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‘Caldo engrossou e Senado pode articular demissão de Campos Neto em agosto’

Helena Chagas*

“Se hoje pode não haver 41 votos para defenestrá-lo, sua demissão pode ser articulada com os senadores se nada acontecer com os juros até agosto”, afirmou a jornalista.

A jornalista Helena Chagas, comentarista da TV 247, avaliou nesta quinta-feira (22) que o cenário político no Senado já não é mais favorável à manutenção de Roberto Campos Neto, após a decisão intransigente do Banco Central em manter a taxa de juros em 13,75%. “O caldo engrossou. Se, há meses, seria impensável que o Senado aprovasse a demissão do presidente do BC a pedido de Lula, agora a hipótese não é tão distante assim. Campos Neto está isolado e é alvo de críticas também de empresários e outros setores”, afirmou Helena.

Para a jornalista, o placar de 58 votos da aprovação de Cristiano Zanin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quarta-feira (21), foi “revelador” da afinidade entre a Casa e o Planalto. “Se hoje pode não haver 41 votos para defenestrá-lo, sua demissão pode ser articulada com os senadores se nada acontecer com os juros até agosto. A independência do Banco Central, um instituto que dificilmente seria questionado no Congresso que o aprovou, também entra numa zona de risco quando cresce a impressão de que Campos Neto, bolsonarista, estaria agindo politicamente”, acrescentou.

*247

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diante de julgamento no TSE, entorno de Bolsonaro o vê mais isolado do que nunca

Aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro avaliam que o ex-presidente vive sua fase de maior isolamento, no momento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga sua inelegibilidade, a partir desta quinta-feira, segundo Bela Megale, O Globo.

A queixa principal é de que a maioria dos integrantes do governo passado sumiu, assim como boa parte da cúpula militares com quem o ex-presidente tinha contato direto e constante e de membros do Judiciário.

Auxiliares do capitão afirmam que o telefone do presidente toca com menos frequência e que são poucos os que aparecem para lhe oferecer ajuda.

A leitura do entorno de Bolsonaro é que, prestes a se tornar inelegível, o ex-presidente não é mais tratado como um “player político” e nem chamado para conversas de alto nível de estratégico.

Há reclamações também sobre o afastamento de Bolsonaro dos ministros que nomeou para o Supremo Tribunal Federal (STF), como Kassio Nunes Marques, que também integra o TSE. É nele que o ex-presidente deposita suas esperanças por um pedido de vista que possa atrasar o resultado do julgamento que se inicia hoje.

No PL, a inelegibilidade de Bolsonaro é vista como potencial de aumentar o poder do ex-presidente como cabo eleitoral. A instabilidade de Bolsonaro e os problemas que trouxe como presidente fazem com que parte do partido torça para que a Justiça sacramente sua saída da política.

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Em entrevista a jornal italiano, Lula responsabiliza Bolsonaro por tentativa de golpe: “discursava contra democracia e instituições”

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera nesta quarta-feira (21), o presidente Lula (PT) ressaltou a participação de Jair Bolsonaro (PL) na instalação de um clima golpista no Brasil, culminando na tentativa real de golpe de estado em 8 de janeiro deste ano, com os atentados às sedes dos Três Poderes por bolsonaristas, em Brasília.

O presidente da República disse que “quem planta vento, colhe tempestade” e, no caso, Bolsonaro plantou “ódio” ao discursar contra a democracia e as instituições. “Nunca ninguém no Brasil usou o estado de forma tão desavergonhada para tentar se eleger, distribuindo empréstimos para quem não poderia pagar, criando auxílios para taxistas que chegaram até a quem não tinha carteira de motorista. E depois das eleições seus seguidores pediram um golpe militar. Absurdo. Agora ele responde na Justiça. Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo”, declarou.

Abaixo, a entrevista na íntegra:

O senhor se propôs como mediador entre a Rússia e a Ucrânia. Acha que o senhor e o Papa Francisco têm visões semelhantes?

Presidente Lula — Em 2020, quando o encontrei, conversamos sobre a desigualdade no mundo, a busca de uma economia mais solidária. Logo depois veio a pandemia e a campanha eleitoral no Brasil. Agora encontro o Papa com esse conflito na Europa. Mandei um enviado especial, Celso Amorim, para Moscou e Kiev. Os dois países acreditam que podem vencer o conflito militarmente: eu discordo disso. Acho que tem pouca gente falando de paz. A minha angústia é que com tanta gente passando fome no mundo, com tantas crianças sem ter o que comer, ao invés de cuidar de resolver as desigualdades, estamos cuidando de guerra. É urgente que a Rússia e a Ucrânia encontrem o caminho da paz.

Meloni o criticou por não ter extraditado Cesare Battisti e não enviou nenhum representante para sua posse em janeiro.

Presidente Lula — Espero conhecê-la melhor hoje e que os encontros que faremos reforcem a relação entre nossos países, que sempre foi tão forte. Somos o segundo país com mais italianos e descendentes do mundo, atrás apenas da própria Itália. Temos 30 milhões de descendentes italianos no país. Eu tenho uma relação excelente com o movimento sindical daqui, com os intelectuais, as empresas. E certamente teremos uma relação muito produtiva com as autoridades italianas, porque a relação econômica entre os dois países está aquém do seu potencial e precisamos trabalhar muito para ter uma relação bilateral à altura do tamanho das nossas economias.

O senhor também vai se encontrar com Elly Schlein. Acha que é mais difícil para as mulheres governar?

Presidente Lula — Será uma satisfação conhecê-la. Ainda há muito machismo na política. Meu partido é presidido por uma mulher, a deputada Gleisi Hoffmann, e tenho orgulho de ter apoiado Dilma Rousseff, a primeira presidenta brasileira. O golpe que ela sofreu em 2016 teve também um forte componente machista. O Bolsa Família dá o dinheiro para a mulher, não para o homem. E os títulos das casas dos nossos programas de moradia também vão para as mães. As mulheres são, em geral, mais responsáveis. Com mais mulheres governando teríamos menos guerras e mais atenção ao social.

O senhor acha que Bolsonaro tem responsabilidades semelhantes às de Trump pelos eventos em Brasília? Ele será julgado por abuso de poder.

Presidente Lula — Temos uma expressão que diz “quem planta vento, colhe tempestade”. O meu antecessor nem vento plantou, plantou ódio. Discursava contra a democracia, contra as instituições. Nunca ninguém no Brasil usou o estado de forma tão desavergonhada para tentar se eleger, distribuindo empréstimos para quem não poderia pagar, criando auxílios para taxistas que chegaram até a quem não tinha carteira de motorista. E depois das eleições seus seguidores pediram um golpe militar. Absurdo. Agora ele responde na Justiça. Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo.

O senhor tem um bom relacionamento com Xi Jinping e com a China, que é seu principal parceiro comercial, mesmo que continue sendo um país não-democrático.

Presidente Lula — O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e temos uma excelente relação com a China, que nas últimas décadas tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e contribuiu muito para a economia mundial. Meu diálogo com a China tem sido sempre muito positivo e na direção de uma maior paz, harmonia, crescimento do comércio e da cooperação no mundo. A China é tão importante que até a Itália já aderiu à Iniciativa da nova Rota da Seda, à qual o Brasil não aderiu ainda.

No dia 22 de agosto, na África do Sul, haverá uma cúpula do BRICS. É um passo à frente para um mundo multipolar?

Presidente Lula — A cúpula do BRICS é importante para todos. Essa coalizão de economias emergentes mostrou a importância de acrescentar vozes diversas à discussão das questões globais. Acreditamos que um mundo multipolar seja melhor do que uma supremacia unipolar ou uma disputa bipolar. A criação de diferentes redes, diferentes arranjos de países, pode ajudar a equilibrar e contrabalançar as tendências e as tensões conflitantes. Por exemplo, o Conselho de Segurança da ONU é uma estrutura a reformar. Ele representa o equilíbrio de poder do mundo em 1945. Quase 80 anos depois, muita coisa mudou e precisamos de um Conselho mais amplo, mais representativo, com vozes da América Latina e da África, para que realmente contribua para a paz e a segurança no mundo.

A Amazônia é um ponto crucial da sua política. Como pretende conciliar o crescimento econômico da região com a proteção da floresta?

Presidente Lula — A preocupação internacional com a Amazônia aumentou durante o último governo, que negava a mudança do clima e incentivava abertamente os crimes ambientais. Retomamos o combate ao desmatamento, com a meta de zerá-lo até 2030 e estamos também enfrentando o garimpo ilegal e outras atividades criminosas que destroem o meio ambiente na região. Expulsamos mais de 20 mil garimpeiros ilegais das terras indígenas Yanomami. Ao mesmo tempo, queremos falar de uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região, que abriga 25 milhões de brasileiros. Investimos em pesquisa científica, indústrias limpas, turismo, para fazer a floresta valer mais para quem mora lá, pelo seu papel ambiental, e por seus produtos. As pessoas que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação, justamente para serem os maiores protetores da Amazônia. É por isso que, dia 8 de julho, encontrarei o presidente colombiano Petros, em Letícia, na fronteira dos nossos países. E em agosto sediaremos Cúpula da Amazônia, e a COP30 em 2025.

A Itália é o segundo parceiro comercial do Brasil na Europa, depois da Alemanha. Há projetos em desenvolvimento?

Presidente Lula — O Brasil e a Itália têm uma longa história de parceria tanto no comércio quanto nos investimentos. Temos cerca de 1.400 empresas italianas no Brasil e mais de 20 grandes empresas brasileiras na Itália. Hoje também estamos nos concentrando em energia renovável. 87% da nossa eletricidade vem de fontes renováveis, bem acima da média mundial de 28%. Em outras palavras, a atividade industrial no Brasil emite pouco carbono. Queremos ampliar a produção de energia solar e eólica, o potencial do Nordeste brasileiro é enorme. Podemos ser um grande produtor de hidrogênio verde, com capacidade de apoiar o mundo na transição energética.

*Com 247

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Vídeo: A resposta séria e civilizada de Zanin sobre LGBT+ em tempos obscuros

Em tempos de obscurantismo da extrema direita, representada no Brasil pelo bolsonarismo bufo e medieval, uma questão muito bem colocada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) ao advogado Cristiano Zanin, indicado por Lula (PT) para uma vaga no STF, durante sua sabatina no Senado, chamou a atenção pela resposta do homem que, ao que tudo indica, será conduzido à instância máxima do Judiciário da República. O tema foi o casamento e a união entre pessoas do mesmo sexo.

Zanin, que ficou conhecido por atuar de forma heroica na defesa do presidente após sua condenação e prisão arbitrárias nos processos da Operação Lava Jato, diferentemente da enxurrada de juristas ultrarreacionários cortejados por Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo, deu uma aula sobre civilidade, direitos humanos e respeito à Constituição.

“Eu respeito todas as formas de expressão do afeto e amor, acho que isso é um direito individual, é um direito fundamental as pessoas poderem, da sua forma, expressar o afeto e o amor. E isso tem que ser respeitado, na minha visão, pela sociedade, e acho que também pelas instituições. Temos hoje já uma resolução do CNJ que viabiliza e dá eficácia a essa interpretação, um julgamento já realizado pelo Supremo Tribunal Federal, e qualquer matéria que venha a tratar desse assunto ela vai passar, evidentemente, pela Constituição da República, pelos fundamentos da Constituição, dentre eles a dignidade da pessoa humana. E é também um objetivo fundamental da República, tal como previsto no artigo 3°, que é o de promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, idade, e de quaisquer outras formas de discriminação”, disse ele.

Veja a resposta de Zanin:

*Com Forum

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Governo Biden atuou para impedir golpe de Bolsonaro, diz jornal britânico Financial Times

Segundo o periódico, integrantes do alto escalão do governo dos EUA teriam realizado uma discreta campanha de pressão sobre políticos e militares brasileiros.

O governo do presidente estadunidense Joe Biden teria atuado “discretamente” para garantir a integridade do processo eleitoral brasileiro durante as eleições presidenciais de 2022, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz o jornal britânico Financial Times.

Segundo a reportagem, integrantes do alto escalão do governo dos Estados Unidos teriam realizado uma discreta campanha de pressão para que as lideranças políticas e militares do Brasil respeitassem a democracia do país.

Ainda conforme o FT, até mesmo o então vice-presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) teria demonstrado preocupação com a situação do Brasil. Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados questionaram a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantaram dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral brasileiro, sem apresentarem provas de quaisquer irregularidades no sistema de votação.

A atitude do ex-mandatário e seus apoiadores foi semelhante à postura adotada pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump nas eleições de 2020, que resultou na invasão do Capitólio, em Washington, em janeiro de 2021, em meio a diversas tentativas frustradas de reverter o resultado do pleito.

O governo Biden, então, buscou transmitir sua mensagem sem parecer que estava interferindo nas eleições de outro país. A solução encontrada foi uma campanha coordenada, porém sem propagandas, em diversos setores do governo dos EUA, incluindo militares, CIA, Departamento de Estado, Pentágono e Casa Branca.

Michael McKinley, ex-funcionário do Departamento de Estado e ex-embaixador no Brasil, afirmou à reportagem que “foi quase um ano de estratégia, sendo feito com um objetivo muito específico, não de apoiar um candidato brasileiro em detrimento de outro, mas muito focado no processo (eleitoral), em garantir que o processo funcionasse”.

De acordo com Tom Shannon, ex-funcionário do Departamento de Estado, a estratégia teve início com a visita do conselheiro de Segurança Nacional e ex-embaixador dos EUA no Brasil Jake Sullivan, ao Brasil em agosto de 2021. Um comunicado da embaixada afirmou que a visita “reafirmou a relação estratégica de longa data entre os Estados Unidos e o Brasil”. Sullivan, porém, teria saído preocupado da reunião que manteve com Bolsonaro .

“Bolsonaro continuou falando sobre fraude nas eleições americanas e continuou entendendo sua relação com os Estados Unidos nos moldes da sua relação com o presidente Trump. Ao saírem da reunião, Sullivan e sua avaliaram que Bolsonaro era totalmente capaz de tentar manipular o resultado das eleições ou negá-lo como fez Trump. Portanto, pensou-se muito em como os Estados Unidos poderiam apoiar o processo eleitoral sem parecer interferir. E é assim que começa”, disse.

O Financial Times também destaca que o então vice-presidente Hamilton Mourão também teria demonstrado preocupação com o crescimento das tensões pré-eleitorais. Apesar de ter afirmado publicamente estar confiante no compromisso das Forças Armadas brasileiras com a democracia, Mourão – que também é general da reserva do Exército – teria demonstrado outra perspectiva ao ex-embaixador Tom Shannon em uma conversa privada. Shannon relatou:

Quando a porta estava fechando, eu disse a ele: ‘Você sabe que sua visita aqui é muito importante. Você ouviu as pessoas ao redor da mesa sobre suas preocupações. E compartilho dessas preocupações e, francamente, estou muito preocupado’. Mourão virou para mim e disse: ‘Eu também estou muito preocupado'”, contou Shannon.

Após a reunião com embaixadores estrangeiros, em que Bolsonaro voltou a questionar a lisura das urnas eletrônicas, o Departamento de Estado americano emitiu um nota afirmando que “o sistema eleitoral [do Brasil] é capaz e testado pelo tempo e que as instituições democráticas do Brasil servem de modelo para as nações do hemisfério e do mundo”. O posicionamento foi considerado fundamental para evitar uma possível intervenção militar.

O diretor da CIA, William Burns, também esteve no Brasil e aconselhou o governo Bolsonaro a não interferir nas eleições. Michael McKinley questionou a frequência incomum das visitas de autoridades estadunidenses em um ano eleitoral. “Isso é normal? Não, não é”, observou.

*Com 247

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Um abraço fraterno e emocionado sela o encontro entre Lula e o Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta quarta-feira pelo Papa Francisco, no Vaticano, como mostra a foto feita há pouco.

O encontro a portas fechadas entre os dois foi um dos vários compromissos do petista no segundo dia de sua viagem à Itália, primeira parada da segunda viagem que faz à Europa desde que seu governo começou, diz o Agenda do Poder.

A paz mundial, com a busca de uma solução para a Guerra entre Rússia e Ucrânia, e o combate à desigualdade são dois dos temas principais do encontro.

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Planalto de Bolsonaro pressionou para que PF ligasse facada ao PCC

Novo inquérito sobre o atentado será concluído em breve e jogará luz sobre a pressão política exercida sobre a corporação.

A Polícia Federal está prestes a concluir a derradeira etapa das investigações sobre a facada em Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. De novo, a conclusão será a de que Adélio Bispo, o autor do atentado, agiu por conta própria, segundo Rodrigo Rangel, Metrópoles.

O resultado dessa nova etapa da apuração não apenas reforçará o que a própria PF já havia concluído antes de o inquérito ser reaberto como também jogará luz sobre um complicado movimento de bastidores ocorrido na reta final do governo Bolsonaro: houve forte pressão política – do Palácio do Planalto, inclusive – para que os investigadores apontassem a existência de uma suposta ligação da tentativa de assassinato com o PCC, o Primeiro Comando da Capital.

Nos bastidores, fontes graduadas da PF dizem que são cristalinas as evidências dessa pressão. Até recentemente, havia uma discussão interna sobre o que fazer com essas evidências.

Chegou a ser considerada, inclusive, a possibilidade de abertura de uma apuração específica para mapear em que medida integrantes de postos de direção da corporação na gestão Bolsonaro agiram para atender aos interesses do Planalto.

Desejo de Bolsonaro
Já durante a corrida presidencial de 2022, o então presidente e candidato à reeleição queria usar o caso para se cacifar eleitoralmente. Ele entendia que se a Polícia Federal fizesse algum movimento no sentido de relacionar a facada ao PCC, teria dividendos políticos e ampliaria suas chances de derrotar Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

Com o processo eleitoral já em curso, a PF chegou a pedir à Justiça Federal autorização para realizar buscas em endereços ligados a um advogado de Adélio que, se tivessem sido feitas, poderiam atender ao interesse (e às cobranças) de Bolsonaro. Mas o juiz do caso, Bruno Savino, decidiu não autorizá-las justamente em razão da desconfiança de que o pedido escondia uma estratégia que poderia ter fins eleitoreiros. Essas mesmas buscas foram liberadas só depois e cumpridas em março deste ano, com a PF já sob nova direção.

Por duas vezes, as investigações sobre o atentado já haviam sido encerradas pela PF e chegado à conclusão de que o atentado não teve mandantes. A última delas foi em 2020. O caso, porém, foi reaberto já no final de 2021, depois que a o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, liberou o acesso ao telefone celular de um dos advogados que se apresentaram para defender Adélio logo após o crime.

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A misteriosa loja de biquínis e joias ligada à filha do faz-tudo de Lira

Empresa, registrada numa quitinete em Brasília, tem um braço no balneário de Ibiza, na Espanha.

A investigação da Polícia Federal que mira desvios de verbas do FNDE, o bilionário fundo que banca despesas do Ministério da Educação, jogou luz sobre o até então discreto Luciano Cavalcante, faz-tudo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Cavalcante, que acompanha Lira desde o início de sua carreira política em Alagoas, foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Os policiais descobriram, ao longo da apuração, que endereços dele foram visitados por entregadores de dinheiro vivo que serviam ao esquema. À época dos desvios, o FNDE estava sob o comando de apadrinhados do PP, o partido de Arthur Lira, segundo Rodrigo Rangel, Metrópoles

A investigação mostrou ainda que o assessor de Lira – que até a deflagração da operação ocupava um cargo na liderança do PP na Câmara pelo qual recebia menos de R$ 15 mil brutos por mês – é dono de uma mansão cinematográfica em um dos condomínios mais exclusivos do litoral alagoano, na região de Maceió. Outros aspectos pouco conhecidos da relação de Luciano Cavalcante com o próprio Lira também ganharam evidência.

Como a coluna revelou na semana passada, três empresas representadas por uma firma de intermediação de publicidade aberta em 2021 pelos filhos de Lira e Cavalcante receberam R$ 34 milhões em verbas federais nos dois últimos anos do governo de Jair Bolsonaro, do qual o presidente da Câmara era aliado. A Omnia360º funciona numa sala alugada na região central de Brasília cujo dono é um conhecido lobista da capital. Arthur Lira Filho, de 23 anos, e Maria Luiza Cavalcante, de 25, são sócios formais da firma.

Conexão Brasília-Ibiza
A jovem Malu Cavalcante, como é conhecida, aparece ligada a um outro negócio aparentemente lucrativo e com um braço no exterior: uma loja de joias banhadas a ouro e de roupas de moda praia, como biquínis e maiôs. A Puro Extasy Ibiza foi aberta recentemente, em dezembro do ano passado. Está registrada formalmente em nome de dois amigos de Malu.

endereço declarado da empresa é o apartamento de um deles, em um prédio de quitinetes do Sudoeste, em Brasília. Só que o negócio vai além. Além de vender seus produtos pela internet, com o slogan “em busca do amor, da liberdade e do extasy (sic) da vida”, os jovens abriram uma loja física no badalado balneário de Ibiza, na Espanha. Malu Cavalcante estava lá.

A despeito da badalação, a empresa é envolta em mistério — inclusive no que diz respeito a quem são seus verdadeiros donos. O endereço espanhol da loja não aparece em lugar nenhum. O mesmo acontece com o endereço no Brasil.

Figura onipresente
Embora não figure no quadro societário, a filha do faz-tudo de Arthur Lira exibe o nome da Puro Extasy ao lado do da Omnia360º em seu principal perfil nas redes sociais. À coluna, Malu Cavalcante negou que seja dona da empresa. “Sou apenas amiga dos donos. Ajudo modelando e divulgando, mas não tenho nenhuma relação profissional”, afirmou ela, por mensagem.

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Vídeo: Tumulto e bate-boca interrompem CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro

Uma tentativa de deputados bolsonaristas de provocar tumulto na CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro acabou em bate-boca e confusão. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), mandou o deputado Eder Mauro (PL) um dos bolsonaristas mais agressivos, se calar, e foi aplaudida.

Assista ao vídeo:

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