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Alguém ficou pelo meio do caminho. Esse alguém, aponta pesquisa, é Bolsonaro

Não está fácil para ninguém.

No mundo umbralesco da direita nativa, jacaré não quer nem entrar na água, que fará nadar de costas, tal a quantidade de piranhas sedentas de sangue e poder.

Até o carcumido Malafaia que é um símbolo exclamativo daquilo que eufemicamente se convenciona chamar de estereótipo, pra não chamar de charlatão evangélico, parece ter tirado o time de campo e deu linha na pipa.

A gleba dos pormenores do mercado financeiro, está de bicho e já não casa tostão nos Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou o cantor Gusttavo Lima como oponente mais competitivo contra Lula em cenários para 2026.

Isso, é um fogo amigo dado por um tiro de canhão a queima roupa

Não demora, o agitador de manadas homofóbicas, Silas Malafaia engatará seu comboio para jogar todas as suas energias de ódio fecundo na calda estelar de Nivaldo Batista que usa como nome de guerra Gusttavo Lima.

Bolsonaro parece que quando jogou recentemente Carla Zambelli ao mar depois de ser cassada e denunciada ao STF pela PGR, esqueceu de soltar a mão da ex aliada e acabou puxado e seguindo o mesmo caminho do ralo.

O fato é que Jair Bolsonaro não é mais fator determinante pra direita de esgoto.

Gusttavo Lima ou Nivaldo Batista, é hoje mais barato e funcional para o ex-bolsonarismo profissional.

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Lula pede a membros do PT para reforçar a polarização com Bolsonaro

Segundo o presidente, petistas devem ir para o enfrentamento nas redes, e fazer comparações com o governo bolsonarista.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pedido a parlamentares petistas da Câmara para que os deputados federais do partido fortaleçam a polarização com Jair Bolsonaro (PL).

Deputados que participaram do encontro relataram que o presidente afirmou ser o momento de os petistas partirem para o enfrentamento nas redes e compararem os dois primeiros anos do terceiro mandato de Lula com os dois anos iniciais da gestão Bolsonaro. A informação foi publicada no jornal O Estado de S. Paulo.

No último dia 27 de janeiro, a primeira pesquisa Genial/Quaest de 2025 apontou que a aprovação de Lula caiu de 52% em dezembro para 47% em janeiro. A avaliação negativa aumentou de 31% para 37% no mesmo período. Ao comentar os números, o presidente disse que pesquisas servem para orientar ajustes, e não para causar preocupação.

No caso de Bolsonaro, o ex-mandatário está inelegível por disseminação de fake news, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023. O motivo foram declarações golpistas feitas em 2022, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Em 2010, Lula terminou seus dois mandatos consecutivos com aprovação popular recorde, conforme informou o Datafolha: 83% avaliaram a gestão como ótima ou boa. Para 13%, o governo foi regular, e 4% consideraram a administração ruim ou péssima.

Possível candidato em 2026, Lula concorreu em 2022 e venceu a eleição contra Bolsonaro por 50,9% (60 milhões de votos) a 49,1% (58 milhões de votos).

O petista ainda não confirmou sua candidatura para a próxima eleição. A ideia é não antecipar demais o pleito, e atrapalhar a agenda do governo. Na centro-direita, alguns nomes vêm sendo especulados, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) – pessedista que é filho do apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho.

 

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Em encontro com Lula, Hugo Motta colcou-se “100% à disposição” e Alcolumbre fala em “apoiar a agenda do governo”

Encontro ocorre após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado e marca compromisso de harmonia entre os Poderes.

No primeiro compromisso institucional após a eleição para o comando das Casas Legislativas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se reuniram nesta segunda-feira (3) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. O encontro, realizado dois dias após a definição do novo comando do Legislativo, simboliza um alinhamento entre os Poderes e um compromisso de cooperação institucional.

Durante a reunião, Hugo Motta enfatizou a disposição da Câmara para trabalhar em parceria com o Executivo, destacando a importância da harmonia entre os Poderes. “Esse é um momento que marca o início da caminhada deste próximo biênio. Hoje, no primeiro dia útil, estamos eu e o senador Davi fazendo esta visita institucional para dizer que a Câmara, e penso eu que também o Senado, estará à disposição para construirmos uma pauta positiva para o país”, afirmou Motta. O deputado também ressaltou a necessidade de manter um diálogo constante para avançar em temas prioritários. “Agradeço ao senhor [presidente Lula] mais uma vez, me coloco 100% à disposição para, juntos, trabalharmos em favor do nosso Brasil, porque quem ganha com isso são os mais de 200 milhões de brasileiros que dependem desse nosso relacionamento”, disse.

Alcolumbre reforçou a mensagem de cooperação, destacando que a função do Congresso é colaborar com o governo na formulação de políticas que atendam às demandas da população. “O Poder Legislativo não pode se furtar em ajudar o governo do Brasil a melhorar a vida dos brasileiros. Tenho certeza de que este é o espírito colaborativo e quero registrar publicamente, em nome dos meus colegas senadores, das minhas colegas senadoras, do Congresso Nacional, assim como tenho certeza e convicção de que o é sob a liderança do presidente Hugo, na Câmara dos Deputados”, afirmou.

O presidente do Senado também fez questão de destacar que o momento exige compromisso com a estabilidade política e avanços sociais. “Nosso país ainda tem muitas desigualdades. A gente não tem tempo de criar crise onde não existe, porque nosso tempo tem que ser aproveitado integralmente para entregar para as pessoas”, disse Alcolumbre, reforçando a necessidade de um Legislativo ativo na formulação de políticas públicas.

A reunião também foi marcada por elogios de Alcolumbre às capacidades de articulação de Lula. O senador destacou a importância da colaboração entre os Poderes para que as iniciativas do governo possam avançar de maneira produtiva. “Precisamos apoiar a agenda do governo, precisamos debater na casa do povo, o Congresso, aprimorar todas essas agendas importantes que são prioritárias para o governo, inclusive participar mais, propondo mais iniciativas a partir do parlamento”, afirmou o presidente do Senado. Com 247.

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Gilmar Mendes: “Lula tem feito um excelente governo, trouxe Brasil à normalidade” e chama Bolsonaro de “caricato”

Um dos ministros mais eloquentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes afirma que Brasil voltou para o rumo da estabilidade e defende controle sobre big techs e redes sociais.

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, deu entrevista ao site Público, de Portugal. “No geral, me parece que o governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional”, diz.

Gilmar destaca ainda que os imigrantes, especialmente nas economias mais desenvolvidas, têm sido transformados em bodes expiatórios pelo populismo de direita. Ele defende a necessidade de maior controle sobre as big techs e as redes sociais. Além disso, reconhece que os crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil devem ser julgados, um tema que ganhou destaque com o filme “Ainda Estou Aqui”, que recebeu três indicações ao Oscar.

Alguns trechos:

Como o senhor viu essa questão dos brasileiros deportados dos Estados Unidos chegarem algemados, acorrentados, ao Brasil?

Tem um pouco desta fantasia americana, de justiça e ordem. Já faz algum tempo, um piloto de stock car, se não me engano brasileiro, foi acusado nos Estados Unidos de ter problema com o Fisco. E veio lá uma ordem e, em pouco tempo, ele estava algemado e acorrentado. No momento seguinte, descobriu-se que ele não tinha nada a dever e se retirou [Em 2009, Hélio Castroneves foi absolvido pelo júri de todas as acusações de sonegação fiscal, no Tribunal em Miami. O piloto, dono de uma mansão em Coral Gable, era acusado junto com sua irmã Katiucia e seu advogado americano Allan Miller de ter montado um esquema para fraudar o fisco em US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 12 milhões) entre 1999 e 2004, quando competia pela Penske Team]. Isso não faz o menor sentido. Talvez algum cuidado se tivesse que ter, diante de tanta gente dentro de uma aeronave, mas não se tratava disto (ter criminosos). Então, me parece que acabam ocorrendo esses exageros, talvez para efeito de demonstração. Por isso, inclusive, o Governo brasileiro emitiu protestos em relação a isso. É claro que quem está ilegal num dado país, suporta a possibilidade de deportação. Em princípio, isto ocorre em todos os lugares. (…)

Como o senhor vê esse movimento da extrema-direita liderado por Trump? Qual o impacto que isso pode ter no Brasil?

Eu não atribuiria este movimento necessariamente ao Trump ou a sua liderança. É muito cedo para prognosticar como isso vai se desenvolver. Toda hora nós estamos a ver anúncios de medidas (nos Estados Unidos) e também a sua desautorização. Então, é preciso ter muito cuidado para que a gente separe o ruído do sinal. Mas, de qualquer forma, não podemos menosprezar toda a evolução que se tem tido nesse campo. O próprio movimento que ocorreu nos Estados Unidos, o 6 de janeiro (invasão do Capitólio), que foi um fato absolutamente inédito. Ninguém imaginava, com a tradição democrática americana, que aquilo pudesse ocorrer. Mas antes já tínhamos movimentos assemelhados na própria Europa do leste, com Hungria, Polônia, problemas sérios de desinstitucionalização, na Turquia também. Agora, na Itália, embora com um viés moderado, na Áustria. Há sinais de descontentamento que carrearam para este campo. A Alemanha, com a Alternativa para a Alemanha (AfD). São dados preocupantes, que mostram uma grande insatisfação. No caso alemão, é até uma curiosidade que o crescimento do populismo se deu fortemente no território da antiga Alemanha Oriental (que era comunista).

Para o Brasil, qual é o impacto do populismo de direita?

No geral, me parece que o Governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional.

Nós tivemos uma situação meio caricatural disto com o governo Bolsonaro. O que me parece é que, ao longo dos anos de democracia, começados em 1985, depois consolidados em 1988, nós conseguimos ter governos de perfil centrista. Aqui, acolá, com um viés um pouco de centro-esquerda ou de centro-direita, mas dentro de um perfil moderado. Isto ocorreu com Fernando Henrique (Cardoso), que fez uma aliança à direita com os partidos representativos, PFL, MDB, pessoas de centro, liberais clássicos, mas ele também defendendo o Estado social que já está na Constituição. Esses dias, um professor de Manchester me falava que o Brasil é um país singular, porque buscou realizar um Estado social sem ter passado por nenhuma guerra. É diferente dos Estados europeus, em que o Estado social, de alguma forma, advém desta situação.

Mas veio o desgaste que tivemos com a sucessão de governos do PT. Diante dos problemas, das crises, pensou-se, talvez, que a resposta pudesse estar num certo populismo, que, inicialmente, se traduziu num populismo judicial, do Ministério Público que alimentou a ascensão de Bolsonaro ao poder, com a eliminação praticamente de todas as lideranças políticas mais expressivas, de alguma forma atingidas por todo o processo da Lava-Jato. É um pouco isto que permitiu a ascensão de Bolsonaro, que nós não saberíamos prever, um ano antes, que iria ocorrer. E isto vira um pouco também a caricatura desse movimento no mundo, é o antivax, é o negacionismo pelo negacionismo. Mas não acredito que, mesmo as forças políticas que o apoiaram, possam ser timbradas como de extrema-direita. A gente percebe hoje um movimento no sentido forte de pessoas que não comungam do chamado esquerdista ou esquerdizante, mas que também não subscrevem as pautas agressivas da extrema-direita. Então, a mim, parece que talvez hoje o próprio Congresso se traduza numa maioria conservadora, mas não de extrema-direita. Acho até que, na verdade, os personagens que possam ser no Congresso timbrados como tais, seriam em número reduzido.

O regime semipresidencialista seria o ideal para o Brasil? O Congresso ganhou muito poder sobre o Orçamento federal, deixando o Executivo a reboque.

Nós temos discutido isso, inclusive, vocês já acompanharam, no Fórum de Lisboa, esse debate. Algo teremos que fazer em termos de reforma do sistema de Governo, porque estamos vivendo uma anomalia. Isto tem a ver um pouco com a debilitação do poder do Executivo, acentuada a partir da administração de Dilma (Rousseff). O Congresso transformou as chamadas emendas propositivas em emendas orçamentárias impositivas. Isso virou lei. Além desse passo, as emendas foram crescendo, atingindo, no último ano, alguma coisa como R$ 50 bilhões. Portanto, daquilo que sobra para investimentos, uma boa parte é feita por meio das emendas parlamentares e, talvez, muito disto se perca em projetos locais, paroquiais, sem uma visão ou uma projeção estratégica. Isso se tornou um grave problema. O Congresso delibera sem qualquer responsabilidade.

Então, se caminhássemos para um modelo parlamentarista, em que a maioria congressual governaria, e teria responsabilidade governamental, certamente isso seria positivo. Mas é claro que envolveria outras reformas. Agora, temos de resolver esse dilema. Não podemos viver esta situação a que estamos nos acostumando, de uma série de confusões de atribuições. Precisamos organizar esse maracatu e buscar uma reforma que seja razoável. Ninguém é contra, considerando a complexidade política do Brasil, que o Congresso participe, inclusive com a indicação de emendas. A questão é saber qual é o valor adequado e que isso seja completamente transparente. Nós estamos falando de verba pública, de dinheiro público, que tem que ser destinado a finalidades públicas.

Não é razoável que uma questão de alta indagação política, e uma tarefa complexa, do ponto de vista político-administrativo, se transforme daqui a pouco num caso policial. Ninguém almeja isso.

O STF, inclusive, entrou nisso, por meio das decisões do ministro Flávio Dino.

Antes disso, o processo era da relatoria da ministra Rosa Weber. Veio para o ministro Dino por sucessão. E o que o Supremo está dizendo é mais ou menos óbvio: que as emendas parlamentares têm que ser rastreáveis, transparentes, que os autores sejam identificados e que haja fiscalização da aplicação dos recursos. Criou-se uma opacidade, uma névoa em torno disto, que, na verdade, é perigosa para o próprio Congresso Nacional. Não é razoável que uma questão de alta indagação política, e uma tarefa complexa, do ponto de vista político-administrativo, se transforme daqui a pouco num caso policial. Ninguém almeja isso. (…)

A popularidade do presidente Lula está em queda. O índice de desaprovação já supera o da aprovação. Como o senhor avalia o Governo hoje?

A popularidade vai e vem. Quando muito jovem, eu integrei o governo do Fernando Henrique Cardoso. Tenho muito orgulho disso, porque era uma equipe de pessoas muito qualificadas. Entre elas, tinha Pelé (risos). O Fernando Henrique dizia que a gente pode perder a popularidade, mas não pode perder a credibilidade. Então, acho que isso é fundamental. Muitas vezes, o Governo tem que tomar medidas que são à vista das pessoas, de imediato, impopulares. Por isso, pagará com o preço da impopularidade. Não me parece que isso seja decisivo, e me parece que a grande vantagem do Governo Lula é que ele devolveu ao Brasil um senso de normalidade. As instituições voltaram a dialogar e a funcionar. E é um governo difícil, talvez, seja até um governo de aprendizado, depois da inorganicidade, da desorganização perpetrada no Governo Bolsonaro, porque é praticamente a construção de um Governo de minoria.

Diante desse fenômeno das emendas parlamentares, um parlamentar da Câmara talvez disponha por ano, de emendas impositivas para destinar para o seu reduto, alguma coisa como R$ 50 milhões. Um senador, talvez, algo em torno de R$ 80 milhões. Isso pode variar de acordo com o ranking. Ao todo, estamos falando de R$ 50 bilhões. No modelo anterior, do chamado presidencialismo de coalizão, essas verbas eram distribuídas a partir de uma regra de fidelização, de quem apoiava ou não o Governo. Agora, não. Este é um outro modelo. Portanto, o Lula está governando sobre um outro estamento institucional e político, e precisa construir maioria nesse contexto. Também não basta distribuir ministérios. No modelo anterior era a fidelização via emendas propositivas, que eram liberadas ou não pelo Governo, discricionariamente, e a distribuição de ministérios para determinadas forças políticas. Hoje, muitos ministérios são extremamente débeis e dependem inclusive das emendas dos parlamentares.

Então, é um quadro muito singular. Não obstante, reformas importantes foram aprovadas, como a tributária. Tem-se construído soluções e, nesse sentido, eu avalio o Governo como positivo. É inevitável que, agora, com a retomada dos trabalhos do Congresso, certamente haverá uma nova formação ministerial. Mas, no geral, me parece que o Governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional, como se pode avaliar.

Há uma queixa geral entre os parlamentares de que o Supremo legisla e tira poder do Congresso. O STF está extrapolando seus poderes?

Eu não vejo assim. É notório que o texto da Constituição de 1988 reforçou imensamente o poder do Supremo Tribunal Federal como corte constitucional, permitindo que um partido político, com um representante, leve ao Supremo a impugnação de leis votadas pelo Congresso Nacional. Mas isso foi uma opção do constituinte, considerando que, no passado, só o procurador-geral poderia fazê-lo. Entendeu que era necessário dar essa abrangência. Eu sempre digo que o Supremo não tem uma banca ali na frente pedindo que venham causas. As causas são provocadas, normalmente, pelo próprio sistema político, pelas suas dissidências. Por outro lado, o texto constitucional valorizou muito as situações de omissões inconstitucionais, casos em que a Constituição prevê um dever de legislar, que não foi satisfeito pelo Congresso Nacional. São casos em que o Supremo acaba por fazer a intervenção.

Se quisermos ficar num exemplo recente, vamos considerar a pandemia. Nós temos um sistema de saúde, o SUS, que é altamente complexo, porque exige a integração de União, estados e municípios. É claro que a cabeça do sistema é a União, inclusive provendo a maioria dos recursos. Com um Governo negacionista na pandemia, nós tivemos problemas seríssimos, porque era um Governo que, como os senhores sabem, recomendava a ivermectina ou a cloroquina para cuidar da Covid e avaliava que 3 mil pessoas ficariam doentes e haveria a imunidade de rebanho. E não era isto. Governadores e prefeitos de grandes cidades passaram a enfrentar o problema, porque eles administravam os hospitais, e foram ao Supremo pedindo para usar medidas que a OMS (Organização Mundial de Saúde) já recomendava: isolamento social, restrição de transporte, fechamento de atividades. E o Supremo, então, autorizou estados e municípios a tomarem essas medidas. Isso colocou o tribunal numa via de colisão com o Executivo federal.

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Flavio Bolsonaro na presidência da Comissão de Segurança Pública do Senado, é piada pronta

Se pode um troço desses, o que não pode o mais perigoso bandido das penitenciárias brasileiras?

O gerente de negócios do clã Bolsonaro, Fabrício Queiroz, deve estar dando gargalhadas.

Flavio é muito competente, comprou uma cinematográfica mansão em um dos metros quadrados mais caros do Brasil, com dinheiro de uma misera birosquinha de chocolate. Gênio!

Queiroz, o multibanco do clã, vai gerenciar os fantasmas e laranjas da

Comissão de Segurança Pública do Senado?

Essa é a pergunta que vem a cabeça de qualquer brasileiro minimamente descente.

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Novo presidente do Senado, Alcolumbre admite que anistia ‘não vai pacificar o país’

Alcolumbre explica que “discutir o assunto não quer dizer que está apoiando o tema”.

Eleito neste sábado (1º) como novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) comentou o projeto que pretende anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quandos sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram depredadas. A pauta é uma das principais bandeiras da extrema direita no Congresso Nacional.

Alcolumbre disse que a Casa precisa priorizar pautas que promovam a pacificação do país. Mas em entrevista à Globo News, ele concordou com o jornalista Octávio Guedes e disse que esse não é o caso do PL da Anistia.

“Esse assunto não vai pacificar o Brasil. Se continuarmos revisitando assuntos que trazem a discórdia em vez da concórdia, a gente vai passar nos corredores e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros. E quando um senador agride um ao outro por causa de uma única agenda, ele não está interessado na agenda do brasileiro”, disse.

Para ele, a prioridade do brasileiro, neste momento, é o combate à pobreza e essa deve ser a principal pauta do parlamento. Também voltou a afirmar que a agenda vitoriosa nas urnas em 2022 foi a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Espero ter a coragem de dizer àqueles que insistem em trazer uma pauta que não é a agenda do parlamento para o debate principal. Ela pode existir, ela vai existir, nós não vamos tirar o direito de ela existir. Mas ela não é a prioridade do Brasil e do Parlamento brasileiro”.

8/1: NÃO ESQUECEREMOS Sobem os créditos, mas 'Ainda estou aqui' segue em Brasília

Oposição colocou na mesa PL da Anistia
Nas negociações para apoiar Alcolumbre na eleição, os oposicionistas colocaram na mesa o PL da Anistia. O senador se comprometeu a não impedir a discussão da proposta. No entanto, ele nega que tenha tratado do tema quando esteve reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que poderia ser um dos principais beneficiados pela anistia.

“Na minha conversa com Bolsonaro, tratamos de liberdade partidária. Nunca houve imposição de uma agenda. Nem do PL, nem do PT. O que houve é o desejo de parte do Senado e da Câmara de debater a anistia. E nós não podemos nos furtar de debater qualquer assunto. Discutir o assunto não quer dizer que está apoiando o tema”.

A bancada do PL pretende cobrar Alcolumbre, após a eleição, para garantir a tramitação do projeto de lei, ainda em discussão na Câmara dos Deputados, e também de uma segunda proposição que beneficiaria figuras com direitos políticos cassados por relação com as invasões aos prédios públicos naquela data.

O intuito da articulação é pavimentar a aprovação de uma proposta para derrubar a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade e facilitar que ele concorra na próxima eleição. Com ICL.

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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado

Davi substitui o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ficou quatro anos no comando da Casa.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito, pela segunda vez, presidente do Senado Federal, neste sábado (1º). O novo presidente, que também comandará o Congresso Nacional, teve 73 votos, contando com apoio de parlamentares da base do governo e da oposição. Davi substitui o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ficou quatro anos no comando da Casa.

Além de Davi, disputaram a presidência do Senado Marcos Pontes (PL-SP), com quatro votos, e Eduardo Girão (Novo-CE), com quatro votos. Os senador Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos – MS) desistiram das candidaturas durante o processo.

Davi Alcolumbre volta ao cargo depois de ocupá-lo por um mandato entre 2019 e 2021. Nos últimos anos, ele presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), conhecida como a mais importante da Casa. Ao deixar o comando do Congresso, ele elegeu como sucessor o aliado político Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que exerceu dois mandatos

Antes do resultado, o senador afirmou, em discurso de candidato na tribuna, que a questão das emendas é um “desafio” e pediu respeito às prerrogativas dos parlamentares. “Hoje, mais uma vez, enfrentamos desafios. O relacionamento entre os Poderes, embora seja regido pela Constituição e pela harmonia, tem sido testado por tensões e desentendimentos. Entre esses desafios, destaco a recente controvérsia envolvendo as emendas parlamentares ao orçamento, que culminou em debates e decisões e com o Supremo Tribunal Federal e o Poder Executivo”, afirmou o senador.

“É essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário em nosso sistema democrático. Mas é igualmente indispensável respeitar as prerrogativas do Legislativo e garantir que este Parlamento possa exercer seu dever constitucional de legislar e representar o povo brasileiro”, completou.

Durante a sua fala, o senador também afirmou que é um “defensor intransigente do diálogo”. Ele também lembrou o seu mandato anterior, entre 2019 e 2021, afirmando que se tratou de um dos períodos mais difíceis da história, em referência à pandemia da Covid-19. Disse que foi o “timoneiro na tempestade”.

Mesa Diretora
Após eleger o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa, o Senado elegeu, por aclamação, os candidatos da chapa única para a Mesa Diretora no biênio 2025-2026. Confira, a seguir, a lista de senadores.

Primeira-Vice-Presidência: Eduardo Gomes (PL-TO)
Segunda-Vice-Presidência: Humberto Costa (PT-PE)
Primeira-Secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
Segunda-Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
Terceira-Secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
Quarta-Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)
Durante a reunião preparatória, também foram definidos os senadores suplentes.

Chico Rodrigues (PSB-RR)
Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
Styvenson Valentim (PSDB-RN)
Soraya Thronicke (Podemos-MS)
Lula parabeniza Davi Alcolumbre
Nas redes sociais, o presidente Lula (PT) parabenizou o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Lula afirmou que ambos caminharão juntos na “defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual”.

“Parabéns ao senador Davi Alcolumbre pelo novo mandato na Presidência do Senado e do Congresso Nacional. Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro. Um forte abraço.”, publicou.

Quem é Davi Alcolumbre
Davi Alcolumbre está no segundo mandato como senador. Antes, foi deputado federal três vezes entre 2003 e 2015 e vereador em Macapá, de 2001 a 2003. Casado, é pai de dois filhos.

Davi é avaliado como um perfil mais independente em relação ao Executivo, em comparação ao seu antecessor, senador Rodrigo Pacheco. Como presidente do Senado de 2019 a 2021, Alcolumbre se aproximou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No Governo Lula, Davi chegou a indicar um dos ministros do primeiro escalão petista: Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional. Com ICL

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PGR pede ao STF condenação de Carla Zambelli dois dias após ser cassada

Paulo Gonet solicitou ao STF que os dois sejam considerados culpados por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica.

A Procuradoria-Geral da República ( PGR) pediu a condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Os dois são réus no Supremo Tribunal Federal ( STF) pela suspeita de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça ( CNJ).

Os dois foram responsáveis, segundo a PGR, pela elaboração e divulgação de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi elaborado como se tivesse sido assinado pelo próprio Moraes. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.

Em manifestação foi apresentada ao STF na sexta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ainda a aplicação do trecho do Código Penal que determina o aumento de pena de um terço a dois terços caso a invasão resulte em prejuízo econômico.

De acordo com Gonet, Zambelli atuou “com objetivo de gerar ambiente de desmoralização da Justiça brasileira, para obter vantagem de ordem política”

Em depoimento à PF, Walter Delgatti confirmou sua participação no episódio e afirmou que ela ocorreu a pedido de Zambelli. A deputada federal, contudo, nega seu envolvimento.

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As mais criminosas fake news são do mercado

As mais criminosas fake news são do mercado, elas vêm imantadas de “análise” e são amplamente difundidas pela grande mídia.

A mídia brasileira tem horror a água e sabão., o mercado, idem.

O bolsonarismo é o próprio bueiro de ratazanas.

Quando isso tudo se funde em um único excremento para atacar o governo Lula, dá no que dá.

É fedentina em estado puro a partir de mentiras grosseira, calúnias e difamação. Isso não pode ser chamado de fakenews. É eufemismo, pois suaviza a imagem de quem pratica ações criminosas.

É só observar o mercado e sua parceria charlatã com a mídia.

Cria-se uma onda baseada no Nostradamos do mercado que preconiza através de um médio de araque uma premunição sobre a economia brasileira.

Lógico que, sendo contra o governo Lula, a previsão é  a de que o tempo vai fechar e o dilúvio se imporá do céu contra os diabos antimercado.

E se é antimercado “é a favor da gastança e da inflação.”

Gastança é sinônimo de pobre incluído no orçamento do governo

A partir disso, entra-se naquele ciclo de “quem conta um conto aumenta um ponto”

Aí, o inferno é o limite.

O problema é que não ha qualquer regulamentação pra isso. É só o nós contra eles que tanto odeiam.

Se odeiam, é porque é bom para a sociedade e para quem encara a frente de batalha enfrentar os criminosos contratados pela Faria Lima com o intuito de espalhar injúria e difamação contra quem essa gente julga ser do mal.

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Ninguém melhor do que Lula para defender seu governo

Adicionar ao marketing do governo a presença constante de Lula na mídia industrial, na mídia alternativa e nas redes, é para ontem.

O grupo Globo não dorme, bolando maldades e mentiras para desgastar a imagem de Lula e de seu governo.

Não pode ser uma política de reparação, mas de ação voltada a uma pedagogia profilática que anule os ataques da direita, antes mesmo dele ocorrer.

Algo que iniba a ação predatória da Faria Lima, do baronato midiático e dos ratos do bolsonarismo estatutário que comandam os ataques ao governo Lula nas redes.

Ninguém melhor do que Lula para reger essa orquestra de dentro do campo, no meio de campo, ditando sobretudo o ritmo do jogo.

A cada rodada um cessar fogo profilático, apimentado com ações do governo e os desdobramentos benéficos para a população e o país.

Essa é uma arma que a direita não tem.

A direita no Brasil é essencialmente reacionária e, por isso, sempre odiou as camadas mais pobres da população e sempre foi, como o mercado, antinacional.

Enfim, é mão na massa antes que a direita faça fumaça.