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Lula tem engajamento 9,6 vezes maior que Bolsonaro nas redes após elegibilidade

Bolsonaro só conseguiu engajamento de 5% de seus seguidores.

O engajamento obtido pelo ex-presidente Lula no Instagram e no Facebook foi 9,6 vezes maior do que o do presidente Jair Bolsonaro no período diretamente influenciado pela decisão de Edson Fachin de anular as condenações judiciais do petista e devolver sua elegibilidade.

O resultado foi obtido em levantamento da Ativaweb, agência especializada em comunicação digital e política.

O cálculo da taxa de engajamento, que mede a interação dos seguidores com o dono do perfil, considerou o período de uma semana, começando em 8 de março, dia da decisão de Fachin, até 15 de março.

Apesar de ter 18,2 milhões de seguidores, Bolsonaro só conseguiu o engajamento de 5% deles — cerca de 912 mil seguidores.

Lula, com 2,3 milhões de seguidores, consegue um engajamento de 48% — cerca de 1,1 milhão de seguidores.

O cientista da computação e publicitário Alek Maracajá, responsável pelo estudo, afirma que as redes do petista estão recuperando a participação de seguidores que haviam deixado de segui-lo ou parado de apoiá-lo ativamente por causa do noticiário negativo provocado pelas condenações.

“De novembro até agora, Lula já ganhou quase 500 mil seguidores no Instagram. Mas a análise de sentimento, que é a avaliação do conteúdo das postagens, mostra que uma parcela dos seguidores estava adormecida e, agora, voltou a dar like, a curtir o conteúdo do ex-presidente”, diz Maracajá.

*Guilherme Amado/Época

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Vídeo: Fundações ligadas a seis partidos propõem PEC para afastar Bolsonaro por crime contra a vida

Em carta, fundações ligadas a PT, PSOL, PSB, PDT, PROS e Cidadania criticam as dificuldades criadas pelo governo para aquisição de vacinas e versa que “o direito à vida, valor supremo de todos os seres humanos, é negado a milhares de pessoas”.

Sete fundações que integram o Observatório da Democracia – Fundação Lauro Campos/Marielle Franco (PSOL), Fundação João Mangabeira (PSB), Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT), Fundação Maurício Grabois (PCdoB), Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação Ordem Social (PROS) e Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania) – lançam em live às 17h desta quarta-feira (17) a proposta de uma PEC que inclui entre os crimes de responsabilidade as ações que atentem contra a vida humana, por sabotagem ou omissão, em epidemias e pandemias.

Com a PEC, Jair Bolsonaro (Sem Partido) poderia ser afastado imediatamente do cargo pela gestão desastrosa durante a pandemia do Coronavírus.

A carta assinada pelas fundações critica as dificuldades criadas pelo governo para aquisição de vacinas e versa que “o direito à VIDA, valor supremo de todos os seres humanos, é negado a milhares de pessoas”.

“Os milhões de contaminados que conseguem sobreviver, carregam fortes sequelas, ainda não de todo previsíveis. Esse morticínio não é decorrência natural da pandemia. Reafirmamos os termos do manifesto de janeiro: ‘decorre diretamente da atitude negacionista e irresponsável do presidente Bolsonaro e seu grupo. Desde o início, negaram as recomendações da OMS e da medicina. Ou seja, movidos por seu obscurantismo, negaram a ciência. Subestimaram e continuam subestimando esta grave doença’”.

O lançamento da PEC será às 17h no canal do youtube do Observatório da Democracia.

*Com informações da Forum

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Traído por Bolsonaro, Centrão já fala em dificultar pauta do governo na Câmara

Insatisfeitos com a escolha do cardiologista Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde, parlamentares do centrão discutem dificultar pautas do governo na Câmara depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter ignorado as sugestões do bloco para o comando da pasta.

A indicação de Queiroga teve o apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito do presidente.

Nesta terça-feira (16), dia seguinte à decisão de Bolsonaro, deputados da base aliada, como do PP e do PL, defenderam a necessidade de o bloco partidário dar um recado público ao presidente.

Estão em discussão desde a aprovação de requerimentos de convocação de integrantes da equipe ministerial em comissões temáticas como o atraso na votação de medidas consideradas prioritárias pelo governo.

Sob pressão do centrão, Bolsonaro anunciou na última segunda-feira (15) a saída do general Eduardo Pazuello do comando da Saúde, enquanto partidos da base aliada apoiaram dois nomes para o lugar do militar, que é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O primeiro foi o deputado federal Luiz Antonio Teixeira (PP-RJ), conhecido como Dr. Luizinho. A indicação da cúpula do PP, no entanto, foi refutada por Bolsonaro, que queria um nome técnico para o posto e que não tivesse vinculação política.

A alternativa encontrada foi o nome da cardiologista ​Ludhmila Hajjar, que contou com a chancela pública do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Nos encontros que tiveram, contudo, Bolsonaro e Ludhmila se desentenderam, o que inviabilizou uma indicação.

Com a recusa, deputados do centrão ainda tentaram indicar outro nome, mas Bolsonaro se antecipou e escolheu Queiroga, indicado pelo seu filho mais velho. Segundo assessores palacianos, o novo ministro é amigo da família da esposa do senador.

Prevendo um mal-estar com o bloco, Bolsonaro convidou, horas depois de ter escolhido Queiroga, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para um encontro no Palácio do Planalto.

Na conversa, segundo assessores palacianos, o presidente comunicou a decisão e explicou ao senador que optou por Queiroga pelo seu perfil técnico. Ele observou que foi uma escolha de caráter pessoal.

​Ainda na noite da segunda-feira, no entanto, dirigentes do centrão já reclamavam da escolha do presidente e ressaltavam que Bolsonaro deveria ter levado em conta o apoio do bloco no Congresso.

“Não adianta trocar o ministro se o presidente continuar sabotando a implementação das práticas de combate ao coronavírus que são adotadas pelo mundo inteiro”, afirmou à Folha o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP).

A avaliação de dirigentes do centrão é que, diante da necessidade de aprovação das reformas administrativa e tributária, era o momento de Bolsonaro acenar à base aliada, e não fazer uma escolha de caráter pessoal.

Em reuniões nesta terça-feira, integrantes da base aliada lembraram que até mesmo em votações impopulares, como a possibilidade de congelamento do reajuste de servidores públicos, as legendas do centrão acabaram aceitando votar com o governo.

A defesa agora é que, diante do gesto de Bolsonaro, cabe à base aliada fazer uma demonstração de força, o que inclui fazer jogo duro em plenário, não votando medidas de interesse do governo na velocidade das aprovadas recentemente.

Além disso, deputados do centrão consideram permitir a aprovação de requerimentos de convocação de ministros propostos recentemente por integrantes da oposição, como no âmbito da comissão externa de enfrentamento à Covid-19.

Para integrantes da base aliada, Lira errou ao ter permitdo a aprovação célere de medidas de interesse do Executivo, como a PEC Emergencial e a autonomia do Banco Central. O diagnóstico é que, ao entregar facilmente os votos ao governo, ele perdeu poder de barganha.

Mesmo antes da vitória de Lira, em fevereiro, deputados do centrão já tinham a expectativa de assumir a Saúde com a saída de Pazuello. O nome favorito era o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), alternativa que chegou a ser discutida na Casa Civil.

O nome de Barros perdeu força com o passar do tempo. Deputados disseram que, quando Barros foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), ele não ficou conhecido por atender demandas de parlamentares.

A escolha de Queiroga gerou frustração entre aliados de Lira, para os quais Bolsonaro não reconheceu o apoio que o deputado federal tem dado à sua gestão.

Integrantes de partidos como PP e Republicanos viram na decisão de Bolsonaro um recado ao centrão: não adianta pressionar pela demissão de um ministro achando que tem garantida a indicação do sucessor.

Como os dois nomes rejeitados por Bolsonaro tinham chancela de Lira, parlamentares também disseram que a escolha acaba enfraquecendo o presidente da Câmara.

Com apoio de Bolsonaro, Lira é o principal líder do centrão, bloco de partidos de centro e de direita conhecidos como adeptos do “tomá lá, dá cá” —apoio em troca de cargos e verbas.

Na campanha de 2018, Bolsonaro, então no PSL, dizia que os dirigentes do centrão eram “a alta nata de tudo o que não presta no Brasil”.

“Se eu, por exemplo, apresento o ministério para um partido com objetivo de comprar voto, qualquer um pode então me questionar que estou interferindo no exercício do Poder Legislativo”, disse à época.

Também em 2018, o hoje ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, chegou a cantarolar “se gritar pega centrão, não fica um meu irmão” em um encontro do PSL.

Chegando ao poder, o presidente atravessou 2019 em conflito com esses partidos. Agora, dirigentes e líderes dizem que a aproximação com o governo em 2020 foi possível porque Bolsonaro corrigiu problemas em seu comportamento.

*Com informações da Folha

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Na queda de braço entre clã Bolsonaro e Centrão pela pasta da Saúde, venceu o clã

Em última análise, o que estava em jogo era o controle do ministério da Saúde e seu super orçamento. O Centrão nunca escondeu de ninguém que queria o controle da pasta e, por isso indicou a Dra. Ludhmila Hajjar. O que surpreendeu foi o clã Bolsonaro, incluindo o pai e os três filhos, querer o mesmo.

Então, entre a indicação do presidente da Câmara, Arthur Lira, que é do Centrão, e o presidente da República, Bolsonaro resolveu deixar sob o controle de sua família essa montanha incalculável de dinheiro.

Ocorre que Lira está sentado em cima de mais de 60 pedidos de impeachment de Bolsonaro, basta, portanto, ele colocar um único pedido na mesa nessa altura da tragédia sanitária e colocar em votação, para Bolsonaro ser impichado quase que por unanimidade.

Bolsonaro, que já está com problema com prefeitos, mas sobretudo governadores, acabou abrindo uma outra frente de guerra com o seu principal aliado, o Centrão e, certamente, será cobrado por isso, já que o bloco de interesses que forma o Centrão tinha o ministério da Saúde como a joia da coroa a ser conquistada em troca da blindagem de Bolsonaro.

Na verdade, a aprovação de Bolsonaro despenca na mesma velocidade em que disparam os casos de contaminação e morte por covid, obrigando cada vez mais cidades e estados a imporem o lockdown, porque não há remédio e, muito mesmo vacina para lidar com esse cenário de guerra.

A base de Bolsonaro está nos CDL (Clube de Diretores Lojistas) e congêneres por todo o Brasil, que não têm o menor compromisso com a vida da população que, por sua vez, sustenta o próprio negócio dos gananciosos comandantes dessa verdadeira carnificina em nome do lucro justificado por uma suposta sobrevivência. Por isso estes são contra o lockdown.

Certamente existem comerciantes que dependem da venda diária, porque Bolsonaro os abandonou ao relento durante toda a pandemia, mas estes não têm influência nenhuma nessas confrarias que usam cargos de associações comerciais como degrau político e não para promover a integração comercial nas cidades.

Quem conhece minimamente essa dinâmica sabe que ninguém vira mais as costas para os comerciantes pobres, sobretudo os de periferias, do que os que comandam as associações patronais do comércio. Mas essas mesmas associações que sustentam a imagem de Bolsonaro Brasil afora, podem até não demandar de sua base de apoio por conta de lockdown, mas verão que Bolsonaro manda muito menos do que imaginavam, criando uma situação de desânimo em mantê-lo na presidência na base do que custe o que custar.

Por isso, a cartada de Bolsonaro querendo manter dentro de sua própria casa o controle do orçamento da Saúde, pode lhe custar a cabeça, porque se cair com um impeachment ou coisa do gênero, o clã sai inteiro algemado do Palácio do Planalto direto para o presídio, já que o que o segura é o poder e o consequente aparelhamento e instrumentalização das instituições de controle.

Ou seja, sem poder, sem liberdade.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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República de Curitiba: Processo “invisível” pode conter grampos ilegais, suspeitam advogados

Nos diálogos em que citam um possível grampo envolvendo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, procuradores de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro fazem referência ao processo 50279064720184047000, em que estariam as conversas interceptadas. Estranhamente, porém, a ação não está registrada no site do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Segundo um juiz que atua no Paraná, só há uma explicação para isso: trata-se de um processo secreto.

Embora os procuradores insinuem, sem afirmar por escrito, que o “GM” mencionado nas mensagens seja o ex-ministro Guido Mantega, não Gilmar, profissionais que atuam no Paraná suscitam outra hipótese: a de que os grampos sejam de conversas entre advogados e seus clientes. As possibilidades não se excluem. Há frases dos próprios procuradores que revelam a existência de interceptação de advogados.

Em 31 de agosto de 2018, o procurador Deltan Dallagnol encaminhou aos seus colegas uma mensagem de Moro dando conta de que estavam sendo interceptadas conversas entre Maurício Ferro, ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht, e sua defesa, feita pelos advogados Gustavo Badaró e Mônica Odebrecht.

“Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos”, diz Moro na mensagem encaminhada. Julio Noronha terceiriza o trabalho a Laura Tessler: “Laurinha, bom dia! CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia [Moro] disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”.

Em seguida, o próprio Noronha antecipa um pouco do que ouviu nas conversas interceptadas: “Vi por alto: diálogos do Ferro com Emílio [Odebrecht], Mônica e Badaró. Usam codinomes ‘M’, advogado próximo do ‘Peruca’, e preparação de uma movimentação para novembro e recesso”.

Deltan responde afirmando que “peruca” deve ser o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Também diz que dificilmente será possível usar o material interceptado, já que envolve advogados e é ilegal ouvir conversas entre cliente e defesa.

Interceptação não autorizada
A conversa de 31 de agosto de 2018 ocorreu poucos dias depois de Moro aceitar uma denúncia contra Ferro. Não há nos autos da ação penal nenhuma menção a eventuais autorizações de grampos ou interceptações telefônicas envolvendo Ferro e seus advogados.

“Não sei de escutas ou interceptações telemáticas. De qualquer modo é muito grave. E, o que é mais grave, é que nos autos da ação penal que tramitou contra o Maurício Ferro, agora extinta por decisão do DF, não há nos conteúdos interceptações, telemáticas ou telefônicas, autorizadas judicialmente”, disse Badaró à ConJur. Ele também afirmou que não tem acesso ao processo 50279064720184047000, ainda que aparentemente envolva o seu cliente.

“O processo começou em Curitiba. O Moro tinha acabado de receber a denúncia, antes dessa mensagem. Depois, o processo foi para o DF, por força de uma reclamação concedida no STF, pelo Gilmar Mendes. É fundamental saber quem foi alvo das interceptações e o procedimento em que foi autorizada”, complementa.

Fábio Tofic Simantob, que defende Guido Mantega, o “GM”, de acordo com os procuradores, também diz que não consegue acessar o misterioso processo e que não tem conhecimento de quebras de sigilo telefônico envolvendo o seu cliente.

“Esta escuta é absolutamente sigilosa. Nunca tomamos conhecimento dela. Seria imperioso que fosse dada publicidade a este procedimento, até porque estes autos foram para o DF. O procedimento de escuta devia ter ido também. Os procuradores precisam vir a público esclarecer o conteúdo dessas conversas, que procedimento é esse, quem teve o sigilo afastado e qual o fundamento para afastar o sigilo. Por que este procedimento não foi enviado para o DF, junto com a ação penal?”, questiona.

A ação penal que envolve tanto Ferro quanto Mantega foi enviada ao DF após um pedido feito por Tofic. Por causa disso, uma fase inteira da “lava jato” foi anulada e os dois réus foram absolvidos.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que os procuradores do Paraná ouviram conversas entre clientes e advogados. Conforme revelou a ConJur em 2016, os integrantes do MPF, com o respaldo de Moro, grampearam o escritório que defende o ex-presidente Lula.

Gilmar ou Guido Mantega?
Embora os procuradores de Curitiba tenham sugerido à ConJur que o “GM”, alvo das interceptações, é Guido Mantega, e não Gilmar Mendes, a sigla sempre foi utilizada pelo MPF do Paraná fazendo alusão ao ministro do STF.

Exemplos do uso de “GM” para designar Gilmar Mendes estão em situações como quando os procuradores de Curitiba criaram um grupo para atacar o ministro; em outra ocasião, quando Deltan elencou razões para pedir o impeachment; e, ainda, fazendo referência a um HC concedido por Gilmar a Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa mista paulista de rodovias.

De todo material analisado até agora, por outro lado, Guido Mantega é tratado pelo nome completo e não por “GM”, o que deixa em aberto a possibilidade de que o ministro do Supremo, e não os advogados de Mantega, foram grampeados.

Também é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar. O complô contra o ministro, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, por exemplo, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

Já uma reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

Outro lado
A ConJur questionou o MPF sobre o conteúdo do processo 50279064720184047000 e perguntou quem estava envolvido na ação penal. Em nota apócrifa, os procuradores de Curitiba se limitaram a afirmar que “sempre seguiram a lei”.

“Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da ‘lava jato’ sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade”, disseram.

A reportagem também perguntou se Maurício Ferro foi grampeado, mas até o momento não obteve reposta por parte do MPF no Paraná.

*Do Conjur

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Confirmado, Lula demite Pazuello: manda quem pode, obedece quem tem juízo

Bastou Lula fazer aquecimento na beira do campo para Bolsonaro bambear e Pazuello cair.

O próprio Bolsonaro acabou de avisar pra Lula que, de forma humilhante, mandou embora de vez o general da ativa, desmoralizando ainda mais a imagem das Forças Armadas que já estava totalmente detonada porque o general, quando entrou no ministério da Saúde haviam 15 mil mortos por covid no Brasil. Ele apresentou-se como o craque da logística e que, portanto, faria uma gestão técnica, mas apresenta agora uma fatura trágica de praticamente 280 mil mortes.

Para isso, não há explicação possível.

Se Pazuello, um general da ativa, como se sabe, serviu apenas de fantoche para o ex-capitão expulso do exército, o que já é uma humilhação para os militares, assumir a sua incompetência para livrar a cara de Bolsonaro, é admitir a própria incompetência do comando das mesmas Forças Armadas.

Não tem saída, Bolsonaro, aquele que se apresenta como militar, preferiu salvar a própria imagem detonando a das Forças Armadas para reduzir o máximo possível o desgaste que essa tragédia humana provocou com o imbróglio que virou o ministério da Saúde.

O papel de Lula foi fundamental porque ele não falou simplesmente como um opositor, mas como um candidato que, de imediato, foi festejado pela grande maioria do povo brasileiro.

Por isso, reconhecendo que Lula, em poucas horas, transformou Bolsonaro em pó é que este resolveu tentar uma reação fazendo o que já estava desandado, desembestar de vez. Tomou os pés pelas mãos convidando uma indicada pelo centrão, a Dra. Ludhmila Hajjar, que conversou com ele e, percebendo que só mudaria o figurino para que o conteúdo da lambança continuasse a vigorar, ela recusou o convite e saiu trazendo um raio-x da tragédia, mostrando que a situação é muito pior do que os brasileiros imaginam.

Ela, mais do que isso, mostrou que o gabinete do ódio que o STF acredita estar combatendo, está mais vivo do que nunca e, sobretudo, mais violento, porque, além de ameaçar de morte a Dra. Ludhmila e sua família, houve três tentativas de invasão do seu quarto no hotel em que estava hospedada, sob a guarda do governo, o que certamente trará desdobramentos pesados contra o gabinete do ódio comandado pelo próprio clã.

O substituto de Pazuello é o Dr. Marcelo Queiroga, um cardiologista por quem a Dra. Ludhmila disse ter um enorme respeito pela seriedade do seu trabalho e acredita que ele jamais aceitaria o cargo para dar continuidade às ações criminosas que o ministério da Saúde vinha adotando até aqui.

Ou seja, confirmando a crença da Dra. Ludhmila, Bolsonaro teve que ceder e aceitar como verdadeiras todas as denúncias que Lula fez contra o ministério da Saúde.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: O Brasil não é esse troço estrambótico

O Brasil tem um povo lindo com uma cultura imensamente rica, que nada tem a ver com essa coisa esquisita que representam esses bolsonaristas, isso para dizer o mínimo.

Na verdade, o povo brasileiro sempre teve aversão a esse tipo pusilânime que, em busca de privilégios, corrompe a cidadania.

Uma coisa horrível como essa não é fruto de Bolsonaro, Bolsonaro sim, é fruto dessas figuras assustadoras.

Esse bonde do horror que espalhou morte pelas ruas do Brasil neste domingo  é formado por ex-aecistas, que hoje são bolsonaristas, para seguir sustentando o ódio contra pobres, pretos, índios, mulheres e gays, estimulado pela tal direita tradicional.

É uma gente recalcada e frustrada com a vida e que inspira qualquer ficcionista de filme de terror.

A imagem e as ações dessa gente dão ânsia de vômito.

Confira:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro, de forma clandestina, acessou conversas de Gilmar Mendes e enviou material para procuradores

O ex-juiz Sergio Moro teve acesso a conversas de “GM”, provavelmente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e pediu para que os procuradores da autointitulada “força-tarefa” da “lava jato” analisassem o material. É o que dizem os novos diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF.

Segundo os procuradores que integraram a “força-tarefa” da “lava jato” no Ministério Público Federal, a conversa não trata do ministro Gilmar Mendes, mas sim do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que tem as mesmas iniciais.

Em outras conversas hackeadas, no entanto, os procuradores se referiam sem dúvidas a Gilmar ao usar a sigla GM.

O trecho não deixa claro se “GM” foi diretamente grampeado ou se foram escutadas conversas suas com algum investigado que teve o sigilo telefônico quebrado.

Em 31 de agosto de 2018, Deltan Dallagnol, ex-coordenador lavajatista, encaminhou a colegas uma mensagem de Moro. “Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos.” O processo não está disponível.

Julio Noronha terceiriza o trabalho à Laura Tessler: “CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”

“Russo” e “Rússia” são como os procuradores se referem a Moro e à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada pelo ex-magistrado até o final de 2018, quando saiu para assumir o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.

O ministro Dias Toffoli também é citado. Em uma passagem, quando comentam sobre conversas interceptadas envolvendo investigados da Odebrecht, Noronha diz que um advogado identificado como “M” seria próximo de “Peruca”. “Hummmm. Peruca pode ser o Toffoli. Foda heim”, responde Dallagnol.

Leia a íntegra da nota dos procuradores da República que integraram a “lava jato”:

1. Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores que não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade.
2. Exemplo da deturpação das supostas mensagens é a matéria publicada hoje pelo site CONJUR, afirmando que a força-tarefa teria tido acesso a diálogos interceptados do Ministro Gilmar Mendes, a partir da referência que existiria em investigações contemporâneas à de Guido Mantega (“GM”), este sim requerido em medidas propostas pela força-tarefa. Mesmo não se reconhecendo o teor das supostas mensagens, que têm sido apresentadas de modo editado ou deturpado, a ilação feita pelo site em nada se sustenta.
3. É complemente absurda, de má-fé e irresponsável a conclusão do jornalista de que os procuradores teriam “acessado conversas do ministro Gilmar Mendes” ou mesmo obtido tais diálogos a partir de algum investigado que conversou com o referido Ministro. Jamais, absolutamente, ocorreu qualquer interceptação em que qualquer Ministro do STF tenha, ainda que por conversas com terceiros, sido interceptado em primeiro grau.
4. Esse é mais um exemplo de como as mensagens de origem criminosa vêm sendo usadas fora de contexto ou falsificadas para criar factoides e narrativas disparatadas e incongruentes, com o fim de desacreditar o trabalho feito pela força tarefa, criar em relação à operação Lava Jato um clima de animosidade e descontentamento nos círculos dos três poderes e anular condenações.

Gilmar e Toffoli
Já é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar Mendes. Conforme mostrou a ConJur, os lavajatistas criaram um grupo no Telegram com o único objetivo de articular medidas contra o ministro; bolaram um manifesto contra ele; e disseram que era necessário “fazer algo com relação” ao magistrado do Supremo.

O complô, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até membros da Procuradoria-Geral da República participavam das movimentações articuladas no Paraná.

Reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

A agitação não fica por menos quanto a Toffoli. Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

“Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentaram de tudo para conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queriam que a OAS delatasse o Toffoli”, afirmou o hacker.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

*Com informações do Conjur

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Em pleno pico da pandemia, Clube Militar realizará “Almoço 31 de Março” para comemorar “Revolução Democrática de 1964”

A pergunta é, com que dinheiro?

De maneira sórdida, viúvas da ditadura querem comemorar o GOLPE DE 64 dançando sobre a pilha de quase 300 mil mortos que se formam diante da inação do governo do “capitão” Bolsonaro e da gestão do general Pazuello.

De maneira sórdida, o Clube Militar do Rio de Janeiro, um antro de viúvas saudosistas da ditadura, vende a “R$ 80 com bebida” ingressos para o “Almoço 31 de Março”, uma “homenagem aos 57 anos da Revolução Democrática de 1964”, que será realizado em meio à pilha de quase 300 mil mortos acumulados pela gestão criminosa do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

O evento, que celebra o golpe que levou o Brasil aos porões da ditadura por mais de 30 anos, é o principal destaque do informativa da caserna do mês de março, distribuído aos reservistas e às vivandeiras, como Jair Bolsonaro, que tem seu governo mencionado junto à pandemia no “recado do presidente”, escrito pelo general Eduardo José Barbosa, que substituiu Hamilton Mourão no comando do clube.

“Estamos completando um ano de pandemia, mas agora, assistimos ao perigo principiar a ser controlado, ainda, incipientemente, mas com uma rota definida. Paralelamente, o governo federal demonstra seus progressos fortes e positivos em retirar o Brasil da senda nociva em que vinha há décadas”, escreve o general, que recentemente ameaçou o ex-presidente Lula de morte ao atacar a decisão de Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que devolveu os direitos políticos ao petista.

No texto, Barbosa celebra o “movimento democrático de 31 de março de 1964, que afastou do País, à época, as mazelas do comunismo internacional”.

*Com informações da Forum

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Vídeo: Bolsonaristas vão às ruas por direito de matar crianças e jovens por covid e chegar a 4 mil mortos por dia

Num ato de extrema irresponsabilidade e com aglomeração, Bolsonaristas fizeram, na tarde deste domingo (14), manifestações em diversos estados contra as medidas de restrição para conter as contaminações pelo coronavírus.

O Brasil chegando a quase 300 mil mortes por covid por culpa exclusiva de Bolsonaro e bolsonaristas que, em plena expansão sem controle da pandemia, que hoje está vitimando muito mais crianças e adolescentes, querem ver muito mais famílias chorando a morte de seus entes queridos. A isso eles chamam de manifestação pela pátria, pela família e sei lá mais o quê. Talvez seja pelo Saci Pererê, pela mula sem cabeça e pela terra plana.

O fato é que o que está por trás de tudo isso é a volta de Lula e, com isso, os bolsonaristas já preveem o massacre nas urnas do capitão assassino.

A volta de Lula significa que os pobres voltarão a ter espaço na vida institucional do país e, consequentemente, construirão sua ascensão social, e isso é tudo o que essa gente não quer. É o ódio visceral que os bolsonaristas têm do povo e ainda se autointitulam povo com aquelas caras brancas odiando o verdadeiro povo brasileiro, assim como vestem roupas verde e amarelo quando, na verdade, detestam ser brasileiros.

Enfim, essa gente estranha, esses seres alienígenas das classes média e alta estão em total desespero vendo Bolsonaro derreter pelos crimes que cometeu. Então, vão às ruas aglomerar para ver se dentro de 15 dias o número de mortos chega a 4 mil por dia e, com isso, Bolsonaro passa a ser o campeão mundial de mortalidade.

Detalhe: hoje, 60% das internações são de crianças e jovens.

Em São Paulo, segundo número aferido em hospitais particulares, houve um aumento de internações de 47% de crianças e adolescentes.

No estado de Santa Catarina, por exemplo, todas as regiões e cidades estão em estado gravíssimo e com a saúde em colapso. Lembrando que Santa Catarina foi um dos estados que mais votaram em Bolsonaro no primeiro turno.

*Da redação

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