Formado na escola do crime, Pablo Marçal, a cada dia, mais indigestão na sociedade por conta do marketing do burro

Quem tem preparo intelectual, faz debate de nível, quem não tem, parte para a agressão, para a baixaria.

Um dos grandes problemas em que foi criada uma nova forma de burrice, é chamar isso de estratégia de marketing. Se é estratégia de marketing, ela é mais burra do que o próprio mensageiro da estupidez.

Sabe-se que a burrice foi ultra valorizada no governo Bolsonaro. Não é sem motivo que o próprio atacou a ciência, a educação, a cultura, num claro confronto a toda organização social desenvolvida pela sociedade ao longo da história.

Por isso, o bolsonarismo também combate as leis que não lhe causa conforto, foi assim no governo Bolsonaro, quando ele utilizou o sistema de justiça, por exemplo, fazer cera sobre todos os crimes e processos que ele e os familiares estiveram envolvidos, aparelhando a justiça, a polícia e o Ministério Público.

Na verdde, Pablo Marçal, como já dissemos aqui, é a xepa do lixo, tanto Bolsonaro quanto Marçal carregam história de crime muito antes de serem políticos. Tanto Bolsonaro quanto Marçal, ainda muito novos, já tinha ficha criminal de fazer inveja a grandes bandidos. Bolsonaro, envolvido com o garimpo ilegal e atos terroristas, que enfeita sua ficha criminal, que lhe custou a expulsão das Forças Armas, com a mais alta desonra que o sujeito pode receber. E Marçal, o de lesar, melhor dizendo, roubar na mão grande, velhinhos aposentados, com fraude bancária depois que conseguia, através de golpe criminoso, saber todos os dados de suas vítimas, com as próprias vítimas para, em seguida, limpar suas contas.

Ou seja, isso acontecia quando Marçal ainda tinha 17 anos. O pilantra tem 20 anos de know how. Isso não é pouca coisa. A arte de trapacear  para o uso geral de golpistas, ladrões que utilizam artifícios dos mais variados, é praticamente uma cachaça que, de forma cíclica, vai mudando de um galho para outro.

Quem vê as palestras de Marçal, vê que ele não tem o menor pudor em mentir, coisa de quem conhece bem o caminho que isso leva quando consegue enganar as pessoas, mesmo com histórias ridiculamente absurdas, como a que ele começou a aprender nadar e, 15 dias depois, já dava aula de natação, sem falar das histórias comédia que ele, sem corar, explica aos seus súditos em palestra, como enfrentar o tubarão no muque e, um tigre, à unha.

A verdade é que esses caras, Marçal e Bolsonaro, sempre vêm com discurso inacreditável de moralidade. O mais recente bufão, que montou um esquema de extorsão de empresários com o seu operador chamado PC Farias, foi Fernando Collor de Melo, que terminou sofrendo um impeachment, denunciado pelo próprio irmão, depois que sua esposa sofreu assédio de Collor.

Com mais ou menos intensidade, os tipos ativos no mundo do crime, sempre tiveram, e isso é um detalhe importante, o apoio da grande mídia para chegar ao poder, o que significa apoio da oligarquia, apoio dos endinheirados da Faria Lima, que não quere nem ouvir falar em melhora na distribuição de riqueza para beneficiar os mais pobres, muito menos programas sociais do governo ou investimento em saúde e educação da população. Essa gente tem somente um foco na vida, acumular o máximo possível no menor tempo possível, passam a vida pensando em lucrar, lucrar e lucrar, sobretudo sonegando impostos ou sequestrando o próprio Estado para que o imposto pago pela população entre na corrente sanguínea dos mesmos milionários de sempre.

Marçal nada mais é do que uma continuação de Bolsonaro que, sem o menor pudor, matou 700 mil brasileiros com sua política genocida de combater a vacina, o distanciamento social e estimular a imunidade de rebanho.

No mais recente episódio de Marçal, ele fez com um punguista, ataca sua vítima no exato momento final em que a vítima não tem chance sequer de reagir e ele ainda grita pega ladrão.

Suas estratégias eleitorais estão lhe saindo caro, na política e certamente, na sua vida empresarial, já que está expondo ao país inteiro como ele usa das práticas mais criminosas para enganar as pessoas e lucrar muito com isso.

Pesquisadores descobrem novos biomarcadores de Alzheimer no sangue

Diagnóstico no momento correto é a chave para prevenir a evolução da doença, segundo autores da pesquisa.

Novos estudos publicados nesta semana revelam que a avaliação de microRNA no sangue de pacientes pode ser usada para a identificação do Alzheimer ainda no seu estado precoce.

Fornecer esse diagnóstico no momento correto é a chave, segundo os autores da pesquisa, para prevenir a evolução da doença e pode ajudar na eficácia dos tratamentos. Os trabalhos ainda estão em fases preliminares.

Atualmente, o diagnóstico é feito em diferentes etapas. Segundo Claudia Suemoto, pesquisadora e professora da USP (Universidade de São Paulo), antes de investigar a ocorrência de Alzheimer, o paciente tem que ser diagnosticado com demência pela apresentação de sinais e sintomas, como alterações de memória e linguagem ou dificuldade de tomada de decisão, que atrapalhem a autonomia da pessoa no dia a dia.

Uma vez que a demência seja confirmada por testes cognitivos, o primeiro procedimento médico é buscar causas reversíveis para essa perda de cognição por meio de exames de neuroimagem ou de sangue. Só quando descartadas essas possibilidades que o especialista irá investigar a ocorrência de Alzheimer, e os testes de biomarcadores poderão entrar em cena.

Suemoto ressalta que, no Brasil, esses testes estão disponíveis em poucos laboratórios, alguns dos quais devem enviar as amostras para serem analisadas nos Estados Unidos. Por isso, os testes de biomarcadores são ainda muito caros e indisponíveis para a maioria da população e essa prática clínica não está disseminada.

Uma alternativa para o diagnóstico cada vez mais popular é o exame de biomarcadores, dentre os quais os mais conhecidos do Alzheimer são as proteínas beta-amiloide e tau, que se proliferam no cérebro do paciente e causam a neurodegeneração. Essas substâncias podem ser identificadas em exames do tecido cerebral, de imagem ou por análises do líquido cefalorraquidiano e do plasma.

Existem, entretanto, outros sinais do desenvolvimento da doença. Um deles são os micro-RNAs plasmáticos (miRNAs). O meio ambiente e nosso estilo de vida é capaz de controlar a forma na qual nosso código genético se expressa, e essas moléculas são as responsáveis por promover esse diálogo. Assim elas estão diretamente relacionadas com a neurodegeneração, entre outros processos.

Além disso, os miRNAs se manifestam no sangue anos antes do que as proteínas do Alzheimer. Por isso, eles podem ser uma ferramenta útil para revelar a janela de tempo ideal para iniciar um tratamento ou uma intervenção preventiva. Essa janela consiste no momento em que o quadro do paciente está evoluindo de uma deficiência cognitiva leve para a demência.

Acreditando que medir os miRNAs pode levar ao surgimento de um exame para o Alzheimer mais econômico e acessível e menos invasivo, os pesquisadores dos Estados Unidos e da Alemanha trabalharam, primeiro, para identificar quais dessas moléculas estão envolvidas na evolução da demência.

Para isso, usaram os dados da Alzheimer’s Disease Neuroimaging Initiative, um grande estudo multicêntrico destinado à coleta de dados de pacientes da doença em todo o mundo. De posse das informações de saúde de mais de 800 pacientes, os cientistas descobriram nove miRNAs associados à presença de proteínas beta-amiloides, dois associados à tau e outras oitos relacionadas com a neurodegeneração. Esses resultados foram publicados na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

Testes para identificação do Alzheimer
A segunda fase da pesquisa consistiu em examinar amostras de plasma de mais de 800 pacientes, alguns saudáveis e outros com comprometimento cognitivo leve ou demência, na busca da presença dos miRNAs identificados anteriormente. Além disso, os pacientes foram submetidos a testes neuropsicológicos que são normalmente aplicados para a identificação do Alzheimer.

Os resultados da pesquisa, também divulgados na Alzheimer’s & Dementia, revelaram que, combinados, os exames de miRNA aumentam a precisão dos testes neuropsicológicos e conduzem a uma identificação correta do estágio de evolução da neurodegeneração. Além de fornecer uma alternativa diagnóstica, a nova técnica ajuda na compreensão da evolução da doença e pode contribuir para estudos futuros.

Ivan Okamoto, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, diz, entretanto, que novas metodologias para o diagnóstico de Alzheimer ainda precisam de validação, especialmente os exames de sangue. Em particular, é preciso também avaliar a reprodutibilidade dessas análises para a população brasileira, visto que a maior parte da pesquisa é realizada na Europa e nos Estados Unidos, segundo o ICL.

Segundo os pesquisadores, os miRNAs são biomarcadores estáveis e envolvidos em vias metabólicas múltiplas, como neuroinflamação ou disfunção de sinapse. Esses aspectos os tornam alvos ideais para estudos. Sobretudo, eles foram capazes de ajudar na previsão da evolução de pacientes com transtornos cognitivos mais leves para um cenário de demência, momento chave para implementar medidas de prevenção ou tratamento mais eficazes.

Suemoto observa que, ainda mais importante que o diagnóstico, é a prevenção da doença. A eliminação de 14 fatores de risco é capaz de reduzir os riscos da doença para quase 50% das pessoas. Entre eles estão o nível educacional, a perda auditiva, depressão, obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes, isolamento social e poluição do ar. Agora, em 2024, dois novos fatores, perda visual e colesterol LDL alto, foram reconhecidos pela comunidade científica internacional e publicados pela Lancet Comission.

Polícia decreta a prisão de Gusttavo Lima em caso sobre bets

A operação é a mesma em que a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa.

A Justiça de Pernambuco determinou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima no âmbito da Operação Integration. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo.

A Justiça pernambucana também determinou o bloqueio de todos os imóveis registrados nos CPFs e CNPJs ligados ao cantor, além do bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras.

A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, do TJ-PE. A magistrada aceitou o pedido da Polícia Civil pernambucana, rejeitando os argumentos do Ministério Público, que solicitou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares.

Segundo a juíza, uma aeronave que transportou Gusttavo Lima na volta de uma viagem para a Grécia pode ter deixado no exterior dois investigados no caso, José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet e sua mulher, Aislla Rocha.

A juíza destacou que Nivaldo Batista Lima, nome verdadeiro de Gusttavo Lima, demonstra uma “alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas”.

Segundo a juíza, não existe, “no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública”.

A defesa do cantor ainda não se manifestou.

A operação é a mesma em que a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa. Na ação, a Polícia Civil pernambucana investiga uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais.

No dia em que a operação foi deflagrada, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião que pertencia à Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima.

O advogado da empresa afirmou que a aeronave, com o prefixo PR-TEN, havia sido vendida para a empresa J.M.J. Participações, de José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, mas a ANAC informou que Gusttavo Lima ainda era o proprietário do avião.

“Demonstra-se aqui mais um ato de ocultação dos valores obtidos pela empresa dos jogos ilegais na lavagem de capitais, a adquirente paga milhões de reais pela aeronave, prova é que o casal viajou para os EUA nela, após sua aquisição, mas não a transferiu para seus nomes ou de empresas de sua propriedade”, diz o relatório assinado pelo delegado Paulo Gondim, da Polícia Civil de Pernambuco.

Governo Lula demite agente da Abin investigado por espionagem

Governo demitiu o agente Fabrício Cardoso de Paiva; Ele também é investigado na ‘Abin Paralela’

A Casa Civil da Presidência da República demitiu o agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Fabrício Cardoso de Paiva do cargo público, por abandono de cargo em 2022. A demissão foi publicada no Diário Oficial após a conclusão de um processo administrativo-disciplinar da Corregedoria da Abin recomendar, em julho, a medida. Ele também é um dos investigados pela Polícia Federal no caso da “Abin Paralela”.

A coluna revelou o caso em 2 de agosto. O processo estava na Casa Civil desde o início de julho após ter sido concluído na Abin. Paiva tem 49 anos e é oficial de inteligência da Abin desde 2009. Antes disso, foi militar. Ele entrou na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em 1993. Formado, permaneceu como oficial do Exército entre 1996 e 2009 e foi nessa época que ele conheceu o agora governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, também militar, diz o ICL.

Em junho de 2019, ele se licenciou da Abin para trabalhar como coordenador-geral de Pesquisas e Informações Estratégicas da Subsecretaria de Conformidade e Integridade na secretaria-executiva do Ministério da Infraestrutura então comandando por Tarcísio.

A coluna apurou que o motivo de sua demissão como segurança de Tarcísio durante a campanha de 2022 está justamente relacionado a esse período. Quando o então ministro deixou o governo Bolsonaro para disputar o Palácio dos Bandeirantes, em março de 2022, Paiva também retornou às suas funções na agência, mas, no mesmo dia do retorno, ele pediu licença para atuar na campanha. No entanto, Paiva não aguardou os trâmites legais internos e um parecer favorável da Abin para o afastamento, o que só ocorreu meses depois.

Desse modo, ele ficou pouco mais de dois meses na campanha de Tarcísio sem autorização e sem trabalhar na Abin. Para que a demissão de Paiva seja concluída, basta que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, siga a recomendação da Corregedoria da Abin e publique a decisão no Diário Oficial.

Na quarta-feira (31), a coluna revelou que, antes de trabalhar no Ministério da Infraestrutura, Paiva era responsável pelo setor da Abin onde foram localizados documentos que indicam o envolvimento da agência, na gestão de Alexandre Ramagem, na produção de falsas conversas para atacar o jornalista Leandro Demori e os ex-deputados federais Jean Wyllys e David Miranda.

Quando estava atuando na campanha de Tarcísio, Paiva se envolveu em um episódio controverso após seguranças do então candidato se envolverem em um tiroteio na favela de Paraisópolis.

O caso terminou com Felipe Silva de Lima, de 27 anos, morto a tiros. Segundo o site The Intercept Brasil, imagens das câmeras de policiais envolvidos na ocorrência mostram que ele não estava armado. Após a morte de Lima, Paiva coagiu um cinegrafista da Joven Pan a apagar imagens do suposto confronto, conforme áudio revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.

“Tem que apagar. Essa imagem que você filmou aqui também. Mostra o pessoal saindo, tem que apagar essa imagem. Não pode divulgar isso, não”, disse o servidor da Abin na gravação.

Em 2020, Paiva foi indicado por Tarcísio como suplente do Ministério da Infraestrutura no Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19 — grupo interministerial criado para coordenar as ações de enfrentamento à pandemia,

Em março de 2022, Paiva foi promovido a assessor da Secretaria Executiva, órgão mais importante do Ministério da Infraestrutura. Ele deixou o cargo em maio, pouco depois de Tarcísio deixar o governo Bolsonaro para se candidatura a governador de São Paulo.

AtlasIntel: Boulos se consolida na liderança; Marçal despenca e empata com Nunes

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (23) mostra o candidato Guilherme Boulos (Psol) consolidado na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele tem 28,3% das intenções de voto, 0,3% ponto percentual a mais do que tinha na pesquisa de 11 de setembro.

Já Pablo Marçal (PRTB) despencou de 24% para 20,9%, e agora está empatado com o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que oscilou de 20% para 20,9%.

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Segundo turno
Nas projeções de segundo turno, Boulos leva a melhor sobre Marçal, com 44,4% a 38,5%. Ele também supera Ricardo Nunes, mas com uma margem mais apertada: 41,7% a 39,5%.

Já em um cenário entre Nunes e Marçal, o atual prefeito levaria a melhor, com 47,5% contra 28%.

A pesquisa, feita com recursos próprios, ouviu 2.218 eleitores da cidade de São Paulo entre 17 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-03546/2024.

Quem está na mira da PF e de Moraes por ter usado X durante bloqueio

Políticos e candidatos podem ser punidos por descumprirem ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal vai investigar usuários que continuaram utilizando o X (antigo Twitter) mesmo após a plataforma ser suspensa no Brasil.

A PF vai identificar quem usou a rede social após 30 de agosto, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já atuava para suspender a plataforma no país a mando de Moraes.

O foco da Polícia Federal serão donos de perfis que publicaram no X reiteradas vezes após o bloqueio, usando atalhos como a VPN, também proibida pelo Supremo ao bloquear a rede no Brasil.

A coluna apurou que estão na mira da PF diversos deputados bolsonaristas. Entre eles, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) também está na lista de alvos dos investigadores. O parlamentar fez diversas postagens durante a suspensão do X, a maioria delas atacando Moraes.

Eduardo Bolsonaro, por exemplo, desafiou o ministro do Supremo e postou no próprio X, no dia 3 de setembro, que não poderia ser punido por usar a plataforma no Brasil, diz Igor Gadelha, Metrópoles.

“Estou postando no X, escrevendo do Brasil. De acordo com a nossa constituição, um comportamento que era legal até ontem não pode ser considerado ilegal hoje por decisão de um juiz. Não posso ser obrigado a fazer algo ou punido, exceto por uma lei anterior”, escreveu Eduardo.

Candidata em SP também usou o X
Como noticiou a coluna, a candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, também deixou de cumprir a ordem. Ela postou na rede social, nos dias 31 de agosto e 2, 3 e 16 de setembro.

“Que maravilha poder publicar sem recorrer àquele amigo de fora do Brasil”, escreveu Marina no X, na ultima quarta-feira (17/9).

Bombardeios no Líbano matam 100 após Israel pedir para que civis se afastassem de posições do Hezbollah

Mais de 400 pessoas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Bombardeio desta segunda-feira é o mais amplo territorialmente desde o início do mais recente conflito entre Israel e Hezbollah, há quase um ano.

O Ministério da Saúde do Líbano disse que 100 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas depois de Israel lançar um ataque aéreo “extensivo” no país. Pouco antes, as Forças de Defesas de Israel haviam alertado a população civil para que se afastassem “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.

Mais de 300 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. O bombardeio desta segunda-feira é o mais amplo territorialmente já conduzido desde o início da troca de agressões entre as duas partes, há quase um ano.

Os moradores das regiões do Líbano atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques.

Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo (22), quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de dez comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão.

Segundo mensagens do Hezbollah no Telegram, os mortos e feridos no ataque incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.

Amplitude inédita
Os caças israelenses atacaram cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e no Vale do Bekaa, cerca de 30 km a leste de Beirute. Na capital, há relatos de tráfego intenso de carros saindo da cidade em direção a locais que seriam mais seguros.

A área não havia sido atingida anteriormente por ataques aéreos, mas fica entre aldeias cristãs e muçulmanas xiitas, afirmou um morador, que não quis ser identificado. O bombardeio revela que Israel está atacando uma área mais ampla do território libanês a partir de agora, diz o g1.

O Hezbollah afirma ter retaliado o ataque com o disparo de “dezenas” de mísseis em diração a Israel. Os militares israelenses confirmam 35 disparos, com alguns deles caindo em terra.

Infiltração de criminosos na política ameaça segurança eleitoral

Alteração de seções eleitorais é uma das medidas para dos TREs evitarem coação.

No início do mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou a alteração de 53 locais de votação em dez municípios do estado, por questões relativas à segurança. A maioria dessas mudanças ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, mas há também modificações em Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Japeri, Itaguaí, Niterói, Itaboraí e Sapucaia. Em todo o estado, 171 mil eleitores foram afetados pelas alterações. A decisão, segundo o presidente do tribunal, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, foi motivada pelo fato de esses locais de votação estarem sujeitos a ações do crime organizado.

Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a infiltração de grupos criminosos na política é uma das grandes ameaças das eleições municipais não só no estado do Rio, mas no país como um todo. Para garantir que seus candidatos sejam eleitos, essas organizações podem recorrer a violências, ameaças e coação contra adversários e também contra eleitores.

“É um processo que vem acontecendo no Brasil faz tempo, mas que é relativamente novo nas grandes metrópoles: o crime organizado aprendeu a trabalhar de dentro do Estado. Nos rincões do Brasil, sobretudo no Norte do Brasil, isso é mais antigo: um crime organizado que elege políticos e interfere no processo eleitoral. No Rio de Janeiro, em São Paulo, ou em João Pessoa, isso é mais novo”, explica o doutor em Ciências Policiais e Segurança Pública Alan Fernandes, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para ele, no dia da eleição, há um risco de coação, por esses grupos criminosos, contra eleitores, para que eles votem em determinado candidato ou mesmo deixem de comparecer aos locais de votação.

“O principal risco é o impedimento de comparecimento em determinadas zonas eleitorais. Em lugares que são dominados pela violência, pelo crime organizado, existem casos em que as pessoas são impedidas de comparecer ao local de votação, a depender do interesse político daquela facção. O segundo problema, nesses locais de votação, é a coação aos eleitores para que eles votem em determinado candidato de preferência daquele grupo armado”, afirma Fernandes.

Medidas
No Rio de Janeiro, as milícias são um dos grupos armados que têm se aproveitado da política e da participação no Estado para fortalecer sua atuação. Em consequência, novas medidas vêm sendo tomadas pelos tribunais para garantir a lisura do processo eleitoral.

A proibição de uso de celulares e câmeras em cabines de votação, adotada em 2008, por exemplo, foi uma reação do TRE-RJ a informações de que traficantes e milicianos estavam obrigando eleitores a registrar seu voto na urna, para comprovar que estavam votando nos candidatos indicados pelos grupos criminosos. A medida acabou sendo adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para todos os estados nas eleições municipais daquele ano e, depois, incorporada à legislação eleitoral em 2009.

Miguel Carnevale, pesquisador do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/UniRio), explica que essa atuação dos grupos criminosos sobre os eleitores é ainda mais forte nas eleições municipais.

“Você vê muito contato de vereadores com as comunidades e muita força do crime organizado [para a eleição de seus candidatos escolhidos]. Acredito que, para o Rio de Janeiro, a entrada do crime organizado para a política seja um tópico especialmente sensível. Isso afeta certas relações, cria laços clientelistas”, explica.

Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política e Violência da Universidade Federal Fluminense (Lepov/UFF), André Rodrigues afirma que as eleições municipais são sempre mais violentas do que as eleições estaduais e federais, de acordo com os estudos feitos pelo Lepov/UFF no Grande Rio e litoral sul fluminense. “São as eleições onde a gente vê mais interferência violenta na política”, afirma. “Há três mecanismos que os grupos criminosos adotam e que ameaçam as eleições: as ameaças veladas, como declarações explícitas de voto de alguém que controla uma localidade; a proibição de que alguns candidatos façam campanha em áreas de milícia ou de tráfico; e a eliminação violenta de opositores. Só na Baixada Fluminense, de 2015 para cá, a gente já contabilizou 60 assassinatos de pessoas implicadas na política local”.

Apesar de a maioria desses mecanismos ser usada no período de campanha, a coação de eleitores pode ocorrer também em dia de eleição, segundo Rodrigues. Por isso, ele acredita que a mudança de locais de votação é bem-vinda. “Isso não elimina os mecanismos de que eu falei, mas pelo menos pode criar um contexto, no dia [da votação], de maior segurança para os votantes, para que não tenham que votar exatamente no local onde aquele criminoso domina diretamente”. Ele lembra que “na última eleição municipal, em Paraty e em Angra dos Reis, a gente ouviu muitos relatos de pessoas com pinta de miliciano, com tom ameaçador, se posicionando em frente à seção eleitoral”, segundo o ICL.

Secretário-geral da ONU alerta contra transformação do Líbano em “outra Gaza”

Israel e Hezbollah vivem escalada de tensão após ataques nos últimos dias.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar preocupado que o Líbano possa ser transformado em “outra Gaza” em meio à escalada de ataques entre Israel e o Hezbollah.

O chefe da ONU disse a Fareed Zakaria, da CNN Internacional, em uma entrevista exclusiva exibida no domingo (22), que a recente detonação de dispositivos de comunicação no Líbano significa que há um “potencial para uma escalada muito mais forte”, o que ele teme que possa ser uma “tragédia devastadora para o mundo”.

Israel e o Hezbollah têm trocado seus ataques mais intensos desde os ataques de 7 de outubro. A região já estava tensa depois que dispositivos sem fio de propriedade de membros do Hezbollah explodiram e Israel matou um comandante de alto escalão em um ataque no sul de Beirute.

Guterres também discutiu a guerra entre Israel e o Hamas e disse que era “óbvio” para ele que nenhum dos lados quer um cessar-fogo.

“O que está na mesa é bastante razoável”, disse ele, referindo-se às propostas de cessar-fogo para acabar com os combates.

“Ambos os lados devem estar em posição de aceitar. E até agora, vemos que sempre que há um novo desenvolvimento, alguma nova complicação surge. E para mim está claro que ambos os lados não estão interessados ​​em um cessar-fogo.”

Durante meses, Israel e o Hamas conduziram negociações de cessar-fogo por meio de mediadores, mas as discussões estagnaram nas últimas semanas devido a vários desentendimentos, incluindo a presença de tropas israelenses ao longo da fronteira Egito-Gaza, conhecida como corredor Filadélfia, após um acordo.

X no Brasil, Telegram na França e Google nos EUA: “big techs” e redes socais entram na mira de governos e tribunais mundo afora

Pressão por regulação e responsabilização de plataformas digitais cresce em escala mundial.

O X bloqueado no Brasil após descumprimento de decisão judicial. Pavel Durov, fundador do Telegram, preso na França acusado de não impedir o uso criminoso da plataforma. Nos Estados Unidos, o Google sofre sua primeira derrota na Justiça em ação sobre práticas desleais à concorrência. E o TikTok pode ser banido do mercado estadunidense em 2025. Na Europa, todas as big techs passam a estar sujeitas a um escrutínio maior de novas leis que visam regular os mercados digitais.

Esses casos não são coincidência. Especialistas afirmam que, depois de anos de operações sob vigilância reduzida, as grandes empresas de tecnologia enfrentam uma crescente pressão por parte de governos, órgãos reguladores e tribunais mundo afora.

A advogada especialista em direito digital Nuria López, cofundadora da Technoethics e sócia da Daniel Advogados, diz que o endurecimento em medidas de responsabilização é um processo que vem se desenhando ao longo dos últimos anos e que vai exigir equilíbrio para ampliar a exigência de governança sem limitar o desenvolvimento da tecnologia.

— Uma parte do que vivemos no Brasil não é tão diferente do que está acontecendo nos Estados Unidos ou na França — avalia a advogada.

As inovações tecnológicas tendem a progredir em um ritmo muito mais acelerado do que as leis e regulamentações conseguem se adaptar, lembra Nuria. Isso explica por que, durante anos, o território das big techs ficou praticamente livre da pressão judicial e governamental.

Após dobrar apostas contra o Supremo Tribunal Federal, que mantém o X fora do ar no Brasil há três semanas, Elon Musk dá sinais de que pretende cumprir as determinações da Justiça brasileira. O bilionário contratou um escritório de advocacia para os casos que correm no STF, voltou a bloquear contas suspensas por ordem judicial e, no fim da noite de sexta-feira, nomeou um representante legal no país.

Dias antes de o X ser suspenso no Brasil, o russo Pavel Durov, do Telegram, foi preso na França acusado de permitir o uso criminoso da sua plataforma na disseminação de pornografia infantil e tráfico de drogas. Foi libertado sob fiança de € 5,5 milhões, mas com o compromisso de se apresentar regularmente à polícia e sem poder deixar a França.

A lei na qual baseou a prisão de Durov foi promulgada há pouco mais de um ano e prevê, entre outras disposições, a responsabilização criminal de plataformas que sejam lenientes com o uso criminoso de seus serviços.

Responsabilização
Assim como Musk, Durov defende uma liberdade de expressão irrestrita, o que resultou em padrões de segurança mais brandos após o Twitter se tornar X e em um histórico de pouca moderação no conteúdo do Telegram.

Na plataforma de mensagens, o escudo do anonimato defendido por Durov se tornou um refúgio para grupos extremistas e criminosos. Uma investigação do New York Times, que analisou 16 mil canais do Telegram, encontrou 1,5 mil comunidades operadas por supremacistas brancos, com alcance de quase um milhão de pessoas.

Durov chamou as acusações da Procuradoria francesa de “equivocadas”, mas anunciou mudanças em alguns recursos do Telegram e prometeu aumentar os esforços para impedir seu uso criminoso.

A responsabilidade sobre danos causados pelas redes respinga também na Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp. A empresa enfrenta uma série de investigações, desde 2021, sobre o impacto de seus algoritmos na saúde mental em jovens. O processo mais contundente foi movido em outubro do ano passado, quando 40 estados dos EUA processaram a empresa de Mark Zuckerberg por prejudicar a saúde de adolescentes em prol de maior engajamento.

O TikTok, por sua vez, é alvo de uma ação na Justiça estadunidense pela morte de uma menina de 10 anos que tentou o “desafio do apagão” — uma autoasfixia que se tornou viral na rede. Um Tribunal de Apelações considerou que o processo era válido e poderia prosseguir. A decisão é considerada um marco, já que a legislação dos EUA isenta as plataformas pelo teor de conteúdos postados. Mas o juiz no caso considerou que o TikTok poderia ser processado por suas escolhas na promoção dos vídeos de desafio.

A decisão envolvendo o TikTok vem em um momento em que a própria operação da plataforma no país está sob risco. Uma lei aprovada recentemente determina que o TikTok corte seus vínculos com a China ou venda suas operações nos EUA, sob pena de ser banido do mercado estadunidense em janeiro. O argumento é que os vínculos com Pequim seriam uma ameaça à segurança nacional. O TikTok foi à Justiça contra a lei.

Os casos de TikTok, X, Telegram e Meta envolvem contextos distintos, em países diferentes, com interesses nacionais variados, explica Vicente Bagnoli, professor de Direito da Concorrência da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador visitante do Instituto Max Planck de Inovação e Concorrência:

— O que todos esses casos têm em comum é o poder das big techs e como isso tem incomodado. O ponto de virada aconteceu quando as pessoas, inclusive aplicadores do direito e políticos, começaram a entender melhor o que são essas empresas. À medida que elas crescem e se tornam mais poderosas, fica evidente que algo precisa ser feito.

Práticas comerciais
Bagnoli aponta que um dos marcos foi o caso Cambridge Analytica, em 2018, quando o Facebook foi acusado de permitir o uso de dados pessoais de milhões de usuários sem consentimento em propagandas que acabaram influenciando processos como a eleição de Donald Trump e o referendo do Brexit, pelo qual o Reino Unido deixou a União Europeia. O caso deixou claro que “a influência dessas plataformas era tão grande que poderia interferir diretamente em processos democráticos”, lembra Bagnoli.

Na Europa, a aprovação da Lei de Serviços Digitais (DSA, pela sigla em inglês), em 2022, foi outro marco. A legislação, que já levou a abertura de investigações contra Meta e X, traz obrigações para as plataformas na transparência de seus algoritmos e no combate a conteúdos ilegais.

Em outra frente, autoridades têm ampliado os questionamentos sobre as práticas comerciais das big techs. Além de enfrentarem processos antitruste na Europa, elas se tornaram alvo de investigações da Comissão Federal de Comércio e do Departamento de Justiça dos EUA — que já levaram a ações judiciais. Em agosto, houve a primeira sentença: um juiz federal considerou que o Google adotou práticas monopolistas para consolidar seu domínio no mercado de buscas.

O advento da inteligência artificial (IA) generativa torna o desafio da regulação ainda maior. Para o pesquisador Nick Jennings, vice-chanceler e presidente da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, a IA deve exigir cada vez mais diretrizes que transcendem fronteiras nacionais. Mas ele ressalta que é preciso encontrar o ponto ideal:

— A resposta não pode ser zero regulação, ou seja, deixar que todos façam o que quiserem, mas também não pode ser um ambiente extremamente regulado, porque isso irá travar a inovação. Acredito que há um meio-termo possível, embora ainda estejamos buscando esse equilíbrio.