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Lula: “Está acontecendo um milagre no Brasil”, apesar do tarifaço de Trump e juros altos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Presidente participou nesta terça-feira (8) do Encontro Internacional da Indústria de Construção (Enic).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (8) que o Brasil vive um “milagre”, mesmo diante de juros altos e do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para o chefe do Executivo, o “milagre” não se deve à macroeconomia, e sim à microeconomia.

“Eu tenho a consciência de que o dinheiro tem que circular na mão de todos”, disse.

Em discurso na abertura do Encontro Internacional da Indústria de Construção (Enic), em São Paulo, o presidente defendeu o projeto de lei que propõe a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Para Lula, a proposta será aprovada.

“É nada, R$ 5 mil é nada”, disse Lula. “Quem tem que pagar a compensação são as 141 mil pessoas que ganham mais de R$ 1 milhão por ano. E é pagar uma ‘merreca’, não chega a 10%, e as pessoas não querem pagar”.

 

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Apoie o Antropofagista. Manter um blog sob as unhas das big-techs, não é fácil

A chamada “monetização” não tem graça.

Trata-se de uma gorjeta digital pela qual a vitória depende de tantos fatores e estratégias de marketing, que sai o triplo do preço da mixaria que se arrecada com a charada virtual que, na verdade, é uma nova forma de exploração.

O silêncio sobre isso berra!

Até porque é difícil explicar essa forma de monetização. Quem acredita na seriedade de uma big-tech, não tem a mínima noção do que os ricaços do mundo virtual são capazes.

A sobrevivência do Blog Antropofagista, hoje, depende praticamente das contribuições dos leitores.

Por essa razão, pedimos aos que podem, que Apoiem o Blog Antropofagista.

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Na Paulista, Bolsonaro fez seu discurso de despedida

Uma tarde melancólica. Um coreto árido cheio de figuras sombrias e vampíricas esperando o moribundo cair para chupar seu sangue.

]Só faltou o trompete do petista executando a Marcha Fúnebre.

Fim de linha, fim de papo, fim de tudo, inclusive do clã Boslonaro.
Um a um, todos terão o mesmo destino. A cadeia.

Do 01 ao 04, não ficará nada de pé.

Será o desmoronamento da terra plana.

A erosão atingirá tudo e todos que se juntaram de alguma forma com essa figura demoníaca, corrupta, covarde e perversa.

Sem poder, Bolonaro virou um zumbi.

Muita coisa ainda será descoberta quando for para a cadeia.

Quem foi à Paulista no último domingo, vivenciou o derradeiro suspiro da besta.

Não resta mais nada de Bolsonaro.

Aquele pensamento uniformizador do bolsonarismo, também será enjaulado.

A queda cada vez maior de público, em suas manifestações, é o sinal mais claro do esgotamento da pantomima fascista.

Bolsonaro não tem como escapar dessa realidade. Não resta mais nada. Tudo virou pó

Não tem como edificar novas estruturas. A fragilidade emocional de Bolsonaro ficou evidente e contagiante.

Não lhe resta nem mais força de vontade de tentar construir novos alicerces.

Para ele, seguir em frente, é seguir para a cadeia e, de lá, nunca mais sair.

O chão de Bolsonaro se abriu para o abraçar.

Foi rei de um castelo de cartas que se desmanchou na tempestade de acusações dos mais intensos e variados crimes.

Sua vida real agora será vista de dentro de uma sela, sem qualquer projeto de futuro.

Bolsonaro foi pego por um desmoronamento sem ter como escapar da vida real.

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Oposição recua da obstrução e expõe fragilidade da pauta da anistia

Nesta segunda-feira (8), a oposição anunciou a suspensão da obstrução total das comissões e do plenário, conforme nota oficial assinada pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da bancada. O ato é considerado um “gesto político” para facilitar a aprovação do regime de urgência do Projeto de Lei da Anistia, classificado como “urgente e essencial” para garantir segurança jurídica e o respeito às liberdades individuais e à democracia. A oposição reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos dos cidadãos e do Estado Democrático de Direito.

A decisão aparentemente busca amenizar o desgaste com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem enfrentado pressão de apoiadores de Jair Bolsonaro para pautar a urgência da anistia. Motta, por outro lado, optou por uma postura discreta, sem se comprometer com a proposta. Apesar disso, tornou-se alvo de críticas de grupos bolsonaristas, levantando preocupações sobre seu possível isolamento.

Entre os parlamentares, a suspensão da obstrução é vista como uma tentativa de evitar que o impasse com Motta se transformasse em uma crise política. Contudo, o gesto pode ter chegado tarde, uma vez que durante o período de obstrução, o governo não encontrou dificuldades para aprovar matérias e a ação da oposição revelou-se meramente simbólica.

No que diz respeito à proposta de anistia, parlamentares do PL reconhecem que ela carece de força para avançar, sendo que seu valor político atual se relaciona mais com mobilização digital da base bolsonarista do que com uma expectativa real de aprovação. Um deputado oposicionista teria mencionado que a pauta está mais voltada para gerar “likes e engajamento” do que por uma convicção de que realmente irá passar. Em suma, a situação política continua complexa, com movimentações táticas da oposição em meio a pressões externas e internas.

A percepção de aliados de Hugo Motta sugere que a proposta de anistia, atualmente, é mais uma ferramenta de agitação política do que um projeto legislativo viável. Oposição reconhece que a insistência do bolsonarismo nesse tópico pode estar prejudicando sua influência no Congresso.

Há preocupações de que a deterioração das relações com a presidência da Câmara não apenas comprometa a anistia, mas também futuras propostas, já que Motta é o responsável pela definição da pauta. Assim, os conflitos públicos podem limitar ainda mais o espaço da oposição no processo legislativo.

A insatisfação com a direção da agenda legislativa se junta à percepção de que o debate na esfera pública era mais favorável à oposição quando assuntos econômicos, como o aumento dos preços dos alimentos e falhas no sistema Pix, estavam em foco. Parlamentares experientes do PL acreditam que a mudança para uma agenda mais ideológica e sem viabilidade concreta desorganizou a estratégia e diminuiu o impacto político.

Iniciativas planejadas, como atos com familiares de presos dos ataques de 8 de janeiro, também estão perdendo impulso, levando à crença de que a agenda foi totalmente esvaziada. Até mesmo seus defensores parecem hesitantes sobre a continuidade da proposta.

A expectativa interna é que a suspensão da obstrução simbólica possa permitir a votação em regime de urgência, mas essa meta é considerada improvável; legisladores admitem que, se pautada, a urgência provavelmente será rejeitada. Nesse cenário, essa manobra pode ser vista como uma saída para encerrar a discussão sem que os bolsonaristas tenham que reconhecer um fracasso abertamente.

Assim, a anistia continua sendo uma bandeira retórica, porém distante de tornar-se uma realidade legislativa.

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O Bundão

Bolsonaro, no domingo na Paulista, fez um golaço contra a sua e somente a sua “anistia”.

Usou várias cabelereiras do batom: Tarcísio, Zema, Caiado, Malafaia, Ratinho, Nikolas, etc.

Todos fazendo o papel de boneco de ventríloquo de Bolsonaro.

Não importa se Bolsonaro estava atrás deles no palanque armado na MINIfestação que talhou.

Para a cabeça de bosta de Bolsonaro, isso não quer dizer nada, o que importa é que essa gente recebeu visualizações chamando o presidente da Câmara, Hugo Motta, de Covarde, Alexandre de Moraes, de Bandido e Barroso, idem.

Muito mais do que um gigantesco mico perto do que anunciaram, Bolsonaro compartilhou sua imagem com os seus testas de ferro, seus fantoches, suas marionetes.

Certamente, Tarcísio é o que mais se mostrou bundão, mais vassalo, quando, na verdade, está querendo ver Bolsonaro pelas costas.

Para tentar convencer o gado de que não é o traíra que é, em busca de benefícios eleitorais, Tarcisio foi um dos que mais atacaram as instituições, esquecendo-se de que ele é um governador e que, portanto, tem que dar conta de um comportamento compatível ao cargo que ocupa e não o de um criminoso.

Lógico que, para piorar a lambança em sua conta, Tarcísio colocou galho dentro para Trump, não piando sobre a pica do tamanho de um cometa que o presidente norte- americano está enfiando em São Paulo com seu tarifaço.

Na realidade, é o estado brasileiro mais atingido pela lambança de Trump.

Ou seja, mais bundão que isso, impossível.

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Tarcísio de Freitas e a pinochetização como projeto – I

Blindagem como cegueira
O crítico Paul de Man marcou época com a identificação da dialética que constitui toda operação hermenêutica: trata-se sempre de navegar entre “blindness” e “insight”, ou seja, entre a cegueira inevitável e o achado surpreendente. O trabalho da teoria é sempre assim: nosso olhar valoriza certo ângulo, uma vez que não podemos abarcar a totalidade de objeto algum. O ângulo privilegiado é intensamente iluminado, mas, claro, às custas de zonas que foram deixadas na sombra, pois não foram observadas com idêntico cuidado.

(O crítico português Miguel Tamen brilhou ao traduzir “Blindness and Insight” como “O ponto de vista da cegueira”.)

Pois bem: qual será a “blindness” da ostensiva operação de blindagem que atualmente protege o governador Tarcísio de Freitas? Dedicarei dois ou três artigos à questão, começando pela caracterização do fenômeno.

Paraisópolis
No dia 17 de outubro de 2022, uma atividade política do então candidato Tarcísio de Freitas foi abruptamente interrompida por uma troca de tiros. A primeira versão apresentada pelo futuro governador e sua equipe de campanha assustou a opinião pública. E não poderia ser diferente: o candidato teria sofrido um atentado do crime organizado. Na ocasião, um jovem de 27 anos, Felipe Silva de Lima foi morto.

A tentativa de capitalizar politicamente o estranho episódio quase saiu pela culatra. Um cinegrafista da TV Record filmou o momento da suposta troca de tiros e não se percebe exatamente um “ataque do crime organizado”. A confusão foi geral — como diria com propriedade um certo narrador casmurro. A equipe de segurança do candidato pressionou o cinegrafista para que apagasse as imagens que captou. Por quê? Resposta na ponta da língua de Tarcísio: para proteger o anonimato de sua rumorosa equipe.

(Quem protegeu o cidadão no meio do caminho, Felipe Silva de Lima?)

O cinegrafista perdeu o emprego; o jovem de 27 anos, a vida. E parece que em vão: a perícia não conseguiu sequer descobrir de que arma partiram os tiros que assassinaram Felipe Silva de Lima e o caso foi arquivado.

Rapidamente.

Nenhuma investigação aprofundada foi esboçada.

Tudo não se resolveu com celeridade incomum.

Eleição e crime organizado?
Já empossado como governador, e profundamente empenhado na eleição municipal de São Paulo, Tarcísio de Freitas insistiu na mescla explosiva de eleição e crime organizado, como velho mágico que guarda um truque para o final da festa.

No dia 27 de outubro de 2024, durante a realização do segundo turno que opunha o prefeito Ricardo Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos, Tarcísio de Freitas deu uma declaração não somente inacreditável, como também, e sobretudo, criminosa.

Você me dirá se exagero.

O governador decidiu exercer seu lado criativo de ficcionista constrangido. Afirmou, sem aparente pudor, e certamente sem se ruborizar, que o serviço de inteligência da Polícia Militar havia flagrado uma troca de mensagens que revelavam que o Primeiro Comando da Capital recomendava o voto num dos dois candidatos em disputa. Qual? Os jornalistas mal escondiam a incredulidade. O governador respondeu com certo tédio, associado à “máscara vocês sabem muito bem”:

“Boulos”.

Crime eleitoral gravíssimo; por muito menos políticos em todo o país foram declarados inelegíveis pela Justiça Eleitoral. O PSOL entrou de imediato com uma representação denunciando o delito do governador. O resultado? O caso foi arquivado.

Rapidamente.

Nenhuma investigação aprofundada foi esboçada.

Tudo não se resolveu com celeridade incomum.

A Liga da Injustiça?
No dia 9 de maio de 2024, tanto o governador, Tarcísio de Freitas, quanto o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foram denunciados no Tribunal Internacional de Haia por crimes contra a humanidade, em função das missões realizadas pela Polícia Militar na Baixada Santista. Desde então, justiça seja feita, os dois têm se esforçado muito para legitimar a iniciativa.

A Polícia Militar colabora inventando novos esportes, o arremesso livre de cidadãos de pontes é o mais visível e chocante, mas certamente não é a única modalidade. Estatística recente sintetiza a brutalidade da concepção de segurança pública na gestão Tarcísio de Freitas: sob sua nova direção, o número de crianças e adolescentes mortos em virtude de ação policial cresceu inaceitáveis 120%.

Questionado sobre a denúncia, o governador deixou de lado o “figurino Faria Lima do gestor moderado” e vestiu o chapéu do “bolsonarista bandido bom é bandido anistiado”. Com ar de enfado, reafirmou seu apoio ao secretário Derrite:

“E aí o pessoal pode ir na ONU, na Liga Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí.”

(Não são poucos os que, com maior ou menor empáfia, disseram o mesmo, confiantes no seu mundinho, mas que, num piscar de olhos, começaram a evitar viagens para a Europa.)

E não falei nada sobre a destruição metódica da educação pública e da desastrosa privatização da Sabesp. E do elogio de Guilherme Derrite ao modelo de militarização completa da vida pública levado adiante por Nayib Bukele em El Salvador…

*João Cesar de Castro Rocha/ICL

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Lava Jato: Gabriela Hardt arquivou suspeições contra ela própria após pegar processos do gabinete de Appio em segredo

Revelação de Eduardo Appio consta em novo livro de Sálvio Kotter

O primeiro encontro entre Rodrigo Tacla Duran e o juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, revelou o comprometimento dos funcionários com os interesses da Lava Jato. No livro “Tudo por dinheiro: A ganância da Lava Jato segundo Eduardo Appio”, Sálvio Kotter narra que Appio dedicava terças-feiras para atender a advogados de casos da Lava Jato. Durante uma audiência solicitada por Tacla Duran, que defendia a própria causa, ele alertou Appio sobre a juíza substituta Gabriela Hardt, que estaria atuando em seus processos.

Appio, cético, considerou a afirmação absurda, já que a atribuição dos processos da Lava Jato era exclusiva do juiz titular. Tacla Duran já era conhecido por ter denunciado, em 2017, uma tentativa de suborno por parte da Lava Jato. Ele alegou que Carlos Zucolotto, padrinho de Moro, exigiu R$ 5 milhões para facilitar um acordo de delação. Desde então, Tacla Duran reside na Espanha, tentando anular as ações contra ele.

Com a saída de Moro, a responsabilidade sobre o caso foi para Gabriela Hardt, que, segundo Appio, teria agido de forma ilegal ao retirar os processos de Tacla Duran para seu gabinete na Quarta-feira de Cinzas de 2023, enquanto Appio despachava normalmente. Naquele dia, sua assessora, Vanessa, entregou a Hardt documentos que Tacla Duran havia apresentado, apontando sua suspeição. Esses documentos indicaram que a juíza estava envolvida em conluio com o Ministério Público, afetando sua imparcialidade no julgamento do caso de Tacla Duran.

Os processos foram retirados do gabinete do juiz Appio e entregues a Gabriela Hardt, que arquivou as exceções de suspeição contra si e manteve tudo sob sigilo, sem que Appio fosse informado. Ao descobrir a situação, ele convocou sua assessora e o diretor de secretaria para apurar os fatos, e ficou surpreso ao constatar a veracidade das alegações de Tacla Duran. Com isso, Appio perdeu a única assessora disponível para ajudá-lo na 13ª Vara, anulou as decisões de Hardt e permitiu o prosseguimento das exceções de suspeição. Ele concluiu que Hardt agia como uma “extensão de Moro” na 13ª Vara, buscando garantir que Tacla Duran fosse preso e não ouvido pela Justiça.

O livro menciona que Hardt ganhou notoriedade ao condenar Lula no caso do Sítio de Atibaia, mas enfrentou críticas ao ser acusada de usar parte da sentença do caso Triplex, escrita por Moro. Appio também relatou que Hardt teve dificuldades para passar no concurso de juíza, sendo reprovada na prova de sentenças. Ela recorreu da nota à Justiça, com a ajuda da juíza Bianca Arenhart, que é citada por Hardt como responsável por seu sucesso no recurso.

Mais tarde, Arenhart se destacou por tentar impedir a remoção de Appio para a 13ª Vara, atacando a honra de seu pai. Atualmente, Hardt aguarda a decisão da Procuradoria-Geral da República sobre sua possível denúncia por envolvimento em uma organização criminosa associada à Lava Jato, que teria criado um esquema de recirculação de dinheiro com acordos de leniência. O Conselho Nacional de Justiça já votou a favor da abertura de um processo disciplinar contra ela, que foi afastada da 13ª Vara.

*Com informações do GGN

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Malafaia diz que ninguém queria dar golpe, mas chama de frouxos os generais que não aderiram ao golpe

Falar merda até papagaio fala.

Mas confessar que tentaram dar o golpe e só não aconteceu porque os generais não toparam, como, aos berros histriônicos, Malafaia confessou, chamando os generais de frouxos, aí é caso de cadeia.

Não só pela confissão de tentativa de golpe, como incitação ao golpe.

Eu não sabia que basta ter uma carteirinha de pastor, que qualquer pilantra, ladrão, vagabundo, pode falar o que quiser, quando quiser e de quem quiser, confessar crime e afrontar a constituição convocando as Forças Armadas para dar golpe, que nada acontece com o delinquente.

Foi isso que fez Malafaia, na Paulista, nesse último domingo e nada aconteceu com ele.

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Hugo Motta sobre a pressão por anistia: ‘não contem comigo para ampliar crise’

Presidente da Câmara rejeita dar prioridade ao projeto de anistia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou sobre a manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, que ocorreu no domingo (6). Apesar de não citar diretamente a proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, Motta enfatizou a importância de abordar a questão com “serenidade e responsabilidade”, evitando intensificar a tensão entre os Poderes.

Ele defendeu uma sensibilidade para corrigir possíveis excessos nas punições, ressaltando a necessidade de encontrar soluções responsáveis sem agravar a crise institucional atual. O deputado rejeitou pressões das ruas e da Câmara, afirmando que não cederá a movimentos que possam desestabilizar as instituições.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, criticou Motta por sua influência na resistência dos líderes partidários em acelerar a tramitação da proposta de anistia, que enfrentou oposição, inclusive entre o Centrão. O impasse não se deveu apenas à falta de apoio de Motta, mas também ao estilo “autoritário” do líder do PL, Sóstenes Cavalcante.

Ao ser questionado sobre ofensas recebidas, Motta se limitou a dizer que já havia se manifestado e não fez mais comentários. Em um discurso na Associação Comercial de São Paulo, ele reiterou que a Câmara não deve se restringir a uma única pauta, afirmando que “o Brasil é muito maior que isso”.

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Vídeo: Hugo Motta põe PL da anistia debaixo do tapete e envia duro recado aos bolsonaristas

Presidente da Câmara afirmou que o projeto que visa perdoar os golpistas do 8 de janeiro não é uma “prioridade”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), participou no sábado de um evento em torno da PEC 66, que visa estabelecer novo prazo de parcelamento para os débitos dos municípios com a Previdência. Na ocasião, ele foi questionado por jornalistas sobre o PL da anistia.

Dessa maneira, Hugo Motta deixou claro que o PL da anistia não é uma matéria de interesse do Brasil e que há outras propostas mais importantes para serem discutidas e votadas, e que são de interesse do país, e não apenas de um grupo específico — no caso, os bolsonaristas.

“Quem se dispõe a presidir a Câmara dos Deputados tem que entender que aquela é uma função de muitos interesses legítimos de partidos que serão trazidos e colocados. Vamos com muita cautela, muita serenidade, conduzir essa discussão [anistia aos golpistas]. O Partido Liberal, o PL, está colocando a anistia como prioridade, é um direito do partido colocar, é um direito do partido obstruir e é um direito do presidente da Câmara lutar para que a pauta não fique obstruída”, iniciou Hugo Motta.

Em seguida, Hugo Motta enviou um duro recado para Bolsonaro e para o PL. “Nós temos outros projetos importantes também. Não dá pra achar que a pauta de um partido só é a única pauta que é interessante para o país. Nós temos outras pautas importantes, como o projeto de lei da reciprocidade, que nós aprovamos, que posiciona o Brasil numa condição de se autodefender dessas novas tarifas americanas, que o governo americano anunciou esta semana. Então, é dessa forma que nós vamos conduzir a Casa: com equilíbrio, com firmeza e sempre buscando colocar os interesses do país à frente de qualquer interesse político e interesse pessoal”, concluiu.

Confira:

https://twitter.com/i/status/1908649740276838455