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Por que Bolsonaro recebeu advogado do filho Flávio de forma clandestina?

Encontro no Palácio do Alvorada não constava da agenda oficial. Frederick Wassed atua em investigação que apura movimentações financeiras atípicas em contas do filho do presidente.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na tarde deste sábado (28) o advogado Frederick Wassed que representa o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em investigações que apontam movimentações financeiras suspeitas nas contas do filho do presidente e de assessores de seu gabinete.

O encontro que durou cerca de 30 minutos ocorreu no Palácio da Alvorada e não constou da agenda oficial de Bolsonaro.

O G1 procurou a assessoria do Palácio do Planalto e Wassef para saber o que foi discutido no encontro, mas não havia obtido resposta até a última atualização desta reportagem.

Essa foi a segunda visita do advogado ao Palácio da Alvorada nos últimos dias. No último sábado (21), Frederick Wassed também foi à residência oficial da presidência.

A esclarecer.

 

*Com informações do G1

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Será que o militar pego com cocaína na comitiva presidencial é o Queiroz do Eduardo Bolsonaro?

É um caso tão estranho esse do Eduardo com Manoel Silva Rodrigues, sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), pego com 39kg de cocaína.

Nos dois casos, os Bolsonaro não querem que eles falem.

Mas por que não querem?

O que eles, Queiroz e Manoel podem revelar de tão perigoso para Eduardo e Flávio?

Será que eles têm o poder de demolir o governo Bolsonaro?

Mas, nesse caso, qual seria a participação do Jair Bolsonaro nesse furdunço em que Eduardo e Flávio estão enfiados?

Essa perguntas tem que ser feitas para que se entenda porque os filhos de Bolsonaro estão obstruído os depoimentos de Queiroz e Manoel.

A quem interessaria o silêncio forçado dos dois?

Por que Eduardo está embaraçado na hora de explicar o motivo pelo qual está obstruindo o depoimento do sargento preso na Espanha com um significativo carregamento de drogas?

De qualquer forma, convém tratar esse caso como os vinhos, desconfiando das misturas.

Na verdade, não se sabe de quase nada desse caso da cocaína no avião da comitiva de Bolsonaro, mas dá para desconfiar de muita coisa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Garantias constitucionais estão sob ameaça no Supremo

Mais uma vez, Supremo mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas em questão essencial para o regime democrático’.

Apesar de o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria no entendimento de que um réu tem o direito de apresentar sua defesa por último antes do juiz formular a sentença, essa garantia Constitucional corre o risco de ser mutilada na próxima semana, quando o colegiado se reunirá para formular um entendimento conclusivo sobre o tema.

O alerta é de Janio de Freitas, na coluna deste domingo (29), na Folha de S.Paulo. Na quinta-feira (26), por 6 a 3 votos, o STF formou maioria em favor da tese que pode anular condenações em primeira instância da Lava Jato, e isso inclui a do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.

A decisão do STF correu no âmbito do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-gerente de empreendimentos da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado pelo ex-juiz Sergio Moro, na Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro. Seu advogado alegou que o cliente teve o direito de defesa prejudicado, isso porque no momento das alegações finais não foi escutado por último.

No início de agosto, a Segunda Turma do STF realizou um julgamento semelhante em favor de uma ação colocada pela defesa do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, que levou à primeira anulação de uma pena imposta por Sergio Moro na Lava Jato.

Essas duas decisões do STF – no Plenário e Segunda Turma – devem ser usadas pelas defesas de outros réus da Lava Jato pedindo a revisão dos julgamentos. No caso do ex-presidente Lula, o novo entendimento poderá alterar o resultado da condenação no sítio de Atibaia (SP). Em novembro do ano passado, a juíza Gabriela Hardt fixou prazo de “dez dias para as defesas” apresentarem as manifestações finais, sem distinguir entre delatores e delatados.

“Se, em casos da Lava Jato, entre a acusação por um delator e a sentença não houve tempo para a defesa, ficaram impossibilitados o contraditório e a ampla defesa. Para isso, o método de Moro consistia em dar o mesmo prazo para as “razões finais” da acusação e da defesa. Benesse, só para a ânsia condenatória de Moro”, explica Janio de Freitas.

O articulista também observa as entrelinhas dos magistrados durante a votação na quinta-feira (26). “Luís Roberto Barroso, terceiro a votar, propôs que, se confirmada para o réu a última palavra, assim seja apenas daqui por diante. Logo, caso o Supremo declarasse incorretos os métodos condenatórios, a seu ver o incorreto deveria permanecer intocado. Nem ao menos era caso de regra nova e não retroativa. Azar o de quem não teve a defesa final e está na cadeia”, destaca o articulista.

Luís Roberto Barroso foi um dos três ministros, ao lado do relator Edson Fachin e de Luiz Fux, que votaram contra o pedido de habeas corpus, ou seja, entendendo que o réu não foi prejudicado porque, no momento das alegações finais, não teve o direito de argumentar depois dos delatores que o acusaram.

Janio destaca ainda que, apesar de ter adiantado no fechamento da sessão de quinta-feira que concorda com o entendimento da maioria, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, propôs modular o entendimento para que, na próxima semana, o Plenário estabeleça os limites da decisão, ou seja, se terá validade para as sentenças já impostas no Judiciário.

Janio avalia ainda que, apesar de ter votado em favor do habeas corpus de Márcio de Almeida Ferreira, a ministra Cármen Lúcia poderá acompanhar o entendimento de aplicação em novos casos, para não haver revisão de decisões da Lava Jato.

“(…) com a adesão de Dias Toffoli, que anunciou outra ‘proposta de modulação’, os propensos a mutilar o direito constitucional à ‘ampla defesa’ têm possibilidade de fazer maioria. Situação ameaçadora, porque, como disse Gilmar Mendes, ‘a questão não é Lava Jato, é todo um sistema de Justiça penal’”, prossegue o articulista.

“Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas e argumentos artificiosos no trato de questão essencial para o regime democrático”, conclui Janio.

 

 

*Por Janio de Freitas/GGN

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Por que Eduardo Bolsonaro está com medo do depoimento do militar da comitiva presidencial pego com 39kg de cocaína?

DCM Exclusivo: Sargento preso com cocaína na Espanha processa Eduardo Bolsonaro, que o impede de ser ouvido na Câmara.

O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, que se encontra atualmente preso na Espanha, acusado de transportar 39 quilos de cocaína em avião da comitiva do presidente da República, Jair Bolsonaro, está lutando na Justiça pelo direito de contar a sua versão dos fatos à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, presidida por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Mas, de acordo com o militar detido na Europa, o deputado ignorou todos os seus pedidos para se manifestar.

É o que se observa em publicação constante na edição do último dia 9 do Diário Oficial da Justiça do Distrito Federal, que segue abaixo.

Assim, conforme alega o ex-membro da comitiva de Jair Bolsonaro, no dia 10 de julho deste ano, Eduardo, chamado de 03 por seu próprio pai, convidou representantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e da FAB para se manifestarem sobre os fatos ocorridos em aeronave da comitiva presidencial, nos quais Manoel Silva Rodrigues foi acusado de tráfico de drogas.

O militar argumenta que tem direito de manifestação perante à referida Comissão (por meio de seus advogados, pois se encontra preso na Espanha), em razão do direito de resposta que lhe é assegurado por lei.

No mesmo processo judicial movido contra Eduardo, ele diz ter enviado uma série de pedidos por email ao deputado federal do PSL, mas que não recebeu qualquer resposta.

Assim, ainda segundo os advogados do militar preso, não restou alternativa a não ser acionar a Justiça para que pudesse ser ouvido, já que, segundo alega, os membros do Gabinete de Segurança Institucional estariam dizendo inverdades a respeito do caso.

Até agora, porém, Manoel Silva Rodrigues não teve sucesso em seu intento. Nem Eduardo Bolsonaro chegou sequer a responder seus e-mails, nem a juíza de primeira instância que julgou o caso, Joana Cristina Brasil Barbosa Ferreira, da Primeira Vara Cível de Taquatinga (DF), atendeu a seu pedido para ser ouvido.

Em decisão publicada no último dia 9, a magistrada afirmou que o militar não tem urgência para se manifestar sobre o caso, muito menos na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que não tem a função de julgar criminalmente o episódio:

Na hipótese dos autos, não há que se falar em urgência contemporânea à propositura da ação, pois qualquer esclarecimento que o requerente (sargento Manoel Silva Rodrigues) tenha a fazer às Comissões da Câmara dos Deputados não demanda urgência, eis que referidas comissões não constituem veículos de comunicação e tampouco são competentes para tramitação de processo criminal, no qual o requerente terá oportunidade de defesa assegurada.

Assim, o Brasil terá que aguardar para ouvir a versão do sargento preso a respeito dos 39 quilos de cocaína transportados para a Espanha em um avião da comitiva de Jair Bolsonaro. Ao militar, resta, agora, ingressar com um recurso na segunda instância da Justiça, insistir nos pedidos por e-mail a Eduardo Bolsonaro e aguardar que o inquérito que corre sob sigilo na FAB resulte na abertura de um processo judicial, quando só então poderá ser ouvido, segundo a juíza Joana Ferreira.

Até a publicação desta reportagem, Eduardo Bolsonaro não havia se manifestado no processo acerca do assunto, nem explicado por que nem chegou a responder os pedidos do sargento para ter a sua versão dos fatos ouvida pelo Parlamento brasileiro.

 

 

*Com informações do DCM

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Mudo sobre 39 kg de cocaína na comitiva presidencial, Moro chuta que juízes estão com medo de decretar prisão de traficantes

Sim, Moro é o Ministro da Justiça e Segurança Pública que se calou diante de 39kg de cocaína apreendidos pela polícia espanhola, sendo transportados pelo avião oficial que fazia parte da comitiva de Bolsonaro.

Mas o que ele falou sobre isso?

Nada! Mudo! quieto! calado!

Então, qual o sentido desse seu post, senão o de mentir sobre esse “Leio na imprensa”?

Que imprensa?

Que fonte ele apresentou para dar esse bico de que juízes estão deixando de decretar a prisão preventiva de assaltantes de bancos e traficantes de drogas por receio de serem punidos pela nova lei de abuso de autoridade, após a derrubada dos vetos do Presidente?

Nenhuma.

Pior, debaixo do nariz de Moro, neste sábado (28), em Curitiba, quatro adolescentes foram executados, depois de rendidos, pela Rotam, no bairro Parolim.

Algum comentário de Moro? Não!

Para piorar ainda mais, a lei de abuso de autoridade a que ele se refere, só entrará em vigor em 2020, mas Moro faz uma afirmação dessas.

É por essas e outras que o New York Times, o jornal mais importante do mundo, chamou Moro de imoral, ilegal e sujo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mourão chama de empreendedorismo o colonialismo, o extermínio dos índios e a escravidão

O mundo não assiste, por acaso, à tentativa de Bolsonaro de dizimar os índios e os povos da floresta em nome do progresso dos estúpidos e, muito menos, ao extermínio de jovens negros no Brasil sob a regência repugnante de uma milícia disfarçada de governo que tomou o poder.

Ninguém chega a esse grau de estupidez sem beijar a mão da oligarquia, sem se associar a um dos maiores símbolos de segregação desse país, que é a Globo, menos ainda sem hipotecar o Brasil, numa adoração servil ao grande capital internacional.

Abro aqui um parênteses para lembrar dos anos em que a Globo praticou um dos maiores projetos de segregação racial, não só impedindo, durante décadas de sua história, que negros assumissem papel de destaque em seus cenários, como fez uma imensa campanha com lançamentos de livros, crônicas e etc., contra o movimento negro e cotas.

O motivo é somente um, não admitir que um negro seja cidadão, muito menos que o Estado fosse dotado de direitos que permitissem que esse cidadão negro se transformasse num forte agente na participação do debate nacional.

Esse também é um caso que busca produzir uma democracia incompleta no cotidiano do país.

Poderia aqui traçar uma lista de cidadanias mutiladas no Brasil a partir da construção de um preconceito, resumindo índios e negros a um grau de não cidadãos, portanto, não merecendo que se busque justiça ou reparação num país de cinco séculos em que quatro deles teve escravidão de negros e massacre de povos indígenas.

Como disse Darcy Ribeiro: “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso”. 

E é justamente nesse modelo cívico residual que se ampliou durante o nosso regime autoritário que Mourão foi adestrado.

A serviço das grandes corporações transnacionais, a milícia que tomou o poder com Bolsonaro, Mourão e cia., quer construir o nosso “novo modelo econômico”, para que essas grandes corporações utilizem o que há de essencial tanto dos recursos públicos quanto dos recursos da própria Amazônia, transformando-a na territorialização corporativa.

Isso, num país que mostra a expansão violenta da bugigangalização da economia, aonde se busca respaldo na ideia de que, bom para o país é a precarização do trabalho, impedindo que haja fronteiras entre o oferecido “empreendedorismo”, leia-se, sacolagem, camelotagem e etc. e a organização formal do trabalho.

Tudo isso é condimentado pela violência central da publicidade feita pela mídia.

Mourão, com esse estúpido post em seu twitter, só mostra uma cabeça tipicamente colonizada de um general como tantos e o quanto o Brasil terá que lutar para dizimar um problema tatuado na alma das classes economicamente dominantes, que só têm um objetivo na vida, massacrar as camadas mais pobres da população em nome do lucro selvagem.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Roberto Requião: ‘Lula é tão culpado quanto a Terra é plana’

Para ex-senador, condenação de Lula tem de ser anulada porque violentou o processo legal e estraçalhou o direito.

São Paulo – O pedido para que a Justiça conceda ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o benefício do regime semiaberto após mais de 500 dias preso em Curitiba, protocolado ontem (27) por Deltan Dallagnol e outros procuradores Ministério Público Federal (MPF), é mais uma manobra do Ministério Público Federal (MPF). Desta vez, criar um fato novo e assim evitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) acate pedido da defesa de Lula para anular os atos do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro. A opinião é do ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).

“O que está em jogo é o direito, se está valendo ou não, e a Lava Jato. Lula deveria ter sido julgado de maneira imparcial, mas foi denunciado e condenado em um processo legal violentado. O direito foi estraçalhado para tirar o Lula do processo eleitoral, quando teria de anular essa sentença. Lula é tão culpado quanto a Terra é plana”, disse a liderança paranaense.

Até novembro, segundo o ministro Gilmar Mendes, o STF deverá retomar o julgamento do pedido dos advogados de Lula. Em dezembro, o ministro e relator Luiz Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia, votaram contra a suspeição.

“O que podemos esperar é que o STF declare a suspeição de Sergio Moro nos julgamentos”, disse Requião, que foi um dos maiores defensores da operação Lava Jato em seus primórdios. “Mas o combate à corrupção foi manipulado para atender a interesses políticos e econômicos, que está levando a esta regressão bárbara ao liberalismo de séculos atrás, ao massacre de trabalhadores, ao fim de todos os direitos do trabalho, da CLT, da aposentadoria, a entrega da soberania brasileira e do pré-sal para interesses do capital financeiro”.

O pedido de concessão de regime semiaberto para Lula foi protocolado um dia após o ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ter dito em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que já entrou armado no STF com a intenção de atirar em Gilmar Mendes. Janot conduziu a PGR de 2013 a 2017, período em que a Lava Jato ganhou novo fôlego.

Nem tornozeleira, nem restrições: Lula só sai de Curitiba com atestado de inocência.

 

 

*Da Rede Brasil Atual

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Faça o que digo, mas não o que faço: Procuradores criticam busca e apreensão contra Janot. Contra Lula, apoiaram

A nota da associação é tipo, no dos outros é refresco.

A mesma associação apoiava a “condução coercitiva”, “prisão em segunda instância”, mas agora não gostou do Estado policialesco.

Por que não se manifestaram quando a PF invadiu a casa de Lula, levou o notebook do seu neto, revirou a casa inteira querendo esculachar um ex-presidente numa clara violação de seus direitos?

A nota ainda diz que o intuito de Gilmar Mendes é atacar e desmoralizar a instituição MP, mas nada falou quando foi contra Lula, a mando de Moro, que atacava frontalmente a instituição Presidência da República.

Esses dois pesos e duas medidas são uma das marcas das sementes contaminadas que fazem de boa parte do Ministério Público, automaticamente, uma instituição esquizofrênica, porque isso já passou e muito da natureza do corporativismo.

Criam, hoje, polêmica contra esse tipo de ação, mas passaram cinco anos se deliciando com todo o tipo de arbítrio promovido pela Lava Jato em que o próprio Janot foi parte, inclusive, no vazamento criminoso para a Globo do diálogo de Dilma com Lula.

Esse capítulo com absoluta falta de decoro não mereceu um rodapé sequer da Associação dos Procuradores. Agora se ocupam, em longa nota, de abordar questões de legalidade que nunca se importaram quando Moro fazia o que queria com a constituição, apoiado pelo, então PGR, Rodrigo Janot. Tudo absolutamente acobertado pela mídia.

Mas como é o velho ditado, faça o que digo em nota, mas não faça o que faço na prática.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Lula bate o martelo: “Só saio daqui com 100% da minha inocência”

Um dia depois da Lava Jato defender a progressão de Lula para o regime semiaberto, perfil do ex-presidente no Twitter divulga trecho de entrevista em que Lula deixa clara novamente sua posição. “Só saio daqui com 100% de inocência, e meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar no meu lugar, ele e o Dallagnol”.

O perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Twitter publicou na tarde deste sábado (28) trecho da entrevista de Lula em que ele deixa claro que só deixará a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba com sua inocência reconhecida por completo pela Justiça.

“Eu quero sair daqui com 100% da minha inocência. Não dia assim, ‘ah, vamos tirar o coitadinho, porque ele está velho’. Não estou velho. (…) ‘Ah, vamos colocar uma tornozeleira nele’, não sou pombo.Coloquem neles a tornozeleira”, disse Lula. O ex-presidente Lula concedeu entrevista exclusiva ao Jornal GGN, que deve ser exibida neste sábado (28).

Declaração semelhante foi dada pelo ex-presidente em entrevista de Lula à TV 247, concedida aos jornalistas Mauro Lopes, Paulo Moreira Leite e Pepe Escobar.

“Eu sei que é duro para minhas pessoas dizer isso, para minhas netas e meus filhos, mas só saio daqui com 100% de inocência, e meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar no meu lugar, ele e o Dallagnol”, completou o ex-presidente.

Em meio às revelações de suas ilegalidades, os procuradores da operação Lava Jato divulgaram nessa sexta-feira (27) parecer em que defendem que Lula progrida para o regime semiaberto.

 

 

*Com informações do 247

 

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Atenção para o Toffoli: ele estaria propenso a rasgar a Constituição para agradar ala bolsoneira do STF

O presidente do STF, Dias Toffoli, prepara um voto que descaracteriza a decisão da maioria dos ministros da corte quanto à questão das alegações finais.

Pelo menos é o que foi vazado para o site que é porta-voz da Lava Jato, Antagonista.

Para ter a condenação anulada, o réu terá que demonstrar que fez a reclamação na primeira instância.

O ministro também deve propor que a defesa comprove que ficou prejudicada por não ter se pronunciado por último.

Dias Toffoli acolhe, com este último ponto, o que defendeu Luís Roberto Barroso, derrotado no plenário.

É o que estabelece o princípio “pas de nullité sans grief”, invocado por ele.

Significa que um processo ou ato processual só pode ser anulado se houver comprovação de que houve prejuízo.

A jurista Sylvia Steiner diz que esse princípio se aplica principalmente em ações civis, não criminais.

Nestes casos, o “pas de nullité sans grief” só é aplicado quando a nulidade não se refere à violação de garantia fundamental, como é a da ampla defesa.

“Por ferir garantia fundamental da ampla defesa, o prejuízo é presumido”, afirmou, em seu perfil no Facebook.

“Juiz tem que julgar de acordo com as leis e os princípios constitucionais. Não de acordo com o clamor público. Aprendi com o primeiro Juiz Federal perante quem oficiei: Quem julga para agradar a plateia devia ir julgar concurso de miss”, escreveu.

Sylvia Steiner foi procuradora da república e desembargadora federal, antes de ser indicada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso para o Tribunal Penal Internacional, em Haia.

O desembargador aposentado Dyrceu Cintra comentou:

“Concordo integralmente. O Barroso também concordava antes de ser ministro… Afinal, um constitucionalista não pode desprezar os princípios da ampla defesa e do contraditório.”

O jurista Tales Castelo Branco foi na mesma linha:

”Realmente, a nulidade é absoluta, fere dispositivo constitucional expresso (art. 5, IV). Não sei o que os bolsoneiros querem. Certamente uma constuiçãozinha só para o Lula.”

Sylvia Steiner arrematou:

“Exato, e de preferência sem o artigo 5o”.

O artigo 5o é o das cláusulas pétreas (não podem ser alterados), que asseguram, por exemplo, os princípios da ampla defesa e da presunção de inocência, flagrantemente desrespeitados nos processos contra Lula conduzidos pela Lava Jato.

Se Toffoli confirmar o vazamento do órgão lavajateiro, contribuirá com os que, desde 2014, têm se empenhado na tarefa de rasgar a Constituição.

Nesse caso, o plenário tem o dever de resistir.

 

 

*Joaquim de Carvalho/DCM