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Opinião

Temos um passado pela frente

Não convence a ruptura da goma alta da burguesia nacional, sobretudo a paulista, com Bolsonaro, em nome de uma suposta defesa da democracia e do estado de direito.

Como nação, já estamos bem crescidinhos para entender que tem muito caroço nesse angu que não vem à tona na mídia por motivos óbvios.

O passado recente, com dois golpes, em Dilma e Lula, patrocinados pela papa fina do capitalismo nativo, não deixa dúvida sobre a intenção em reduzir o Estado para os pobres e, consequentemente a ampliação dos lucros imediatos para os ricos, como ocorreu com Temer e Bolsonaro.

No Brasil, a ganância tem DNA próprio. Herdeiro da colonização e da escravidão, imposta aos negros sob o jugo das chibatas, essa oligarquia, que sempre teve na propaganda, através da mídia de cada época, sua grande estratégia cordial para dar tons de civilidade à expressão mais crua da barbárie, não abandonaria a criatura que alimentou e nutriu até então em nome de uma suposta defesa da democracia.

É possível que alguém que domine melhor esse tema, esclareça o que de fato há por trás disso. Fala-se de tudo aquilo que é evidente, baseado no que é recorrente nas classes economicamente dominantes no Brasil. Mas isso dá conta de um sentido restrito que não abarca verdadeiramente o que, na realidade, está por trás dessa mudança de humor dos milionaríssimos tropicais com o capitão genocida.

Os negócios internacionais, em que o Brasil se vê cada dia mais isolado, no momento em que a globalização se mostra cada vez mais acirrada, sobretudo pelo avanço da China e a perda de território comercial com os EUA, a lambança do ogro com embaixadores internacionais, detonando a imagem do Brasil, afirmando que as eleições são fraudáveis, tem sim peso, talvez até, como afirmam alguns, tenha sido a gota d’água.

Convenhamos, isso não deixa de ser um gigantesco absurdo, porque sempre esteve escrito na testa do sujeito que ele era, além de um tarado por morte, sangue, tortura, uma pessoa que nunca teve qualquer compromisso com a civilidade, mesmo essa nossa introduzida de cima para baixo, aos solavancos, para atender à eterna casa grande.

Não é de hoje que esse Brasil oficial, dominado pelos interesses dos “que mandam”, vive apartado do povo.

Machado de Assis foi bastante sintético ao definir a caricatura burlesca que sempre comandou o país que nem de longe guarda os traços de grandeza que desenham a alma do povo brasileiro.

Tanto isso é verdade que quando um presidente, como Lula, que é parte do povo, assumiu o comando do país, fazendo uma verdadeira revolução que nos tirou da 17ª posição, levando à 6ª maior potência econômica global, somado a uma aprovação inimaginável de 87%, para os barões do dinheiro grosso torcerem o nariz para o então presidente, mas também para o povo, para os trabalhadores.

É que a ordem dos fatores estava sim mudando o produto. E de fato, as classes C, D e E passaram a ter protagonismo numa economia que sempre as segregou.

Tudo isso pode parecer algo de pouca monta, tal a mesquinhez que representa. Mas se pensarmos como a nossa civilização tropical é fruto do que há de mais mesquinho nas relações humanas, daremos conta de que, enquanto não propusermos uma revisão concreta da nossa história, principalmente naqueles vícios que serviram de alicerces para a institucionalidade, não sairemos de um lugar que será sempre escuro e propício para se construir ninhos de ratos, baratas e fascistas.

Isso é tarefa para a população com a menor ingerência possível da elite contaminada pelo colonialismo e pela escravidão.

*Imagem em destaque é do livro “Bahia de Todos os Negros” de Fernando Granato

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Justiça

TSE determina volta de ala pró-PT ao comando do Pros

O ministro Ricardo Lewandowski, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), devolveu o comando do Pros à ala pró-PT. Ele determinou que Eurípedes Jr., que apoia a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volte ao cargo de presidente do partido. Trata-se de mais um capítulo da disputa pelo comando do Pros, informa o Poder360.

Trata-se de mais um capítulo da disputa pelo comando do Pros. Eurípedes havia chegado à presidência da Corte por meio de uma decisão judicial.

Em março, a medida foi derrubada pelo TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal Territórios), que passou a chefia do partido a Marcus Holanda, da ala anti-Lula. O Tribunal entendeu que Holanda teria sido eleito em uma reunião da legenda.

Na sequência, o ministro Jorge Mussi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu que não havia provas da eleição de Holanda, devolvendo a presidência do Pros a Eurípedes. A própria Corte reviu a decisão, por meio do ministro Antonio Carlos Ferreira, trocando novamente o comando do partido, que voltou para as mãos de Holanda.

Na decisão desta 6ª, Lewandowski entendeu que o TJ-DFT “usurpou a competência” do TSE ao decidir sobre o caso. Com isso, derrubou a decisão do Tribunal de 2ª Instância que devolveu a Presidência a Holanda.

“A jurisprudência deste Tribunal Superior é no sentido de que a Justiça Eleitoral possui competência para apreciar as controvérsias internas de partido político”, disse.

“Diante desse quadro, há plausibilidade na alegação do ora reclamante, no sentido de que o acórdão do TJDFT, à revelia da Justiça Eleitoral, teria influenciado em temas estritamente relacionados às eleições gerais de 2022, a exemplo da escolha dos candidatos, da formação de coligações e da distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas”, prosseguiu o ministro do TSE.

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Vídeo: Moro é escrachado em feira de Curitiba: ‘Vá pra São Paulo!’; ele não aguenta a pressão e vai embora

Neste sábado, 06-08, um coletivo de mulheres foi à Feira do Juvevê, bairro de Curitiba (PR), “toalhar’’.

É o termo usado para conversar com as pessoas, portando a toalha com a foto de Lula estampada.

E, aí, uma grande surpresa: Sergio Moro, candidato ao Senado pelo Paraná (União Brasil), em campanha na mesma feira, provavelmente gravando vídeos para exibir nas redes sociais.

De terno azul marinho, calça pula-brejo, o ex-candidato à Presidência e ex-candidato ao Senado por São Paulo posa para fotos com umas pouco pessoas, sorri amarelo para outras.

As mulheres lembram-lhe da fraude da Lava Jato, o papel de Moro no processo, a prisão de Lula, que beneficiou Jair Bolsonaro a se eleger presidente da República e Moro, seu ministro da Justiça, a destruição de milhões de empregos.

E aumenta o coro: “Vá pra São Paulo! Vá pra São Paulo!”

Era visível o desconforto do ex-juiz e dos membros da equipe que o acompanhava.

*Com Forum

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Molon traiu um acordo firmado. Essa é uma questão que está fazendo muita gente que o apoiava, passar a criticá-lo

Em momento algum Molon se prontificou a abrir um leque de debate sobre sua posição de roer a corda do acordo firmado entre PSB e PT, do qual ele tinha plena consciência, preferindo jogar para a torcida, mostrando apoio de pessoas públicas e respeitadas do campo da política e do meio artístico.

Molon tem um grande problema, umbigo de vedete e um narcisismo que não cabe dentro dele. Isso faz com que o vaidoso tropece no próprio pé após uma topada típica de quem estava distraído se autochaleirando.

Pior que isso, a frase perfeita dita por Brizola, “A política ama a traição, mas odeia o traidor”, nunca pareceu tão materializada nesse episódio que colocou Molon como boi na linha de uma coisa séria e definitiva para os rumos do país, que foi o acordo firmado, do qual ele é parte, entre o PSB, seu partido, e o PT.

Para piorar, descumprindo a orientação do PSB nacional, ele resolveu, primeiro, fazer ouvidos moucos para o carão que tomou da direção nacional do partido. Agora, decidiu afrontar a decisão majoritária do PSB que cortou a verba para sua campanha ao Senado e resolveu bancar o lobo solitário, numa espécie de bloco do eu só, impulsionado por uma ambição política desmedida.

O resultado não poderia ser mais desastroso. Imediatamente, a história integral de traição de Molon foi espalhada nas redes em um vídeo em que ele aparece miseravelmente se colocando de uma forma cretina, já fora do PT, quando o partido sofreu mais ataques dos bandidos da Lava-Jato, junto com a mídia, e Molon, além de se acovardar numa fuga vergonhosa da guerra, abrigou-se no acampamento do inimigo do PT e, de lá, passou a atirar em Lula e Dilma.

Isso foi o suficiente para que muita gente que, alheia a esse fato, tomasse ranço automático de Molon, porque não há como não ligar um fato a outro naquilo que é mais caro para a esquerda brasileira, a lealdade.

Pois bem, Molon saiu com essa de fazer uma carreira solo à francesa. A princípio, teve seu nome até exaltado por muitos que não tinham pego o fio da meada e que, agora, tendo plena consciência do que está em jogo, passaram a ter a visão real que é absolutamente oposta a de quem coloca os interesses do país acima dos interesses pessoais.

O custo político disso para Molon, está longe de ser avistado. Uma coisa é certa, ele vai sair muito menor do que entrou nesse furdunço que criou apenas para atender ao seu ego.

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Opinião

Tiro de canhão no pé: Bolsonaro escolhe suas duas maiores piadas prontas para servir de “grande estratégia” eleitoral

Bolsonaro, marido da Micheque, aquela que não explicou até hoje por que Fabricio Queiroz depositou R$ 89 mil em sua conta, quer usar a propaganda eleitoral para atacar a “corrupção do PT de Lula e Dilma”.

Isso mesmo que você leu.

O candidato, apoiado por Cunha (aquele corruptaço que saiu da Lava Jato quatro vezes mais rico) é um entusiasta do impoluto patrão da fantasma, Val do Açaí, e também, ao que tudo indica, é comandante chefe do maior esquema de peculato e formação de quadrilha, carinhosamente chamada de “rachadinha”.

Mas a coisa nem de longe para por aí.

O presidente, que teve que enfrentar a repercussão de vários escândalos de corrupção em seu governo, sendo os mais destacados nos ministérios do Meio Ambiente, Saúde e Educação, quer usar a pauta de corrupção para atacar Lula.

Essa ideia infeliz deve ter vindo da cabeça vazia de algum santo que apoia Bolsonaro como Collor, Valdemar da Costa Neto, Cunha ou Roberto Jefferson.

Não é o próprio Bolsonaro que fica repetindo que não dorme porque sabe que será preso quando sair da presidência por um incontável número de acusações de crimes?

Então, de onde saiu essa piada suicida de exaltar a corda na casa de enforcado?

Para dar mais cor aos bufões bolsonaristas, sua campanha vai exaltar seus “feitos” (nenhum) nos quatro anos de governo.

Isso só pode ser um sacrifício de autoflagelo para virar gozação nacional no momento seguinte à caçoada.

Mas o deboche com a cara do povo, está longe de ser só isso.

A última parte da estratégia, da conta do “futuro”. Ao menos um futuro imaginário.

Sem passado, e presente, a turma que elabora o bate entope eleitoral de Bolsonaro, pretende se lambuzar de falácias futuras e não faltará bico na bola, chutado para onde o nariz apontar.

Aquela marca de Guedes que, do nada, tirou números mágicos da caixola para prometer uma atividade econômica anabolizada com esteroide pra elefante crescer, será a grande pedra de toque.

Seja como for, Bolsonaro só tem mesmo isso para mostrar na TV durante a campanha eleitoral. Ou seja, não vai faltar zombaria com a cara do povo.

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Molon: um candidato de si mesmo

Ricardo Bruno – Se Alessandro Molon mantiver seu projeto pessoal e, como tudo indica, perder as eleições, terá de deixar a vida pública. O desmedido apego à candidatura, à revelia dos objetivos centrais de seu próprio grupo político, tirou-lhe condições de convivência em ambiente partidário.

Nesta empreitada contra o bom senso, violou um dos princípios basilares das agremiações partidárias: pôs seu projeto pessoal acima dos interesses e metas da legenda. Ao fazê-lo, perdeu credibilidade e confiança de seus pares, transformando-se em estorvo para a consecução do objetivo primordial da aliança PSB-PT: juntar, agregar, somar, reunir e potencializar energias para assegurar a vitória de Lula.

A obsessão do parlamentar de viabilizar o sonho de se tornar senador, em desacordo com pacto firmado diretamente como ex-presidente Lula, desidrata, drena e fragiliza a força da aliança entre as duas principais legendas da esquerda brasileira. Ao invés de se organizar estratégias para o avanço da chapa Lula-Alckmin, despende-se tempo e energia para tentar contornar a aventura individualista do parlamentar fluminense.

Os partidos não devem ser utilizados como instrumentos de projetos pessoais, desconectados das estratégias centrais do grupo. Essa talvez seja uma das maiores distorções da política nacional, na maioria das vezes resultante da ação das chamadas legendas de aluguel – siglas que são capturadas pelo objetivo raso de políticos despudorados.

Molon tem história no parlamento brasileiro, construiu trajetória ilibada na defesa de causas progressistas, ainda que tenha cedido à tentação moralista de apoiar Sérgio Moro e Marcelo Bretas nos desvios e arbítrios da operação Lava Jato. Em sua atuação, há indiscutivelmente um certo “lacerdismo” enrustido, ao agrado de boa parte da Zona Sul, base de seu eleitorado. Egresso da militância católica, ostenta a imagem de carola pudico, sublinhada pelo cabelo em corte que remete às tonsuras clericais.

Se na atividade parlamentar reúne muitos acertos, se a imagem se mostra aparentemente imaculada, a prática partidária é desastrosa. Molon controla o PSB utilizando métodos que fazem lembrar os políticos mais retrógados. Preside um diretório, cujos os integrantes, em sua maioria, são funcionários de seu gabinete parlamentar. Atuam exclusivamente para fazer valer os interesses e as vontades do patrão. Isto desqualifica e reduz o conjunto de sua atuação parlamentar. E retira legitimidade de sua indicação como candidato ao Senado.

Após sofrer sanções de seu próprio partido por incontinência de suas ambições pessoais, com o corte de recursos do fundo eleitoral e a possibilidade de perder espaço na propaganda na televisão, Molon se tornou candidato de si mesmo. Isolou-se no ambiente político-partidário e tenta levar à frente sua aventura com o apoio de alguns artistas e intelectuais respeitáveis, mas distantes da lide política, onde de fato se constrói os planos e estratégias de atuação eleitoral dos partidos.

Sua candidatura descumpre o acordo entre as legendas, traz prejuízos, portanto, à aliança PT-PSB e produz embaraços à convivência prática entre petistas e socialistas. Que deveriam estar terrivelmente unidos na defesa do projeto de redemocratização do país, representado pela chapa Lula-Alckmin. Perde também o candidato ao governo do PSB, Marcelo Freixo, que tem de se equilibrar entre as pretensões descabidas do presidente regional do partido e os objetivos maiores de seu projeto eleitoral de parceria com Lula e o PT.

Todos perdem, até mesmo o próprio Molon, que provavelmente será levado a encerrar sua respeitável carreira parlamentar, por pequenez política e demasiada ambição pessoal.

Ricardo Bruno é Jornalista político, apresentador do programa Jogo do Poder (Rio) e ex-secretário de comunicação do Estado do Rio/247

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Bancos privados rejeitam armadilha de Bolsonaro aos pobres e não aceitam fazer consignado com Auxílio Brasil

Bolsonaro e o Centrão criaram armadilha para multiplicar valor do Auxílio Brasil para os mais pobres iludindo-os com o crédito consignado. Juros poderiam chegar até a 98% ao ano. Os grandes bancos privados rejeitaram, com receio da repercussão negativa. Caixa e BB devem oferecer o crédito-arapuca.

Segundo a Forum, os grandes bancos privados do país não vão embarcar na proposta-armadilha aprovada pelo Centrão no Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro de oferecer empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, multiplicando os recursos nas mãos das famílias às vésperas da eleição e esmagando-as a seguir com juros estratosféricos.

Em publicações e anúncios em redes sociais, financeiras e promotoras de crédito que estão recolhendo pré-cadastros para ofertar os empréstimos falam em taxas de 4,99% ao mês, o equivalente a 79% ao ano. Mas as taxas chegam até a 5,88% ao mês, equivalentes a 98% ao ano.

Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer crédito consignado. A recusa do mercado vem após o governo lançar a iniciativa sem colocar um limite à taxa de juros a ser cobrada.

Especialistas ouvidos por O Globo dizem que a saída em série dos grandes bancos mostra que há uma preocupação sobre a efetividade da medida e seu impacto na própria imagem das instituições.

Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, afirmou ao jornalista João Sorima Neto que os bancos não querem se associar à imagem de que estão usando como garantia para o empréstimo uma transferência de renda para uma população na pobreza ou na extrema pobreza.

Isso poderia, inclusive, ir de encontro às práticas ESG (meio ambiente, social e governança na sigla em inglês) adotadas pelas grandes instituições: “As instituições que de fato estejam investindo em políticas ESG vão se questionar muito se entram ou não nesse mercado e, provavelmente, não vão entrar porque parece que há quase um consenso sobre, digamos assim, a ruindade dessa medida”.

Apesar da recusa dos bancos privados, os bancos públicos federais, sob comando bolsonarista, deverão apresentar a armadilha às beneficiárias e beneficiários do Auxílio Brasil. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal informaram à Folha de S.Paulo que estão analisando como ofertar o consignado. A assessoria da Caixa afirmou que as contratações do empréstimo consignado do Auxílio Brasil terão início após a regulamentação das condições da operação, mas recusou-se a informar quais serão as taxas de juros dos empréstimos.

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Economia

Congresso deu aval para governo Bolsonaro executar R$ 213 bilhões fora do teto

Criado na gestão Temer (MDB) e defendido no governo Bolsonaro, teto de gastos foi ultrapassado pelo Executivo em diversas oportunidades.

De acordo com o Metrópoles, nunca se falou tanto em teto de gastos. A norma limita o crescimento das despesas públicas. Mais de cinco anos após a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 95 pelo Congresso Nacional, parlamentares deram aval para que o governo Bolsonaro executasse R$ 213 bilhões fora do orçamento.

O montante foi analisado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado Federal. Desde 2019, o presidente Jair Bolsonaro (PL) articulou ao menos cinco emendas constitucionais para gastar além do que a norma do teto prevê (veja todas mais abaixo).

O teto de gastos foi criado no governo de Michel Temer (MDB), quando o país passava por recessão marcada pela crise fiscal. Gastava mais do que arrecadava e acumulava sucessão de déficits primários.

Na época, o argumento usado era o de que a regra orçamentária iria controlar os gastos públicos. Quando aprovada, a emenda estabeleceu que as despesas da União só poderiam crescer o equivalente ao gasto do ano anterior, sendo este corrigido pela inflação.

Na última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o governo desrespeitou o teto, mas argumentou que a medida foi adotada para socorrer os “mais frágeis” por meio do pagamento de auxílios durante a pandemia de coronavírus e a guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo. Segundo ele, a violação ocorreu com “responsabilidade fiscal”.

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Eduardo Cunha sai da Lava Jato quase 400% mais rico

Quem se esquece que Moro, que vestiu manequim de herói de combate à corrupção, aliviou, via mulher de Eduardo Cunha, um dos maiores esquemas de corrupção da história desse país? Na época, Moro afirmou que a fortuna que estava no nome dela, que seguia gastando como nunca no exterior com cartão sem limite, não tinha nada a ver com Eduardo Cunha.

Primeiro, temos que lembrar que Cunha só foi preso, porque o Ministério Público da Suiça deu a ficha do picareta que tinha dez contas em quatro países.

Agora, chega a notícia de que Cunha, depois da Lava Jato, ficou praticamente 400% mais rico, ou seja, vai combater corrupção assim lá na casa do Cunha.

Mas cadê que a nossa gloriosa mídia escancara esse fato em garrafais ou no Jornal Nacional.

O bolsonarista entusiasmado anda falando pelos cotovelos o que quer e que bem entende a favor de Bolsonaro. Trata-se daquele mesmo sujeito que, em 2018, dizia ser a nova política, em nome da família, de Deus e sei lá mais o quê.

Cunha está entre os quatro sujeitos “ilibados” que formam o esquadrão da moral bolsonarista. Além de Cunha, tem ainda Valdemar da Costa Neto, Collor e Roberto Jefferson, isso não é pouca coisa, até porque temos sempre que lembrar que Bolsonaro chegou à presidência por uma farsa entre ele e Moro, na barganha mais imunda da história das eleições.

Por isso, a notícia de que Cunha saiu da prisão muito mais rico do que já era, não surpreende ninguém. Foi pra isso que Moro, Dallagnol e o restante da falange de Curitiba trabalharam arduamente.

Dallagnol é outro que se encontra enrolado com a justiça com suspeita de desvio de verba do fundo partidário, sem falar de outro processo sobre gastos irregulares com diárias.

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