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Google envia parecer contrário à entrega de dados para a investigação do assassinato de Marielle

A empresa de tecnologia Google enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o parecer sobre a entrega de dados acerca das pessoas que pesquisaram a agenda da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018.

Segundo a empresa, a solicitação feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro apresenta riscos, como abrir precedente para que as pesquisas de usuários da plataforma sejam solicitadas em investigações por todo o país, uma vez que tal solicitação terá grande repercussão.

A batalha judicial para este caso entre o Google e o MP-RJ perdura há cinco anos. Tanto este conjunto de dados, quanto as informações acerca dos aparelhos que teriam passado pelos locais no qual Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos, seguem judicializados.

Até o momento, com as diversas trocas de comando da investigação, outros 90 pedidos foram deferidos pela Justiça, para que a empresa oferecesse dados que auxiliassem nas investigações.

Em um parecer divulgado na última terça-feira (21) ao STF, a empresa diz que o MP-RJ, ao fazer o pedido de um conjunto de dados indeterminado, quer fazer uma “pescaria” — termo utilizado para um conjunto de dados sem especificações ou individualização da conduta — e procuram por algo que se encaixe na investigação.

Outro ponto levantado pelo Google é a probabilidade de riscos de “confiança geral na privacidade das buscas”.

Já em 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que fosse quebrado o sigilo, por meio do Google, de um grupo indeterminado de pessoas que chegaram a fazer alguma pesquisa relacionada à vereadora e à agenda dos quatro dias que antecederam a sua morte.

No pedido, queriam saber quem pesquisou, entre os dia 10 e 14 de março de 2018, parâmetros como “Marielle Franco; “vereadora Marielle”; “agenda vereadora Marielle; “Casa das Pretas”; “Rua dos Inválidos, 122” ou “Rua dos Inválidos”. A decisão foi questionada pelo Google ao STF.

A empresa enviou um parecer, assinado pelos professores Heloísa Estellita, Lucas Montenegro e Orlandino Gleizer, no qual sublinham quais os riscos que uma decisão favorável ao MP-RJ podem desencadear.

“Em primeiro lugar, porque as buscas, em geral, são atividades que não envolvem terceiros. Em segundo, porque, por sua própria natureza, as buscas representam, atualmente, quase uma extensão do pensamento humano: na era da informação, o indivíduo dificilmente memoriza todo o conhecimento produzido e passa a utilizar-se das informações disponíveis na internet para se orientar em diversas situações do seu cotidiano Isso significa que as pessoas não apenas usam com maior frequência aplicações de busca, mas também que as usam sem qualquer restrição temática e sem maiores reflexões”, explicam em determinado trecho do parecer.

*Com Agenda do Poder

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PF se irrita com decisão de juíza sobre investigação de plano para atacar Moro

A decisão da juíza Gabriela Hardt de levantar o sigilo de documentos da ação contra uma facção que planejava ataques a Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades irritou quadros do alto escalão da Polícia Federal.

Segundo Bela Megale, O Globo, Hardt, que é titular da 9ª Vara Federal de Curitiba, colocou fim ao sigilo das ordens de prisão e busca dos investigados após o presidente Lula afirmar que desconfia que o plano de uma facção para atacar Moro é uma “armação” do ex-juiz.

Investigadores ouvidos pela coluna criticaram a medida e afirmam que a juíza expõe a investigação que ainda segue em curso e técnicas da PF em um tema sensível, como o combate às facções criminosas.

Em parte da corporação, a ação foi vista como tentativa de “blindar” Moro após as declarações de Lula. A magistrada foi juíza substituta de Moro em processos da Lava-Jato que tramitaram no Paraná, como o que condenou Lula a 12 anos de prisão no caso do sítio de Atibaia.

“Considerando a repercussão que o presente caso vem tendo na mídia, autorizo o encaminhamento aos órgãos de imprensa que assim solicitarem, via assessoria de imprensa desta Seccional, cópias das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia realizada ontem, dia 22/03/2023”, escreveu Gabriela Hardt.

Membros do governo e aliados do presidente no Congresso avaliam que Lula “erra” ao atacar Moro. Na leitura de integrantes do Palácio do Planalto, o presidente “dá palanque” para o senador e colabora para que ele surfe na contraposição ao governo.

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Juíza que substituiu Moro na Lava-Jato está por trás da operação que desvendou plano contra senador

Gabriela Hardt foi responsável por uma das condenações de Lula em ação decorrente da força-tarefa, sentença pela qual foi acusada de plagiar o ex-colega de profissão.

A Operação Sequaz, que prendeu nove suspeitos de planejarem ataques contra diversas autoridades, entra elas o senador Sergio Moro (União-PR), foi chancelada pela juíza Gabriela Hardt, que assinou os mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos pelos agentes da Polícia Federal (PF). A magistrada substituiu o próprio Moro na Operação Lava-Jato quando o ex-juiz pediu exoneração do cargo, no fim de 2018, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, informa O Globo.

Hardt ocupava, à época, o cargo de juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitavam as ações advindas da força-tarefa — cabia a ela, por exemplo, cobrir as férias ou outras eventuais ausências de Moro. Com a saída definitiva do ex-juiz, porém, ela assumiu, até abril do ano seguinte, a titularidade plena da vara.

Em fevereiro de 2019, foi Hardt quem condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão no processo relativo a um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Na ocasião, ela chegou a ser acusada de copiar trechos da sentença da decisão de Moro que condenou Lula em outra ação, sobre um triplex no Guarujá, no litoral paulista. O texto citava, por exemplo, a palavra “apartamento”.

A juíza admitiu posteriormente ter usado trechos da sentença do colega como base, mas alegou que seria um procedimento comum na magistratura, sem configurar plágio. As condenações contra Lula no âmbito da Lava-Jato acabaram anuladas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, Hardt voltou a ser juíza substituta na 13ª Vara Criminal, hoje comandada pelo juiz Eduardo Fernando Appio. Embora a força-tarefa da Lava-Jato tenha sido encerrada em 2021, processos decorrentes dela ainda tramitam. A operação desta quarta-feira, no entanto, ocorreu no âmbito da 9ª Vara Criminal, cuja magistrada titular saiu de férias na semana passada, o que levou a uma redistribuição do inquérito, com as decisões ficando a cargo de Hardt.

De acordo com a PF, os ataques contra autoridades eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

As investigações mostraram que os suspeitos planejavam homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação — Distrito Federal, em Roraima, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. O promotor de justiça Lincoln Gakiya também é apontado como um dos alvos do grupo criminoso, que cogitava realizar ataques de forma simultânea. Nove pessoas foram presas.

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Promotor caçado pelo PCC culpa Moro por colocar sua vida em risco e acusa-o de “mentir reiteradamente”

O promotor de São Paulo Lincoln Gakiya, um dos alvos do PCC no plano de execução de autoridades nacionais – debelado nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal -, recebe ameaças de morte da organização criminosa desde 2004, quando deu início ao trabalho de investigação e denúncia dos líderes do tráfico de drogas em São Paulo.

Mas, de acordo com ele, foi graças à inação do senador Sergio Moro (União-PR), enquanto era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, em 2019, que foi criado o último plano concreto do PCC para tirar a sua vida.

Para Lincoln Gakiya, Sergio Moro é um mentiroso (“mentiu mais de uma vez e é mal informado”), fez uso político das ações dele, Gakiya, para tomar para si os méritos da transferência de Marcola (Marcos Camacho) para um presídio federal em Rondônia e não se preocupou com a segurança dos agentes da lei envolvidos na operação.

As mentiras de Moro e a transformação do promotor em alvo prioritário do PCC

No dia 13 de fevereiro de 2019, as manchetes dos principais veículos da mídia comercial estampavam, com pequenas variações, a seguinte manchete: “João Doria transfere Marcola com ajuda de Sergio Moro”.

Alguns sites e jornais foram além, celebrando a transferência do traficante como o primeiro golpe do então ministro da Justiça contra o crime organizado no Brasil. “Informou”, por exemplo, um grande portal:

O ministro da Justiça, Sergio Moro, deu hoje seu primeiro grande passo no combate ao crime organizado com a transferência de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Marcos Henrique Camacho, o Marcola, e mais 21 suspeitos de integrar o grupo foram removidos para presídios federais.

A verdade, porém, não assiste à imprensa, pelo menos de acordo com Lincoln Gakiya, o responsável pelo pedido à Justiça de São Paulo pela remoção de Marcola e outros líderes da facção.

Crítico há anos de Sergio Moro e seus métodos de atuação política, o promotor explicou, no dia 30 de junho de 2020, em entrevista ao jornal “El País”, que o então ministro da Justiça nada teve a ver com a transferência.

Pelo contrário: por motivos políticos, Moro teria inclusive se afastado da operação, contrariando compromisso assumido por ele e por Jair Bolsonaro de dar suporte ao promotor no combate ao PCC, deixando-o como alvo prioritário da organização criminosa. Leia abaixo o que disse o promotor ao periódico espanhol em junho de 2020:

“Existe uma ordem da cúpula do PCC para que me matem. Acabei sendo o único responsável pela transferência, no começo de 2019, dos líderes para o sistema penitenciário federal. Era uma questão de segurança, porque havia um plano iminente de resgate.

Houve um acordo inicial para que a solicitação fosse coletiva, dos secretários estaduais de Segurança, das administrações carcerárias (Ministério da Justiça), do Ministério Público e minha, mas coincidiu com uma época de transição política muito difícil, desistiram, e me vi compelido a fazer sozinho.

Portanto a solicitação não foi feita, com todo respeito, nem pelo (então) ministro da Justiça, Sergio Moro, nem pelo (então) governador de São Paulo, João Doria. Eu assinei o pedido e o juiz tomou a decisão. Para o PCC, acabei como a figura pública que pediu historicamente sua transferência para fora do Estado de São Paulo, e ficou como uma coisa pessoal. E isso é ruim.”

Acostumado a mentir, Jair Bolsonaro, durante sua campanha à reeleição, em outubro de 2022, repetiu mais duas vezes a mesma inverdade, sendo a segunda vez auxiliado pelo então candidato ao Senado Sergio Moro, durante debate realizado pela TV Globo. Assim mentiu o então candidato:

“Teve que eu chegar em 2019, juntamente com o ministro Sergio Moro, para que nós então tirássemos o Marcola de presídio estadual aqui em São Paulo e mandasse para um presídio federal.”

Novamente, coube ao promotor Lincoln Gakiya desmentir a dupla, o que fez em mais de uma oportunidade. No dia 29 de outubro de 2022, em entrevista ao site Metrópoles, o promotor explicou de novo que o governo federal nada teve a ver com a transferência da cúpula do PCC para fora do Estado de São Paulo.

Também aproveitou para desmentir outra fake news muito repetida pelo então presidente em campanha pela reeleição, de que os líderes do PCC mantinham um diálogo frequente com lideranças do Partido dos Trabalhadores no ano de 2006, e que, por causa disso, os traficantes não teriam sido transferidos naquela época para presídios fora de São Paulo.

No dia seguinte, o promotor deu nova entrevista, desta vez para a agência de notícias “Estadão Conteúdo”, dizendo com todas as letras que Sergio Moro era “mal informado” e que contava reiteradas mentiras. Leia trechos abaixo:

“Não há e nem poderia haver nenhuma ingerência do governo federal, seja através do presidente Bolsonaro, seja através do ministro Moro nessa remoção, até porque, como já mencionei, não lhes cumpria fazê-lo, portanto é mentirosa a afirmação do Moro que após dois meses de governo eles ‘determinaram’ a remoção do Marcola para o sistema federal.

(…)

Pode consultar o processo de remoção e verá que não há lá uma linha sequer com assinatura de nenhum desses políticos.

(…)

Nos entristece saber que políticos e até um ex-juiz alterem a verdade para tentar obter algum ganho político dessa história. No final dessa história fiquei com o ônus da operação, pois o PCC sabe que sou o ‘único’ responsável por ela e os políticos com o bônus.”

Na mesma entrevista, o promotor ainda desmentiu novamente a história de que o PT teria agido, no ano de 2006, para que Marcola e seus comparsas permanecessem presos em São Paulo:

“Moro, de maneira deliberada e intencional, inverte a verdade. Mente outra vez o Moro ou está mal informado porque, em 2006, nunca se cogitou, seja pelo governo do Estado de SP, seja pelo Ministério Público, pedir a remoção dos presos para o sistema penitenciário federal.”

*Com DCM

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Há 2 meses Moro foi alertado sobre plano de facção criminosa que pretendia matá-lo

O senador Sergio Moro foi alertado no fim de janeiro que estava em andamento o plano de uma facção criminosa contra ele e integrantes de sua família.

Os criminosos que arquitetavam ataques contra o senador e outras autoridades foram alvos de uma operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal.

A informação chegou ao ex-juiz e membros de sua equipe por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, que atua no Gaeco, também era um dos alvos da facção.

Auxiliares de Moro relataram à coluna de Bela Megale, no Globo online, que o senador recebeu alertas de que os criminosos pretendiam realizar um sequestro ou atentado contra ele e seus familiares.

Com isso, foi implementado um novo protocolo de segurança envolvendo Moro, sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro, e os filhos do casal, com reforço da equipe.

Investigadores relataram ao senador que a retaliação planejada pela facção se deu por sua atuação como ministro da Justiça e Segurança Pública.

Na ocasião, Moro ordenou a transferência do chefe e de membros desta facção criminosa para presídios de segurança máxima.

*Com Agenda do Poder

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Por ordem do novo juiz da Lava-Jato, o doleiro Alberto Youssef é preso novamente

O juiz federal Eduardo Appio, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba desde fevereiro, determinou a prisão de Alberto Youssef. O ex-doleiro foi peça chave no início da operação em 2014.

Ele foi preso na cidade de Itapoá, litoral de Santa Catarina.Na decisão, o magistrado afirma que o ex-doleiro não devolveu todos os valores de que se beneficiou ilicitamente, levava uma vida “privilegiada” e não atualizou suas informações de endereço à Justiça Federal.

“O relatório fiscal para fins penais da Receita Federal deixa evidenciado que o acusado não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”, afirma Appio.

“O simples fato de que possui diversos endereços e de que estaria morando na praia já evidencia uma situação muito privilegiada e que resulta incompatível com todas as condenações já proferidas em matéria criminal”, conclui.

Durante a Lava Jato, Youssef foi preso em março de 2014 em uma operação da Polícia Federal brasileira, acusado de lavagem de dinheiro. Ele era um dos principais operadores de um esquema de corrupção que envolvia a Petrobras.

A partir das investigações em torno de Youssef, a Polícia Federal apontou um vasto esquema de corrupção envolvendo empreiteiras, políticos e funcionários públicos.

Youssef acabou fazendo um acordo de delação premiada com as autoridades, no qual se comprometeu a fornecer informações sobre o esquema de corrupção em troca de uma pena menor. Suas informações foram fundamentais para as investigações da Lava Jato e ajudaram a desvendar muitos detalhes do esquema.

Em 2017, Youssef foi condenado a mais de 100 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa. No entanto, devido ao acordo de delação premiada, ele recebeu uma pena mais branda e foi libertado em 2018.

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TSE põe em sigilo depoimento de Torres por comentários sobre saúde de Bolsonaro

Fala sobre estado de saúde de Bolsonaro após derrota incomodou a defesa do ex-presidente; mais cinco testemunhas serão ouvidas em ação sobre ataques ao sistema eleitoral.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, decidiu neste domingo (19) manter sob sigilo, pelo menos por enquanto, o depoimento de 90 minutos prestado pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres ao TSE, no âmbito de uma ação que pode declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível e impedi-lo de disputar eleições pelos próximos oito anos.

Conforme informou a coluna, o depoimento aumentou a tensão no entorno de Jair Bolsonaro e escancarou os pontos do processo que mais provocam medo na defesa do ex-presidente.

Um dos principais pontos que incomodaram a defesa de Bolsonaro foram as “impressões pessoais” que Anderson Torres externou ao longo do depoimento sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro após ser derrotado nas urnas por Lula.

Segundo a equipe da coluna apurou, Anderson Torres comentou que o ex-chefe ficou em estado depressivo após não conseguir ser reeleito e comentou a infecção na perna sofrida pelo ex-presidente, chamada de erisipela.

Benedito Gonçalves observou que, como “não se trata em processo de segredo de justiça, o sigilo dos depoimentos será mantido pelo tempo necessário para que cumpra a sua finalidade, devendo ser oportunamente reavaliado”.

“No que diz respeito ao teor das declarações prestadas por Anderson Torres a respeito do estado de saúde do ex-Presidente, observo, por um lado, que disseram respeito a fatos notórios, parte deles divulgado nas redes sociais por pessoas próximas ao primeiro investigado. Não obstante, não vejo óbice a que se acolha a pretensão da parte de manter em reserva a abordagem específica feita pela testemunha quanto a esses fatos. A medida, porém, não afetará todo o depoimento”, ressaltou o relator.

Para “conciliar os interesses envolvidos”, Benedito Gonçalves decidiu que o TSE fará duas versões do depoimento de Anderson Torres: uma integral, “sem cortes”; e uma outra sem a parte que trata das impressões pessoais do ex-ministro sobre a saúde de Jair Bolsonaro.

Torres prestou depoimento na condição de testemunha para apresentar esclarecimentos sobre uma “minuta golpista” e evitou incriminar Bolsonaro.

O ex-titular da Justiça não explicou a autoria do texto que criava um certo “estado de defesa” no TSE, dando poderes a Bolsonaro para interferir na atuação da Corte – o que é flagrantemente inconstitucional.

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Em depoimento, Bento Albuquerque diz que não foi informado que pacotes com joias eram presentes para Michelle e Bolsonaro

Ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (14) sobre o caso das joias milionárias dadas pelo governo da Arábia Saudita em outubro de 2021.

Bento afirmou ainda, também segundo sua defesa, que os pacotes seriam “presentes de Estado”, entregues por um oficial do governo saudita quando o grupo chefiado por ele se preparava para deixar o país.

Segundo o advogado, o ex-ministro relatou que os presentes não foram abertos até a chegada da comitiva ao Brasil, e que em nenhum momento foi informado a ele que as joias seriam para Jair Bolsonaro ou para Michelle.

Vídeo divulgado pelo g1 na quarta-feira (8), gravado pelo circuito interno do aeroporto de Guarulhos após o desembarque da comitiva, mostra o ex-ministro dizer: “Isso tudo vai entrar lá pra primeira-dama” – de acordo com a defesa de Albuquerque, ao ver que se tratava de joias, ele supôs que os itens seriam para a então primeira-dama.

O depoimento do ex-ministro, que durou pouco mais de uma hora, foi dado na casa de seu advogado, no Rio de Janeiro. Também depôs Marcos Soeiro, ex-assessor de Albuquerque, representado pelo mesmo defensor.

Vídeo divulgado pelo g1 na quarta-feira (8), gravado pelo circuito interno do aeroporto de Guarulhos após o desembarque da comitiva, mostra o ex-ministro dizer: “Isso tudo vai entrar lá pra primeira-dama” – de acordo com a defesa de Albuquerque, ao ver que se tratava de joias, ele supôs que os itens seriam para a então primeira-dama.

O depoimento do ex-ministro, que durou pouco mais de uma hora, foi dado na casa de seu advogado, no Rio de Janeiro. Também depôs Marcos Soeiro, ex-assessor de Albuquerque, representado pelo mesmo defensor.

*G1

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CGU autoriza fim do sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro

Controladoria-Geral da União (CGU) ordenou que o Ministério da Saúde divulgue os dados do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.

Segundo o Metrópoles, a Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou, nesta segunda-feira (13/3), que decidiu autorizar o fim do sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em parecer, a CGU deu provimento a um recurso que questionava a decisão do Ministério da Saúde de negar as informações sobre data, local e fabricante de vacinas tomadas por Bolsonaro.

“A decisão baseou-se no fato de que a informação referente ao status vacinal do ex-presidente da República foi tornada pública por ele mesmo, de modo que não se aplica ao objeto do pedido a proteção conferida pelo artigo 31, §1º, inciso I da Lei nº 12.527/2011 (LAI). Diante disso, conclui-se que o acesso às informações pessoais solicitadas é compatível com a finalidade pela qual o dado pessoal foi tornado público pelo próprio titular”, argumenta a controladoria.

Com a decisão da CGU, caberá agora ao Ministério da Saúde informar a quem solicitar se constam ou não nos bancos de dados da pasta registros de vacinação de Bolsonaro contra a Covid-19.

“Caso haja registros, o ministério deverá fornecer ao solicitante a data, o local, o laboratório de fabricação e o nome do imunizante aplicado no ex-presidente”, ressalta a CGU.

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Bolsonaro e Heleno receberam chefe da Receita no dia da devassa ilegal contra inimigos

Ex-presidente e ex-ministro que chefiava pasta mais golpista do antigo regime tiveram encontro com Ricardo Pereira Feitosa logo após ação criminosa que mirou desafetos.

De acordo com a Forum, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno tiveram encontros com o então chefe do setor de Inteligência da Receita Federal, Ricardo Pereira Feitosa, no mesmo dia em que o servidor realizou uma devassa ilegal contra os dados fiscais de desafetos e inimigos do então mandatário de extrema direita.

As ações criminosas e típicas de ditaduras ocorreram a partir de 10 de julho de 2019, quando bases de dados fiscais sigilosos de algumas personalidades e autoridades foram invadidas e copiadas, como do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, que liderava o inquérito das “rachadinhas” atribuídas ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, do àquela altura ex-ministro Gustavo Bebianno e do empresário Paulo Marinho, ambos antigos aliados e que estavam rompidos com Bolsonaro, inclusive tecendo críticas ao então chefe de Estado.

Um dia antes, em 9 de julho, segundo a reportagem da Folha de S.Paulo, que teve acesso às planilhas de acesso ao Palácio do Planalto, Feitosa já tinha ingressado no local para se reunir com autoridades federais. No auge da conduta criminosa de pegar dados pessoais e protegidos pela Constituição, em 16 de julho, Feitosa foi então outra vez ao Planalto e se reuniu com o general Augusto Heleno, às 17h45, conforme o registro.

Feitosa compilou dados referentes ao Imposto de Renda, a ativos e operações financeiras especiais e ao comércio exterior utilizando uma plataforma abastecida por 29 fontes de dados diferentes, tudo para dar informações sigilosas para que Bolsonaro pudesse eventualmente agir contra essas pessoas a quem chamava de inimigos.

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