuvante Malafaia e Magno Malta.

Tudo isso para desviar a atenção das mais de mil mortes diárias por sua culpa, a chegada rápida a 700 mil vítimas que colocará o Brasil no primeiro lugar em número de vítimas fatais no planeta.

Considerando somente os leitos de UTI, os pedidos subiram de 9 para 72 (alta de 700%) nos 12 primeiros dias do mês de agosto.

A última vez em que a fila esteve tão grande foi em 16 de abril, com 88 pessoas na fila. Já os pedidos por leitos de enfermaria subiram de 24 para 80 em 12 dias (84%).

Some tudo isso com a tragédia econômica, com a inflação, com o aumento de juros, com a fome e desemprego recorde, pronto, a tragédia está completa.

Por isso Bolsonaro vai apostar no fumacê como forma de reduzir os danos e inviabilizar de vez a sua candidatura para 2022.

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Vídeo: Bolsonaro e o rap do “Não tenho provas”

Bolsonaro, seguindo a cartilha de Steve Bannon, cria uma mentira de hora em hora. Antes ele prometia mostrar as provas das acusações absurdas que fazia, mas depois que prometeu provar que as urnas foram fraudadas na eleição de 2018 e chegou na hora H disse que não tinha qualquer prova, ele agora mudou de tática. Antes de falar a mentira, já diz que não tem prova, ou seja, já avisa que é mentira, porque, afinal de contas, o que o gado bolsonarista mais gosta é ouvir as mentiras de Bolsonaro e reproduzi-las, mesmo sabendo que são mentiras, porque o gado consegue ser pior que ele.

Assista:

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