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“Democracia na saúde” do governo Bolsonaro é fake; vai destruir o SUS e o direito à assistência

Paulo Capel – O dinheiro do SUS está sendo “disputado a bala” em muitos municípios. Não se trata de metáfora.

Os recursos do orçamento da União destinados ao financiamento das ações de saúde pública são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos correspondentes nos Estados e Municípios.

Segundo regras definidas em leis e normas infralegais, esses recursos, somados às transferências estaduais e aos recursos próprios, devem ser aplicados no pagamento de salários, investimentos e demais despesas com materiais, medicamentos e equipamentos das unidades da rede de saúde.

Na maioria dos municípios, é isto o que ocorre, mas em vários têm sido constatados graves desvios de finalidade.

Em muitas situações, o dinheiro das transferências aos municípios representa um volume proporcionalmente elevado, por vezes equivalente ao conjunto da arrecadação do município.

Embora sejam recursos com destinação específica, os controles são frágeis e a fiscalização precária.

Em consequência, “mete-se a mão” no dinheiro público da saúde. Impunemente. Recursos que deveriam ser aplicados na prevenção de doenças, no alívio da dor, e para evitar mortes e promover a vida, acabam se destinando ao oposto disso.

Os casos de Santa Luzia, município da região metropolitana de Belo Horizonte, e de Igarapé-Açu, no nordeste do Pará, são exemplares.

Em Santa Luzia, um pistoleiro acusado de ser o matador de um jornalista foi pago com dinheiro da saúde [1].

Em Igarapé-Açu, Paulo Henrique Sousa, eleito presidente do Conselho Municipal de Saúde, interessado em examinar as contas do SUS local, não chegou a tomar posse: foi assassinado com quatro tiros na nuca [2].

Fora dos serviços de saúde, o dinheiro do SUS está, literalmente, matando. Quadrilhas que vêm se especializando em roubar dinheiro do SUS estão na ponta final da cadeia de interesses que produz assassinatos.

No meio da cadeia encontram-se funcionários e autoridades públicas venais, dos três poderes, criminosos que se especializaram em sair das cenas de mãos limpas e bolsos cheios. Os instrumentos são conhecidos e variados.

Vão de licitações fraudulentas às contratações ilegais de organizações ditas “sociais” e de “saúde”, as OSS.

Muitas OSS, de “sociais” não têm mais nada, se é que algum dia tiveram. São apenas empresas. Algumas, inclusive, são postas à venda por seus verdadeiros donos, como se fossem uma empresa qualquer [3].

Há, decerto, por toda parte, OSS éticas e que poderiam seguir prestando serviços ao SUS.

Mas um grande número de OSS está envolvido com o noticiário policial [4] [5]. Registram-se, não poucas vezes, casos em que dirigentes do SUS estão diretamente envolvidos com a direção de OSS [6].

A falta de transparência ao lidar com recursos públicos atiça a cobiça de bandidos.

Em certos municípios, o SUS parece uma “terra de ninguém”. É, portanto, urgente, dar um basta nessas situações específicas que, embora minoritárias, prejudicam as populações dos municípios afetados.

Há saídas democráticas para enfrentar essa “terra de ninguém” e mostrar que “esta terra tem dono”.

Uma dessas saídas foi apontada pela 16ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), um complexo processo de participação social em saúde que envolveu movimentos sociais, entidades e instituições públicas, em 4.612 municípios.

Nas etapas municipais e estaduais da conferência, 22.839 pessoas participaram das discussões e elaboração de propostas, aprovadas na etapa nacional, realizada em Brasília, de 4 a 7/8/2019.

O tema central da 16ª CNS foi “Democracia e Saúde”.

Seu relatório final é um alentado documento de 254 páginas que detalha as 31 diretrizes e 328 propostas aprovadas em Brasília.

As conferências de saúde, nos municípios, estados e no âmbito nacional, vêm se constituindo, desde a histórica 8ª CNS, realizada em 1986, em exemplo de democracia participativa.

A 16ª CNS dedicou cinco diretrizes e 88 propostas ao tema do “financiamento adequado e suficiente para o SUS”.

Constatou o subfinanciamento crônico do SUS e o risco de desfinanciamento e indicou, dentre outros aspectos,

“a revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os investimentos públicos em saúde por 20 anos”, a criação de uma “Lei de Responsabilidade Sanitária”, desvinculando a saúde dos estrangulamentos da Lei de Responsabilidade Fiscal [7],

“o aumento do percentual mínimo do município destinado à saúde, de 15% para 20%, com aumento no investimento para a atenção básica”,

e “construir e implantar para todas as categorias (…) um plano de cargos, carreiras e salários”, a Carreira-SUS, “garantindo o piso nas três esferas de governo, conforme as diretrizes nacionais para a gestão do trabalho no SUS”.

Porém, outro caminho para enfrentar e superar o banditismo que avança sobre o dinheiro do SUS, está sendo imposto pelo Ministério da Saúde (MS), como se todo o SUS fosse mesmo uma “terra de ninguém”.

O MS alega preocupação com a otimização dos recursos públicos e com o melhor desempenho do sistema, na atenção básica, aspectos dos quais, registre-se, ninguém discorda.

Para isto encaminhou e se empenhou para aprovar na reunião de 31 de outubro de 2019 da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes da União, Estados, DF e Municípios, uma “nova política de financiamento” da Atenção Básica, da qual muita gente discorda.

Trata-se de uma mudança radical que estabelece que, após uma transição em 2020, e definitivamente a partir de janeiro de 2021, os mecanismos atuais de transferência de recursos serão substituídos por quatro modalidades de financiamento federal.

Basicamente, extingue-se o ‘Piso de Atenção Básica Fixo’, como mecanismo de transferência contínuo, baseado em critérios demográficos, e se introduz um valor per capita fixo, cujo montante a ser transferido ficará desvinculado de critérios populacionais, mas será definido a partir de critérios gerenciais, notadamente a produtividade e o desempenho.

A nova política de financiamento colide, frontalmente, com todas as diretrizes e propostas aprovadas na 16ª CNS.

Com ela, o MS regride aos anos 1990 e, arvorando-se competente para tutelar e decidir o que Estados e Municípios podem ou não podem fazer em saúde, nos seus âmbitos, passa a considerá-los não mais como entes federativos autônomos e partícipes da gestão e desenvolvimento institucional do SUS, mas como meros “prestadores de serviços” ao governo federal, segundo a lógica contratual que rege as relações entre empresas privadas.

A medida, essencialmente autoritária, foi objeto da Portaria nº 2.979, de 12/11/2019, que institui um programa federal denominado “Previne Brasil” [8].

Por recusar as indicações da 16ª CNS, o programa de Bolsonaro foi recebido como uma verdadeira “contra-reforma” sanitária, pois contraria dispositivos legais e nega toda uma tradição de democracia participativa que marca a trajetória de construção do SUS, desde sua criação em 1988.

O anúncio da decisão da CIT, para atender pressões do governo federal, gerou um número expressivo de críticas e denúncias do campo democrático, reunido no movimento da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) [9].

“Será a pá de cal no SUS, sepultando definitivamente nosso sistema universal de saúde” é a frase-síntese do tom geral dessas manifestações, pois o novo modelo se assenta em “cadastro de pessoas”, restringindo a esse público as ações do SUS, violando a Constituição e as leis orgânicas do SUS, ratificadas pela Lei Federal nº 141/2012, que se referem à universalidade da atenção à saúde, como um “direito de todos”.

O mecanismo criado pelo governo Bolsonaro, recomendado pelo Banco Mundial, impõe perdas importantes, que podem chegar a mais da metade dos recursos que recebem até agora, a centenas de municípios, notadamente os de menor porte demográfico, ainda que esteja previsto um aumento de cerca de R$ 2 bilhões para a transição de 2020, ano de eleições municipais.

Estima-se que tais perdas atingirão quase um quarto dos municípios, em todo o país.

Mas o anúncio é de que haverá mais recursos e que a decisão teria sido tomada democraticamente, pois teve o apoio do Conasems, o conselho que reúne os representantes dos municípios, com o objetivo de atender os “mais necessitados”.

Mas os conselhos equivalentes ao Conasems dos estados de SP e RJ, dentre outros, divulgaram notas técnicas expondo divergências relevantes.

O que o governo Bolsonaro, quer, efetivamente, é negar na prática o direito constitucional à saúde, necessariamente universal, e substituí-lo pela denominada cobertura universal.

Não são simples palavras, nem expressões sinônimas: sistemas universais de saúde operam para que o conjunto das políticas públicas produzam socialmente a saúde, com o setor saúde integrado a esse conjunto.

Assegurar a saúde de todos é, para os sistemas universais, atribuição do Estado, que deve ser democrático e desenvolver ações referenciadas no interesse público.

Na cobertura universal, ao contrário, o que se busca é ampliar a cobertura da assistência médica às pessoas, reduzindo, portanto, toda a complexidade da saúde aos serviços médico-hospitalares, que podem ser públicos ou privados.

Nessa vertente, a saúde é considerada uma responsabilidade individual, passível de ser “comprada” como se fosse uma mercadoria. São bastante conhecidas as deformações impostas às ações e serviços de saúde quando relações comerciais são adotadas em substituição à concepção de direitos sociais, para mediar o acesso a cuidados de saúde: de modo geral a cobertura cai e, com ela, a qualidade dos programas.

Em reunião na primeira semana de dezembro de 2019, o Conselho Nacional de Saúde anunciou uma agenda de debates sobre a Portaria nº 2.979 e o programa ‘Previne Brasil’.

Mas esta agenda não tem efeito suspensivo e a Portaria do novo financiamento passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2020.

Os representantes do governo Bolsonaro rebatem as críticas argumentando que suas decisões são democráticas, que foram discutidas durante vários meses e têm apoio dos municípios.

Mas, é bem estranha essa “democracia na saúde” que, ao invés de aprofundar o grau de democracia participativa, combatendo o clientelismo político-partidário e o nepotismo de alguns conselhos, embaralha palavras e deforma significados.

Nesse contexto, não faz sentido falar em democracia na saúde se o governo Bolsonaro é essencialmente autoritário e não faz questão, sequer, de parecer ter algum compromisso com a democracia, conforme demonstrações diárias de seus dirigentes, desde os terraplanistas até os abertamente fascistas e seu notório desprezo pelos valores e a convivência democrática.

Na saúde, porém, o governo finge ser o que não é, embora imponha, de modo igualmente autoritário, medidas radicais que afetam milhões de brasileiros, desconsiderando qualquer posição divergente e lidando com a complexidade institucional do SUS como se este fosse ‘terra de ninguém’, à espera de medidas ordenadoras e racionais.

Ignora os mais de 4 milhões de profissionais de saúde vinculados ao nosso sistema universal e as entidades que os representam e despreza conselhos e conferências de saúde ao tomar decisões sobre o SUS.

Mas essa “democracia” na saúde não deve iludir ninguém, pois se trata de democracia fake, uma falsificação grosseira.

As consequências, contudo, não são de placebos. Têm, ao contrário, efeitos colaterais destrutivos, nocivos para o SUS e o direito à saúde.

Ao seu modo, essa democracia fake também mata.

 

 

*Viomundo/ Paulo Capel Narvai é professor titular de Saúde Pública na USP

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Vídeo: Com o maior rebanho de gado do mundo, Lula diz. “Não é possível que o povo não possa comprar carne”

Em vídeo neste domingo, ex-presidente também critica a parcialidade da Globo nas notícias sobre o PT e elogia o Congresso por derrubar o pacote de Moro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (8), em vídeo divulgado em seu canal no YouTube que é um absurdo que no Brasil, que é o país que tem o maior rebanho de gado do mundo, o maior produtor de proteína animal do mundo, o povo pobre não possa comprar carne.

“Não é possível”, exclamou. “Não é possível que o povo não possa comprar um quilo de filé mignon, um quilo de contrafilé, um quilo de alcatra, que não possa comprar uma picanha, ou uma costela para fazer um churrasco”, disse. “É importante lembrar que mesmo o povo pobre, mais pobre, tem o hábito de comer carne neste país”.

Ao iniciar o vídeo, o ex-presidente comentou a absolvição no processo que ficou conhecido como Quadrilhão do PT, e refutou mais uma vez papel da Rede Globo de Televisão, que manteve o tom tendencioso ao noticiar o caso.

Lula destacou que quando foi acusado no processo, o Jornal Nacional deu 12 minutos e 30 segundos para o assunto. “Na hora em que o juiz recusa a aceitar a denúncia, a Rede Globo de Televisão deu apenas 52 segundos no Jornal Nacional e apenas 30 segundos no Bom Dia Brasil”, lembrou Lula.

Lula também elogiou o Congresso por não ter aprovado o projeto anticrime, com os pontos defendidos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como o da excludente de ilicitude, que exime os policiais da responsabilidade por mortes. “O Moro queria um projeto onde ele e o polícia pudessem tudo e o povo não pudesse nada”.

Confira o vídeo:

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Do samba ao funk, o Brasil sempre reprimiu expressões culturais de origem negra e periférica

Ao longo da história, cultura e religiões de matriz negra ou africana foram tratadas com violência pelas autoridades, que se empenham em impedir a ocupação do espaço público.

Na década de 1930 andar pelas ruas do Rio de Janeiro carregando um pandeiro bastava para levar um tapa na cara da polícia e passar a noite na cadeia. Para as autoridades, frequentar uma roda de samba também justificava o esculacho. Mais de oitenta anos depois, a repressão se volta para outro gênero musical: o funk. Basta ir a um baile —ou fluxos, como são conhecidos— nas periferias de São Paulo para estar sujeito a tiro, porrada e bomba. Foi o que aconteceu na madrugada do dia 1º, quando uma ação da Polícia Militar na festa conhecida como DZ7, em Paraisópolis, terminou com nove jovens mortos pisoteados depois de serem encurralados pela tropa.

Após a comoção pelo massacre somada aos vídeos divulgados na Internet com policiais agredindo jovens rendidos com barras de ferro, o governador João Doria (PSDB), até então defensor de ações da PM, ensaiou nesta quinta-feira um recuo. Ele admitiu rever as práticas de abordagem e protocolos da polícia, e se disse “chocado” com as imagens divulgadas. Inicialmente o tucano havia inocentado os agentes antes mesmo do início das investigações, dizendo que a PM não havia tido responsabilidade pela tragédia e que apenas perseguiu criminosos em uma moto que dispararam contra a viatura (nenhuma imagem desta perseguição veio à tona até o momento da conclusão desta reportagem).

Ao longo da história do Brasil, mudou o ritmo, dos tambores, pandeiros e atabaques para a batida eletrônica grave. Mas há continuidade na repressão de manifestações culturais de matriz africana e negra (capoeira, candomblé e samba) ou periféricas (rap nos anos de 1990 e 2000 e funk atualmente) com empenho e violência. “Se no passado o sambista foi classificado como vagabundo, nos dias atuais a pessoa que se diverte no baile ou o artista do funk podem ser classificados como marginais, ou pior, traficantes”, explica Lourenço Cardoso, professor do Instituto de Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Um caso emblemático de criminalização apontado pelos que acompanham o tema é o do artista de funk DJ Rennan da Penha, criador de uma das maiores festas do gênero do Brasil, o Baile da Gaiola, no Rio. Ele foi condenado por associação ao tráfico de drogas em um frágil processo duramente criticado pela Ordem dos Advogados do Brasil e por defensores dos direitos humanos. Ele se entregou em abril e foi solto em novembro.

Jovens periféricos ocupando o espaço público são um dos estopins da violência do Estado contra esta parcela da população, diz Márcio Macedo, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas-EAESP. “A repressão ao funk e aos fluxos está bem próxima do tipo de repressão aplicada pelas autoridades a manifestações como a que ficou conhecido como ‘arrastões’ nas praias cariocas, ao rap nos anos 1990 e 2000 e à histeria que se deu aos chamados ‘rolezinhos’ em shopping centers”, afirma Macedo. Para ele, “a mídia, de certa maneira, auxilia na promoção de uma imagem de espetacularidade desses jovens, com a criação de um certo pânico moral: uma pessoa ou grupo de pessoas que emergem e são definidas como uma ameaça aos valores societários e interesses da ordem social”. Ou seja, o baile funk é sempre associado apenas a uso de drogas, consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos, sexo desenfreado e outros comportamentos considerados inaceitáveis por parte da população. Nunca como uma opção de lazer —por vezes a única além do bar— nestes bairros periféricos. Também estão longe de serem movimentações marginais em termos de dinheiro. Nos fluxos muitas vezes nascem os grandes sucessos do gênero que se impõem nos ranking dos mais ouvidos das plataformas digitais e atraem produtoras milionárias do ramo. O crescimento das festas e o pancadão em alguns bairros de quarta a domingo, como o baile da Dz7, em Paraisópolis, não crescem sem tensão com o entorno e mesmo iniciativas de gestões anteriores para tentar disciplinar horários e ocupação como os chamados “permitidões” não foram completamente bem sucedidas.

Mas não é de hoje que negros ocupando o espaço público são motivo de preocupação para as autoridades e para parte da elite branca. Mario Augusto Medeiros da Silva, professor do departamento de sociologia da Unicamp, menciona um artigo escrito por Paulo Duarte (1899-1984), colunista do jornal O Estado de São Paulo, em 17 de abril de 1947, reproduzido em parte a seguir: “Os comícios de todas as noites na Praça do Patriarca e as concentrações também à noite de negros agressivos ou embriagados na rua Direita e na Praça da Sé [região central de São Paulo], os botequins do centro onde os grupos se embriagam, já estão provocando protestos (…) as famílias evitam passar”. A resposta para este problema? Um pouco de repressão e polícia, escreveu o jornalista. “O que mudou de 1947 até o massacre de Paraisópolis? Muito pouco com relação ao tratamento dado às populações negras e brancas pobres”, diz Silva.

Em bairros onde não existem opções de lazer, como ocorre na maioria das periferias brasileiras, a rua é uma das poucas opções. “A cidade de São Paulo é segregacionista com relação a pobres e pretos, aqueles que são historicamente considerados sub-humanos. As opções de lazer são hiper-concentradas em bairros específicos nas regiões central e oeste. Então o baile ocorre na rua, organizado de forma mais ou menos autônoma, sem custo de ingresso. Quem frequenta são pessoas que buscam lazer, o que é legitimo. São trabalhadores ou não, não importa, que ocupam o espaço da rua, que e o único possível para eles”, explica Silva.

Mesmo com toda a repressão o samba resistiu, e se consolidou ao longo do século passado como um dos grandes símbolos da cultura nacional. Os fluxos de São Paulo estão determinados a seguir o mesmo caminho, ao menos do ponto de vista da persistência. Apesar das bombas e prisões, continuam acontecendo, oferecendo uma opção de lazer barata, ocupando o espaço público e infernizando a vida de vizinhos com o barulho, muitas vezes de quarta e a domingo. Apesar do luto, em Paraisópolis a comunidade organizou um baile neste sábado em homenagem aos nove mortos. “Vão de branco”, diz o cartaz. Segue o baile.

 

 

*Do El País

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Gado bolsonarista é representado por 14% da população brasileira, formado por brancos, sulistas e empresários

Eles representam uma parcela conhecida por “bolsonaristas heavy”, que acreditam em tudo o que Jair Bolsonaro diz, mesmo sendo fake news.

A análise da pesquisa Datafolha, feita pelos diretores do instituto Mauro Paulino e Alessandro Janoni, revela o tamanho do que muitos consideram ser o gado bolsonarista. “Segundo a escala elaborada pelo Datafolha, a taxa de bolsonaristas ‘heavy’, isto é, eleitores do presidente que o aprovam e confiam em tudo que ele diz, passou de 12% para 14% na população, índice que chega a 37% entre empresários, 31% entre habitantes mais ricos do Sul e 29% entre os homens com renda superior a 5 salários mínimos”, apontam os profissionais, em sua análise.

“No extremo oposto, detratores “heavy”, que não votaram, o reprovam e não confiam em Bolsonaro, oscilaram negativamente dois pontos nos últimos três meses —de 30% para 28%. São principalmente entrevistados que se auto classificam indígenas (42%) e negros (35%). Também ocorrem com mais frequência entre os que se dizem desempregados (39%), estudantes (37%) e entre as mulheres de menor renda (32%)”, dizem Paulino e Janoni.

 

 

*Com informações do 247

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Opinião

Roger, do conjunto “A gente somos inúteu”, diz que nunca precisou da Funarte. Precisaria pra quê?

Roger é talvez o mais resiliente dos decadentes do universo bolsonarista. Seu olhar em torno de si mesmo produz a perfeita caricatura do Brasil, representada pelas classes média e alta desse país.

Preconceituoso até a medula, Roger, quando fala do Brasil, fala muito mais de si e dessa manada patriótica formada por americanófilos de carreira.

Não vou aqui discutir a arte, na verdade, reputo-me à condição de reproduzir a frase do grande guru da cultura brasileira, Mário de Andrade sobre o conceito de arte na sua Conferência na Sociedade da Cultura Artística em São Paulo, quando abriu a sua palestra dizendo: “Gostaria de dizer em primeiro lugar que eu não sei o que é arte”.

Mário de Andrade, que tinha obsessão pelo humano, fez com que ele enxergasse como ninguém o sentimento mais profundo da alma dos brasileiros, tinha um olhar agudo, os ouvidos atentos e a percepção do todo sobre a arte popular no Brasil. Por isso era um aficionado pelas manifestações culturais espontâneas do povo brasileiro, produzindo livros que são verdadeiras obras primas sobre cada filigrana desse universo sem fim de expressões culturais desse país, plantando com isso, um marco de uma espécie de renascença tropical e o período mais fecundo da produção da música sinfônica no país, pois foi grande orientador dos nossos maiores compositores e maestros da música erudita brasileira.

Para Mário de Andrade, como ele próprio escreveu no livro O Baile das Quatro Artes, “na arte, o humano é a fatalidade”.

É aí que começo a falar sobre Roger, esse produto forjado pela nefasta cultura de massa no Brasil.

Em primeiro lugar, é preciso dizer com todas as letras que há uma diferença abismal entre o que é popular e o que é virtualmente popular, porque no Brasil tudo o que é vulgar, é tido como arte pobre para ser consumida pelo povo pobre, quando, na verdade, as manifestações artísticas mais criativas, mais belas e, sobretudo mais independentes de qualquer rasgo estético vêm ou se inspiram nas manifestações culturais protagonizadas pelas camadas mais pobres da população, porque a arte só evolui pelo afeto. E por esse mesmo afeto o Brasil se tornou o país mais miscigenado do mundo, principalmente em sua base social. Em consequência, produziu a maior e mais rica diversidade cultural do mundo.

Isso posto, pode-se afirmar com a mão na consciência, que com a experiência da observação de um produto de mídia que Roger foi e, hoje, uma figura decadente e deprimente, que aquele manequim atochado na sua imagem como representante de uma juventude anarquista, era puro produto de mercado para atender, principalmente, às classes média e alta de imensa maioria branca no Brasil.

É essa ex-juventude, hoje sexagenária, que tinha Roger como ídolo nos seus tempos áureos de “a gente somos inúteu” que tem produzido as paspalhices mais agudas dos verde e amarelo apatetados na vida política do país.

A proporção diante do restante da população, como mostra o Datafolha hoje, diz respeito àquela mesmíssima parcela de alienados que, quando jovens, zanzavam pra lá e pra cá bancando os playboys tropicais, muitos inclusive, filhos das camadas operárias, arrotando burguesia de fachada para buscar um degrau a mais no ambiente social, político e institucional, demandado pelas classes economicamente dominantes.

Por isso Roger e seus ex-admiradores de juventude aplaudiram com entusiasmo o massacre de negros e pobres pela PM em Paraisópolis. E eles que tinham nas drogas o seu ponto de afirmação na juventude, hoje, criminalizam usuários e a comercialização da qual tanto lançaram mão.

Essa gente do “sexo, droga e rock and roll” encaretou? Não, sempre foi uma mentira social, sempre viveu de uma aparência forjada na sociedade de consumo para, através da etiqueta de uma roupa, calçado, de um automóvel ou de qualquer outra coisa banal vinda da futilidade típica da cultura de massa, criar o personagem do idiota perfeito para servir como o grande protagonista do consumo que se deu, sobretudo, a partir da década de 1960, copiando o modo de vida da juventude americana, inspirada nos enlatados hollywoodianos.

O maestro que hoje preside a Funarte, disse que o rock é satânico, entre outras sandices. Roger, depois de ser cobrado por tal declaração de um devoto como ele do fascismo tropical, respondeu, “eu nunca precisei da Funarte, eu quero que ela se dane”. Então, uma pergunta é inevitável, por que Roger algum dia precisaria do apoio da Funarte, Fundação Nacional da Arte?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Se o preço dos alimentos continuar a subir, é o recado do povo em mais um saque de alimentos, agora em SP

Milton Santos, em seu livro, “Por uma outra Globalização”, escreveu que nenhum momento na história pode ser comparado ao atual pela revolução digital informacional, em que o povo teria em suas mãos pela primeira vez máquinas que servem ao sistema financeiro, mas também são dóceis com a população, seja do ponto de vista da produção ou da informação.

Impressiona a fidelidade dos fatos que Milton Santos previu há duas décadas, quando sequer imaginava que a sociedade teria a seu dispor redes sociais tão potentes quanto hoje, como vimos Facebook e cia. Até os choques de ideias na internet entre as pessoas, foram previstos pelo geógrafo.

Milton Santos ainda previu um segundo momento em que as sociedades marchariam numa só direção em uma mesma pulsação contra um inimigo comum, o sistema financeiro globalizado que corrói o planeta e tira o homem do centro das atenções para, no lugar, colocar o mercado como protagonista.

Pois bem, esses saques que começam a ocorrer agora no governo Bolsonaro, ocorreram também no final do governo FHC no Norte e Nordeste do Brasil. A diferença é que, naquela época, com o monopólio da informação todo nas mãos do baronato midiático, os casos eram abafados. No entanto, hoje, fatos como o saque no Rio e, agora, em São Paulo, certamente, vão inspirar as camadas mais pobres da população penalizadas com o ultraneoliberalismo criminoso de Paulo Guedes a protagonizarem cenas de saques cada vez maiores e com mais frequência.

A conferir.

No vídeo abaixo, um cinegrafista registrou um saque em uma van com alimentos na Avenida Rio Branco, em São Paulo, na tarde de sexta-feira (07).

Duas pessoas que trabalham na região informaram a reportagem sobre a ocorrência de um grande arrastão no local.

https://twitter.com/SilReGra/status/1203281207263420422?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Qual o futuro de um país que, em um ano de governo, 80% não confiam no que o presidente fala?

O Datafolha trouxe uma notícia catastrófica, não só para Bolsonaro, mas sobretudo para o povo brasileiro.

Um presidente sem palavra para a imensa maior parte da população é um defunto político.

De cada 5 brasileiros, 4 não confiam nas palavras de Bolsonaro.

Imagina isso!

Cara de mentiroso, olhar de mentiroso, jeito de mentiroso e fala de mentiroso, mentiroso é.

Isso é o que diz a pesquisa Datafolha sobre o a crença do povo nas falas de Bolsonaro.

Se isso não é uma tragédia política, eu não sei o que é.

Ivan Valente:
“Exemplo de político mentiroso e demagogo, do tipo cínico que se diz a nova política mas joga no submundo, a máscara de Bolsonaro cai.”

E lembrar que depois da crise dos EUA em 2008 que atingiu todo mundo, Lula vai na TV fala para o povo não ter medo de comprar para aquecer a economia brasileira, o povo acredita em Lula vai as compras e faz o PIB chegar em 2010 a 7,5% de aumento e fechar seu segundo mandato com praticamente 90% de aprovação.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Efeito inverso: Após críticas de Bolsonaro, livro de Laura Carvalho tem explosão de venda

Horas após publicar capa de livro de economista brasileira para ironizar novo ministro da Economia da Argentina, a publicação “Valsa Brasileira”, da economista Laura Carvalho, se tornou uma das mais vendidas na Amazon

Ao tentar criticar o novo ministro da Argentina para seus seguidores no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro acabou fazendo propaganda de um livro de economia considerado por ele como “esquerdista” na noite da sexta-feira (6).

“Ministro da Economia da Argentina, Martin Guzmán, recomenda o livro da Laura Carvalho, economista do PSOL na última campanha”, afirmou Bolsonaro, postando uma foto da capa do livro “Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico”.

Nos comentários, alguns apoiadores pediam que o presidente indicasse obras como as do filósofo Olavo de Carvalho ou parasse de “picuinhas”, mas outras pessoas elogiaram o trabalho da docente da USP e a propaganda feita pelo presidente. “Valeu pela dica, comprando aqui”, afirmou um internauta.

Após a publicação de Bolsonaro, a própria Laura Carvalho utilizou as redes sociais para mostrar incredulidade diante da propaganda gratuita feita pelo presidente. “Esse momento é meu”, brincou a professora da USP. Poucas horas depois, o livro disparou no número de vendas online e se tornou a 51ª publicação mais vendida na Amazon.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) utilizou as redes sociais para fazer brincadeira com o deslize de Bolsonaro. “”Tem horas que só rindo. Sobrou até para Laura Carvalho, que virou ‘economista do PSOL’. Temos orgulho de ter contado com suas contribuições na formulação do programa que apresentamos ao país nas eleições de 2018”, afirmou o partido.

Veja a publicação de Bolsonaro:

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/photos/a.250567771758883/1694500210698958/?type=3&eid=ARD2PyD5NR_565oYkWblLzYtDkcfi-_vTZ1qv1TUHiTJPMJZkWBnMiIgY78vTe2N7dSOA-P_b8rFMHvS&__xts__%5B0%5D=68.ARBBaJps8gGEvKhR0S0UJdx1TcjSpRHT8Ahuz5Yjq9UU8FFc-PVOrxrLYNPYoLAMtiGkiEYiWZ_Nen2stxc4xa799_pWnSjRS0Kykd_Zt04lJnnHJee1lwNusX1CJco2UzIlFMpDQs5MZc0x9kPoRcbhRsQRm9D7jn_a6YqcXNp6pnZamxacUIEPwFghHIuO1f77I6aXmUuSyxaehsDAG7JNbd83VIgNCTmUU7ofxuO3orA0jlR8lp8QK6I2ThJfIPIaOI_z9KJ5LlXQpNbugu9eFj3j9jC_3ANupn0zO6cKJVu0g8rXfGYlGkhAeVYOHKCjSwe2vQTlen5q3y3iqhgdhA&__tn__=EHH-R

 

 

*Com informações do Brasil Econômico

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Após grande repercussão, Bolsonaro recua da decisão de excluir artistas e produtores culturais do MEI

A Receita Federal informou neste sábado (07/12/2019) que vai propor a revogação da resolução publicada no Diário Oficial da União que excluiu 17 ocupações do sistema de Microempreendedor Individual (MEI), a partir de 1º de janeiro.

A lista incluía professores particulares independentes, astrólogos e esteticistas, além de três subclasses, voltadas ao desenvolvimento e licenciamento de programas de computador.

A reportagem do jornal O Globo destaca que “o tema repercutiu em redes sociais e grupos de artistas e produtores culturais. Abaixos-assinados digitais contra a medida ganharam milhares de adesões em poucas horas, e um protesto foi marcado na segunda-feira, às 14h, em frente ao Palácio Capanema, no Centro. O temor é de que muitos profissionais do mercado, que hoje atuam como MEI, voltem à informalidade.”

A matéria ainda acrescenta que “em Brasília, Câmara e Senado já se articulavam para derrubar a medida, através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) antes do recesso parlamentar, conforme informou a presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Em seu perfil no Twitter, Rodrigo Maia criticou a reoe. “Sou contra esta resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional. A cultura — e todos que trabalham com ela — é um patrimônio do país. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, me ligou de Madri e me avisou que vai pautar na terça o decreto legislativo”, adiantou o presidente da Câmara na rede social. Alcolumbre está em Madri para acompanhar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25).”

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a decisão:

 

 

*Com informações do Metrópoles

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Sapatada no cínico: Justiça desanca Veio da Havan por arrotar Estado mínimo e viver de crédito subsidiado do BNDES

Enfim, a justiça brasileira parece voltar a dar o ar da graça, depois de se livrar das garras da mídia e detona o clima de intolerância patrocinado por vigaristas, como o Veio da Havan que sobrevive de compadrio político sugando as tetas gostosas do Estado. Figuras como esta aparecem, publicamente, como liberais de sucesso propondo para a sociedade não o Estado mínimo simplesmente, mas o Estado nenhum.

Esse discurso no Brasil, requentado por Bolsonaro e seu bando, vai caindo no ridículo.

Nesta sexta-feira (6), o banqueiro Paulo Guedes, num discurso maroto, típico dos agiotas mais vis, arrotou investimento em infraestrutura com obras de saneamento básico em nome da privatização da água por empresas que farão isso com financiamento do BNDES que diziam terem sido quebradas pelo PT.

E o que descobriram quando abriram a tal caixa preta do BNDES? Que tinha dinheiro a balde nos cofres dos bancos públicos deixado pelo PT. Aí sim para que Bolsonaro deitasse e rolasse no fisiologismo fascista e no compadrio miliciano com figuras repugnantes do mundo empresarial, como essa coisa inclassificável chamada Veio da Havan.

A sugestão que o juiz deu no muquirana mereceu nota do Jota que segue abaixo:

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, perdeu em primeira instância uma ação que moveu no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) para tirar do ar um vídeo que o cita e em que também solicitava uma indenização por dano moral. A reportagem foi ao ar em fevereiro na TVT e citava em tom de crítica empresários que cresceram com a ajuda de empréstimos do BNDES.

Em um primeiro momento, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de São Miguel Paulista, concedeu a antecipação de tutela para remover o vídeo da internet, por não ter verificado mínima evidência quanto à veracidade das informações contidas no vídeo quanto a um processo de Hang.

O vídeo, além de Hang, também citava outros empresários, como o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Os demandados na ação são a Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho e José Lopez Feijó, autor das críticas na reportagem. A TVT é mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

No mérito, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva julgou a ação improcedente e revogou o provimento que tirou a matéria do ar. No entanto, até o momento a reportagem não foi republicada nos canais da TVT.

Ao julgar a causa, o juiz o considerou que o pronunciamento dos processados se realizou “no legítimo exercício de atividade jornalística, fundamentada na liberdade de crítica e manifestação do pensamento, tudo dentro do limite constitucionalmente assegurado, sem que dela se possa extrair inequívoca ofensa à honra”.

Para ele, a manifestação de pensamento contida na matéria jornalística produzida e divulgada pelos réus buscou apenas formular uma crítica inspirada pelo interesse público.

Segundo o juiz, não há caráter ofensivo na declaração de que Hang e outros empresários utilizaram recursos do BNDES, “tendo essa afirmação sido formulada com a intenção de demonstrar a contradição entre o discurso de Estado Mínimo e o uso de crédito proveniente de instituição bancária estatal”.

“Já a suposta prática de condutas criminosas de natureza fiscal foi noticiada por outros veículos de comunicação social e objeto de apuração pelo Ministério Público Federal, não se podendo exigir do comentário jornalístico a mesma precisão jurídica exigida do operador do Direito”, afirma o juiz.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Havan para saber se Luciano Hang pretende recorrer da decisão, mas a resposta foi de que não comentam assuntos jurídicos.

A ação tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com o número 1007377-29.2019.8.26.0005.

 

 

*ÉRICO OYAMA – Repórter JOTA.INFO