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Cassação de Zambelli pode levar também Tiririca, Paulo Bilynskyj e mais um

Os cálculos da própria deputada é que seus votos teriam “puxado” dois ou três deputados; caso seja confirmada cassação, todos perdem o mandato.

Caso a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) seja confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seus votos serão anulados. Com isto, dois ou três deputados eleitos pelo seu coeficiente eleitoral – segundo cálculos da própria deputada – também perdem o mandato.

A ação foi protocolada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

“Infelizmente a votação terminou com somente 2 votos divergentes, com um resultado de 5×2 pela cassação do meu mandato e 8 anos de inelegibilidade. Peço que os colegas postem em seu X pra que os jornalistas vejam o apoio dos amigos. Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP com a inclusão de fatos alheios ao processo”, escreveu a deputada.

“Em caso de perda final, minha vaga vai para o PSOL e ainda perdermos mais 2 a 3 deputados de SP”, afirmou anda.

Os deputados
Os deputados que estão na fila da degola, por terem sido eleitos no coeficiente dos votos de Zambelli, são Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido como Tiririca (PL), e Paulo Bilynskyj (PL). Os próximos da fila são os deputados Antonio Carlos Rodrigues (PL) e Luiz Orleans Bragança (PL).

Sâmia Bomfim moveu ação que cassou Zambelli
À Fórum, a deputada Sâmia Bomfim comentou a decisão do TRE-SP. “A decisão do TRE-SP é uma vitória para a democracia e um passo fundamental no combate à desinformação propagada pela extrema direita. Zambelli usou seu mandato para espalhar mentiras e minar a confiança no processo eleitoral. Não podemos permitir que figuras públicas utilizem seu poder e prestígio para sabotar a democracia impunemente”, disse.

Com a decisão do TRE-SP, Zambelli fica inelegível por oito anos. Por meio de suas redes sociais, ela lamentou a decisão do Tribunal e disse ser alvo de “perseguição”. “Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o sol do meio-dia”, escreveu a deputada.

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Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Diante da aspereza das big techs que, através dos algoritmos, buscam cada vez mais impedir que as informações de blogs progressitas sejam espraiadas, limitando assim o espaço, já reduzido, dada a saturação do próprio neoliberalismo.

Pedimos aos queridos leitores que nos ajudem a driblar essas restrições compartilhando as matérias do Antropofagista e, os que podem, que  apoiem com qualquer valor no Pix: 45013993768 (Arlinda Celeste Alves da Silveira) para seguirmos com o nosso trabalho.

Agradecemos imensamente.

Blog Antropofagista

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A direita brasileira é uma mula sem cabeça

Qual a maior liderança da direita no Brasil?

Ninguém sabe, ninguém viu.

Bolsonaro nunca foi.

Seu plantel nas forças armadas lhe rendeu o status de uma santíssima trindade as avessas.

Como soldado, foi um Recruta Zero., como sabotador da própria instituição, um terrorista que andava com um croqui debaixo do braço, de atentado para explodir o Guandu.

Terminou preso e expulso da forças armadas proibido de ter qualquer contato com as tropas por conta de sua toxicidade.

No legislativo, foi sempre uma espécie de carregador de chuteiras do baixo clero.

Nunca aprovou nada em quase trinta anos de mandato parlamentar.
Como presidente, não tem graça comentar.

Será preso por tentativa de golpe, roubo de joias e muitas, mas muitas artimanhas corruptas para sorver o melhor dos néctars do poder.

Mas se não é a mula do Bolsonaro o cabeça da direita no Brasil. a direita é uma mula sem cabeça.

Mas o que isso quer dizer?

Que haverá uma guerra intestina dentro do inferno para decidir quem será o cabeça da, cada dia mais apodrecida, direita brasileira e seus restos mortais.

Kassab e Lira já estão em campo.

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O Brasil tem que desparasitar o Congresso Nacional em 2026

Uma gestão republicana, não pode caminhar no executivo sem uma desparasitação aguda do congresso nacional, enfestado dos mais ardis protozoários.

A coisa é tão séria que não dá para listar quais são os vermes e protozoários.

Os mais famosos dispensam apresentações e comentários.

Até a pedra mais profunda do oceano, sabe quem são e como operam seus mecanismos de sangue suga da nação.

Trocando em miúdos, os progressistas tem que buscar unidade estratégica para multiplicar seus quadros no legislativo.

Isso é para já. 2026 é logo ali.

O executivo não opera de olho no horóscopo do dia. Nem os astros seguram o repuxo contra um congresso de boca nervosa como o atual de Liras e os muitos centrões.

O tranco da extrema direita, somado ao fisiologismo do centrão, é forte e de jogo baixo no congresso.

Sem ilusões, portanto.
Lula,

Lula chegará forte para a disputa da reeleição em 2026, mas tem que governar com o congresso que herdará junto com seu 4º mandato à presidência da República.

Então, é mão na massa desde já.

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Aviso de Lula aos navegantes: está pronto para a disputa de 2026

‘Ninguém vai marcar a hora para ele assumir sua candidatura. Lula tem a precedência no PT e no campo progressista’.

Estreando uma fórmula de relacionamento direto e mais frequente com a imprensa, o presidente Lula concedeu nesta quinta-feira uma longa entrevista coletiva informal em que abordou questões de governos diversas e mandou um aviso político-eleitoral, embora evitando declarar-se candidato: o de que está pronto, em todos os sentidos, para enfrentar a disputa eleitoral de 2026.

Antecipando-se a uma eventual exploração de problemas de saúde e idade, pontuou: “eu tive um acidente, não uma doença. Estou com 79 anos de idade e energia de 30”.

Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.

Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.

Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.

Bem no início, antes mesmo que o nome de Kassab viesse à tona, ele afirmou: “Quem quiser derrotar meu governo terá que travar luta de rua, e não apenas na Internet, onde mentir é fácil”, disse ele ao recordar o crescimento do PIB nos dois primeiros anos do atual mandato, contra todas as previsões, feito que ele promete repetir.

Lula, segundo uma fonte petistas, estava engasgado com a declaração de Kassab, de que ele não se reelegeria se a eleição fosse hoje, seguida de um comentário desairoso sobre Fernando Haddad, que chamou de “ministro fraco”.

O presidente disse que começou a rir ao saber da frase de Kassab, pois ainda faltam dois anos para o pleito. Por isso não estaria nem um pouco preocupado com pesquisas eleitorais feitas hoje. Tomou as dores de Haddad, lembrando que, como ministro, ele negociou e aprovou a PEC da transição antes mesmo da posse do governo, elaborou e conseguiu aprovar no Congresso o arcabouço fiscal, e também negociou a aprovação de uma reforma tributária que parecia impossível e trará muitos benefícios ao país.

Ao confirmar a reforma ministerial, não informou quem sairá ou entrará no governo, mas fez questão de elogiar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que deve ir para a Secretaria-Geral da Presidência da República, definindo-a como “um dos quadros políticos mais refinados do partido”.

Mais adiante, Lula voltou a falar indiretamente de sua candidatura, perguntando:

– Vocês acham que eu voltaria à presidência da República se não fosse para fazer mais? Passei dois anos plantando e agora vamos começar a colher e a entregar resultados.

E aproveitou para falar de suas condições físicas, depois do susto do acidente: “Estou com 79 anos de idade e energia de 30. Duvido que vocês, jornalistas, aguentem uma agenda diária como a minha”.

O aviso foi dado, mas ninguém marcará hora para ele assumir sua candidatura à reeleição. Lembro-me de que, em 2005, o ano da grande crise do mensalão, diante das pressões para que se definisse, ele costumava dizer: só farei isso quando eu concluir que posso vencer a eleição. E assim foi.

Acho que ele continua seguindo este preceito, e ontem tratou de estabelecer que ele tem a precedência, no PT e no campo progressista que o apoia. Até que ele tome sua decisão, não se fala em outra candidatura. Até mesmo porque não existe outro nome, até onde a vista alcança.

A entrevista desta quinta-feira foi a fórmula acertada entre o ministro Sidônio e o Secretário de Imprensa Laércio Portela, diante da necessidade de expor mais o presidente, tirando-o da redoma protetora em que se isolou nos últimos tempos.

Neste primeiro teste, Lula passou. Falou sobre tudo o que lhe foi perguntado e não escorregou em cascas de banana. Não haverá, entretanto, segundo Laércio, periodicidade fixa para a entrevista, para que ela não se banalize. Veremos.

|*Tereza Cruvinel/247

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O mercado e o fenômeno Lula

Em sua fala, Lula deu um sossega leão nos agentes do mercado e mandou recados diretos aos investidores.

Resultado foi bola na rede.

Ibovespa sobe quase 3% tem maior alta em quase 2 anos, mesmo após

Copom subir juro, e Dólar cai pela nona sessão consecutiva, a R$ 5,85.

Nem o anúncio de Trump, de que irá impor uma tarifa de 25% sobre as importações do México e do Canadá minou o fôlego no pregão brasileiro.

Ibovespa, agora, acumula uma valorização de 5,51% em janeiro.

Então, surge s pergunta, onde estão os terroristas econômicos agora?
Enfiaram a viola no saco, ora.

É para isso que essa turma serve. Fazer barulho a mando do especulador e depois cair no mundo e sumir.

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“Campainha vai tocar”, diz Bolsonaro que revela se preparar para a prisão

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no fim de 2023.

Jair Bolsonaro já se prepara para o dia em que será preso, mas, por enquanto, ainda dorme tranquilamente nas noites que antecedem a chegada da Polícia Federal.

“Eu durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h: ‘É a PF!’”, disse Bolsonaro à agência Bloomberg.

Bolsonaro foi indiciado pela PF no fim de 2023 no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.

A mais recente das acusações ocorreu em novembro de 2024, quando a PF o indiciou por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Não é a primeira vez que Bolsonaro comenta sobre a possibilidade de ser acordado pela PF. No dia 22, o ex-presidente afirmou que acorda todos os dias com a sensação de ter agentes na porta de sua casa.

Durante a entrevista, o ex-presidente se comparou a Donald Trump, que voltou ao comando dos Estados Unidos neste mês. “Eu fui esfaqueado aqui. Ele levou um tiro aí”, disse, referindo-se aos ataques sofridos pelos dois durante campanhas eleitorais.

Ele também traçou um paralelo entre os ataques golpistas ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. “Ele teve o 6 de janeiro, eu, o 8 de janeiro. Eu fiquei muito feliz com a anistia que ele deu. Eu espero que não precisemos esperar eleger um conservador em 2026 para fazer o mesmo aqui”, afirmou.

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TRE-SP cassa mandato de Carla Zambelli e notícia viraliza em tempo recorde nas mídias e nas redes

Taí uma unanimidade, não da votação, mas dos eleitores. Carla Zambelli não é benquista nem entre os bolsonaristas.

Essa gente tosca apenas atura essa deputada de forma estatutária por ser também mais uma bolsonarista tosca.

Abuso de poder. Foi esse motivo que levou o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo cassar, na tarde desta quinta-feira (30), o mandato da deputada federal Carla Zambelli

Votação: Decisão teve 5 votos a favor e 2 contra.

Não para aí.

Além da cassação de mandato, a parlamentar deve ficar inelegível por oito anos.

Zambelli é acusada de abusar de meios de comunicação nas eleições de 2022.

No TRE-SP, prevaleceu o entendimento de que a deputada divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022 e montou uma “teia de desinformação”, utilizando as redes sociais e sites para abusar dos meios de comunicação.

FIM!

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Zambelli cassada: Justiça Eleitoral de SP cassa mandato da deputada Carla Zambelli

Em sessão realziada nesta quinta (30/1), a Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL).

São Paulo — Em sessão realizada nesta quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Carla Zambelli (PL) e cassou seu diploma de deputada federal, por maioria de votos (5×2).

A decisão, que também a tornou inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022, reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), alegando que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.

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Clima anti-imperialista provocado por Trump deixa Lula com a faca e o queijo na mão

É hora de Lula expor o apoio do bolsonarismo e da grande mídia ao imperialismo, o principal responsável pela pressão econômica que asfixia e atrasa o Brasil.

O presidente Lula foi eleito graças a uma grande mobilização popular, ainda que se tenha tentado convertê-la em uma frente ampla institucional e declarado que foi isto que o levou à vitória. As massas que o elegeram esperavam um enfrentamento com a direita a partir do novo governo. A burguesia, contudo, temerosa dessa radicalização, tratou de cortar as asinhas desse movimento nos primeiros dias.

Uma ala mais à direita forjou e a outra ala, mais ao centro, manejou o destino do 8 de janeiro para colocar em Lula uma camisa de força da qual ele ainda não conseguiu se livrar. O 8 de janeiro serviu como a grande chantagem para que Lula cedesse praticamente todo o seu poder ao centrão e foi capturado pelos seus diversos mecanismos de coação (Congresso, “mercado”, Judiciário, frente ampla, ONGs, imprensa, etc).

Muitos pensaram que a eleição de Lula foi a derrota definitiva do regime golpista instalado em 2016. Ledo engano. O golpe significou um rompimento pela burguesia do pacto firmado com a esquerda ao final da ditadura militar. Todas as conquistas alcançadas até então foram arruinadas por Temer e Bolsonaro. Sem anular as reformas trabalhista, previdenciária, o teto de gastos e as privatizações, será impossível implementar uma política que beneficie os trabalhadores e o povo. O regime neoliberal que deu um salto qualitativo na destruição do país em 2016 fez com que aquilo que Lula e Dilma aplicaram anteriormente já não funcione mais.

O PT tentava governar dando dois passos para a frente e um para trás. Mas a burguesia jogou o Brasil 100 passos para trás. E ela já nem aceita mais dois passos para frente: o máximo que permite a Lula é dar um passo para a frente em troca de outro para trás, em um cenário em que já estamos 100 passos atrasados. Isso fica nítido em uma nota da Folha de S.Paulo, que informa que, na metade de seu mandato, Lula cumpriu apenas 28% de suas promessas, sem erradicar a pobreza, fazer a reforma agrária, reestatizar a Eletrobrás e reerguer o SUS.

Oportunidade de ouro para Lula
As lideranças dos movimentos sociais e partidos da esquerda que devolveram Lula ao governo negam-se a enxergar essa realidade. Elas são as maiores culpadas por Lula não ter conseguido se livrar da camisa de força imposta pela burguesia. Quando o time está perdendo o jogo, é dever da torcida empurrá-lo. Mas a torcida nem está no estádio, e sim sentada no sofá e comendo pipoca em frente à TV – e assistindo ao jogo errado, ainda por cima.

Os prognósticos para a segunda metade do governo Lula não são alentadores. Porém, contraditoriamente, a eleição de Trump nos EUA se tornou uma oportunidade de ouro para Lula mudar essa situação. Apoiado por parcelas crescentes da burguesia americana e internacional, o republicano está acirrando exponencialmente a polarização com os países da América Latina e o próprio Brasil.

Os instrumentos de dominação do imperialismo no Brasil não conseguem esconder as atrocidades e as sérias ameaças feitas pelo presidente americano contra os brasileiros e os nossos vizinhos. À medida que Trump estica a corda, ele desnuda para o mundo todo o que é o imperialismo americano. Mesmo invadindo Iraque e Afeganistão, George Bush demorou oito anos para rebaixar o índice de aprovação dos EUA na opinião pública mundial ao nível mais baixo.

Trump demorou apenas três meses para fazer o mesmo em seu primeiro mandato. Na América Latina, com as ameaças de invasão e as deportações desumanas, o sentimento antiamericano (e, como consequência, anti-imperialista), tende a aumentar rapidamente.

Décadas de pressão
Esse sentimento tradicionalmente é maior entre a esquerda. Mas qualquer cidadão fica indignado quando vê um poderoso governo estrangeiro com um líder prepotente e arrogante maltratar seus compatriotas, seus conhecidos, seus amigos e familiares. Até mesmo setores da base bolsonarista certamente começam a se revoltar com a forma como os brasileiros e latino-americanos estão sendo tratados.

Ainda que o imperialismo tente individualizar as medidas de Trump, como se o intervencionismo e o supremacismo fossem exclusividade do novo governo, muitas pessoas começam a perceber que trata-se de uma política sistemática, tradicional e generalizada do imperialismo americano.

E é esse mesmo imperialismo que subjuga o Brasil há décadas. Ainda são as companhias americanas de indústria, tecnologia, informação, comércio e cultura que controlam grande parte da economia brasileira. A destruição da indústria nacional nos anos 90 e de novo a partir de 2016 beneficiou majoritariamente as empresas americanas.

A doutrina do neoliberalismo foi concebida e disseminada pelos EUA e é de lá que o FMI, o Banco Mundial e o tão endeusado “mercado” (o capital financeiro, isto é, o imperialismo em si) impõem o desmonte do Estado e as privatizações. É para eles que pagamos os juros criminosos da dívida externa criminosa, e que para isso temos de cortar gastos com o povo brasileiro. São as instituições do Estado norte-americano, como o FBI, a CIA, o Departamento de Justiça e os seus apêndices na “sociedade civil”, como os canais de TV e ONGs, que comandam a Polícia Federal, o Poder Judiciário, os partidos e a imprensa brasileiros. Temos quinze anos consecutivos de déficit comercial com os EUA, exportando matérias-primas e importando bens industrializados.

Fechados com o imperialismo
Finalmente, a pressão econômica e política às quais o povo brasileiro e o governo estão sendo submetidos vem precisamente do imperialismo americano, através de seu preposto, a burguesia brasileira – e seus órgãos institucionais, de imprensa e da quinta-coluna dentro do governo e na oposição.

Nós temos, por um lado, uma oposição aberta dos políticos bolsonaristas que defendem e justificam as agressões que o Brasil sofre dos EUA, e, por outro, um centro que, por meio dos editoriais da imprensa, prega um pretenso pragmatismo que não é nada senão permitir que tais agressões se perpetuem.

*Eduardo Vasco/Diálogos do Sul