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Brasil ganha apoio internacional ao criticar as tarifas de Trump na OMC

Itamaraty denuncia uso político de tarifas por Washington; mais de 40 países apoiam posição brasileira em reunião do organismo

Em um movimento diplomático relevante, o Brasil criticou as tarifas impostas pelos Estados Unidos durante a reunião da OMC, recebendo apoio de cerca de 40 países, incluindo China e União Europeia.

O Itamaraty ressaltou o uso “arbitrário e caótico” das tarifas como uma ameaça à estabilidade do comércio multilateral. O embaixador brasileiro, Philip Fox-Drummond Gough, destacou que as sobretaxas com motivações políticas, como as aplicadas por Trump, representam um ataque aos princípios da OMC e prejudicam a previsibilidade do comércio, afetando especialmente os países em desenvolvimento.

Embora o Brasil não tenha aberto formalmente uma disputa comercial, a declaração deixou claro que está disposto a responder diplomaticamente e, se necessário, juridicamente.

A tarifa de 50% prevista por Trump sobre produtos brasileiros entraria em vigor em agosto, e o Brasil aguarda uma resposta oficial de Washington sobre um pedido de diálogo.

Considerando uma missão oficial a Washington, o governo brasileiro espera que empresas americanas pressionem Trump, estratégia já utilizada por outros parceiros comerciais, segundo o ICL.

Retaliações tarifárias estão, por ora, descartadas, mas o Brasil considera medidas no campo da propriedade intelectual, como a suspensão de patentes.

Apesar das críticas, o Brasil mantém uma postura aberta ao diálogo, mas sinaliza que não hesitará em utilizar os instrumentos legais da OMC para defender seus interesses.


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Washington Post: Ataque de Trump ao Brasil está saindo pela culatra

Segundo o jornal, diplomatas americanos demonstram desconforto nos bastidores com a ofensiva, afirmando que a medida é prejudicial à credibilidade dos EUA

A ameaça de imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte de Trump está produzindo efeitos opostos aos desejados, segundo análise publicada neste domingo (20) no jornal americano The Washington Post.

Segundo a matéria, publicada na coluna WorldView porIshaan Tharoor, a ofensiva comercial em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro acabou fortalecendo politicamente o atual presidente L Lula.

A análise reforça que, o que era para ser uma demonstração de força do MAGA e de sua extensão brasileira, acabou transformando Lula em um símbolo da resistência nacional.

O jornal destaca ainda que as tarifas foram anunciadas mesmo com os EUA mantendo superávit na balança comercial com o Brasil, o que deixa claro que o objetivo da medida foi pressionar o governo Lula a interromper processos judiciais contra Bolsonaro e punir Moraes.

Tharoor observa que o momento foi aproveitado politicamente por Lula, que tem feito declarações públicas de enfrentamento à pressão externa.

Em entrevista à CNN, o presidente criticou Trump e disse que ele não foi eleito para ser “imperador do mundo”.

Um funcionário do Departamento de Estado americano disse, sob anonimato, que “é difícil conceber uma ação mais prejudicial à credibilidade dos EUA na promoção da democracia do que sancionar um juiz de uma Suprema Corte estrangeira por discordar de suas decisões”.

O Post também cita uma declaração de um diplomata brasileiro, sob condição de anonimato, sobre os efeitos internos da medida: “O Papai Noel chegou mais cedo para o presidente Lula, e o presente foi enviado por Trump com esse ataque desastrado à soberania brasileira”.

Para o Washington Post, o tarifaço de Trump, embora tenha provocado recuos em outros países da região, encontrou no Brasil um governo com economia mais diversificada e disposto a enfrentar a pressão política.


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Lula denuncia ‘intimidação’ dos EUA contra STF após revogação do visto de Moraes

 

Presidente classificou medida, anunciada em meio à guerra tarifária contra o Brasil, como ‘inaceitável, arbitrária e sem fundamento’

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste sábado (19/07) a decisão dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando-a como “inaceitável”.

Em nota oficial, o mandatário afirmou que a medida anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é “arbitrária” e uma tentativa de “intimidação” aos ministros do STF.

Disse Lula:

Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos.

A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.

Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.

Lula destacou ainda que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. Opera Mundi.

“Nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, concluiu.

O governo norte-americano determinou na última sexta-feira (18/07) a revogação imediata dos vistos de Moraes, de seus familiares e de seus “aliados na corte”, sem especificar quais outros ministros do STF e demais pessoas devem ser atingidos pela medida. É possível que restrição afete pelo menos oito dos 11 ministros da Suprema Corte.

A decisão foi apresentada como uma retaliação às decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (18/07) e, por determinação do STF, passou a usar tornozeleira eletrônica, como parte de medidas cautelares para evitar uma possível fuga do país.


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Eduardo Bolsonaro pode estar por trás de manipulação bilionária do dólar horas antes do tarifaço de Trump

AGU vê possível conexão entre a operação suspeita no câmbio com informação privilegiada e a articulação internacional liderada pelo deputado para coagir o STF e desestabilizar o país

A ofensiva internacional liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pode estar por trás de um possível crime financeiro. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), há indícios de que a articulação golpista promovida pelo deputado licenciado nos Estados Unidos junto ao governo de Donald Trump possa estar relacionada a uma operação bilionária no mercado cambial brasileiro às vésperas do anúncio de tarifas contra o Brasil.

Em petição apresentada no sábado (19) ao Supremo, a AGU pede que seja investigada uma possível utilização de informação privilegiada (insider trading) para lucrar com a alta do dólar registrada pouco antes do anúncio tarifaço de Trump. O pedido foi anexado ao inquérito que já apura a atuação de Eduardo Bolsonaro em articulações para pressionar e coagir autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF.

Operação bilionária
A suspeita veio à tona a partir de denúncia feita por Spencer Hakimian, da gestora norte-americana Tulu Capital, que identificou transações entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões em dólares realizadas cerca de duas horas antes do anúncio das tarifas. Os dados, obtidos por meio do Terminal Bloomberg, indicam que os dólares foram adquiridos por volta das 13h32 (horário da Costa Leste dos EUA) e revendidos com lucro após a coletiva de Trump às 16h19, quando o real despencou.

Disse SpenceHakimian em post no X:

Alguém divulgou a notícia sobre as tarifas brasileiras.

Alguém comprou uma quantidade ENORME de dólares americanos e vendeu BRL (moeda brasileira) a descoberto às 13h32.

O anúncio da tarifa de 50% ocorreu às 16h19, momento em que parece que o grande trader saiu de sua operação instantaneamente.

Ganhando 2,5% em uma negociação de moeda (que geralmente tem alavancagem de 10-20x), então na verdade 25% a 50% em menos de 3 horas.

Image

Com alavancagem – recurso comum nesse tipo de operação –, os ganhos estimados podem ter alcançado entre 40% e 50% em apenas três horas. De acordo com a Forum, a AGU considera que a sequência de eventos, somada aos dados já presentes no inquérito, pode indicar uma ação coordenada não apenas para sabotar a estabilidade institucional do Brasil, mas também para obter vantagem financeira direta.


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Eduardo Bolsonaro insinuou ação militar dos EUA com porta-aviões em Brasília um dia antes de operação contra seu pai

O deputado licenciado ironizou Alexandre de Moraes e mencionou uma intervenção estrangeira como forma de pressionar o STF

Na véspera da operação da Polícia Federal que impôs tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez um apelo em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Referindo-se a uma frase irônica do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Eduardo afirmou que seria “mais fácil um porta-aviões americano chegar ao Lago Paranoá” do que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ser recebido por autoridades dos Estados Unidos. A declaração ocorre em meio à tensão diplomática causada pela taxação de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

A divulgação da gravação se deu antes da operação da Polícia Federal contra seu pai que impôs medidas restritivas, como uso de tornozeleira eletrônica, nesta sexta-feira.

“Está muito mais fácil um porta-aviões chegar no Lago Paranoá. Se Deus quiser chegará em breve”, disse o parlamentar de extrema-direita, em referência ao porta-aviões.


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Nos EUA, maior bloco empresarial do mundo pressiona Trump por fim da tarifa ao Brasil

U.S. Chamber of Commerce faz apelo junto a Amcham Brasil pedindo para o presidente Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil

A U.S. Chamber of Commerce, a maior organização empresarial do mundo que representa grandes corporações e associações setoriais nos Estados Unidos, pediu para o presidente americano Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil. O apelo foi feito via nota assinada em conjunto com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).

As entidades solicitam que Brasil e Estados Unidos se engajem em negociações de alto nível para evitar a implementação das tarifas de 50% a partir de agosto. Elas alertam que a medida tem o potencial de provocar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelecer “um precedente preocupante”. A nota lembra que o Brasil está entre os dez principais mercados de exportação dos EUA e que 6.500 empresas americanas dependem de produtos importados do Brasil.

“A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”, diz a nota. “A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos”, completa.

*Veja


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Brasil

Genocídio em Gaza: Brasil vai aderir a denúncia sul-africana contra Israel em Haia

Chanceler Mauro Vieira disse que governo Lula estava ‘trabalhando’ na adesão que acusa Tel Aviv de cometer genocídio contra os palestinos.

O chanceler Mauro Vieira confirmou que o Brasil se juntará formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas em Haia. “Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, declarou o Ministro das Relações Exteriores em entrevista exclusiva à emissora catari Al Jazeera no último sábado (12/07).

O processo, que acusa o governo israelense de cometer genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza, agora contará com a participação do Brasil como terceira parte. A decisão marca uma mudança significativa na postura diplomática brasileira e deve provocar reações tanto de Israel quanto de aliados estratégicos, como os Estados Unidos.

Vieira também afirmou que a demora para formalização era porque estavam “trabalhando nisso” e reiterou que logo “terão boas notícias em pouco tempo”.

A medida marca mais um passo na estratégia diplomática do governo Lula de reposicionar o Brasil em fóruns multilaterais e reforçar a defesa do direito internacional e dos direitos humanos.

Na semana retrasada, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou à Folha de S.Paulo em 4 de julho, que o Brasil “não deve aceitar a indicação de um novo embaixador por Israel”, em resposta à escalada militar na Faixa de Gaza e às milhares de mortes entre civis palestinos. “O Brasil deve manter as relações em níveis mínimos e ser muito severo no acordo de livre comércio, talvez até suspendê-lo”, afirmou.

Posicionamento África do Sul
A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro de 2024, argumentando que a guerra em Gaza viola a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948, acusação que Israel nega.

O país sul africano abriu uma nova petição na última semana apontando que o governo de Benjamin Netanyahu teria escalado o conflito a “uma nova e horrenda fase”.

Em outro momento, o diplomata sul-africano Ronald Lamola também condenou a agressão sionista ao Irã. O líder repudiou veementemente a violação do território iraniano por Israel e os ataques a instalações nucleares do país.

Corte de Haia
O Grupo de Haia convocou uma reunião de emergência em Bogotá, Colômbia, para terça-feira (15/07) com o objetivo de encontrar medidas concretas contra Israel e buscar uma resposta internacional para o conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta desde outubro de 2023.

Representantes de mais de 30 países de todos os continentes devem participar do encontro. A iniciativa pretende aplicar políticas tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim a agressão sionista.

“Não podemos aceitar o retorno de épocas de genocídio diante dos nossos olhos e da nossa passividade. Se a Palestina morre, a humanidade morre”, declarou o presidente colombiano Gustavo Petro. A Colômbia, assim como o Brasil, apoia o processo histórico movido por Pretória contra Israel na CIJ.

*Opera Mundi


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Países do BRICS condenam ‘ataque tarifário’ de Trump ao Brasil

Jornal chinês Global Times disse que medida é ‘interferência’, enquanto russo Sputnik aponta que bloco do Sul Global foi ‘pivô’ da decisão

Os meios de comunicação dos países que integram o BRICS, bloco do Sul Global que recentemente se reuniu no âmbito da Cúpula de líderes do BRICS, no Rio de Janeiro, repercutiram a medida tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.

O canal de notícias chinês CGTN destacou nesta quinta-feira (10/07) que o republicano “intensificou sua ofensiva comercial global” ao anunciar uma nova tarifa de 50% sobre as importações do Brasil, incluindo também outros sete países para a lista de atingidos.

A agência Xinhua, por sua vez, citou que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva respondeu à “medida unilateral” de Trump, acrescentando que o vice Geraldo Alckmin classificou a decisão tomada pelo magnata como “injusto”.

Para o Global Times, a situação gera “incerteza”. O jornal chinês ouviu um especialista em assuntos latino-americanos, Zhou Zhiwei,, que observou que as ameaças tarifárias dos EUA contra o Brasil são, em grande parte, por motivos políticos, e não puramente econômicas. “Também refletem a intenção dos EUA de interferir nas atuais políticas interna e externa da América Latina”, acrescentou.

A carta de Casa Branca endereçada ao Planalto afirma que uma das razões para a medida decorre da oposição de Trump contra o julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Dias atrás, o republicano escreveu em sua rede social que o ex-presidente brasileiro sofre de “perseguição política”.

Ao noticiar a medida tarifária, o jornal indiano Hindustan Times descreveu Bolsonaro como “um líder que imitou o estilo político de Trump durante sua presidência” e que seu julgamento decorre “de uma investigação sobre os distúrbios pós-eleitorais na capital brasileira, que foram comparados à tentativa de insurreição de 6 de janeiro de 2021 em Washington”.

“Bolsonaro tem apelado repetidamente pela ajuda de Trump enquanto seus problemas legais aumentam”, acrescentou.

O jornal sul-africano Sowetan classificou a ação dos EUA como um “ataque tarifário global com força total”, afirmando que a carta de Trump a Lula “expressou raiva sobre o que ele chamou de ‘Caça às Bruxas’ do antecessor de direita, Jair Bolsonaro”.

Já o site russo Sputnik referiu-se ao “BRICS como pivô” da decisão norte-americana, ao lembrar que a ameaça do republicano ganhou teor durante a realização da cúpula dos chefes de Estado do bloco, no Rio de Janeiro, nesta semana. Nesse contexto, o presidente dos EUA afirmou que o grupo foi criado para “destruir” o dólar norte-americano, em referência ao projeto para a adoção de uma moeda local para as transações financeiras entre países membros.

O veículo ainda mencionou o ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, que reagiu dizendo que a posição de Trump evidencia que o BRICS “está ganhando força no cenário mundial”.

*Rocio Paik/Opera Mundi


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Deixa o Brasil em paz!: Brasileiros ‘invadem’ perfil de Trump após tarifas

Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% sobre produtos exportados do Brasil, usuários brasileiros tomaram conta dos comentários em seu perfil no Instagram. As postagens passaram a receber mensagens como “Deixe o Brasil em paz”, “Brasil soberano” e “O Brasil não é terra sem lei”.

A mobilização foi tão intensa que Trump decidiu restringir os comentários em suas publicações.

O anúncio das tarifas gerou reação imediata também entre autoridades e especialistas. Trump alegou que a relação comercial entre os dois países é “injusta” e mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF como parte da motivação para as novas medidas.

A interpretação de analistas é que a decisão tem forte viés político. “Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”, afirmou o economista e Nobel, Paul Krugman.

Entidades da indústria e do agronegócio brasileiro expressaram preocupação, alertando para o impacto sobre empregos. O presidente Lula reagiu dizendo que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e reiterou a soberania nacional.

Nas redes, os comentários continuaram a crescer, com usuários até citando trechos do Hino Nacional. “O Brasil não é seu quintal”, escreveu uma internauta. Outros, porém, demonstraram apoio a Trump e às novas tarifas. Com ICL

Veja alguns dos comentários nas redes sociais de Trump:

Trump

Trump


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Paul Krugman defende impeachment de Trump por tarifa de 50% contra produtos do Brasil

Paul Krugman, economista norte-americano e vencedor do Nobel de Economia de 2008, defendeu o impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a taxação de 50% ao Brasil, mencionando razões políticas. A medida é “tanto maligna quanto megalomaníaca”, defende.

“Se ainda tivéssemos uma democracia que funcionasse, essa jogada contra o Brasil seria, por si só, motivo para impeachment”, diz Krugman, em postagem, nesta quarta-feira,9.

Krugman afirma que não costuma fazer postagens à noite, mas interrompeu o hábito por conta da carta de Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o post intitulado “Usando tarifas para combater a democracia”. Para ele, a taxação ao Brasil “marca uma nova partida” da gestão republicana.

“Trump mal finge que há uma justificativa econômica para essa ação. Tudo isso é sobre punir o Brasil por colocar Jair Bolsonaro em julgamento”, avalia Krugman.

De acordo com o economista, não é a primeira vez que os EUA usaram a política tarifária para um propósito político. O sistema de comércio internacional estabelecido após a Segunda Guerra Mundial foi, em parte, motivado pela crença dos americanos de que o comércio, além do benefício econômico, era uma força para a paz e fortaleceria a democracia ao redor do mundo, explica.

“Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador”, critica Krugman.

Ele diz ainda que o presidente americano foi “megalomaníaco” com a taxação, considerando o tamanho da economia brasileira, com mais de 200 milhões de consumidores, e a baixa importância dos EUA na balança comercial doméstica.

“As exportações para os EUA são menos de 2% do PIB do Brasil. Trump realmente imagina que pode usar tarifas para intimidar uma nação enorme, que nem é muito dependente do mercado dos EUA, a abandonar a democracia?”, questiona.

Krugman enfatiza ainda que a taxação de Trump ao Brasil não pode ser ignorada. É mais um “passo terrível da espiral descendente” dos EUA, na visão do Nobel. Com Estadão,


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