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Embaixada dos EUA retoma críticas a Moraes e o chama de “tirano”

Representação americana replicou declarações do vice-secretário de Estado, Christopher Landau, contra a atuação de Moraes.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou neste domingo (10) novas declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em texto replicado nas redes sociais, o vice-secretário de Estado Christopher Landau afirmou que “um único ministro do STF usurpou poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades”.

Landau disse que a atuação de Moraes “destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos” e que a situação seria “sem precedentes e anômala” pelo fato de “essa pessoa vestir uma toga judicial”. Ele também acusou o ministro de tentar aplicar a lei brasileira para “silenciar indivíduos e empresas em solo americano”.

A ofensiva da representação diplomática norte-americana se intensificou após o avanço da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. Moraes, relator do caso, é acusado pelos EUA de conduzir uma “perseguição política” contra o ex-mandatário, o que motivou a aplicação de sanções e a publicação de notas e declarações críticas de autoridades norte-americanas.

As críticas se somam às feitas no dia 7 pela própria embaixada, que afirmou que “o ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores” e declarou que “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes”.

As manifestações ocorrem após o governo norte-americano sancionar Moraes com base na Lei Magnitsky, que bloqueia bens nos EUA e impede transações com cidadãos e empresas norte-americanas.

De acordo com o Congressoe m Foco, a postura da embaixada já começou a gerar incômodo entre autoridades brasileiras: na sexta-feira (8), o ministro Flávio Dino se pronunciou em plenário no STF rebatendo os ataques da representação diplomática, enquanto o Ministério das Relações Exteriores convocou o encarregado de negócios da embaixada, Gabriel Escobar, para dar explicações sobre as declarações recentes.

Veja a publicação original da embaixada norte-americana:

A separação dos poderes de um Estado é a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade. Nenhum poder, nem mesmo uma pessoa, pode acumular autoridade excessiva se for controlada pelos demais. Mas uma separação formal não significa nada se um dos poderes tiver meios de intimidar os demais a abrir mão de suas prerrogativas constitucionais. O que está acontecendo agora no Brasil ressalta esse ponto: um único ministro do STF usurpou poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades. Essa pessoa destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos, ao tentar, entre outras coisas, aplicar extraterritorialmente a lei brasileira para silenciar indivíduos e empresas em solo americano. A situação é sem precedentes e anômala, justamente porque essa pessoa veste uma toga judicial. Sempre é possível negociar com líderes dos poderes Executivos ou Legislativos de um país, mas não com um juiz, que deve manter a aparência de que todas as suas ações são ditadas pela lei. Assim, nos encontramos em um beco sem saída, o usurpador se reveste do Estado de Direito, enquanto os demais poderes afirmam estar impotentes para reagir. Se alguém conhecer um precedente na história humana em que um único juiz, não eleito, tenha assumido o controle do destino de sua nação, por favor, avise. Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!


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Brasil Mundo

Putin liga para Lula em conversa de 40 minutos; o que os presidentes falaram

‘Tarifaço’ dos EUA foi um dos assuntos; Presidentes buscam fortalecer relações comerciais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (9) a fim de falar das negociações com os Estados Unidos sobre eventual acordo de paz com a Ucrânia. “O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, disse o Palácio do Planalto em nota.

Putin irá se reunir pessoalmente com o presidente Donald Trump na próxima sexta-feira (15/8). O encontro será realizado no Alasca, nos Estados Unidos, e tratará da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já se alastra há três anos. O governo dos EUA tem aumentado a pressão sobre o Kremlin para assinar um cessar-fogo permanente, com medidas de asfixia econômica.

Trump passou a mirar parceiros comerciais da Rússia. Na última semana, o presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais às importações da Índia que chegam aos EUA. O motivo é a compra de petróleo russo por parte do país asiático. O encontro entre Trump e Putin no Alasca, estado norte-americano localizado no extremo norte do continente e a 88 quilômetros da Rússia, foi criticado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que não irá participar das tratativas.

“O presidente Trump anunciou os preparativos para seu encontro com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode terminar sem nós, sem a Ucrânia”, escreveu em publicação no X. Na ligação, que durou cerca de 4o minutos, Lula e Putin também falaram sobre o “cenário político e econômico” e a relação comercial entre ambos os países dentro do Brics, bloco que é alvo de incômodo de Trump.

Putin teria parabenizado Lula pela cúpula de líderes realizada no Rio de Janeiro, no início de julho, da qual o presidente russo não participou. Dias depois do encontro de líderes, Donald Trump anunciou tarifas de 50% para produtos brasileiros, que se concretizou na última quarta-feira (6).

As discussões pelo fortalecimento do uso de moedas locais, alternativas ao dólar, foram criticadas por interlocutores da diplomacia norte-americana e impulsionaram as novas tarifas contra o Brasil. Dentre as medidas de contenção, o Palácio do Planalto tem reforçado a busca por novos mercados para os produtos que não escaparam do tarifaço de Trump, que, apesar de desidratado, ainda mira produtos-chaves, como o café e a carne bovina.

*aRede


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Embaixada dos Estados Unidos faz ameaça direta aos ministros do STF

Representação diplomática em Brasília adverte aliados de Alexandre de Moraes sobre possíveis sanções pela Lei Magnitsky

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou nesta quinta-feira (7) sua ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), com um ataque direto ao ministro Alexandre de Moraes e seus aliados. A ameaça partiu de uma publicação oficial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que afirmou:

“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto.”

O tweet traduz a posição de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, que desde a noite de quarta-feira (6) vem fazendo ameaças diretas a autoridades brasileiras. As declarações, publicadas na rede X (antigo Twitter), deixaram claro que qualquer autoridade que “ajudar ou incentivar condutas sancionadas” poderá ser alvo das mesmas penalidades. A escalada se deu após a decisão do ministro Moraes de decretar prisão domiciliar contra Jair Bolsonaro.

Em outro comunicado divulgado pelo Departamento do Hemisfério Ocidental, o governo norte-americano reforçou as críticas à atuação do ministro:

“O ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”

Beattie, por sua vez, foi ainda mais incisivo: “Os aliados de Moraes, na Corte e em outras esferas, estão fortemente advertidos a não colaborar com comportamentos sancionados. Estamos monitorando a situação de perto.” Segundo o 247, a linguagem adotada reflete um tom hostil e sem precedentes nas relações diplomáticas entre os dois países desde a redemocratização brasileira.


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Lula e primeiro-ministro da Índia para aumentar cooperação em comércio e tecnologia em resposta às tarifas de Trump

Reuters – O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordaram nesta quinta-feira em aumentar a cooperação em comércio, tecnologia, energia, defesa, agricultura, saúde e laços interpessoais, informou o gabinete de Modi em um comunicado.

O presidente Lula conversou por telefone durante cerca de uma hora com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta quinta-feira (7), em articulação direta para enfrentar os efeitos das tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa, segundo nota oficial do Palácio do Planalto, reforçou o compromisso de Brasil e Índia com o multilateralismo e com a busca de uma resposta coordenada às medidas protecionistas norte-americanas. A informação foi publicada no site do governo federal nesta quinta-feira.

Lula e Modi também destacaram os avanços da visita oficial do primeiro-ministro indiano ao Brasil, realizada em 8 de julho, e concordaram em intensificar a cooperação bilateral em áreas estratégicas. Os dois países, até o momento os mais afetados pelo tarifaço de Trump, estão coordenando ações conjuntas para ampliar o comércio e reduzir a vulnerabilidade diante de medidas unilaterais.


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A enorme lambança de Trump contra o Brasil foi, na verdade, contra os Estados Unidos

O superávit comercial de US$ 1,3 bilhão que os Estados Unidos tiveram com o Brasil em junho foi o quinto mais alto, individualmente, entre os países com quem o país faz transações comerciais.

A informação está nas planilhas que o Departamento de Comércio Americano disponibilizou ao anunciar os dados da balança comercial do mês.

No período, os EUA registraram um déficit global de US$ 60 bilhões.
No mesmo mês de 2024, a relação comercial com o Brasil tinha sido favorável aos EUA em US$ 881 milhões.

Segundo os dados, os EUA exportaram US$ 4,9 bilhões para o Brasil em junho e importaram US$ 3,6 bilhões entre bens e serviços no mês.

No acumulado do primeiro semestre, o superávit americano somou US$ 4,5 bilhões, ante US$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano passado.

Holanda US$ 6,2 bilhões. América do Sul e Central US$ 4,4 bilhões.
Reino Unido US$ 2,2 bilhões. Austrália US$ 1,6 bilhão. Hong Kong US$ 1,6 bilhão. Brasil US$ 1,3 bilhão.


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Brasil

Governo Trump condena prisão domiciliar de Bolsonaro, ataca Moraes e faz ameaças

A pergunta que não quer calar: o que o governo Trump tem a ver com a justiça brasileira?

Os interesses por trás dessa interferência, gritam.

Em comunicado, Departamento de Estado ameaça responsabilizar ‘todos aqueles que auxiliam e incentivam a conduta sancionada’ pela Suprema Corte do Brasil.

Em flagrante ingerência contra a Justiça brasileira, os Estados Unidos criticaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (04/08).

Em nota divulgada pelo escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental na plataforma X, o Departamento de Estado afirma que o ministro Alexandre de Moraes (STF) “continua a usar as instituições do Brasil para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”.

O texto classifica o ministro como um “violador dos direitos humanos sancionado pelos EUA”, e diz que o Governo Trump “responsabilizará todos aqueles que auxiliam e incentivam a conduta sancionada”.

“Colocar ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixe Bolsonaro falar!”, afirma o Departamento de Estado.

Bolsonaro foi mantido em prisão domiciliar por descumprir medidas preventivas impostas anteriormente pela Corte brasileira. O ministro Moraes apontou que o ex-presidente violou a proibição de usar redes sociais ao se comunicar com apoiadores por meio das contas de aliados, incitando ataques ao STF e defendendo intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.

A violação ocorreu durante um ato pró-Bolsonaro na Praia de Copacabana neste domingo (03/08). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação para o pai durante a manifestação e a transmitiu para o público presente. Na sequência, o vídeo foi apagado das rede sociais, o que, segundo Moraes, caracteriza uma tentativa “flagrante” de ocultar a infração.

A decisão
A decisão do STF determina que Bolsonaro permaneça em prisão domiciliar em uma mansão alugada no sul de Brasília. A Polícia Federal foi instruída a apreender todos os celulares disponíveis na propriedade, e os visitantes estão proibidos de portar aparelhos eletrônicos, tirar fotos ou gravar vídeos.

Pela decisão da Corte Suprema, Bolsonaro deverá permanecer com tornozeleira eletrônica e está proibido de receber visitas sem autorização prévia do STF e a utilizar o celular. Apenas seus advogados e as pessoas que residem com ele, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha do casal, estão autorizadas a manter contato direto.

Continuam válidas as medidas cautelares impostas no mês passado: Bolsonaro segue proibido de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras, utilizar redes sociais — seja de forma direta ou por intermédio de terceiros —, receber visitas de investigados nas ações penais relacionadas à tentativa de golpe, e se aproximar ou acessar embaixadas e consulados de países estrangeiros.

A defesa do ex-presidente informou que irá recorrer da decisão. Apesar do telefonema durante o ato no domingo, os advogados sustentam que Bolsonaro não desrespeitou nenhuma ordem judicial.

Nas redes sociais, Flávio afirmou que o Brasil está “oficialmente em uma ditadura” e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que se encontra nos Estados Unidos, disse em entrevista a CNN que o “Brasil não é mais uma democracia”, de acordo com o Opera Mundi.


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Brasil

Genocídio palestino: PT pede a Lula o rompimento das relações com Israel

Documento aprovado no 17º Encontro Nacional do PT pede a suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo Netanyahu

Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a legenda aprovou, na sexta-feira (1), um documento oficial em que solicita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu.

Intitulada “Em defesa do povo palestino”, a carta destaca, segundo o jornal O Globo, a escalada da violência na Faixa de Gaza e denuncia a morte massiva de civis palestinos, especialmente crianças. O texto expressa solidariedade à população palestina e endossa críticas ao governo israelense. O PT também lembra uma fala de Lula em junho deste ano, quando o presidente declarou que o que ocorre na região “não é uma guerra, mas um genocídio premeditado”.

A posição do partido é ainda mais contundente que a adotada até agora pelo Palácio do Planalto. Mesmo diante das reiteradas falas do presidente contra os ataques em Gaza, o documento lamenta a manutenção de relações econômicas e diplomáticas com Israel. “O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas”, afirma o texto aprovado pelos delegados petistas.

A carta também faz referência a um posicionamento semelhante adotado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que em junho já havia sugerido ao governo federal a suspensão das relações diplomáticas com o Estado de Israel, diante do agravamento do conflito.

Lula reforça apoio à Palestina – Nas últimas semanas, o presidente Lula tem intensificado seu discurso em favor da causa palestina. Em julho, durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Lula, esse passo é essencial para que se estabeleça uma solução duradoura para o conflito, diz Guilherme Levorato, 247.

“Reconhecer o povo palestino e permitir seu ingresso na ONU é reconhecer a simetria necessária para a paz. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia diante das mais flagrantes violações do nosso tempo”, declarou Lula.

O governo brasileiro também formalizou sua adesão à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Na ação, o governo sul-africano acusa Israel de praticar genocídio contra a população palestina em Gaza. O anúncio da adesão foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista à emissora Al-Jazeera.

“Os últimos desdobramentos da guerra nos levaram à decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou Vieira, ao comentar a intensificação dos ataques contra civis palestinos.

A carta aprovada pelo PT aumenta a pressão interna sobre o governo Lula e reforça a expectativa de que o Executivo tome medidas mais contundentes contra o governo Netanyahu.


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Arregou: ‘Lula pode conversar comigo quando quiser’, diz Trump sobre tarifaço

Presidente dos EUA sinaliza abertura para negociações diretas, mas afirma que ‘pessoas que comandam Brasil fizeram coisas erradas’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (01/08) que aceita conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas impostas pela Casa Branca a qualquer momento que o brasileiro quiser.

Em entrevista a jornalistas em Washington, ele foi questionado se estaria aberto a rever a sobretaxa de 50% cobrada sobre as exportações brasileiras em negociação direta com Lula.

“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo do Brasil”, disse Trump.

Novamente questionado sobre a extensão da taxa definida por ele, a maior entre todos os parceiros comerciais dos EUA, o presidente americano complementou dizendo que “as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”.

Essa foi a primeira declaração de Trump sobre a disputa com o Brasil desde que assinou, na última quarta-feira (30/07), a ordem executiva para impor as tarifas comerciais que afetarão mais da metade das exportações brasileiras aos EUA.

Segundo a Casa Branca, as ações do governo brasileiro são uma ameaça “incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Quase 700 produtos, porém, ficaram isentos da barreira tarifária, que entrarão em vigor em 7 de agosto.

Lula se diz aberto ao diálogo
Nas redes sociais, Lula respondeu ao aceno de Trump e se disse aberto ao diálogo, mas reforçou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros”.

“Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu o presidente no X.

A jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a “recíproca é verdadeira” para uma conversa com Trump. “O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse também. E, conforme eu já disse anteriormente, é muito importante a gente preparar esse encontro, essa conversa”, disse Haddad.

Em declarações anteriores, o presidente brasileiro criticou o que chama de “chantagem inaceitável” por parte de seu homólogo americano. Em diferentes declarações, disse que Trump se considera o “imperador do mundo” e reiterou que não obedecerá ordens vindas do exterior.

Lula tem reiterado que o Brasil tenta negociar com Washington desde que as primeiras tarifas globais foram anunciadas por Trump. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, argumentou que seus ministros têm encontrado portas fechadas na Casa Branca para desfazer o impasse.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a ser recebido pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, para uma conversa inicial sobre o posicionamento dos dois países sobre o tema na última quarta-feira.

Também em Washington, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que Lula já sinalizou que estaria disposto a negociar diretamente com Trump, mas que quer ser respeitado.

“Por mim, a possibilidade [de diálogo] está aberta, não tenho nenhum problema de dizer isso em nome do presidente Lula. É só organizar”, disse Wagner.

Moraes rebate Trump
O governo dos EUA também anunciou uma sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos contra a tentativa de golpe de Estado no Brasil e que tem entre os réus o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A medida foi rebatida por Moraes nesta sexta-feira, em sessão no STF. Ele afirmou que pretende ignorar as sanções e que a Corte não se submeterá a crivo estrangeiro em seus julgamentos.

*Opra Mundi

*Fotoarte: Portofino


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Brasil Mundo

Importância dos EUA para o Brasil é menor do que Trump pensa, diz Nobel de economia

Para Paul Krugman, Trump “pensa que manda no mundo, mas, sem querer, está dando uma lição sobre os limites do poder norte-americano”

O vencedor do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman citou, mais uma vez, as excentricidades das ameaças tarifárias dos Estados Unidos contra o Brasil para criticar o presidente norte-americano Donald Trump.

Krugman, que já defendeu até o impeachment de Trump pelo uso político das tarifas no caso brasileiro, voltou a afirmar nesta sexta-feira, 1, que o confronto com o Brasil é o mais “descarado” – dentre vários – caso de ilegalidade na política internacional trumpista e criticou o que identifica como arroubos anti-democráticos do líder republicano.

Além disso, destacou os impactos positivos que o embate acabou tendo na popularidade do presidente Lula e, ainda, defendeu que o poder de barganha que os EUA têm sobre o Brasil sequer é tão grande qua…

“Aparentemente, nós precisamos do que o Brasil nos vende, e esta é uma confissão implícita de que, ao contrário do que Trump sempre diz, são os consumidores americanos e não os exportadores estrangeiros quem paga a tarifa”, provocou o economista em uma publicação em seu blog pessoal. “O confronto com o Brasil ilustra de uma maneira especialmente nítida as ilegalidades da onda de tarifas de Trump. Ilustra também, porém, a distância que existe entre a quantidade de poder que Trump aparentemente pensa que tem e a realidade”, acrescentou.

Participação pequena

Krugman, que recebeu o Nobel em 2008 por seus trabalhos mostrando como o comércio exterior ajuda a ampliar a eficiência e a variedade de produtos aos países, argumenta que, a despeito de os Estados Unidos serem o segundo maior comprador do Brasil, sua participação, na prática, não é tão grande.  “Na verdade, nós não temos um papel tão relevante no panorama geral das exportações brasileiras”, disse, mostrando os principais números da nossa balança comercial.

Atualmente, os Estados Unidos respondem por cerca de 12% das exportações brasileiras, ficando atrás da China, com 28%, e até mesmo da União Europeia que, caso considerada em bloco, leva outros 13%. “Trump e os seus assessores realmente acreditam que vão conseguir forçar uma nação com mais de 200 milhões de pessoas a abrir mão dos seus esforços em defender a democracia sendo que 88% do que ela exporta vai para outros países que não os Estados Unidos?”, questiona Krugman.

Tarifa recorde

No início de julho, em uma nova leva de aumentos de tarifas para dezenas de países, Donald Trump anunciou que iria elevar o imposto sobre as importações brasileiras dos 10% inicialmente previstos, a alíquota mais baixa da lista, para 50% – a mais alta entre todos os parceiros retaliados.

Diferentemente do que acontece com os demais, o Brasil já é deficitário no comércio com os Estados Unidos, quer dizer, os americanos já vendem mais para nós do que nós para eles. O país governado por Lula também foi o único a ter o aumento tarifário vinculado a razões políticas – as justificativas, que incluíram também uma ofensiva contra o Pix e sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes são baseadas no que Trump define como uma perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Que Trump é um inimigo da democracia e da punição a tentativas autoritárias nós já sabemos. Para além disso, é extremamente ilegal que um presidente dos Estados Unidos use tarifas como uma maneira de tentar influenciar a política interna de outra nação”, diz Krugman. “Basicamente tudo o que Trump tem feito no comércio internacional é ilegal, mas, no caso do Brasil, isso é completamente descarado”

*Veja


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Brasil

Em defesa de Moraes, Lula, que está indignado, fará pronunciamento em rede nacional

O presidente Lula (PT) decidiu convocar um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão para defender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o próprio tribunal após a nova sanção imposta pelo governo de Donald Trump contra o magistrado. A informação foi divulgada pela coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, nesta quinta-feira (31).

A medida anunciada pelos Estados Unidos se deu com base na chamada Lei Global Magnitsky, que permite sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Moraes já havia sido alvo de sanções diplomáticas anteriormente por parte da gestão republicana norte-americana.

De acordo com auxiliares do presidente, Lula está “indignado” com a atitude do governo Trump e considera que o Brasil não pode aceitar ataques a instituições democráticas por parte de governos estrangeiros. Um ministro relatou ao Metrópoles que Lula quer “solidariedade” ao tribunal, o qual “precisa ser defendido”.

Ainda não há data prevista para a transmissão do pronunciamento. Este será o segundo pronunciamento em cadeia nacional feito por Lula em menos de um mês. Em meados de julho, o presidente já havia utilizado o mesmo recurso para rebater o tarifaço imposto por Trump a produtos brasileiros como carne e café, que vão enfrentar uma taxa de 50% para entrar nos Estados Unidos.


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