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Bolsonarismo

Vídeo: “Perdeu, mané, não amola”, diz Barroso a eleitor bolsonarista

Ministros do STF sofrem perseguições diárias de extremistas desde que chegaram em Nova York para um evento.

O ministro Luís Roberto Barroso foi perseguido em mais uma cena de agressões verbais promovidas por bolsonaristas contra seis membros do STF que participam do evento do “grupo Lide”, em Nova York, organizado pelo ex-governador João Doria.

No entanto, desta vez, Barroso decidiu rebater o extremista que insistia em seguir os passos do ministro com citações envolvendo as Forças Armadas.

*Com 247

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Bolsonarismo

Equipe da Jovem Pan é hostilizada por bolsonaristas no DF e deixa ato sob escolta de militares

Jornalistas acompanhavam manifestações antidemocráticas em frente ao quartel general do Exército.

Uma equipe da rádio Jovem Pan precisou ser escoltada por soldados nesta terça-feira (15) para deixar a manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que pedem um golpe militar em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Dois repórteres e um cinegrafista da emissora foram hostilizados por cerca de 30 minutos. Os manifestantes gritavam para os jornalistas saírem do local e faziam ameaças.

Uma parte dos apoiadores de Bolsonaro tentava impedir que os repórteres fizessem entradas ao vivo. Outra parte pedia silêncio para que os repórteres falassem. Mas, se “mentissem” na TV, iriam “sofrer as consequências” —a Jovem Pan ficou conhecida como a voz do bolsonarismo e demitiu diferentes profissionais desde o segundo turno das eleições.

Os manifestantes cobram as Forças Armadas para que promovam um golpe que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista derrotou Bolsonaro, em uma inédita derrota de um presidente que disputava a reeleição no país.

A principal divergência, segundo os manifestantes, era a utilização da expressão “intervenção militar”. Eles argumentam que os atos em frente aos quartéis não pedem isto, e sim uma intervenção federal.

Para os manifestantes, a diferença é que, na intervenção militar, generais assumem o Poder Executivo. Na federal, Bolsonaro permaneceria no governo até a realização de novas eleições.

“Deixa o cara fazer a matéria dele. Se ele falar que a gente quer intervenção [militar], a gente entra de novo. Se mentir, não vai trabalhar”, disse um dos manifestantes.

Os atos antidemocráticos em Brasília chegaram nesta terça ao 15º dia. Caravanas gratuitas de pelo menos oito cidades foram anunciadas pelas redes sociais.

Dez ônibus chegaram na manhã desta terça-feira a Brasília. Os manifestantes saíram de Cascavel (PR) e dizem não saber quem bancou a estadia e a alimentação do grupo de cerca de 300 pessoas.

Enquanto a equipe da Jovem Pan era hostilizada, um homem da caravana paranaense disse à Folha que revoluções populares não acontecem sem violência.

Os atos antidemocráticos em Brasília têm sido inflados por caminhoneiros, que foram convocados por empresários do agronegócio para permanecerem em Brasília.

A Folha ouviu relatos de caminhoneiros de Bahia, Mato Grosso e Goiás nos últimos dias. Eles afirmam que todos os custos são pagos pelos patrões. Em alguns casos, caminhoneiros são contratados com carteira assinada, e o salário não sofre mudanças mesmo com eles parados em Brasília.

A manifestação em frente ao quartel-general do Exército em Brasília começou por volta das 8h. O número de manifestante foi aumentando ao longo da manhã, enquanto o tempo era bom.

No entanto, uma forte chuva afugentou grande parte das pessoas presentes por volta das 12h. Eles se refugiaram em baixo de barracas de vendedores ambulantes, tendas ou dentro de seus carros.

No acampamento, desde o dia seguinte a vitória de Lula, houve a distribuição gratuita de café da manhã e almoço.

Quem não queria enfrentar a fila para comer gratuitamente podia escolher entre as diversas opções pagas instaladas no local —além das diversas barracas espalhadas pelo local vendendo pipoca e batata frita, há uma praça de alimentação com espetinho, acarajé e outras opções.

*Com Folha

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Apoie o Antropofagista. Apoie a democracia

Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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Bolsonarismo

Polícia identifica site que organiza e pede recursos para atos antidemocráticos

Página sobre movimento em Goiás tem canais no Telegram, petição para assinaturas pró-golpe e Pix para doações.

Segundo a Folha, um domínio na internet foi identificado pela Polícia Civil de Goiás como um dos organizadores de atos antidemocráticos que pedem um golpe de Estado das Forças Armadas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

O endereço do site foi identificado pela polícia em faixas distribuídas com os dizeres “Intervention in Brazil” (intervenção no Brasil, em inglês), no acampamento de manifestantes inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) próximo a um quartel militar em Goiânia (GO).

As informações foram enviadas pelo órgão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, no processo em que trata desses protestos.

“Este endereço eletrônico dá acesso a uma página da web, que fornece acessos a grupos em apps [aplicativos] como Telegram, WhatsApp, solicita doações e também fornece informações a respeito das paralisações existentes no país”, diz o documento produzido pela Polícia Civil de Goiás.

O relatório também diz que o local dos protestos em Goiânia tem estrutura montada com banheiros químicos e barracas de suporte que fornecem, de forma gratuita, refeições, águas e refrigerantes.

Ainda de acordo com o documento, o acampamento é coberto por grandes tendas “que servem de abrigo para os voluntários que ali prestam serviços, além dos manifestantes existentes no local”.

“Em tais barracas, haviam cartazes solicitando doações através de Pix, sendo possível levantar informações dos responsáveis pelo recebimento”, relatam os policiais.

A ferramenta eletrônica —identificada com a mensagem S.O.S. Forças Armadas Acampamento Goiás— disponibiliza ao menos 18 canais em que o internauta pode se informar sobre os movimentos antidemocráticos.

No primeiro link, há um mapa com o endereço do acampamento na cidade, seguido por links para dois grupos de articulação no aplicativo de mensagens Telegram.

Também há uma petição online para a coleta de assinaturas pela intervenção, que pede nome e CPF e um link de acompanhamento virtual das manifestações antidemocráticas que bloqueiam vias públicas pelo país

Além disso, há um endereço para uma “vaquinha” para a arrecadação financeira do movimento, com um número de Pix para doações.

“Ajude intervencionistas na porta do quartel para termos banheiro químico, água, comida, para todos. Ajudaremos também os irmãos caminhoneiros”, diz.

Também consta no material um vídeo com uma fala antiga de Bolsonaro para induzir que ele estaria apoiando abertamente os protestos.

No arquivo, o presidente diz: “Pessoal fala que eu devo tomar uma providência, eu tô aguardando o povo dar uma sinalização”. O material é publicado com a legenda: “Ele deu o recado”. É mostrado também o site da produtora de filmes Brasil Paralelo e a página oficial no Instagram do Exército brasileiro.

Em encontro na semana passada com Moraes, procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo disseram ao ministro que integrantes dos atos antidemocráticos fazem parte de “uma grande organização criminosa com funções predefinidas”.

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, disse após a reunião que há um movimento organizado, capitaneado por empresários, para que estas manifestações aconteçam.

Nesta sexta-feira (11), Moraes determinou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos estados adotem medidas imediatas para a desobstrução de vias públicas bloqueadas por manifestantes bolsonaristas em protestos antidemocráticos.

O ministro também pediu às forças de segurança que identifiquem os veículos responsáveis por estas ações e que seja aplicada multa de R$ 100 mil por hora aos responsáveis.

Os atos continuam. Está prevista para esta terça-feira (15) uma mobilização de caravanas com ônibus de graça até Brasília, anunciadas nas redes sociais e por grupos bolsonaristas para reforçar o protesto antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército.

O objetivo, segundo as convocatórias, é levar um grande público para o QG no feriado da Proclamação da República e inflar as manifestações que já duram mais de dez dias.

Mais de cem caminhões chegaram a Brasília na quarta (9) e outros veículos são esperados até o feriado, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Como mostrou a Folha, empresários de diferentes estados bancaram a ida de caminhões para Brasília para engrossar o protesto em frente ao quartel-general.

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Bolsonaristas que hostilizaram ministros do STF em NY podem até sofrer extradição, dizem advogados

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, os ataques de bolsonaristas aos ministros do Supremo Tribunal Federal no último domingo (13) em Nova York, podem gerar responsabilização criminal. Os ataques podem ser enquadrados pelos crimes de ameaça, perseguição, difamação, calúnia e injúria.

Os advogados explicam que os crimes cometidos por brasileiros fora do território nacional seguem a regra da chamada “extraterritoriedade da lei penal”. Esse princípio autoriza a abertura de investigações e processos no Brasil, mas apenas para crimes passíveis de extradição.

O advogado Giuseppe Cammilleri Falco, do escritório Alamiro Velludo Salvador Netto, reforça que os episódios que se desenrolaram fora do Brasil não estão “isentos” de investigação e processamento pela Justiça brasileira. Ele avalia que os ministros, embora sejam agentes públicos, “detém sua esfera da vida privada” protegida pela legislação penal “como qualquer outro cidadão”.

O criminalista Daniel Allan Burg, sócio do escritório Burg Advogados Associados, acrescenta que a representação criminal exigida no caso não exige “maiores formalidades”. Bastaria que os ministros do STF procurassem a polícia americana para ficar demonstrada a “intenção de ver o autor do fato delituoso processado criminalmente”.

“Os ministros poderão procurar a polícia e/ou autoridades americanas para relatar o ocorrido e provocar o início da investigação sobre os fatos. E, dependendo das condições supramencionadas, o arcabouço probatório será remetido ao Brasil, para que o autor responda por tais atos em solo brasileiro”, afirma.

Os ministros viajaram aos Estados Unidos para participar do “Brazil Conference”, evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais, que debate a democracia e a economia brasileiras.

Na porta do hotel onde os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski estavam hospedados, um grupo de manifestantes com bandeiras do Brasil e cartazes com mensagens antidemocráticas chamaram os ministros de “ladrão, bandido, vagabundo”.

O ministro Luís Roberto Barroso também foi atacado. Ele foi seguido por uma brasileira na Times Square.

“Nós vamos ganhar esta luta. Cuidado! Você não vai ganhar o nosso país. Foge!”, grita a mulher enquanto filma Barroso, que retruca: “Minha senhora, não seja grosseira. Passe bem.”

*Por DCM

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Irregularidade

Na calada da noite, Bolsonaro promove juízes aliados de Moro e Dallagnol para o TRF-4

Tribunal que condenou Lula a jato e o tirou da disputa em 2018 continuará sob influência de agentes públicos que não respeitam princípios básicos da Justiça.

No apagar das luzes, Jair Bolsonaro nomeou 12 desembargadores para o Tribunal Regional Federal da 4a. Região, aquele que condenou Lula num julgamento de rapidez incomum e, com isso, o tirou da disputa eleitoral de 2018, em que era favorito.

Alguns dos nomes escolhidos apareceram em mensagens acessadas por Walter Delgatti Neto como preferidos por Deltan Dallagnol para suceder Sergio Moro, quando este deixou a magistratura para servir ao governo Bolsonaro, que ajudou a eleger.

Deltan Dallagnol era na época (janeiro de 2019) coordenador da Lava Jato e, em áudio e mensagens escritas, dizia quem não poderia assumir. O nomeado foi Luiz Antonio Bonat, uma das opções do então procurador, hoje deputado federal eleito.

Bonat é um dos juízes que foram agora promovidos para o Tribunal Regional Federal da 4a. Região.

Além de Bonat, foram para o TRF-4 Alexandre Gonçalves Lippel; Hermes Siedler Júnior; Eduardo Vandré Garcia; Marcelo Malucelli; Marcelo de Nardi; Altair Antonio Gregório; Loraci Flores de Lima; Gisele Lemke; Eliana Paggiarin Marinho; e Ângelo Roberto Ilha da Silva, além de Ana Cristina Ferro Blasi, advogada indicada pela OAB que tinha como padrinho o senador Jorginho Melo, eleito governador de Santa Catarina.

Marcelo Malucelli era diretor do Fórum da Justiça Federal em Curitiba e atuou nas articulações de Deltan Dallagnol.

Malucelli teria consultado o juiz Bonat sobre o interesse deste de assumir o lugar de Moro. Ele teria respondido que não tinha interesse, e nesse caso a escolha, por antiguidade, recairia sobre alguém que não dispunha da confiança de Dallagnol.

Bonat, como se sabe, acabou mudando de ideia.

Além de Bonat e Malucelli, Loraci Flores de Lima também tinha a confiança da Lava Jato. Ele é irmão do delegado da Polícia Federal Luciano Flores, que comandou a operação de busca e apreensão na casa de Lula, em março de 2016, e também chefiou o inquérito onde foram realizadas as escutas telefônicas ilegais do escritório dos advogados de Lula, e uma conversa privada de Marisa Letícia foi interceptada e divulgada.

A juíza Gisele Lemke, agora desembargadora nomeada, foi citada em um áudio de Deltan Dallagnol compartilhado no grupo Filhos de Januário 3.

Gisele fez consultas para tentar afastar da disputa pela vaga de Sergio Moro o juiz Julio Berezoski Schattschneider, que Dallagnol considerava “péssimo” para os interesses da Lava Jato.

Com isso, houve pressão para que Luiz Antonio Bonat, o mais antigo, se inscrevesse e não desistisse. Bonat foi promovido agora, Julio não. Graças à caneta de Jair Bolsonaro, no apagar das luzes do governo.

O TRF-4, que já enfrentou denúncias pesadas de corrupção, quando a segunda turma foi acusada de blindar sonegadores, entre eles a empresa de Luciano Hang, continuará sob influência de agentes do sistema de justiça que, comprovadamente, violaram o princípios básicos do Judiciário, como o do juízo natural e da inocência até prova em contrário.

Tribunal que tem amigos ou inimigos não é justiça. O TRF-4 deve continuar sob os olhares atentos de quem ama a justiça a rejeita a indecência.

*Joaquim de Carvalho/247

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Irregularidade

Sistema do Exército não detecta fraude ‘esdrúxula’ em desvio de munição, aponta investigação

Suposto esquema no Maranhão desviou cerca de 60 toneladas de armamentos; corporação diz contribuir com apuração.

De acordo com a Folha, uma suposta organização criminosa liderada por irmãos gêmeos do Maranhão, acusada de despejar cerca de 60 toneladas de munição no mercado ilegal do Brasil, só conseguiu agir como se imagina em razão de uma falha primária no sistema de controle de venda e estoque de munições do Exército, o Sicovem.

De acordo com a investigação da Polícia Civil e da Promotoria do Maranhão, membros da suposta organização introduziram por mais de um ano, de novembro de 2020 a março de 2022, informações falsas no sistema do Exército, que não foram percebidas até que investigadores solicitassem tais dados aos militares.

A fraude não foi detectada mesmo sendo bastante primária e facilmente perceptível para qualquer leigo, conforme aponta o relatório policial, que classificou as irregularidades como “esdrúxulas”. Procurado pela Folha, o Exército não comentou as falhas, mas disse que “permanece cooperando com os órgãos envolvidos na investigação”.

O método consistia no uso de um mesmo número de Craf (Certificado de Registro de Arma de Fogo) para várias vendas de munições, lançadas a uma série de nomes possivelmente falsos.

Só no exemplo anexado ao inquérito, em 17 de janeiro de 2021, os supostos integrantes do grupo lançaram vendas para 20 pessoas, com nomes diferentes, mas todas com mesmo Craf e, também, com idêntico número de nota fiscal.

“Ou, seja, o documento de uma arma de fogo ‘esquenta’ a venda de diversas munições para a diversas pessoas e em uma nota fiscal, em situação absolutamente assustadora, que nunca foi percebida pelo Exército Brasileiro”, fiz trecho do relatório da polícia.

O Sicovem é um sistema usado pelo Exército cujo objetivo é realizar o controle, em tempo real e on-line, da venda de munição do fabricante a estabelecimentos comerciais e, conseguinte, dos lojistas ao consumidor final, evitando, assim, possíveis desvios.

Implantado em 2007, por força do Estatuto do Desarmamento, o sistema pertence à CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), que monopoliza a venda de munições para uso não militar no país. Essa relação é criticada por especialistas em segurança pública.

De acordo com o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, o problema do Sicovem começa pelo “absurdo” de não ser um sistema próprio do Exército, mas da “empresa que deveria ser fiscalizada”.

Segundo ele, há relatos de problemas de abastecimento desse sistema, mas nada na ordem verificada na investigação do Maranhão. “Isso é algo muito grave isso. Em termos de tecnologia, há uma série de possibilidades de recursos [que poderiam ser adotados], mas claramente a gente vê o Exército negligenciando essa fiscalização de algo que tem impacto gigantesco não só de segurança pública, mas até de defesa nacional”, afirmou o pesquisador.

Conforme integrantes da investigação maranhense ouvidos pela Folha, os dados obtidos junto ao Exército demonstram que esse controle é praticamente inexistente, uma vez que foram encontradas fraudes em todas as planilhas preenchidas pelos integrantes da suposta quadrilha.

Ao mesmo tempo, conforme relatório policial, não foi identificada nenhuma auditoria realizada pelo Exército para confrontá-las. Para a polícia, essa é uma das inúmeras falhas de fiscalização encontradas que fomentam o crescimento do mercado ilegal de munição no país.

Conforme a Folha revelou, a polícia e o Ministério Público do Maranhão investigam suposta organização liderada pelos gêmeos Wander e Wanderson Carvalho, com possível participação de um sargento do Exército responsável pela fiscalização de produtos controlados e de um representante regional da CBC.

Faxineira é 'dona' de empresa de armas e munições que movimentou R$ 15 mi no MA

O suposto esquema utilizava, segundo a apuração, oito empresas (sendo sete de munição) abertas em nome de laranjas para aquisição de armas e munições de forma legal –inclusive junto à CBC, dona da Taurus– que acabavam repassadas ao mercado clandestino.

Um dos “laranjas” usados pelo grupo é o carregador Clayton Batista da Silva, 45, que transporta frutas e verduras em um carrinho de mão na região central de Imperatriz. Segundo a polícia, ele soube que era dono de empresas em março passado, durante operação.

A investigação descobriu ainda que, além de usar documentos de Silva para abertura de empresas, a organização usou dados dele também como comprador da própria empresa.

“As notas fiscais de saídas são preenchidas muitas vezes cometendo-se o crime de falsidade ideológica, como no caso das notas fiscais de saída da empresa CB da Silva que contavam como comprador o CPF do próprio Clayton Barbosa da Silva, que alegou em interrogatório que [nem] sequer sabia era titular de uma pessoa jurídica”, diz relatório.

O suposto esquema foi mantido, conforme a investigação maranhense, graças à participação do representante da CBC da região, Itabajara Índio do Brasil. Ele teria mantido o fornecimento às empresas ligadas aos gêmeos, mesmo sabendo que elas estavam em nome de laranjas.

Segundo o inquérito, trata-se do único representante da companhia no Maranhão, no Tocantins e no sul do Pará. Como os gêmeos compravam cerca de R$ 1 milhão ao mês em munições, a polícia estima que Itabajara lucrava cerca de R$ 25 mil mensais de comissão.

Polícia e Promotoria também suspeitam da participação do sargento do Exército Luís Carlos Vieira no suposto esquema. Ele repassaria informações privilegiadas à organização criminosa, como vazamento de datas de operações. Em celular apreendido foram encontradas conversas suspeito e Vieira.

Como as ações do sargento foram consideradas possíveis crimes militares, ele não foi indiciado, mas as informações foram encaminhadas ao Exército, que abriu um Inquérito Policial Militar.

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Vídeos: Navio à deriva colide com Ponte Rio-Niterói, que está fechada

Os dois sentidos da via estão interditados; rebocadores tentam resgatar a embarcação.

A Ponte Rio-Niterói foi fechada, nesta segunda-feira, em ambos os sentidos devido à colisão de um navio à deriva com a ponte. A guarda portuária e equipe da Polícia Rodoviária Federal já foram informadas. Há rebocadores tentando resgatar a embarcação.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a embarcação se aproximou de um pilar. Equipes da Marinha e Capitania dos Portos já foram acionadas. Segundo a Ecoponte, houve colisão leve da embarcação com o guarda corpo da ponte. Equipes estão seguindo para verificar se houve danos na base da ponte e na via de rolamento, informou a concessionária.

A CCR Barcas informou que “está preparada para atender um possível aumento de demanda na linha Arariboia (Rio-Niterói-Rio), com a realização de viagens extras, em função do fechamento da Ponte Rio-Niterói”).

https://twitter.com/Bruno_Moreno_/status/1592282741546127361?s=20&t=5LnaPRPH47qQ5ertG0Pgyw

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Lula presidente

Lula “é esperado como estrela” na COP, segundo jornal francês; Bolsonaro nunca foi ao evento

Presidente eleito fará pronunciamento em área da ONU destinada a negociações.

Brasil de Fato – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá agenda de chefe de Executivo durante sua participação na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 27) no Egito, nesta semana. O jornal francês Les Echos afirmou que o petista “é esperado como estrela no Egito”, em matéria publicada nesta segunda-feira (14).

Lula tem encontros confirmados com o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente do país anfitrião, o general Abdel Fattah El-Sisi, e com lideranças de outros países interessados em auxiliar no combate ao desmatamento.

Na quarta-feira (16), Lula participa do evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, na qual tamvém estão presentes os governadores Waldez Góes (PDT-AP), Gladson Cameli (PP-AC), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Helder Barbalho (MDB-PA), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO) e Coronel Marcos Rocha (União Brasil-RO).

O grupo de governadores deve entregar um planejamento com ações de controle do desmatamento, como parte de um movimento para conseguir financiamento e realinhamento internacional após a derrota de Jair Bolsonaro (PL). Helder Barbalho foi o responsável pelo convite feito a Lula para participar da COP.

No mesmo dia, Lula fará um pronunciamento na Zona AzuL, que é uma área administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU), onde ocorrem negociações entre lideranças dos países. No local, todos os participantes devem ser credenciados pelo Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

“Este ano, serão 156 pavilhões dentro da Zona Azul, o dobro do que em Glasgow [que sediou a COP de 2021]. Muitas agências da ONU, países e regiões estarão representados, e também haverá pela primeira vez um pavilhão da Juventude e um Pavilhão Agroalimentar”, divulgou o escritório da ONU no Brasil em seu site.

No dia seguinte, Lula tem um encontro com representantes da sociedade civil brasileira, no Brazil Climate Action Hub – trata-se de um espaço criado em 2019, durante a COP25, realizada em Madri, na Espanha, com o objetivo de dar visibilidade à ação climática brasileira. Mais tarde, ainda no mesmo dia, o presidente eleito tem um encontro com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas para Mudanças do Clima.

Presença de Lula contrasta com ausência de Bolsonaro

A expectativa em torno da presença de Lula na COP27 contrasta com a ausência de Jair Bolsonaro, que segue na Presidência da República até 31 de dezembro. Em seu lugar, o atual mandatário mandou para o evento o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que chega ao Egito nesta terça-feira (15).

No segundo dia de evento, em 9 de novembro, Leite participou de um painel online no qual afirmou que a agricultura brasileira “é a maior agricultura regenerativa do mundo por uma característica da nossa agricultura tropical, que protege o solo, que melhora o solo, que fixa carbono no solo e ao mesmo tempo cuida de florestas nas áreas de reserva legal, de preservação permanente, cuida de suas nascentes, cuida do seu solo em relação à erosão”.

O ministro ignorou, entretanto, o desmonte das agências de fiscalização do meio ambiente no governo Bolsonaro. Dados do relatório “O financiamento da gestão ambiental no Brasil: uma avaliação a partir do orçamento público federal”, publicado em agosto pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostram que, enquanto o orçamento para políticas ambientais atingiu o pico de R$ 13,3 bilhões em 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT); o valor diminuiu para R$ 3,7 bilhões, em 2021, no governo Bolsonaro. O valor representa um tombo de 71%.

O governo também já recebeu do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) o dado anual do desmatamento na Amazônia, mas deve divulgá-lo somente após a COP27, segundo apuração da Folha de S. Paulo.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) repercutiu a notícia em seu perfil no Twitter. “Bolsonaro já recebeu do INPE o dado anual de desmatamento da Amazônia, mas só vai divulgar depois da COP27 porque a destruição é recorde. É por isso que Lula será recebido na COP como chefe de Estado e Bolsonaro continuará em seu cantinho, calado e insignificante”, publicou.

Não é a primeira vez que Bolsonaro decide publicar os dados do Inpe após a realização do evento, indo contra uma tradição que vinha se estabelecendo desde 2005, no primeiro governo Lula. No ano passado, os dados só vieram a público após o fim da COP26, que ocorreu na Escócia. Embora a informação sobre o desmatamento na Amazônia estivesse disponível desde 27 de outubro de 2021, o governo Bolsonaro divulgou os dados somente em novembro.

Bolsonaro nunca foi à COP

Bolsonaro também não foi à COP26 e enviou o ministro Joaquim Leite. Na ocasião, o presidente enviou um vídeo para o evento, no qual afirma que “o combate à mudança do clima, sempre fomos parte da solução, não do problema”.

O presidente também não deu as caras na COP25, em 2019, em Madri, na Espanha. Mais do que isso, Bolsonaro defendeu que o evento não fosse realizado no Brasil. “Eu não aceitei, eu que decidi. Estariam fazendo um carnaval aqui no Brasil. Eu quero saber: alguma resolução para a Europa começar a ser reflorestada? Alguma decisão ou só ficam perturbando o Brasil? É um jogo comercial”, afirmou Bolsonaro à imprensa na ocasião.

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Bolsonarismo

Vídeo: Bolsonarista corre após Alexandre de Moraes confrontá-lo em Nova York

O ministro do STF Alexandre de Moraes tem sido perseguido por bolsonaristas durante viagem à cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

Um militante bolsonarista que achincalhava Alexandre de Moraes em um restaurante em Nova York, nos Estados Unidos, fugiu após o ministro do STF se levantar para confrontá-lo.

Com um inglês todo particular, o bolsonarista desafiou Moraes a ir para fora do restaurante e disse que o ministro teria problemas se encostasse em outra militante que estava no local.

O bolsonarista fez uma última provocação ao afirmar que Moraes estava gastando o dinheiro da população brasileira em Nova York. Na sequência, o militante convocou os demais a deixarem o restaurante.

Confira:

https://www.instagram.com/reel/Ck83TeYJYIw/?utm_source=ig_web_copy_link

*Guilherme Amado/Metrópoles

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