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STF dá início aos depoimentos dos envolvidos na trama golpista de Bolsonaro; veja detalhes

Na próxima segunda-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia uma série de depoimentos sobre a tentativa de golpe de Estado de Jair Bolsonaro e seus aliados. O processo envolve oitivas de 81 testemunhas, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos oito réus que formariam o núcleo principal da articulação.

Entre os convocados estão figuras-chave das Forças Armadas e do cenário político, como o senador Hamilton Mourão (Republicanos), o governador de SP Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica.

Também participará o atual comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen. Estima-se que um terço das testemunhas tenha ligação direta com os militares.

As audiências, que serão conduzidas por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, devem seguir até o início de junho. Nessa etapa, os depoentes responderão a perguntas da Justiça, do Ministério Público e dos advogados dos réus. A PGR listou os primeiros a serem ouvidos, incluindo os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Almeida Baptista Junior.

Esses dois militares relataram à Polícia Federal que Bolsonaro lhes mostrou um esboço de decreto para anular o resultado das eleições, o que impulsionou a investigação. De acordo com o DCM, também consta da lista inicial o governador Ibaneis Rocha, cuja oitiva foi retirada pela própria PGR, mas ele ainda pode ser chamado pela defesa do ex-ministro Anderson Torres.

Outros nomes que prestarão esclarecimentos incluem Éder Balbino, conhecido como “gênio de Uberlândia”, e testemunhas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid, que firmou delação premiada, citou militares do Exército, como o general Júlio Cesar de Arruda, demitido após não aceitar mudanças sugeridas por Bolsonaro.

As defesas também apresentaram suas listas. Anderson Torres indicou 38 testemunhas, sendo que apenas uma foi recusada pelo STF. O general Freire Gomes é o mais citado pelos réus. Mourão, por sua vez, foi listado por quatro acusados, incluindo Bolsonaro.

 

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Vídeo: Zambelli, condenada a 10 anos de prisão já debochou de Lula preso

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem se vitimizado e afirmado que “não sobreviveria na prisão”, já debochou do presidente Lula (PT) quando ele esteve preso.

Internautas resgataram vídeo em que Carla Zambelli tira sarro de Lula durante sua prisão. “Eu venho aqui pedir para a Polícia Federal, para o Ministério Público, para o judiciário: ajudem o Lula, está chegando o Natal, deixa o Lula passar o Natal com a família dele, os filhos… bota eles na cadeia junto”, dispara, entre risos, Carla Zambelli.

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Lobista da poderosa indústria das armas Bolsonaro abasteceu as maiores facções criminosas de armas dos mais grossos calibres.

A relação entre o aumento de clubes de tiro durante o governo Bolsonaro e o fornecimento de armas para o crime organizado tem sido alvo de investigações recentes, como as operações da Polícia Civil na Muzema e em outras regiões do Brasil.

Durante o governo Bolsonaro (2019-2022), decretos que facilitaram o acesso à armas e munições, como o Decreto nº 9.847/2019, levaram a um crescimento expressivo de clubes de tiro e registros de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). Segundo dados, o número de clubes de tiro no Brasil aumentou cerca de 1.400%, chegando a mais de 2.000 em 2022.

Operações, como a realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em maio de 2025, apontaram que um dono de clube de tiro no interior de São Paulo era um dos principais fornecedores de armamento para a facção Comando Vermelho (CV), incluindo na Muzema, uma área dominada por milícias e alvo de disputas com o tráfico.

As investigações indicam que parte das armas adquiridas legalmente por CACs e clubes de tiro foi desviada para o mercado ilegal, abastecendo facções criminosas.

Em outra ação, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) miraram redes de fornecimento de armas e drogas para facções, com investigações iniciadas há dois anos.

Por outro lado, os defensores das políticas de Bolsonaro argumentam que o aumento de clubes de tiro atendeu a uma demanda legítima de apostas esportivas e que a responsabilidade pelo desvio de armas recai sobre falhas na fiscalização, e não sobre os decretos em si.

Recentemente, o Exército transferiu o controle de fiscalização de armas para a Polícia Federal, com R$ 20 milhões alocados para essa transição, liberando limitações no rastreamento.

As operações mostram conexões entre clubes de tiro e o tráfico, mas a extensão desse problema, que é muito maior ainda, está sob investigação e, certamente vai assombrar a população com essa jogada de Bolsonaro para ganhar uma milionária comissão da indústria das armas. Bolsonaro só acende vela em troca de milagres.

A falta de regulamentação rigorosa e a facilidade de acesso a grandes quantidades de munição por CACs, como as praticadas por ordem de Bolsonaro, são apontadas como brechas exploradas pelo crime.

No entanto, há escancaradas evidências de que muitos clubes de tiro estejam envolvidos nessa trama macabra. As investigações contibuam para mapear a rede de desvios e responsabilizar os envolvidos.

A conferir

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Sob gestão de Tarcísio, cresce o número de homicídios e feminicídios são recorde

A cidade de São Paulo registrou 132 homicídios intencionais no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), órgão sob o comando de Guilherme Derrite (PL-SP), revelam ainda um recorde histórico nos casos de feminicídio, com 17 mulheres assassinadas por motivação de gênero, sendo o maior número desde a criação da lei em 2015.

A região mais violenta da capital foi a Zona Leste, com 44 homicídios, seguida pela Zona Sul (40), Norte (25), Centro (18) e Oeste (5). O perfil das vítimas mostra predominância do sexo masculino (78%), pessoas pardas (49%) e idade mediana de 37 anos.

Entre as histórias que compõem essas estatísticas está a de Ana Carolina Pereira de Santana, de 18 anos, morta com 13 facadas pelo ex-namorado em fevereiro, após decidir terminar o relacionamento. A jovem, que havia sido aprovada em pedagogia e sonhava ser professora, está enterrada no Cemitério da Saudade, em São Miguel Paulista.

“É muito difícil porque a gente lutou muito para a minha filha chegar onde chegou, sabe? Para alguém vir e, sem mais nem menos, fazer isso com ela. Quando ela ia começar a vida”, desabafou Natalie Pereira da Cunha, mãe da vítima, em entrevista à Folha de S.Paulo.

Feminicídios em alta

Os 17 casos de feminicídio representam aumento de 21% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Elaine Domenes de Castro, 53 anos, assassinada a tiros pelo ex-namorado Rogério Benedito Gonçalves, 56, no Campos Elíseos. O agressor, que já tinha condenação por homicídio em 2005 e medida protetiva desde 2024, confessou o crime.

Leonardo Carvalho, pesquisador sênior do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que o aumento no acesso a armas de fogo influencia os números: “Uma parte dessas armas, que são compradas legalmente, em algum momento vai para o mercado ilegal. Então, uma primeira hipótese é que maior aumento de armas, passando ali na fronteira da ilegalidade, acabando caindo nas mãos dos criminosos”.

Os dados mostram que:
– 36% dos homicídios foram cometidos com arma de fogo
– 33 casos apresentam indícios de execução
– 12% envolveram outros métodos como facas e objetos contundentes

Entre as vítimas está Igor Donizete Abrile, 17 anos, morto a tiros por dois homens em moto no Parque Santo Antônio. “Meu filho morreu por engano”, disse Ana Paula Abrile, mãe do adolescente.

Outro caso emblemático foi o linchamento de Deivid Willian da Silva, 36, acusado de roubar um celular na região do Mercado Municipal. Segundo o DCM, A vítima foi esfaqueada por populares e encontrada com uma arma de brinquedo.

Questionada sobre os números, a SSP afirmou que “acompanha de perto as variações dos indicadores criminais e mantém investimentos contínuos em tecnologia e inteligência para reduzi-los em São Paulo”. Sobre os feminicídios, destacou o programa “SP Por Todas” e a rede de 141 Delegacias de Defesa da Mulher.

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Dia Internacional contra a Homofobia: preconceito segrega o amor

O Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia é marcado para 17 de maio, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) removeu a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID) em 1990. Para refletir sobre a homofobia.

O Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia é marcado para 17 de maio, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) removeu a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID) em 1990. Para refletir sobre a homofobia.

Espero poder namorar minha namorada

Minha namorada me pediu para buscar o telefone dela numa loja de eletrônicos, a tela do aparelho tinha quebrado. Fui sem reclamar, claro.

Ao entrar na loja me deparei com a ansiedade: se eu disser que vim pegar o aparelho da minha namorada vou lidar com algum problema?

— Olá, tudo bem? Vim buscar o telefone da minha amiga, estou com o comprovante aqui. — Pelo medo, optei por chamá-la de amiga.

O atendimento seguiu sem problemas. Feito o pagamento, caminhei até a casa dela.

Pela primeira vez desde que conheci minha namorada, o porteiro diz:

— Pode subir, sua amiga já está em casa e acho que não vou mais avisar que você chegou porque você vem sempre! — Sorri e agradeci a gentileza.

Para todos que não nos conhecem, nós somos amigas. Porque comigo vive o medo da homofobia

Para todos que não nos conhecem, nós somos amigas. Porque comigo vive o medo da homofobia. Andar de mãos dadas ou dar um simples beijo em público pode colocar a minha vida e, pior ainda, a vida do meu amor em risco.

O que me alivia são as pequenas mudanças vistas recentemente. Em 2023, o casamento entre pessoas do mesmo gênero bateu 11.198 registros, dos quais deles 7 mil foram apenas entre mulheres.

Esses dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) me dão esperança de um dia, nossas famílias, amigos, desconhecidos, o mundo inteiro conhecer o nosso amor.

Quando você descobre ser uma pessoa LGBTQAIPN+ percebe que há um grande debate sobre a autoaceitação e o quanto esse processo é difícil. De fato é uma caminhada longa, mas a minha experiência mostrou outro conflito ainda maior: a dor de ter medo de amar.

Nenhuma das duas famílias sabem. Precisamos viver discretamente para evitar que eles vejam nossas trocas de carinhos que podem causar homofobia.

Esses pensamentos percorrem minha mente no elevador até o vigésimo andar. Quando ela abre a porta, começo a chorar. Tenho medo de continuar namorando o amor da minha vida sem namorar de fato, porque o mundo não quer ver.

Homofobia, bifobia, transfobia e LGBTfobia é crime?
A maioria do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor do enquadramento da homofobia e da transfobia como tipo penal definido na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989) até que o Congresso Nacional edite uma lei específica sobre o assunto.

Os ministros Celso de Mello, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes deram votos positivos.

Já os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli votaram contra a proposta por entenderem que a conduta só pode ser punida mediante lei aprovada pelo Legislativo. O ministro Marco Aurélio não reconhecia a mora.

Na prática isso estabeleceu que:

➡️ Homofobia será crime enquadrado na Lei 7.716/2018 até que o Congresso Nacional aprove uma lei específica para o caso.

➡️ A nova regra não restringe a liberdade religiosa, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio.

➡️ A tese estabelece que o conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança a negação da dignidade e da humanidade de grupos vulneráveis.

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*TVTNews

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Por que a Cedro do Líbano Comercio de Madeira e Material de Construção, cobria de bênçãos o Cartão de Crédito da Pura Michelle?

Uma investigação sobre a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais de Construção, que teria pago faturas de cartão de crédito de Michelle Bolsonaro, aponta para movimentações financeiras suspeitas bloqueadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Segundo relatórios, entre 2020 e 2023, a empresa movimentou cerca de R$ 32 milhões (R$ 16,6 milhões em entradas e R$ 16,6 milhões em saídas), valores considerados incompatíveis com sua capacidade financeira, em lavagem de dinheiro e desvios.

A conexão com Michelle Bolsonaro envolve transferências feitas por Cedro do Líbano para Luís Marcos dos Reis, um militar ligado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Essas transferências, segundo a Polícia Federal, foram usadas para pagar despesas pessoais de Michelle, incluindo faturas de cartão de crédito.

Especificamente, os pagamentos estariam relacionados a um cartão emitido por Rosimary Cardoso Cordeiro, que seria usado por Michelle, além de transferências para uma tia dela.

Esses recursos, oriundos de contratos da Cedro com a Codevasf e outros órgãos públicos, estariam sendo usados ​​para beneficiar a ex-primeira-dama de forma irregular, como parte de um esquema de corrupção ou favorecimento.

Não há detalhes conclusivos sobre o motivo exato ou a finalidade desses pagamentos diretos, já que as investigações ainda estão em andamento.

A Polícia Federal e o Ministério Público apuraram se os valores foram usados ​​para encobrir desvios de recursos públicos ou para outros fins ilícitos.

A Cedro do Líbano, por sua vez, é uma empresa com contratos governamentais no período de Bolsonaro, o que reforça a suspeita de que os recursos podem ter origem em milionárias verbas públicas desviadas.

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E Se Zambelli contar o que sabe numa delação premiada?

Não há informações recentes e ou confiáveis ​​de que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) tenha feito ou esteja negociando uma delação premiada.

As notícias atuais, de maio de 2025, tratam da sua unânime condenação no STF a 10 anos de prisão, perda do mandato e pagamento de R$ 2 milhões em indenização, junto com o hacker Walter Delgatti, por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ainda não há menção a uma delação premiada nesse contexto. Mas os ventos podem mudar ao sabor de seus interesses.

Se, hipoteticamente, Zambelli optasse por uma delação premiada, quem poderia ficar preocupado dependeria do conteúdo das informações que ela possa oferecer.

Com base no caso, os seguintes pontos são relevantes, principalmente de figuras políticas próximas:

Zambelli é uma aliada histórica de Jair Bolsonaro e setores do bolsonarismo.

Caso uma delação envolva informações sobre outros políticos ou líderes do PL, como o próprio Bolsonaro, deputados ou senadores alinhados, esses poderiam ser diretamente implicados.

Em 2023, Delgatti, em depoimento à Polícia Federal, afirmou que Zambelli pagou R$ 40 mil pela invasão ao sistema do Judiciário, o que sugere que ela poderia ter informações sobre financiadores ou outros envolvidos.

Se Zambelli revelou detalhes sobre quem financiou ou incentivou ações como a invasão do CNJ, pessoas ou grupos que apoiaram logisticamente ou financeiramente poderiam ser alvos de investigação.

Outros investigados em casos correlatos

O caso de Zambelli está ligado a Walter Delgatti, que já apresenta em depoimentos possíveis conexões com outras figuras políticas.

Uma delação dela poderia ampliar o escopo de investigações, atingindo redes de apoio ou outros esquemas semelhantes.

Vale notar que, em 2023, houve especulações sobre Delgatti negociando uma delação premiada que poderia comprometer Zambelli e até Bolsonaro, mas não há evidências de que isso tenha avançado para envolver Zambelli diretamente como delatora.

Além disso, as postagens nas redes sociais, mencionam as reportagens sobre Zambelli com base em uma delação de Delgatti.

Se Zambelli, para livrar a sua cara, fizer uma delação, aliados políticos próximos, como membros do PL ou do círculo bolsonarista, além de possíveis financiadores ou colaboradores em ações ilícitas, serão os mais expostos.

No entanto, tudo dependeria da qualidade e do alcance das informações que ela pudesse oferecer. Bala na agulha contra o clã ela tem de sobra.

A questão é disposição e decisão de Zambelli para tal empreitada.
Seria uma nova bomba tipo Mauro Cid contra Bolsonaro e os seus.

Saber, com certeza, ela sabe demais.

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O Brasil descobre que a direita golpista é composta por gente doente; depois de Bolsonaro, Zambelli é a nova paciente

Carla Zambelli, que trabalhou duro pelo golpe do dia 8 de Janeiro, mas foi condenada, até então, por outros crimes, segundo a mesma, já arrumou, sabe-se lá como, um porrilhão de atestados de saúde avalizando essa tramoia “médica” a lá Bolsonaro.

A ilustre deputada, Carla Zambelli (PL-SP), em sua defesa, enumerou diversos problemas de saúde.

Ela apresentou como argumento, condições de saúde precárias, afirmando, assim como Bolsonaro, que seus médicos atestam que ela “não sobreviveria à cadeia”.

O problema é que essas declarações vieram à tona só após sua condenação a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, além de outra pena de 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

A deputada Carla Zambelli, no entanto, não apresentou detalhes públicos específicos ou documentos médico,s amplamente divulgados, que confirmem sua alegação, já que informações de saúde são protegidas por sigilo.

A estratégia de citar problemas de saúde é comum em casos judiciais para pleitear medidas alternativas, como prisão domiciliar, mas depende de avaliação judicial e pericial isônoma.

Detalhe: ao contrário de Bolsonaro, Carla Zambelli recebe apoio tímido de ex-aliados bolsonaristas após condenação pelo STF.

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Mauro Cid diz em mensagens que prefere Lula a Michelle Bolsonaro para a Presidência em 2026

Apesar da relação direta e de confiança com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, mantinha uma convivência marcada por tensões e desconfiança com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mensagens extraídas do celular de Cid, obtidas pelo portal UOL, revelam detalhes inéditos desse conflito, incluindo críticas à imagem pública de Michelle e a declaração explícita de que ele preferia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma eventual candidatura dela.

O celular de Mauro Cid reúne mais de 20 mil arquivos e 158 mil mensagens de WhatsApp. Parte do conteúdo já havia sido divulgada após investigações da Polícia Federal, mas os novos trechos revelam bastidores sensíveis do núcleo bolsonarista e evidenciam divisões internas no círculo mais próximo da família presidencial.

Suspeitas e trocas de ironias
Uma das trocas mais significativas ocorreu em 28 de dezembro de 2022, dois dias antes de Bolsonaro embarcar para os Estados Unidos. Na conversa, Michelle envia uma mensagem a Cid insinuando que ele teria vazado informações sobre ela para a imprensa: “Agiu rápido né”. O tenente-coronel não respondeu.

A tensão entre os dois reaparece em trocas com o coronel Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro. Em 11 de janeiro de 2023, já nos EUA, Câmara comenta com ironia que precisou acompanhar a ex-primeira-dama, referindo-se a ela como a “amiga” de Cid, provocando risos do colega.

“Prefiro o Lula”, afirma Cid
As críticas mais contundentes surgem em diálogos com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro. Em 27 de janeiro de 2023, Wajngarten envia a Cid uma reportagem sobre a possibilidade de Michelle ser lançada candidata à Presidência pelo PL, caso Bolsonaro fosse declarado inelegível — o que se confirmou meses depois. A resposta de Cid foi direta: “Prefiro o Lula”.

Wajngarten justificou, em nota ao UOL, que as conversas se limitavam à análise de notícias veiculadas pela imprensa. “Jamais se imaginou a ex-primeira-dama como candidata”, afirmou.

“Ela vai ser destruída”
Em outro momento, Wajngarten encaminha a Cid mensagens com críticas ao salário que o PL estaria destinando a Michelle Bolsonaro. Em resposta, o tenente-coronel envia um áudio avaliando que uma eventual entrada da ex-primeira-dama na política poderia ser arriscada:

— Cara, se dona Michelle tentar entrar pra política, num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela. E Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] fala demais também, aquele negócio dos documentos, dos papéis, tá todo enrolado agora.

Dias depois, Wajngarten volta a compartilhar uma notícia sobre uma possível candidatura de Michelle, desta vez ao Senado. Ele relata que questionou diretamente Bolsonaro sobre o tema e o alertou para as consequências de vazamentos que pudessem gerar repercussões negativas à imagem de Michelle.

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Governo Lula fecha acordo para dar casas a famílias da favela do Moinho

O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou em coletiva no dia 15 que o governo Lula e o governo paulista firmaram um acordo para a oferta de unidades habitacionais às 820 famílias da favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo. A área da favela, pertencente à União, será convertida em um parque, mas o processo de cessão do terreno foi suspenso após episódios de expulsão de moradores e violência policial.

Com a intervenção do governo federal, foi elaborado um plano para a realocação das famílias, garantindo moradia e evitando desamparo durante a transição.Serão disponibilizados R$ 250 mil para a compra de novas moradias, sendo R$ 180 mil provenientes do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e R$ 70 mil do programa Casa Paulista, do governo estadual.

Durante a transição, as famílias receberão um auxílio aluguel de R$ 1.200 e terão acesso a um aluguel compatível. O ministro destacou que todas as famílias com renda de até R$ 4.700 mensais serão atendidas, seguindo as mesmas diretrizes do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada.Jader Filho enfatizou que o foco está no cuidado com as famílias, garantindo uma transição segura e consciente, com atenção especial a crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

A cessão do terreno havia sido paralisada pela União devido à repercussão midiática sobre abusos e uso exagerado da força por parte da polícia durante a remoção das famílias, levando o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos a suspender o processo em razão da violência aplicada. O anúncio marca um passo importante na solução da questão habitacional da favela do Moinho, promovendo um novo começo para as famílias afetadas, com o compromisso do governo de assegurar a dignidade e a segurança de todos os envolvidos no processo.

Na manhã de quinta-feira, a demolição de casas foi suspensa com a chegada de uma comitiva do governo federal, que incluiu representantes da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e da Polícia Militar, que se retiraram do local.

O grupo federal abrange membros de quatro ministérios: Justiça, Direitos Humanos, Gestão e Secretaria-Geral da Presidência.O objetivo da visita é coletar relatos dos moradores sobre as remoções forçadas que ocorreram recentemente, caracterizadas pelo uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

O processo de remoção, conduzido pelo governo de São Paulo, foi considerado coercitivo, sem a devida transparência sobre alternativas de reassentamento e sem garantir apoio financeiro para mudança ou aluguel.

Mais de 200 famílias já deixaram a favela do Moinho, e as poucas unidades habitacionais oferecidas pela CDHU, autorizadas a serem financiadas, estão majoritariamente fora da região central. Os R$ 800 mensais oferecidos pelo governo de Tarcísio de Freitas são considerados insuficientes para muitas famílias conseguem alugar um espaço que acomode todos os membros.Com um novo acordo liderado pelo governo federal, os moradores que já saíram e assinaram contratos com a CDHU terão direito a um imóvel gratuito, .segundo o Vermelho

Inicialmente, esses contratos previam que os moradores pagassem uma parte do valor do imóvel, proporcional à renda familiar, com um subsídio estadual que poderia atingir 70% de um valor máximo de R$ 250 mil. Agora, os imóveis escolhidos por esses moradores deverão ser quitados por meio do acordo relacionado aos programas Minha Casa, Minha Vida e Casa Paulista.