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Vídeo – Burrice acima de tudo. Bolsonaro: “Conheça o Brasil por dentro e por fora… Amazônia, Antártica…”

Nunca subestime a burrice, ela chega por todos os flancos do bolsonarismo, mas sobretudo pelo laboratório central do presidente da República.

Nenhum povo merece isso. Estamos vivendo uma verdadeira guerra contra a inteligência nacional.

O ídolo heroico dos bolsonaristas é uma reverendíssima besta, pois, além de ser inútil, faz um esforço gigantesco para produzir coisas nesse nível e ser seguido por um exército de imbecis.

“Conheça o Brasil por dentro e por fora. A verdade acima de tudo. Amazônia, Antártica, a nossa agricultura, a nossa piscicultura, áreas para turismo. O Brasil é maravilhoso. Temos muita coisa boa para mostrar” (Bolsonaro).

Confira, é inacreditável:

*Da redação

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Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, ordena governo fazer censo em 2021

Pesquisa havia sido cancelada por falta de verba.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao governo federal “a adoção de medidas voltadas à realização do censo”. Ele atendeu um pedido feito pelo governo do Maranhão. Na semana passada, o Ministério da Economia informou que a realização do censo em 2021 estava cancelada devido aos cortes de verba.

A pesquisa perdeu 96% do orçamento, que foi reduzido de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões.

Em sua decisão, Marco Aurélio avaliou que deixar de fazer o censo representa descumprir um trecho da Constituição:

“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional – artigo 21, inciso XV, da Constituição de 1988. Ameaçam, alfim, a própria força normativa da Lei Maior.”

O ministro afirmou assim que, nesse caso, cabe ao STF “impor a adoção de providências a viabilizarem a pesquisa demográfica”.

Ele também ressaltou que dados e estudos são necessários para que os governantes posam analisar a realidade do país e, com isso, formular e implementar políticas públicas.

“O censo, realizado historicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, permite mapear as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil. E, então, o Executivo e o Legislativo elaboram, no âmbito do ente federado, políticas públicas visando implementar direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?”, questionou Marco Aurélio.

Após a crise sobre o Censo, o economista Eduardo Rios Neto foi indicado pelo ministro Paulo Guedes para a presidência do IBGE. Rios Neto atuava como diretor de pesquisas do IBGE. Ele substitui Susana Guerra, que alegou motivos pessoais para deixar o comando do instituto.

O pedido de demissão de Suzana foi feito um dia depois de o Congresso ter reduzido a verba do Censo a R$ 71 milhões. Um corte de 96% das verbas para a realização do levantamento.

*Com informações de O Globo

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Insultos de Paulo Guedes à China podem deixar o Brasil sem vacinas e insumos

Embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, foi ao Twitter e lembrou que, “até o momento”, a China é o principal fornecedor de insumos e vacinas ao Brasil.

A agressão do ministro Paulo Guedes à China, que é o país que mais investe no Brasil, que mais compra produtos brasileiros e que mais fornece vacinas e insumos contra a Covid-19 ao País, não passou despercebida pelos canais diplomáticos chineses. Em tweet postado há poucos minutos, o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, mandou um claro recado ao Brasil. “Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e os insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil e são suficientes para cobrir 60% dos grupos prioritários na fase emergencial. A CoronaVac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil”, disse ele.

No tweet, nada é tão importante quanto a expressão “até o momento” – o que significa que Guedes já garantiu seu lugar cativo na CPI do Genocídio. Confira o tweet:

*Com informações do 247

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Guedes diz que vacina americana que Bolsonaro não comprou é mais eficiente que a chinesa

Guedes diz que “chinês inventou o vírus” e ainda tem coragem de afirmar que a vacina americana que Bolsonaro não comprou, é mais eficiente que a da China, o que também deve ser objeto de investigação da CPI e explicar de onde veio essa informação, pois do contrário, terá que responder criminalmente por essa acusação como injúria e difamação, somado ao fato de produzir conflitos com a China, que é a fornecedora dos insumos para a produção das duas únicas vacinas que o Brasil tem, tanto da CoronaVac pelo Butantan quanto da vacina de Oxford, Astrazeneca, produzida pela Fiocruz.

Detalhe, Guedes foi vacinado com a CoronaVac.

Mas o fato mais estarrecedor é ele contradizer Bolsonaro que não quis comprar a vacina e ainda disse, como mostra o vídeo abaixo, que o brasileiro que tomasse a vacina da Pfizer viraria jacaré.

Vídeo fora do ar

Após a reunião, o Ministério da Saúde retirou o vídeo da página do Facebook da pasta e não deverá ser disponibilizado novamente.

Após Guedes ficar incomodado com a transmissão e pedir ao ministro da Saúde e presidente do conselho, Marcelo Queiroga, que ele não o divulgasse, Queiroga esclareceu que a reunião estava sendo transmitida para que a sociedade pudesse fazer contribuições.

Questionado sobre a retirada do vídeo do ar, o ministério da Saúde justificou, por meio de mensagem: “Deu um problema técnico, a transmissão estava sendo feita por celular/4G, caiu e não conseguimos reconectar”.

É esse tipo de gente que está conduzindo milhares de brasileiros todos os dias para o cadafalso e, por esse motivo, essa mesma gente, inclui-se aí Bolsonaro, tem que sofrer um impeachment a partir da CPI do genocídio.

*Da redação

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Em nova derrota de Bolsonaro, TRF1 cassa liminar que impedia Renan Calheiros de ser o relator da CPI

O desembargador Francisco de Assis Betti decidiu que o tal juiz, que Carla Zambelli arranjou para impedir a relatoria de Renan Calheiros na CPI da Covid, não tem competência constitucional para isso e, por isso suspendeu a liminar na manhã desta terça (27) .

Renan Calheiros é o favorito para a indicação, que será feita pelo provável presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). Na última 4ª feira (21.abr), o senador alagoano se declarou impedido de julgar casos relacionados ao Estado de Alagoas, onde seu filho, Renan Filho (MDB), é governador.

“Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, disse Renan Calheiros, em sua conta no Twitter.

O suposto conflito de interesses foi um dos motivos para o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal de Brasília, atender pedido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e vetar a possibilidade de Renan ocupar o cargo de relator e de votar na CPI, em decisão publicada na noite de 2ª feira (26.abr).

Nesse sentido, Renan Calheiros pode assumir a relatoria da CPI que investiga o genocídio provocado pelo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19.

Renan Calheiros está totalmente livre de qualquer impedimento.

Nem começou a CPI e Bolsonaro já entra em campo derrotado, mostrando que ele pode aparelhar muita coisa nas instituições do Estado, mas não pode tudo.

*Da redação

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Assista ao vivo: Senado dá início à instalação da CPI do genocídio

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar as ações do governo e o uso de verbas federais na pandemia de covid-19 se reúne pela primeira vez nesta terça-feira (27), a partir das 10h. Com a instalação oficial, a CPI escolherá seu presidente, seu vice-presidente e seu relator.

A reunião teve início às 10hs no Plenário nº 3, na Ala Senador Alexandre Costa, e é semipresencial, com a possibilidade de participação dos membros da CPI em pessoa ou virtualmente. A eleição do presidente e do vice-presidente, que é secreta, será restrita aos que comparecerem no local.

https://youtu.be/pyTjnz751qE

*Da redação

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Centro Gamaleya de Moscou afirma que Anvisa jamais solicitou visita ao local de fabricação da vacina russa

“A agência reguladora do Brasil [Anvisa] não me solicitou [a visita] na qualidade de diretor do centro, isso posso dizer com certeza”, afirmou o diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg.

O diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, mostrou-se surpreso com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. Segundo Gintsburg, a Anvisa não solicitou nenhuma visita ao local de fabricação do imunizante contra a Covid-19.

“A agência reguladora do Brasil [Anvisa] não me solicitou [a visita] na qualidade de diretor do centro, isso posso dizer com certeza. O regulador argentino nos contatou e já os recebemos diversas vezes. Não negamos o acesso a ninguém, mas há determinadas regras, estas visitas são coordenadas com o Ministério da Saúde da Rússia”, afirmou Gintsburg.

Gintsburg disse acreditar que o motivo da agência decidir pela não autorização da vacina possa estar ligado às pressões políticas exercidas pelos Estados Unidos. “A decisão da Anvisa de adiar o registro da Sputnik V pode ser motivada politicamente. Isso é confirmado pelos dados do relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos de 2020, que fala abertamente dos esforços do departamento de pressionar as autoridades brasileiras e forçá-las a recusar a compra da vacina russa”, destacou.

O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) também ressaltou que os “comentários técnicos” da Anvisa sobre a Sputnik V “não correspondem com a realidade”.

Na segunda-feira (26), a Anvisa decidiu não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falhas na fabricação do imunizante.

*Informações do 247 com Sputnik

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Ou a CPI do genocida chega no impeachment de Bolsonaro ou não servirá para nada

O que começa a ser investigado hoje no Brasil pela CPI do Senado não é exatamente uma investigação, mas um replay de tudo o que o país assistiu de mais absurdo que um sujeito poderia cometer contra os brasileiros.

Não há sequer na história do Brasil um bandido, por mais cruel e facínora que pudesse ser, que tivesse cometido 1% de crimes documentados pela mídia, ao vivo e a cores, que não tenha custado a vida de centenas de milhares de brasileiros.

As declarações, os gestos, a ousadia, o desrespeito às leis, à saúde publica ou a qualquer norma de civilidade, foram escrachados por Bolsonaro. Uma mistura de esculhambação com anarquia delinquente e selvagem de um sujeito que criou suas próprias leis e regras, como é característico em líderes de milícias, esquadrões da morte e grupos de extermínio.

Quem diz que não há surpresa nos atos de Bolsonaro, mente. Ele superou e muito toda e qualquer a expectativa negativa que se tinha dele do ponto de visto da crueldade, da frieza, do desprezo pela vida alheia, por pura diversão, aquela diversão sarcástica de gente ruim.

O problema maior é que Bolsonaro não é um brasileiro qualquer, é o presidente da República que tem possibilidade de usar as instituições do Estado para fazer um estrago no povo brasileiro, e o fez sem só nem piedade.

A crueza de seus atos macabros foram listados por seu próprio governo que estão longe de se limitarem a 23, como sugere a lista de crimes distribuídas aos ministérios. Bolsonaro, praticamente, cometeu crime todos os dias em que esteve à frente da presidência, muitos deles com o auxílio luxuoso de Moro na pasta da Justiça e Segurança Pública, o mesmo que transformou Bolsonaro em presidente utilizando os métodos mais criminosos que poderia um juiz canalha.

Então, não há o menor sentido pensar em qualquer hipótese que não seja um desfecho trágico a quem produziu tanto sofrimento, tantas mortes que deixarão uma sequela na sociedade brasileira cem vezes maior, em termos de horror, do que a própria ditadura militar e a sua monstruosidade.

O número de vítimas e o deboche com a dor dos brasileiros é um escárnio que não se viu nem nos piores regimes da história da humanidade. Nenhum facínora de regimes totalitários foi capaz de tamanho proselitismo de suas políticas de extermínio diante dos canais de imprensa.

Bolsonaro, além de tudo, tem a doença do narciso, característica de um psicopata que deve ser imediatamente privado de qualquer tipo de contato com a sociedade.

Se pegar cena por cena de tudo o que ele fez para chegar a essa tragédia sanitária e com o prazer sádico, só se chega a uma conclusão, a CPI tem que agir rápido como uma operação de guerra, propor o impeachment de Bolsonaro para cassar seu mandato e que, em paralelo, um processo judicial corra na mesma velocidade para que ele saia do Palácio do Planalto algemado e preso, pois esse sujeito não é gente, que fará presidente da República.

Por tudo isso, não pode haver um vacilo na CPI que permita, sob qualquer hipótese, que esse monstro não sofra todas as sanções possíveis que a sociedade tem como instrumento de defesa para lidar com bandidos sanguinários da cepa de Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro usou dinheiro de combate à fome de indígenas e quilombolas para o projeto de Michelle

Em 26 de março, o prefeito de Aparecida, Luiz Carlos de Siqueira (Podemos), anunciou um “milagre”: a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estava na cidade do interior de São Paulo para a cerimônia de lançamento do Brasil Fraterno, projeto de distribuição de alimentos a pessoas em situação de insegurança alimentar. Na cerimônia, transmitida ao vivo pela tevê oficial, o prefeito, mais conhecido pelo apelido Periquito, saudou o ”coração misericordioso” do ministro da Cidadania, João Roma. Aparecida seria a primeira cidade beneficiada pela distribuição emergencial de alimentos do Brasil Fraterno. Nas semanas seguintes, mais de 2.300 municípios enviaram ao Ministério da Cidadania pedidos que ultrapassavam 8,7 milhões de cestas. Os prefeitos foram estimulados por uma portaria editada pelo ministro João Roma em 22 de março, às vésperas da cerimônia em Aparecida, que ampliava a distribuição de alimentos para localidades em situação de emergência e calamidade pública por causa da pandemia.

Um mês depois da cerimônia em Aparecida, o “milagre” da distribuição de cestas básicas ficou restrito ao município. Apesar do que o governo alardeou, o único dinheiro público de que o ministério dispunha para as cestas já estava destinado legalmente a indígenas, quilombolas, extrativistas e pescadores, conhecidos como povos e comunidades tradicionais. Eram eles os beneficiários da medida provisória 1.008, editada em outubro de 2020, quando o governo foi cobrado por decisões da Justiça a distribuir cestas básicas a essas populações. A MP destinou um crédito extraordinário de 228 milhões de reais à compra de alimentos para mais de 600 mil famílias desses povos e comunidades tradicionais. Uma fatia de 193 milhões de reais (84% do crédito total) foi transferida à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que, cinco meses depois, começou a distribuir quatro cestas básicas a um número menor de famílias (424 mil).

O governo queria usar a “sobra” de 35 milhões de reais da MP para beneficiar outros públicos do Brasil Fraterno. Queria, mas não pôde, por restrições legais: a MP destina o dinheiro especificamente aos povos tradicionais, e a portaria editada pelo ministro João Roma não poderia alterar o destino do dinheiro. “Créditos que tenham sido editados e não gastos ou gastos parcialmente não podem ser realocados livremente, o Tribunal de Contas da União já decidiu sobre isso”, comenta Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado.

O Brasil Fraterno, projeto pensado para ser uma das principais marcas do Ministério da Cidadania, contaria com dinheiro de “créditos extraordinários” e uma outra dotação também destinada originalmente a povos e comunidades tradicionais, de número 2792 – foi ela que pagou as cestas de Aparecida.

O lançamento do programa teve a marca do improviso. Vencedora de um leilão promovido pelo Ministério da Cidadania em fevereiro, a empresa A Popular, de Contagem (MG), foi chamada a entregar às pressas 2.546 cestas básicas em Aparecida. “Foi um pedido em caráter de urgência, carregamos uma carreta e um caminhão à noite”, contou à piauí o dono da empresa, Gilberto Teixeira Bueno, sobre a entrega. Cinco dias depois da cerimônia, o ministério contratou da mesma empresa mais 35 milhões de reais em cestas básicas, com o saldo remanescente da medida provisória 1.008.

Questionado pela piauí, o Ministério Público Federal reiterou que os gastos extraordinários autorizados pela medida provisória 1.008 se destinam exclusivamente à compra e distribuição de alimentos a povos e comunidades tradicionais, “sob pena de não atendimento das ações judiciais, com o consequente pagamento de multas diárias pela União”. A Sexta Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, que trata de temas indígenas e povos tradicionais, acompanha o destino do dinheiro. Os valores pagos até aqui revelam o ritmo lento da chegada das cestas às populações tradicionais.

Pesquisa divulgada no início de abril mostra que 19 milhões de brasileiros passaram a conviver com a fome no final de 2020. Isso representa 9% da população do país. Intitulado “Inquérito nacional sobre insegurança alimentar no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil”, o estudo identificou na área rural o maior número de brasileiros em situação mais grave de insegurança alimentar. Contando também as cidades, a conclusão é de que mais de metade dos domicílios brasileiros (55%) já sofria com a falta de alimentos suficientes, num período em que ainda era pago o auxílio emergencial de 600 a 1.200 reais mensais.

O tamanho da amostra da pesquisa não permitiu detalhar a situação de populações indígenas e quilombolas, mais isoladas, que já registravam vulnerabilidade maior em pesquisas anteriores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ana Segall, coordenadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (RBPSSAN), responsável pelo levantamento recente, notou a rapidez do retrocesso na segurança alimentar, causado não apenas pela pandemia, mas pelo desmonte de políticas públicas na área social. O Brasil havia deixado, em 2014, o mapa da fome das Nações Unidas.

A fome não é exclusividade de indígenas, mas são eles os mais vulneráveis à pandemia. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) registrou até 26 de abril a morte de 1.048 indígenas em decorrência da Covid-19 entre quase 53 mil contaminados. Artigo publicado neste mês pela revista científica Frontiers in Psychiatry identificou entre indígenas uma incidência 136% maior da doença e uma taxa de mortalidade 110% maior em relação à média nacional. O artigo chama a atenção para a subnotificação de casos pelo Ministério da Saúde.

“Voltamos uns quinze anos no tempo”, calcula Cassimiro Tapeba, coordenador da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), que reúne cerca de setenta povos indígenas. “Tem gente passando fome mesmo”, disse. As cestas distribuídas recentemente pelo governo ao povo Pankararu, em Pernambuco, não foram suficientes para todas as famílias que precisavam, conta Alexandre Pankararu, que também integra a Apoinme.

A Conab fará no final deste mês o primeiro balanço da distribuição de cestas básicas a povos e comunidades tradicionais, cujos gastos foram autorizados em outubro passado pela MP. O Tesouro Nacional registra o pagamento, até o momento, do equivalente a apenas 0,2% do valor total de 193 milhões repassado à empresa. Sem calendário previamente definido, a Conab informou que entregará cestas de alimentos a 424.167 famílias indígenas, quilombolas, extrativistas e de pescadores.

O número de famílias de povos e comunidades tradicionais que receberão cestas da Conab é 31% menor que o total estimado em exposição de motivos assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de 612.234 famílias. O documento acompanhou o pedido de autorização extra de gastos de 228 milhões de reais em outubro. Os gastos são pagos com a emissão de títulos da dívida pública.

Um mês depois de seu lançamento, o Brasil Fraterno perdeu fôlego. Sem verba para atender aos pedidos de prefeituras por cestas básicas, o ministério usou a marca do Brasil Fraterno para distribuir as que fora obrigado a comprar antes mesmo do lançamento do projeto. Foi o que aconteceu na sexta-feira, 23, quando o ministro João Roma participou de uma entrega simbólica de alimentos em Manaus, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. “Esses mantimentos essenciais se somam a uma série de iniciativas que mostram que o governo federal não foi omisso durante o período de pandemia”, discursou.

Vencedora do leilão de 150 milhões de reais para a compra de cestas básicas pelo Ministério da Cidadania, a empresa A Popular só fechou contratos para a entrega de Aparecida e a compra de 35 milhões de reais de cestas básicas destinadas a povos e comunidades tradicionais. Desse montante, a empresa enviou para cinco cidades do Amazonas e para Belém, no Pará, mais 35 mil cestas básicas, que se somaram às cestas compradas pela Conab nos eventos da sexta-feira, 23, a primeira a usar a marca do Brasil Fraterno depois de Aparecida.

Novos contratos com base nesse leilão contavam com emendas parlamentares de 80 milhões de reais para a ação também destinada a povos tradicionais. Mas o veto de Bolsonaro secou essa fonte.

“Eu tenho fé de que, dessa forma, conseguiremos combater os efeitos da pandemia”, discursou Michelle Bolsonaro durante a cerimônia de lançamento do Brasil Fraterno, referindo-se à rede de solidariedade que pretendia mobilizar para a distribuição de alimentos, financiada em parte com dinheiro público. Na internet, a página do programa Pátria Voluntária, comandado por Michelle, não mostra interessados em aderir às campanhas pontuais de doação de cestas básicas realizadas pelo projeto durante a pandemia. O Ministério da Cidadania conta com doações de entidades do Sistema S e empresariais para levar adiante a iniciativa.

O ministério foi procurado desde o início de abril para tratar da compra de cestas básicas. Inicialmente explicou que o ministro editara uma portaria para ampliar o público alvo da distribuição de alimentos, e que Aparecida seria o primeiro município a se beneficiar. Na ocasião mencionou o “saldo remanescente” da medida provisória 1.008 – que depois afirmou que só poderia ser usado na compra de cestas básicas para povos tradicionais. Na última sexta-feira, informou que o Brasil Fraterno passou a denominar toda e qualquer distribuição de alimentos, inclusive a indígenas e quilombolas.

*Com informações da Piauí

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Qual o significado do silêncio da mídia sobre o ‘cara da casa de vidro’?

Qual o motivo da privação voluntária da mídia de falar qualquer palavra sobre o cara da casa de vidro? Uma matéria publicada pelo Intercept, e replicada na íntegra aqui, que ganhou as redes sociais e ficou entre os Trending Topics no twitter.

Não é um silêncio qualquer, mas de uma mesma tropa como se fosse uma ordem unida onde todos ficam perfilados fazendo continência para um só comando. Pode-se ter uma opinião aqui, ali ou acolá nos jornalões, como é o caso da matéria corajosa de Celso Rocha de Barros, na Folha “Quantos dos aliados de Bolsonaro nas polícias são gente como Adriano da Nóbrega?” replicada aqui.

Mas a própria Folha faz questão de esconder esse fundamental artigo.

O interessante é perceber que o baronato midiático não aprendeu nada com a desmoralização pública de Moro depois de ter sido elevado a Deus supremo pelo mesmo baronato, e o mesmo tentar represar e até reprimir a série Vaza Jato do Intercept que acabou se impondo diante da opinião pública pela própria crueza dos fatos revelados e que foi, sem dúvida, quem definiu a queda em desgraça de Moro e, consequentemente, trouxe à luz a prova da inocência de Lula.

Pode-se até dizer que a mídia industrial não quer colocar azeitona na empada da mídia alternativa, sobretudo a mídia progressista, que busca com autonomia uma informação exclusiva, na grande maioria dos casos, ou pelo menos busca narrar determinados fatos que são notícia na grande mídia, mas com o foco em outros ângulos.

O fato é que, mais uma vez, um escândalo de proporções gigantescas é revelado por um belíssimo trabalho investigativo do Intercept, e a grande mídia se fecha em copas tapando os olhos e os ouvidos, mesmo que esse escândalo envolva o presidente da República, culpado pelo genocídio de 400 mil brasileiros.

É difícil entender que tipo de profissional aceita sequer comentar certos assuntos em suas redes sociais que, teoricamente, são privadas e deveriam ter autonomia para comentar sobre temas que as redações privam a sociedade de saber por seus canais.

Na verdade, a mídia não tem somente um pensamento filosófico com os pés fincados no século XIX, quando só decide achar o que é notícia aquilo que interessa à oligarquia ou o que esta não tem como cercear.

Nesta terça-feira começa a CPI do genocida e mesmo esse assunto parece ter perdido voltagem nas manchetes dos periódicos. Isso pode significar muita coisa, principalmente que Bolsonaro pode ser um genocida, mas, em última análise, sopra a brasa para a sardinha dos tubarões da agiotagem nativa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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