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Política e Poder

Quem vai passar a faixa para Lula?

Será uma surpresa.

Com o presidente Jair Bolsonaro fora do país e o vice, Hamilton Mourão, se recusando a passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva, fica a dúvida: a quem caberia o gesto? Segundo juristas ligados ao PT, em tese, a tarefa seria dada ao próximo na linha sucessória presidencial prevista na Constituição —ou seja, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No caso de ausência ou recusa de Lira, a missão seria dada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Por fim, a última na fila de substituições seria a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber.

Ainda segundo fontes do PT, não haveria qualquer complicação jurídica na recusa de Bolsonaro e de Mourão em passar a faixa presidencial, apenas uma quebra de protocolo na cerimônia.

Ainda não se sabe quem deve passar a faixa. A equipe de organização do evento, comandada pela primeira-dama Janja da Silva, pretende fazer uma “surpresa”.

*Com Uol

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Política

Saída antecipada dos comandantes das Forças Armadas é de propósito para estimular insubordinação

A saída antecipada dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é mais um capítulo revelador da partidarização e politização das cúpulas das Forças Armadas.

É, também, uma clara evidência da absoluta falta de profissionalismo e de compromisso dos comandos militares com a legalidade e com a institucionalidade.

Os comandantes militares demonstraram ostensivamente que se recusam a prestar continência ao presidente Lula, que a partir de 1º de janeiro será constitucionalmente o comandante supremo das Forças Armadas.

Com este gesto, as cúpulas militares sinalizam que não respeitam a escolha da soberania popular e o poder civil, porque não aceitam a derrota da chapa militar Bolsonaro/Braga Netto em 30 de outubro.

A naturalização do ocorrido – na imprensa e nos meios políticos – não consegue diminuir, no entanto, a gravidade desta atitude, que significa um estímulo à insubordinação das tropas e a manutenção de um clima de oposição política e de crise militar no governo Lula.

O objetivo deles com a saída antecipada é justamente o de agir como facção e de transmitir às tropas a sinalização de que militares podem se insurgir contra o governante eleito se não for algum integrante do bando deles.

De quebra, os militares ainda conseguiram que os generais substitutos dos comandantes desertores fossem escolhidos por José Múcio Monteiro dentre os mais antigos, como se esta escolha estivesse sendo realizada num contexto de normalidade institucional e com oficiais legalistas e profissionais na linha de sucessão, o que é absolutamente falso e irreal.

A questão militar condicionará a governabilidade do governo Lula. E será, também, fator condicionante para a sobrevivência da democracia.

As escolhas do governo Lula até o presente para enfrentar a problemática militar, no entanto, a começar pela definição de José Múcio Monteiro como ministro da Defesa, têm preocupado especialistas, estudiosos e analistas, pois embutem riscos relevantes com a preservação de condições propícias à atuação política indevida e ilegal dos militares.

Mesmo sem Bolsonaro, as cúpulas partidarizadas das Forças Armadas continuarão conspirando contra a democracia e o Estado de Direito. Os comandantes não desistiram do seu projeto próprio de poder militar, como tampouco abandonaram suas crenças bolsonaristas, golpistas e de extrema-direita e, menos ainda, curvaram-se à Constituição e ao poder civil.
Compartilhe isso:

*Do blog de Jeferson Miola

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Política e Poder

Bolsonaro consultou advogados que o aconselharam a sair do país antes de 1º de janeiro

Risco de eventual prisão foi abordado nas conversas.

Natuza Neri – Embora não haja no horizonte imediato risco jurídico de ser preso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou as últimas semanas aflito com isso.

Segundo apurou o blog, o presidente buscou o conselho de advogados próximos nos últimos dias pedindo avaliações. Primeiro, perguntou se poderia ser punido caso não passasse a faixa para Lula. Ouviu que não.

Depois, sondou sobre as chances de ser detido após concluir seu mandato.

Nas conversas, ouviu de profissionais do direito que o melhor seria sair do país antes de 1º de janeiro, quando deixa o cargo e, portanto, perde o foro privilegiado.

poderia decretar a prisão de Bolsonaro e, mesmo que ficasse poucas horas em uma delegacia, o constrangimento estaria dado.

Pessoas próximas resgataram o caso de Michel Temer — preso por Marcelo Bretas, justamente um juiz de 1ª instância, após deixar o Palácio do Planalto.

Fontes do governo confirmam que essa hipótese de fato assombrou o mandatário desde a derrota.

Mas, segundo apurou o blog junto a ministros do Supremo Tribunal Federal, ele não teria o que temer, ao menos não neste momento.

Isso porque, mesmo perdendo o foro, é preciso que os ministros do STF responsáveis por investigações da Polícia Federal contra o presidente “declinem” esses inquéritos –jargão para remeter à 1ª instância, o que levaria um tempo.

Tem ainda um outro obstáculo: o Judiciário em recesso. Esse risco de prisão, contudo, poderia de fato surgir a partir de fevereiro, quando a Justiça retorna aos trabalhos plenamente.

Uma importante autoridade de Brasília chegou a ponderar ao blog: a única possibilidade diferente disso seria a ocorrência de um fato novo a partir do dia 1º de janeiro.

Prisões de bolsonaristas foram noticiadas nos últimos dias, ora ameaçando a integridade física do presidente eleito, ora planejando ataque terrorista. Na hipótese de um desses casos ocorrer, e se um juiz entendesse por alguma responsabilidade dele, ainda que indireta, aí sim poderia haver risco maior de prisão.

Nos últimos dias, veículos de imprensa publicaram informações que Jair Bolsonaro se preparava para deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos, mas sem nenhuma confirmação oficial. Também não houve, até ontem, comunicação oficial ao Congresso, como é praxe.

Nesta semana, o Diário Oficial chegou a publicar que um profissional se deslocaria para os EUA para compor a “segurança familiar” de Bolsonaro, e isso alimentou as especulações de que de fato estaria de partida.

O blog ouviu o dia 30, esta sexta, como data do possível deslocamento, mas também sem confirmação.

O blog procurou o Planalto, mas não obteve resposta até a publicação do texto.

*G1

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Após live, Bolsonaro deixa o Brasil rumo aos EUA

Avião de Bolsonaro decola às 13h45 desta sexta-feira (30/12) rumo a Orlando, nos EUA, onde o presidente passará um período sabático.

De acordo com o Metrópoles, o quase ex-presidente Jair Bolsonaro decola no início da tarde desta sexta-feira (30/12) rumo a Orlando, nos Estados Unidos, onde passará um período sabático após deixar o Palácio do Planalto.

Bolsonaro viajará numa aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de auxiliares que serão seus assessores quando virar ex-presidente.

Saiba quem viajará no avião com Bolsonaro para Orlando

O voo direto que levará Bolsonaro para os Estados Unidos deve partir às 13h45 e tem previsão de pousar no aeroporto de Orlando pouco antes das 20h, no horário local (21h, no horário de Brasília).

Filhos já nos EUA

Segundo apurou a coluna, ao menos dois filhos de Bolsonaro já estão nos Estados Unidos: a filha mais nova, Laura, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que está no país desde o início da semana.

Ao viajar para o exterior, Bolsonaro deixa claro que não vai mesmo passar a faixa para Lula durante a posse do presidente eleito no domingo, 1º de janeiro de 2023.

Antes de viajar para Orlando, Bolsonaro fez um pronunciamento via redes sociais, na qual ressaltou feitos de seu governo e condenou as tentativas de atentado terrorista em Brasília.

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O Antropofagista conta com seu apoio para abrir 2023 com chave de ouro

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Diário Oficial confirma viagem de Bolsonaro a Miami durante mês de janeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) estará em viagem a Miami, nos Estados Unidos, entre os dias 1º a 30 de janeiro de 2023, segundo portaria publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

De acordo com Uol, despacho é assinado pelo secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mario Fernandes, e diz respeito ao afastamento dos servidores que vão fazer a segurança pessoal de Bolsonaro na viagem.

Bolsonaro é citado como “futuro ex-presidente da República” na portaria. O secretário autoriza o afastamento do país dos servidores nomeados para acompanhar o mandatário.

Para realizar o assessoramento, a segurança e o apoio pessoal do futuro ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, em Agenda Internacional a realizar-se em Miami/Estados Unidos da América, no períodio de 1º a 30 de janeiro de 2023, incluído o período de deslocamento, com ônusSecretário-executivo Mario Fernandes em despacho no Diário Oficial

Na última quarta-feira (28), uma equipe responsável por preparar a chegada de Bolsonaro já havia desembarcado em Miami.

Desta forma, Bolsonaro confirma que não estará presente na posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não deve dar prosseguimento à tradição de passar a faixa ao próximo presidente na cerimônia de posse. O nome de quem passará a faixa é incerto.

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Nicolás Maduro virá ao Brasil para posse de Lula

Portaria assinada pelo atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, revoga a proibição do presidente venezuelano de entrar em solo brasileiro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, virá ao Brasil para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1°), em Brasília. As informações são de Lauro Jardim, O Globo.

Depois de uma forte insistência do futuro governo, Jair Bolsonaro cedeu. Será publicada ainda hoje uma portaria assinada pelo ministro Ciro Nogueira revogando a proibição de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pisar em solo brasileiro.

Maduro, portanto, desembarcará em Brasília no domingo para a posse de Lula.

O veto à presença de Maduro no Brasil existe desde agosto de 2019, meses depois de Bolsonaro ter assumido o poder. Foi assinado pelo então ministro da Justiça, Sérgio Moro.


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Justiça

Deputado vê fuga de Bolsonaro e aciona Justiça para impedir viagem em avião da FAB

Rui Falcão (PT-SP) requer que PGR tome medidas para evitar que dano ao patrimônio público se concretize.

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a viagem de Jair Bolsonaro (PL) ao exterior no final de seu mandato. O presidente deve viajar em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) à Flórida até esta sexta-feira (30), para não passar a faixa presidencial a seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Falcão cobra a adoção de medidas preventivas e cautelares para evitar que o dano ao patrimônio público material e moral se concretize, “incluindo eventual prestação de informações pelos órgãos federais supostamente envolvidos na narrativa, bem como do próprio presidente da República.”

O parlamentar também requer a abertura de um procedimento investigativo para a apurar a conduta do presidente no que se refere à violação de princípios da impessoalidade e moralidade, assim como “eventual abuso de poder e desvio de finalidade na utilização indevida da aeronave pública […] para viagem pessoal em final de mandato.”

“Bolsonaro foge para aproveitar o Réveillon em Miami, com dinheiro público e deixa aqui no Brasil um legado de miséria e uma horda de delinquentes dispostos a cometer atentados”, diz o advogado Fabiano Silva dos Santos, que assina a ação ao lado de Marcos Aurélio de Carvalho e Pedro Estevam Alves Pinto Serrano.

“A viagem, que aconteceria na última semana do mandato de Jair Bolsonaro na Presidência da República, tem evidente caráter ilegal e imoral, já que a utilização da aeronave pertencente à FAB se destinaria a fins de natureza evidentemente particular e personalíssima”, argumentam eles na ação.

Eles acrescentam que o “abuso de poder e o desvio de finalidade no uso do avião” estão ainda mais evidenciados pelo “forte indício de que a viagem representa uma verdadeira fuga pessoal e política aos compromissos republicanos da tradição democrática, como é o caso da simbólica transferência da faixa presidencial.”

A ação destaca ainda o prejuízo ao erário, “já que o transporte aéreo privativo é serviço extremamente custoso, ao passo que diversas outras alternativas, especialmente através de voo comercial de carreira, poderiam ser adotadas”. “Fere-se, portanto, a regra constitucional da proporcionalidade e razoabilidade da conduta administrativa”, afirma.


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Esporte

Pelé: Quem é Dona Celeste, mãe do rei do futebol, que completou 100 anos de vida

Mineira de Três Corações recebeu título de ‘Mãe brasileira do ano’ durante missa no Rio e foi encontrar seu filho num treino da seleção antes da Copa da Inglaterra.

Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, estava acompanhando um treino da seleção brasileira na lateral do campo, em Teresópolis, no dia 8 de maio de 1966, quando foi surpreendido por uma visita. Sua mãe, Celeste Arantes do Nascimento, chegara sem avisar no gramado onde o elenco se preparava para a Copa do Mundo da Inglaterra. Sem pensar duas vezes, o atleta de então 29 anos se levantou da cadeira e foi correndo abraçá-la. Era domingo de Dia das Mães.

Celeste havia acabado de receber o título de “Mãe Brasileira do Ano”, promovido pelo GLOBO na época. Ao lado do marido, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, pai de Pelé, ela participara de uma missa campal em sua homenagem no Jardim Botânico, no Rio, e, em seguida, a família foi levada à cidade na Região Serrana. Dondinho ficou 50 minutos preso no elevador do hotel antes de sair, e o carro enguiçou no caminho. Mas eles chegaram a tempo. O camisa 10 chorou ao ver seus pais no treino.

Com 100 anos recém-completados, Dona Celeste nasceu em Três Corações, Minas Gerais, filha de Maria Neves e Jorge Arantes, em novembro de 1922. A mãe dela morreu no parto do décimo filho, que faleceu 15 dias depois. A menina foi criada pela irmã mais velha, bastante rigorosa. A maior travessura de Celeste quando criança era tocar a campainha da casa dos vizinhos e sair correndo. Na adolescência, ela dava seu jeito para papear na praça da cidade e assistir às matinês do cinema, ao lado da amiga Maria de Lourdes, que seria madrinha de Pelé.

A moça tinha 16 anos quando, no dia 29 de julho de 1939, casou-se com Dondinho, então com 26 anos. O casal lutava pelo ganha-pão com dificuldade. Dondinho era jogador de futebol amador e por muito tempo não ganhava salário. Ele lutava para ter um emprego fixo com honorários. Começara atuando no time do 4° Regimento de Cavalaria do Exército, onde servia como soldado. Depois, foi para o elenco do Atlético Clube Três Corações, na época presidido pelo médico Daniel de Almeida.

“Dondinho era, sem favor, o melhor jogador da região. Pelé tem por quem puxar, embora jogue melhor que o pai Pelé é melhor. Na cabeçada, entretanto, garanto que Dondinho era muito melhor que o filho. Um escanteio a favor do seu time era ‘meio-gol'”, disse o doutor Almeida, durante entrevista ao GLOBO em maio de 1966. “Celeste era uma moça distinta e simples, que se tornou uma boa mãe de família. Era uma mãe exemplar, chamava-me logo que Pelé ou Zoca apanhavam qualquer gripezinha”.

Pelé e seu irmão mais novo Jair Arantes do Nascimento, o Zoca, nasceram em Três Corações, mas o primogênito tinha 2 anos quando a família se mudou para São Lourenço, onde nasceu a caçula, Maria Lúcia. Na cidade do Sul de Minas, Dondinho passou a atuar como profissional em um time local, antes de ser transferido a outros clubes até se fixar numa equipe de Bauru. Segundo a edição do GLOBO de 9 de maio de 1966, fazia parte do contrato um emprego de guarda sanitário.

Foi em Bauru que Pelé aprendeu a jogar, usando bolas de meia. Ele integrou times amadores locais, atuando em campos de terra batida, ganhando títulos de divisões de base. Tinha 15 anos em 1956, quando começou a jogar no Santos, e, dois anos depois, foi a estrela da primeira seleção brasileira a conquistar uma Copa, na Suécia. Pelé morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos, devido a complicações geradas por um câncer. Sua mãe tem 100 anos e vive em Santos.

*Com O Globo


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Lula define a seleção de 37 ministérios; veja quem são

A três dias da posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira os 16 nomes de ministros que faltavam no primeiro escalão do futuro governo. A escalação final só foi definida na véspera, após costuras políticas que desalojaram alguns petistas de pastas para as quais já haviam sido convidados para dar lugar a nomes indicados por partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil. Ao todo, serão nove siglas representadas que, juntas, representam 262 deputados (51%) na Câmara dos Deputados. No Senado Federal, as siglas respondem 45 senadores (55%), mas nem todos irão apoiar o governo.

— Depois de um trabalho intenso, depois de muita tensão, depois de muita conversa e muito ajuste, terminamos de montar primeiro escalão do governo — afirmou Lula logo ao subir ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona a transição.

Entre os nomes que anunciados estão da senadora Simone Tebet (MDB) para o Planejamento, Marina Silva (Rede) que voltará a chefia do Meio Ambiente após 14 anos — a ambientalista ocupou o mesmo ministério durante os dois governos do petista, entre 2003 e 2008 — e o de Sonia Guajajara (PSOL-SP), que será a ministra dos Povos Indígenas. Com o anúncio realizado nesta quinta-feira, Lula confirmou que mulheres vão ocupar 11 das 37 pastas, o equivalente a 29% dos cargos, um número inédito.

Veja todos os ministros anunciados hoje:

Ministra do Meio Ambiente – Marina Silva (Rede)

Foi eleita deputada, foi senadora, ministra do Meio Ambiente nos governos Lula, foi candidata a presidente.

Ministério do Povos Indígenas- Sonia Guajajara (PSOL)

Da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, formada em letras e enfermagem, pós graduada em Educação Especial e deputada federal. Foi coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e candidata a vice-presidente em 2018 pelo PSOL.

Ministro das Comunicações – Juscelino Filho (União Brasil)

Deputado Federal pelo Maranhão indo para o 3º mandato.

Ministério das Cidades – Jader Filho (MDB)

Empresário e presidente do MDB do Pará.

Ministério do Planejamento – Simone Tebet (MDB)

Foi prefeita de Três Lagoas, é senadora, foi candidata a presidente pelo MDB.

Ministro da Previdência – Carlos Lupi (PDT)

Foi deputado Federal, ministro do Trabalho nos governos Lula e Dilma, e é presidente do PDT.

Ministério do Desenvolvimento Agrário – Paulo Teixeira (PT)

Deputado Federal indo para seu quarto mandato, vice-presidente do PT e ex-secretário de Transportes da cidade de São Paulo.

Ministério dos Transportes – Renan Filho (MDB)

Foi prefeito de Murici por dois mandatos, deputado federal, governador por dois mandatos e eleito senador da República.

Ministro de Minas e Energia – Alexandre Silveira (PSD)

Foi deputado federal e diretor-geral do DNIT, e secretário estadual em Minas Gerais. É senador.

Ministro da Agricultura – Carlos Fávaro (PSD)

É fazendeiro, nascido no Paraná foi para o Mato Grosso onde começou em um assentamento da reforma agrária, e hoje é um grande produtor rural. Foi vice-presidente da Aprosoja, vice-governador do Mato Grosso e é Senador pelo mesmo estado.

Secretaria de Comunicação – Paulo Pimenta (PT)

Formado em Comunicação Social e jornalismo, foi vereador em Santa Maria, deputado estadual no Rio Grande do Sul, e é deputado federal indo para seu 5º mandato.

Ministério do Turismo – Daniela do Waguinho (União Brasil)

Ex-Secretária de Assistência Social e Cidadania de Belford Roxo e indo para o segundo mandato de deputada federal, como a deputada mais votada do Rio de Janeiro.

Ministérios da Integração Nacional – Waldez Góes (PDT)

Foi deputado e é, pela quarta vez, governador do Amapá.

Ministério da Pesca e Aquicultura – André de Paula (PSD)

De Pernambuco, foi vereador, deputado estadual, várias vezes deputado federal, e secretário estadual do Trabalho e Ação Social, da Produção Rural e Reforma Agrária e da Cidades em Pernambuco.

Gabinete de Segurança Institucional – General Gonçalves Dias

General da reserva, chefiou a segurança da presidência nos dois primeiros mandatos de Lula, foi comandante da 6º Região Militar.

Ministério do Esporte – Ana Moser

Ex-jogadora de vôlei, fundadora do Instituto Esporte e Educação, atuou nos meus governos na Comissão Nacional de Atletas do Conselho Nacional de Esportes. Participou do Plano de Governo e do Grupo de Transição na área de Esportes.

Conheça os ministros do governo Lula que já haviam sido anunciados:

  • Secretaria das Relações Institucionais – Alexandre Padilha (PT)
  • Secretaria-Geral – Márcio Macêdo (PT)
  • Advocacia-Geral da União – Jorge Messias
  • Controladoria-Geral da União – Vinicius Carvalho
  • Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome – Wellington Dias (PT)
  • Ministério da Saúde – Nísia Trindade
  • Ministério da Educação – Camilo Santana (PT)
  • Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos- Esther Dweck
  • Ministério dos Portos e Aeroportos – Márcio França (PSB)
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Luciana Santos (PCdoB)
  • Ministério das Mulheres – Cida Gonçalves
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes
  • Ministério do Trabalho e Emprego – Luiz Marinho (PT)
  • Ministério da Igualdade Racial – Anielle Franco
  • Ministro dos Direitos Humanos – Silvio Almeida
  • Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – Geraldo Alckmin (PSB)
  • Ministro da Fazenda – Fernando Haddad (PT)
  • Justiça e Segurança Pública – Flávio Dino (PSB)
  • Ministro da Defesa – José Múcio Monteiro
  • Ministro das Relações Exteriores – Mauro Vieira
  • Casa Civil – Rui Costa (PT)

*Com O Globo


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