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Política

Bolsonaro ligou para Mourão e fez pedido antes de senador depor ao Supremo Tribunal

O ex-presidente ligou para Hamilton Mourão a fim de acertar detalhes do depoimento do senador ao STF no âmbito do inquérito do golpe.

Jair Bolsonaro (PL) tem atuado pessoalmente para acertar os detalhes dos depoimentos de algumas testemunhas de defesa indicadas por ele no âmbito do inquérito do golpe no STF.

Na semana passada, Bolsonaro ligou para o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) antes de o general da reserva ser ouvido em sessão conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Mourão contou que Bolsonaro o procurou para pedir que o senador reforçasse, no depoimento, alguns pontos que o ex-presidente da República considera importantes para sua defesa.

Segundo Mourão, Bolsonaro pediu, por exemplo, que o senador reforçasse na oitiva, que ocorreu na sexta-feira (23/5), nunca ter ouvido qualquer menção do ex-presidente sobre algum tipo de ruptura institucional.

No depoimento, Mourão também negou ter sido monitorado por militares acusados de envolvimento em uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder, como afirmou Mauro Cid em delação premiada.

Além de Bolsonaro, Mourão foi indicado como testemunha de defesa pelos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto, todos também réus no inquérito do golpe.

*TVTNews

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Brasil

A sombra militar sobre a democracia brasileira

Por Gustavo Guerreiro*

A história tem o péssimo hábito de nos pregar peças. Quando acreditamos ter virado definitivamente certas páginas sombrias, eis que elas ressurgem — ora como farsa, ora como tragédia renovada.

Os eventos de 8 de janeiro de 2023, com suas cenas dantescas de vandalismo institucional, revelaram o que muitos preferiam ignorar: a tutela militar sobre a política brasileira não é relíquia do passado, mas fantasma permanentemente presente.

A recente denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 37 pessoas — incluindo generais de quatro estrelas como Braga Netto e Augusto Heleno — expõe as vísceras de uma conspiração que há muito extrapolou os limites do delírio golpista de botequim.

Segundo a PF, estamos diante de uma trama complexa, com núcleos operacionais estruturados, que envolvia desde a disseminação sistemática de desinformação até planos concretos de assassinato de autoridades eleitas.

A “Operação Copa 2022” e o plano “Punhal Verde e Amarelo” não são ficções distópicas, mas projetos minuciosamente elaborados nos gabinetes fardados.

O que espanta — ou talvez não devesse espantar — é a naturalidade com que parcela significativa da oficialidade abraçou a aventura golpista.

O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; o tenente-coronel Mauro Cid, o faz-tudo de Bolsonaro — todos eles, em diferentes graus hierárquicos, participaram do que só pode ser descrito como uma insurreição contra a ordem constitucional.

Os “kids pretos”, esse grupo de militares das forças especiais presos em novembro de 2024, chegaram ao requinte macabro de planejar execuções sumárias do presidente eleito, seu vice e do ministro Alexandre de Moraes.

Em toda essa trama existe ponto crucial: nada disso é novidade na tragicomédia republicana brasileira.

Como bem observou José Murilo de Carvalho, um dos nossos mais argutos historiadores das relações civis-militares, as Forças Armadas funcionam como “poder desestabilizador” desde os estertores do Império.

A cultura do “soldado-cidadão”, essa aberração conceitual que confunde quartel com comitê político, criou uma casta que se julga moralmente superior aos civis — esses seres venais e corruptos que precisam, vez por outra, ser salvos de si mesmos.

Para entender os acontecimentos de 8 de janeiro, é necessário retroceder na história. A República brasileira emergiu de um golpe militar e nunca superou por completo esse trauma inicial. De 1889 para cá, poucos foram os períodos em que as Forças Armadas aceitaram a subordinação hierárquica ao poder civil eleito democraticamente.

A história é marcada por diversos exemplos que ilustram essa tensão: a própria Proclamação da República (1889), as revoltas tenentistas da década de 1920, a Revolução de 1930, a instauração do Estado Novo (1937), as pressões que levaram à deposição e ao suicídio de Getúlio Vargas (1945 e 1954), a crise política de 1961 e, por fim, o golpe de 1964.

Cada um desses episódios não se deu ao acaso, mas revela um padrão de intervenção castrense na política. O intervencionismo autoritário militar persiste como uma doença da democracia brasileira.

Como destaca Carvalho, a influência das FFAA na política decorre de um padrão estruturado, não de desvios episódicos. As Forças Armadas brasileiras desenvolveram o que o sociólogo Erving Goffman chamaria de características de “instituição total” — um mundo fechado, autorreferente, com códigos próprios de conduta e uma visão messiânica de seu papel na sociedade.

O resultado disso é uma contraelite técnica formada nas academias militares e que nutre profundo desprezo pela política — essa atividade suja e corrupta — ao mesmo tempo em que anseia por exercê-la. É a quadratura do círculo: desprezam a política mas querem fazê-la; abominam os políticos mas sonham em substituí-los.

Durante o governo Vargas, essa simbiose perversa atingiu seu ápice. Os militares ocuparam interventorias, comandaram empresas estatais, formularam políticas públicas.

O general Góis Monteiro cunhou a fórmula perfeita: tratava-se de fazer a “política do Exército”, não mais “política no Exército”. As despesas militares chegaram a consumir 25% do orçamento federal em 1933, enquanto o certificado de serviço militar tornava-se pré-requisito para o exercício de qualquer cargo público.

Aqui chegamos ao cerne ideológico do problema. Os militares brasileiros desenvolveram o que um dos principais intelectuais sobre o assunto, o historiador e cientista político Manuel Domingos Neto, denominou “patriotismo castrense” — uma construção mental autorreferente e narcísica que justifica qualquer atropelo institucional em nome de uma concepção muito particular de “pátria”.

Esse patriotismo militar difere radicalmente do patriotismo cívico dos cidadãos comuns. É sacralizado (justifica matar e morrer), maniqueísta (divide o mundo entre patriotas e traidores), obcecado pela ordem (mesmo que autoritária) e alimentado por uma narrativa histórica própria, frequentemente delirante.

Mais grave: é um patriotismo que define unilateralmente quem são os “inimigos internos” — categoria elástica que pode abranger desde comunistas imaginários até ministros do Supremo Tribunal Federal.

A condição de dependência tecnológica das Forças Armadas brasileiras, importadoras de equipamentos e principalmente de doutrinas, paradoxalmente alimenta esse narcisismo corporativo. Incapazes de projetar poder externo, voltam-se para dentro, transformando-se em árbitros autoproclamados da vida nacional.

É o complexo de vira-lata às avessas: impotentes no cenário internacional, compensam exercendo tutela sobre os civis desarmados.

Os acontecimentos recentes confirmam a permanência desses padrões históricos. Quando o general Hamilton Mourão, em 2015, celebrou publicamente o golpe de 1964 sem sofrer qualquer sanção, acendeu-se a luz amarela.

Daí em diante, a escalada foi vertiginosa: o general Villas Bôas pressionando o STF em 2018; militares da ativa manifestando-se abertamente sobre questões políticas; um capitão reformado (e moralmente deformado), nostálgico da ditadura, eleito presidente com apoio entusiástico dos quartéis.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, fixando a competência do STF para julgar militares envolvidos no 8 de janeiro, provocou mal-estar na caserna. Há relatos de que o clima nos quartéis era de velório.

A reação é reveladora: acostumados à impunidade garantida pela Justiça Militar corporativista, os fardados descobrem, atônitos, que crimes contra a democracia não são “questões internas” a serem resolvidas entre camaradas.

A investigação aberta por Moraes sobre a participação de militares nos atos golpistas representa um marco. Pela primeira vez desde a redemocratização, abre-se a possibilidade real de responsabilização criminal de oficiais de alta patente por crimes contra a democracia.

Não se trata mais de aposentadorias compulsórias ou transferências para a reserva — pantomimas que historicamente serviram para acobertar crimes graves.

Os custos dessa eterna tutela militar são incalculáveis. Para além dos períodos explicitamente ditatoriais, com seus mortos, torturados e desaparecidos, há o dano permanente às instituições democráticas.

Um país que vive sob a ameaça latente de intervenção militar se sustenta sobre uma democracia capenga, sempre olhando por cima do ombro, moderando suas ambições reformistas para não “provocar” os quartéis.

O 8 de janeiro é apenas o sintoma mais recente dessa patologia crônica. Enquanto manifestantes quebravam vidraças e defecavam em tapetes persas, oficiais de alta patente articulavam nos bastidores.

A omissão deliberada do Exército, que segundo relatórios impediu forças de segurança do DF de desmontar acampamentos golpistas, revela cumplicidade institucional com a sedição.

A politização das Forças Armadas compromete até mesmo sua função precípua de defesa externa.

Enquanto generais conspiram e coronéis publicam nas redes sociais, nossas fronteiras permanecem esquecidas, nosso equipamento militar envelhece, nossa doutrina estratégica patina. É o pior dos mundos: militares incompetentes para a guerra e perigosos para a paz.

A questão que se impõe é cristalina: ou estabelecemos, de uma vez por todas, o controle civil democrático sobre as Forças Armadas, ou continuaremos reféns de seus humores golpistas. Não há meio-termo possível.

A Constituição de 1988, em momento de fraqueza, manteve o papel das Forças Armadas como garantidoras da “lei e da ordem”, eufemismo que tem servido historicamente para justificar toda sorte de aventuras autoritárias.

É urgente reformar o artigo 142 da Constituição, extirpando qualquer ambiguidade sobre a subordinação militar ao poder civil. É necessário reformular a formação dos oficiais, hoje impregnada de doutrinas anacrônicas e ressentimentos corporativos. É imprescindível responsabilizar criminalmente, sem anistias preventivas ou contemporizações pusilânimes, todos os envolvidos em tramas golpistas.

A sociedade civil, a imprensa, a academia e as instituições políticas precisam exercer vigilância permanente.

Parte da responsabilidade pela permanência do problema é dos próprios civis, que por comodidade, medo ou preconceito evitam enfrentar o espinhoso tema da interferência militar.

O julgamento dos militares envolvidos no 8 de janeiro será um teste crucial. Se houver contemporização, se a responsabilização for apenas simbólica, estaremos enviando o sinal de que a democracia brasileira continua refém de seus algozes fardados.

Se, ao contrário, a Justiça for implacável — como deve ser com todos os que atentam contra a ordem constitucional —, talvez possamos finalmente exorcizar o fantasma da tutela militar.

O patriotismo castrense, com sua visão messiânica e seus delírios salvacionistas, é fundamentalmente incompatível com a democracia pluralista do século XXI.

Enquanto parcela significativa da oficialidade continuar acreditando que tem o direito divino de intervir na política, seja pelas armas, seja pela pressão institucional, viveremos sob ameaça constante de golpes.

A história nos ensina que democracias morrem não apenas por ataques frontais, mas também por erosão gradual de seus alicerces.

Cada general que se julga acima da lei, cada coronel que conspira nos quartéis, cada tenente que sonha com aventuras golpistas é um cupim roendo as vigas da República. É hora de dedetizar, antes que a casa caia.

*Gustavo Guerreiro, Doutor em políticas públicas e Pesquisador do Observatório das Nacionalidades. Viomundo.

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Mundo

Trump manda suspender concessão de visto a estudantes estrangeiros

Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos.

O governo de Donald Trump ordenou a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes. A informação foi publicada pela agência Reuters nesta terça-feira (27).

Segundo informações da “TV Globo”, os processos estão suspensos e a Embaixada dos EUA no Brasil já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados. O governo dos Estados Unidos ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

De acordo com o site “Politico”, uma fonte da diplomacia americana afirmou que Washington também está considerando passar a analisar as redes sociais de todos os solicitantes desse tipo de visto, necessário para quem pretende fazer qualquer curso nos Estados Unidos.

Como a nova diretriz ainda está em análise, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária do processo de emissão novos vistos. Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos. As entrevistas são o segundo e último passo que os requerentes de vistos de estudos nos EUA têm de passar para conseguir o documento.

Trump e as universidades
Recentemente, o governo dos EUA proibiu a Universidade Harvard de ter alunos estrangeiros, na maior escalada entre Washington e a universidade, que vem se negando a adotar medidas exigidas pela gestão Trump. A proibição afetaria cerca de 7.000 estudantes estrangeiros.

A decisão foi derrubada pelo Tribunal Federal de Boston. Na ação judicial, Harvard afirmou que a medida do governo poderia provocar “efeitos devastadores” sobre a vida dos estudantes internacionais, que dependem do visto para permanecer legalmente no país.

A universidade também classificou a decisão como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, além de outras leis federais. Com ICL.

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Política

Moraes deve pedir bloqueio de contas de Bolsonaro

Moraes diz que Bolsonaro é “responsável financeiro” por Eduardo nos EUA e deve pedir bloqueio de contas.

Ao convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento à Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reiterou o argumento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e alegou que ele é “responsável financeiro” pela manutenção do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A declaração sinaliza que o magistrado deve determinar o bloqueio de contas do pai do parlamentar.

O depoimento, no âmbito da ação aberta para investigar a atuação do parlamentar contra o Judiciário brasileiro nos EUA, deve acontecer em até dez dias. Além de Bolsonaro, Moraes também determinou que se realizem oitivas com o próprio investigado e com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que protocolou representação criminal contra ele sobre o tema.

No caso de Eduardo, que se licenciou de seu mandato na Câmara dos Deputados em março e fugiu para os EUA, o ministro permitiu que os esclarecimentos sejam prestados por escrito.

Além da questão financeira, Moraes ainda apontou que Bolsonaro é “diretamente beneficiado pela conduta” que motiva a abertura do inquérito. O magistrado também pode determinar o bloqueio das contas bancárias de Bolsonaro, por entender que os recursos estão sendo utilizados para bancar atividades políticas no exterior.

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Política

Vídeo: Marina Silva abandona comissão do Senado após sofrer ataque misógino de líder do PSDB

A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde compareceu como convidada, após um novo ataque misógino do líder do PSDB, Plínio Valério (PSDB-AM).

A nova agressão, nesta terça-feira (27), aconteceu pouco mais de dois meses após Valério dizer que queria “enforcá-la” durante cerimônia da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), em 14 de março. Com informações da Forum.

“Imagine o que é tolerar Marina 6 horas e dez minutos sem enforcá-la”, disse o senador tucano, sobre a participação de Marina na CPI das ONGs, no Senado.

Nesta terça, Valério voltou à tona e desferiu novo ataque misógino na comissão, comandada pelo bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO). Em sua intervenção, em meio a ataques de bolsonaristas, o tucano disse que queria separar “a ministra da mulher”, porque “mulher merece respeito, a ministra não”.

Antes do ataque do tucano, Marina teve o microfone cortado diversas vezes por Rogério, que reclamou dizendo que gostaria que ela “fosse uma mulher submissa”. “E eu não sou”, rebateu a ministra.

“Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”, gritou Rogério, impedindo a ministra de falar e alegando que pediu que ela se colocasse em seu “lugar de ministra de Estado”.

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Mundo

Polícia em Israel monitora ativistas contrários ao genocídio em Gaza, segundo jornal

Segundo Haaretz, policiais foram até as casas de manifestantes horas depois de expirarem as penas de prisão domiciliar, obtidas após protestos antigovernamentais.

Três ativistas que se opõem ao massacre promovido pelo governo de Israel na Faixa de Gaza relataram terem sido surpreendidos por uma operação de policiais em suas respectivas residências, horas após o término de suas prisões domiciliares. Os relatos foram feitos ao jornal israelense Haaretz.

Os militantes pró-Palestina – incluindo Alon-Lee Green, líder do movimento de esquerda israelense Standing Together – foram presos dias antes durante um protesto perto da fronteira com Gaza. Apesar de os três terem sido liberados do regime de prisão domiciliar na quinta-feira (22/05) à meia-noite, os policiais compareceram em suas casas entre 3h e 3h30 da manhã de sexta-feira, questionando-os sobre participação em novos protestos.

De acordo com o veículo israelense, os ativistas foram questionados pela polícia se planejavam marcar presença em futuros protestos antiguerra. Segundo a defesa dos militantes, as visitas policiais têm como objetivo intimidar e dissuadir protestos antigovernamentais, embora a polícia negue ter interrogado os indivíduos.

Green descreveu ao Haaretz que os agentes bateram repetidamente em sua porta, exigindo identificação.

“Eu disse a eles que minha prisão domiciliar havia terminado à meia-noite e perguntei o que eles queriam. Eles disseram: ‘Somos nós que fazemos as perguntas’. Então eles perguntaram se eu estava planejando ir ao próximo protesto e o que eu já havia planejado. A coisa toda parecia agressiva e ameaçadora”, contou o ativista.

Hillel, outro manifestante, afirmou ter atendido a porta após receber uma chamada de um número bloqueado.

“Ela perguntou se eu estava em prisão domiciliar. Eu disse a ela que havia terminado há três horas. Então ela pediu minha identidade e depois foi embora”, relatou.

Prisões
Os manifestantes ouvidos pela reportagem do Haaretz fazem parte de um grupo de nove ativistas detidos na semana passada, durante uma marcha de Sderot até a fronteira com Gaza, onde tentaram bloquear uma estrada. Na ocasião, a polícia justificou as prisões por “agressão, interferência com um policial no exercício de suas funções, participação em uma reunião ilegal, conduta suscetível de perturbar a paz e bloqueio ou interferência em uma via pública”.

Seis dos manifestantes tiveram suas prisões prorrogadas até a quarta-feira (21/05), logo após um tribunal de Be’er Sheva liberá-los da prisão domiciliar.

Ao Haaretz, os advogados dos ativistas pró-Palestina, incluindo Gaby Lasky e Gonen Ben Yitzhak, acusaram a polícia de agir como “milícia privada” para suprimir dissidência.

“Qualquer maneira que eles tentem explicar isso não pode esconder o fato de que apenas uma força policial que se tornou uma milícia privada pode enviar policiais às 3 da manhã, sem motivo, para a casa de uma pessoa que se manifestou a favor de um acordo de reféns e contra a guerra. Isso é inaceitável e ilegal, constituindo uma tentativa de dissuadir e intimidar os civis de realizar seu direito de se manifestar contra o governo”, disse Lasky.

Por outro lado, a polícia classificou tais alegações como “falsas” e insistiu que “monitora o cumprimento de prisões domiciliares”.

*Opera Mundi

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Política

Governo Federal garante água e dignidade para o Nordeste

Em Cabrobó (PE), moradores vivenciam os impactos do Projeto de Integração do São Francisco em suas vidas

Quando Raimunda Maria carrega um balde cheio de água hoje, o gesto é simbólico. Agricultora e moradora de uma comunidade rural em Cabrobó, no sertão pernambucano, ela lembra com nitidez do tempo em que a vida era marcada por longas caminhadas em busca de cacimbas (pequenos buracos escavados na terra) para conseguir um balde de água. Seja na cabeça ou no braço, sua resistência estava sempre sendo provada.

“A água é uma fonte de vida para nós aqui na comunidade. Antes, quando não tínhamos, a nossa vida era um sacrifício constante. Nós vivíamos de cacimba, e íamos buscar água onde quer que ela estivesse”, relata. “Era muito sacrifício. Quando a água chegou aqui, foi de grande valia para nós”, conta, com um misto de alívio e orgulho.

A realidade de Raimunda é compartilhada por milhares de famílias no sertão nordestino que, hoje, sentem os efeitos concretos da chegada da água pelas obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), a maior iniciativa de infraestrutura hídrica do país. É água que corre encanada, mas também é água que devolve a dignidade.

“A água é tudo, né? O mundo gira com água, sem água ele não gira”, resume Maria Auxiliadora, 49 anos, dona de casa que também viu sua rotina mudar com a chegada do recurso à região. Antes, os dias na casa dela começavam sempre da mesma forma: com a preocupação em garantir água suficiente para cuidar dos dois idosos que vivem com ela, mas desde a chegada do PISF, Maria viu a chance de uma virada: “É um benefício grande pra todos. Aqui, é uma luta viver sem água”.

De obra à vida

O município de Cabrobó abriga um marco dessa transformação: a Estação de Bombeamento EBI-1, ponto de partida do Eixo Norte do PISF, que conduz a água do “Velho Chico” a mais de 260 quilômetros de distância, beneficiando mais de 8 milhões de pessoas em 237 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Com Cafezinho.

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Política

Polícia de Tarcísio reprime atos contra despejos com bombas e fere crianças e idosos em SP, denuncia movimento

Protestos de comunidades ameaçadas de despejo foram alvo de violência policial em diferentes pontos da capital

Moradores de comunidades ameaçadas de despejo em diferentes pontos de São Paulo (SP) foram alvo de repressão policial com uso de bombas durante protestos por moradia realizados na manhã desta segunda-feira (26). De acordo com Vanessa Mendonça, liderança da Luta Popular, a ação da PM feriu crianças e idosos.

“Tínhamos feito um combinado com a Polícia Militar, com a tropa de choque, de que iríamos obstruir a via às 7h30. Exatamente às 7h30, eles começaram a soltar bombas, sem respeitar as crianças, sem respeitar ninguém, e as pessoas já estavam se retirando da via”, relatou Mendonça em entrevista ao programa Conexão BdF sobre o ato na Zona Leste.

Na Zona Oeste também houve uma resposta violenta da polícia, contou a ativista. “As famílias foram fazer um protesto pacífico e teve muita repressão da polícia no final, inclusive machucando e ferindo várias crianças e idosos”, lamentou. Famílias da comunidade Areião bloquearam a Marginal Pinheiros, na altura da Ponte do Jaguaré. A comunidade existe há 34 anos e recebeu notificação para desocupar a área, sob gestão da concessionária Enel, até o dia 31 de julho. “São 300 famílias, muitas com crianças e idosos, e não tem nenhum plano apresentado pela prefeitura para onde elas irão”, afirmou Vanessa.

Já na Zona Leste o protesto envolveu moradores da Terra Prometida e da comunidade Jorge Hereda bloqueando a Avenida Aricanduva. Segundo o movimento, atos como esses antecedem uma mobilização maior prevista para o dia 11 de junho.

As comunidades afirmam que não foram recebidas pela gestão de Ricardo Nunes (MDB), apesar de diversas tentativas de diálogo. “É só a remoção mesmo dessas famílias, que estão desesperadas. Estamos falando de um monte de trabalhador e trabalhadora que não tem para onde ir”, disse Vanessa.

Ao Brasil de Fato, a Polícia Militar confirmou as ações na manhã desta segunda “para duas ocorrências de manifestação na Marginal Pinheiros e na Avenida dos Latinos, zona leste da capital”.

“Em ambos os protestos, os manifestantes reivindicavam condições de moradia e contra reintegrações de posse. A Polícia Militar atuou para manutenção da ordem pública, liberação de vias e proteção do trabalho dos Bombeiros e outros agentes públicos”, finaliza a nota.

Fim da proteção judicial na pandemia intensificou despejos
Desde o fim da pandemia, o número de despejos tem aumentado em várias regiões da capital paulista. Durante a crise sanitária, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu reintegrações de posse, garantindo a permanência temporária de famílias em ocupações urbanas e rurais.

Com o fim da medida, Vanessa Mendonça explica, os processos judiciais que estavam paralisados voltaram a tramitar e diversas comunidades passaram a ser notificadas para desocupação, sem que o poder público apresente alternativas habitacionais. “A realidade é que está tendo muito despejo e não tem nenhum programa habitacional para atender essa quantidade de famílias”, denunciou.

Um dos casos mais emblemáticos recentes é o da favela do Moinho, no centro de São Paulo. A comunidade foi alvo de violenta repressão policial ao protestar contra a demolição de casas na comunidade, em meio a um processo de desocupação questionado pelos moradores. A área, que pertence ao governo federal, foi cedida à gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a construção de um parque. O caso chegou a um desfecho positivo após sucessivas mobilizações populares e intervenção do governo Lula (PT), que firmou um acordo com o estado para que as moradias sejam inteiramente subsidiadas.

“Acabamos de ver o caso do Moinho recentemente”, lembrou Vanessa, apontando a necessidade de soluções estruturais para a crise habitacional e o respeito aos direitos das famílias. “Temos muita casa sem gente e muita gente sem casa aqui em São Paulo”, apontou.

*BdF

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Política

Partidos se movimentam para enterro político de Bolsonaro

A extrema direita se rearticula para 2026 e enterra politicamente Bolsonaro, avalia cientista político.

Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível e cada vez mais enrolado em julgamentos por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023, a extrema-direita brasileira dá sinais de querer redefinir rumos.

Nos bastidores, nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), começam a ganhar força como possíveis protagonistas nas eleições presidenciais de 2026. A movimentação inclui articulações partidárias, aproximações entre lideranças regionais e um distanciamento calculado do bolsonarismo raiz.

A movimentação política atual aponta para uma tentativa de resgate do eleitorado conservador e extremista, órfão de liderança com a ausência de Bolsonaro nas urnas — e possivelmente atrás das grades até o pleito.

Entre os nomes citados para compor uma nova frente ampla de direita estão também Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, cotado para o Senado, e figuras influentes do PSD e PSDB, como Eduardo Leite e Ratinho Júnior.

Bolsonaro: um “cadáver” indesejado

“Acredito que a prisão do Bolsonaro acontecerá entre agosto e outubro. Se acontecer no final de julho, está dentro da carência da análise que pensa no devido processo legal. Ontem teve um encontro em São Paulo com nomes do PSD com Tarcísio. Vi governador do Rio Grande do Sul (Eduardo Leite, do PSDB), do Paraná (Ratinho Júnior, do PSD), na casa do Tarcísio, discutindo o futuro.” (Carlito Neto – Cientista Político)

Para o analista, o nome de Tarcísio de Freitas desponta como tentativa da extrema-direita de se reinventar. Mas o caminho está longe de ser simples, principalmente diante do capital político do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos sinais positivos da economia.

“O problema, que tenho frisado, é que existe uma pedrona no caminho do Tarcísio que se chama Lula. Veículos ligados à mídia tradicional chegaram a condicionar uma candidatura do Tarcísio à desidratação do Lula. Mas digo pra vocês. Lula está fazendo de limão uma limonada e extraindo leite de pedra com esse Congresso que temos. Então, quando Lula arregaçar as mangas e for para a campanha, aí que o homem é bom. Lula consegue se conectar com as massas. Não tem discurso pronto do Tarcísio, falar oxente, não vai mudar nada.”

Carlito Neto vê a atual movimentação como um gesto simbólico e prático: o enterro definitivo da influência de Bolsonaro no jogo político.

“Essa movimentação de agora é mais um enterro político do Bolsonaro. Bolsonaro já é um cadáver político. Quem vai ter coragem de enterrar? No PL tem compromissos com a família, precisa esfriar o corpo. O PP tem interesses em SP. O PSD tem negociações com o Tarcísio. Então, ele está como um indigente. Esse ato é mais para enterrar Bolsonaro e lançar Tarcísio para o cargo de fato.”

O cientista político também alerta que, além de Lula, outro nome se destaca nas engrenagens da articulação política: Gilberto Kassab, presidente do PSD.

“Kassab é ambicioso. Ele não tem voto para ser eleito, mas consegue conjecturar para estar no poder de qualquer maneira, controlando partidos relevantes ou ocupando cargos importantes.”

A metáfora final de Carlito Neto sintetiza o momento:

“Temos um caixão, politicamente falando, se direcionando para a cova. É o que deve acontecer nos próximos meses.”

Caminho extremista
Apesar da tentativa de mudar de rumo, a extrema direita brasileira enfrenta um desgaste não apenas pela inelegibilidade de Bolsonaro, mas pela própria falência de seu projeto autoritário, que flertou com o golpismo e desprezou as instituições democráticas.

A busca por um novo rosto tenta reciclar um programa de governo que fracassou em oferecer soluções reais aos problemas do país, enquanto alimentava teorias conspiratórias, desprezo à ciência e ataques sistemáticos à imprensa e à justiça.

A aposta em figuras como Derrite, com forte ligação à política de segurança de viés repressivo, reforça a insistência ideológica radical, numa tentativa de manter o medo e a polarização. Mas sem Bolsonaro como catalisador do ódio e da desinformação.

*TVTNews

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Política

Investigação que pode levar Eduardo Bolsonaro à prisão terá Moraes como relator

O inquérito já foi instaurado por Moraes, que decretou o sigilo nas investigações sobre a conspiração realizada por Eduardo Bolsonaro nos EUA contra autoridades brasileiras.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, encaminhou para Alexandre de Moraes o pedido feito pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, para abertura de uma investigação sobre a conspiração levada a cabo por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA para sancionar autoridades brasileiras.

O inquérito já foi instaurado por Moraes, que decretou o sigilo das investigações.

Na ação, a PGR afirma que “as evidências conduzem à ilação de que a busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa a interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal, em curso contra o sr. Jair Bolsonaro e aliados”, relacionando o caso com o julgamento da organização criminosa golpista em curso na primeira turma do STF.

Como principal beneficiário do levante conspiracionista, Jair Bolsonaro deve será convocado para explicar a trama costurada pelo filho junto a ultraconversadores do partido Republicano no Capitólio, sede do legislativo estadunidense, e na Casa Branca, com assessores de Donald Trump.

No pedido, a PGR pede que Bolsonaro preste depoimento “dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.

“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, diz o pedido da PGR.

A Procuradoria também pede que sejam ouvidas autoridades diplomáticas brasileiras nos EUA que possam ter conhecimentos dos fatos. Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT que fez a denúncia, também deve ser ouvido pela Polícia Federal (PF) para esclarecer se pediu que a Câmara acompanhasse e apurasse a conduta de Eduardo Bolsonaro e que possa ainda indicar outros elementos concretos sobre os fatos, de acordo com a Forum.

No documento, a PGR afirma que a conduta conspiracionista de Eduardo Bolsonaro pode confirmar crimes de coação no curso do processo e possível obstrução à investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

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