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Vídeo – Wadih Damous sobre mensagens de Moro e Dallagnol contra Lula: o que vem aí é de arrepiar os cabelos da República

“O que foi divulgado é uma parte absolutamente ínfima do que vem por aí. E o que vem por aí é em quantidade superior ao que a própria Vaza Jato divulgou”, afirmou o advogado.

O advogado Wadih Damous, no Giro das 11 da última sexta-feira (19), comentou sobre as novas revelações de que a defesa do ex-presidente Lula obteve provas concretas, na forma de mensagens, da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-coordenador da força tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, na condução da Operação Lava Jato.

“A citadela, a ‘República de Curitiba’, dela não vai restar pedra sobre pedra, é uma citadela que vai ser destruída e eles serão banidos com desonra para a lata de lixo da história”, disse.

“O que foi divulgado é uma parte absolutamente ínfima do que vem por aí. E o que vem por aí é em quantidade superior ao que a própria Vaza Jato divulgou”.

“A Vaza Jato divulgou apenas uma parte, e acho que nem tudo foi entregue ao Intercept. O que foi interceptado na Operação Spoofing parece que vai fazer tremer a República, pois não é à toa que o ministro Lewandowski decretou sigilo sobre as informações contidas naquele acervo”, completou Damous.

Assista:

*Com informações do 247

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Vídeo: Uma explicação objetiva e clara da patifaria criminosa de Moro e Dallagnol contra Lula

Moro e Dallagnol fizeram tudo aquilo que eles acusaram Lula, sem provas.

Não poderia ser diferente.

Os canalhas são sempre “donos da moral”, porque têm a audácia atacarem suas vítimas, e se venderem como heróis.

Aqui nesse vídeo, o advogado criminalista, Augusto de Arruda Botelho, mostra, com clareza, como essa quadrilha de Curitiba age.

Confira:

*Da redação

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Armações de Moro e Dallagnol na Lava Jato são atos de corrupção?

Desde que começou, há seis anos, a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, se apresentou como grupo de super-heróis decididos a varrer a corrupção do Brasil. Também o juiz escolhido para julgar os casos, Sergio Moro, se vendeu assim. Praticamente todas as instituições da República, a imprensa inclusive, avalizaram essa bravata.

Após esses anos de atuação espetacular, os procuradores e seus fãs se gabam da recuperação de quantia superior a R$ 4 bilhões, provenientes de maracutaias contra os cofres públicos.

Das acusações do Ministério Público Federal e das sentenças de Moro resultaram mais de 155 condenações – em sua maioria, de figuras de destaque na República, como o ex-presidente Lula.

Há evidências de sobra de um gigantesco esquema de corrupção encravado na Petrobras. Segundo várias acusações e provas, no entanto, a força-tarefa da Lava Jato e o juiz Sergio Moro só chegaram a tal performance por meio de expedientes que estão fora dos manuais jurídicos: uso abusivo das delações premiadas, divulgação estratégica de dados sigilosos e parceria indevida entre acusadores e magistrado.

Essas reclamações passariam apenas como choro dos advogados de defesa, não fosse a atuação de hackers que invadiram ilegalmente o aplicativo de mensagens de Moro, Deltan Dallagnol e sua turma.

O conteúdo das conversas veio a público em 2019, na série de reportagens conhecida como Vaza Jato, publicada pelo site The Intercept Brasil. Os bate-papos confirmaram as acusações contra o juiz e os procuradores, revelando um indevido jogo combinado entre eles.

Depois de causar muito barulho e obrigar Moro e Dallagnol a se explicarem muitas vezes – inclusive no Congresso -, a Vaza Jato foi esquecida como se tivesse tratado de um tema irrelevante.

O ocaso da Operação Lava Jato ocorreu pela atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras, não pelas acusações feitas anteriormente.

Dallagnol pendurou as chuteiras e Moro, depois de uma temporada como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, saiu com a popularidade abalada para quem tem pretensão de ser candidato a presidente. No entanto, seu status de caçador de corruptos permaneceu.

Agora, por conta de um pedido da defesa de Lula, acatado pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, parte das mensagens trocadas entre o ex-juiz e os procuradores da Lava Jato foram encaminhadas ao ex-presidente.

Ali está a confirmação de que houve tabelinha entre Moro e a força-tarefa. A tal ponto que Dallagnol apresentou ao magistrado um esboço da denúncia contra Lula, para que ele avaliasse se o documento estava contundente o bastante. Essa colaboração, exposta em matéria do jornalista Jamil Chade, do UOL, é ilegal.

Desde que apareceram as primeiras críticas aos paladinos anticorrupção, os defensores da Lava Jato responderam com os resultados da operação, que prendeu engravatados desonestos e recuperou bilhões em dinheiro público.

É um raciocínio parecido com o que os moradores das favelas cariocas usavam no início da atuação das milícias: são ilegais, mas aumentam a sensação da segurança. Deu no que deu.

O brasileiro parece não se acostumar com a ideia de que só é possível fazer justiça dentro da lei. Agentes públicos que investigam e julgam acertando de antemão a sentença são tão criminosos quanto supõem ser os réus que condenam.

Nesse sentido, talvez os super-heróis da Lava Jato tenham cometido uma modalidade bastante grave de maracutaia.

No dicionário Caldas Aulete, a palavra “corrupção” quer dizer “ato ou efeito de subornar, vender e comprar vantagens, desviar recursos, fraudar, furtar em benefício próprio e em prejuízo do Estado ou do bem público”. Nesse caso, os acusados de desviar dinheiro da Petrobras estão incluídos.

Mas também há outro significado no dicionário: “adulteração das características originais de algo; desvirtuação, deturpação”. Foi exatamente o que Moro e a turma de Dallagnol teriam feito com as regras do processo legal, segundo o que se conclui dos diálogos que vieram à tona.

Os tietes de Moro e da Lava Jato não gostam dessa avaliação – muitos deles certamente irão consignar sua discordância nos comentários que você lerá abaixo desse texto.

Mas, a não ser que achemos boa coisa fomentar o culto à personalidade, é preciso arrancar o ex-juiz e os procuradores do pedestal em que se instalaram. Seus admiradores precisam avaliar objetivamente as acusações e tirar conclusões desapaixonadas.

Isso vale tanto para o cidadão comum quanto para as instituições que inflaram a aura de perfeição.

Nós da imprensa tivemos papel fundamental no surgimento dessa lenda. Apesar de quase sempre avessos à autocrítica, é chegada a hora de dizer com todas as letras: erramos.

*Chico Alves/Uol

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Bolsonaro cita vacina brasileira que não existe para não gastar mais com imunizantes já prontos

“Quem diria, né, fazer a nossa vacina. Porque a vacina que está aí pessoal sabe que a data de validade está em torno de seis meses e não pode ficar comprando isso”, afirmou.

O presidente da República Jair Bolsonaro disse nesta sexta (29) que não vai ficar gastando dinheiro comprando vacinas que já estão prontas porque o Brasil tem capacidade de desenvolver um imunizante próprio. E apesar de admitir que não tem orçamento nem projeto para isso, Bolsonaro citou de novo o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, como o responsável por inventar uma vacina contra Covid-19 totalmente nacional.

“Talento não falta no Brasil. Nós temos aqui gente que cada vez mais nos surpreende em todas as áreas. Um [é] até o Marcos Pontes [ministro da Ciência e Tecnologia] que está quase acertando aí”, disse Bolsonaro.

O presidente ainda afirmou que o suposto projeto de Pontes custaria “300 milhões [não especificou a moeda]”, “grana para burro”, e que ele iria buscar o dinheiro para fazer essa suposta vacina. Em tom de brincadeira, ele disse que não iria recorrer ao BNDES.

“Quem diria, né, fazer a nossa vacina. Porque a vacina que está aí pessoal sabe que a data de validade está em torno de seis meses e não pode ficar comprando isso, gastando bastante se pode produzir aqui”, afirmou Bolsonaro.

Ao mesmo tempo em que diz que vai tirar dinheiro da cartola para uma suposta vacina brasileira, Bolsonaro cortou 68,9% do orçamento para importação de equipamentos e insumos destinados à pesquisa científica. A medida afeta diretamente as ações do Instituto Butantan e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no combate à pandemia da Covid-19.

*Com informações do GGN

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Absurdo! Bolsonaro confirma, caminhoneiros e militares como prioritários em vacinação

Nova lista divulgada pelo Ministério da Saúde tem 27 categorias e 77,2 milhões de pessoas, mas país tem apenas 12,8 milhões de doses disponíveis no momento.

O novo plano que estabelece a ordem e o público prioritário para vacinação contra Covid-19 foi divulgado na quinta-feira, 28, pelo governo federal, e confirma a inclusão de novas categorias, como caminhoneiros, motoristas do transporte coletivo e membros das Forças Armadas. A lista total tem 27 categorias, entre elas contingentes que já haviam sido definidos como prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades.

Com a alteração, mais de um terço dos brasileiros, 77,2 milhões, se encaixa nos critérios prioritários — na primeira lista, eram 51 milhões. O grande problema para o governo é que o país tem até agora apenas 12,8 milhões de doses disponíveis, sendo 10,8 milhões da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca/Oxford.

Segundo o Ministério da Saúde, a nova lista foi decidida em concordância com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a partir dos princípios da OMS (Organização Mundial da Saúde). Contudo, em nota, a pasta ressaltou que essa é apenas uma recomendação do Plano de Vacinação e do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Com a lógica tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas”.

O novo plano que estabelece a ordem e o público prioritário para vacinação contra Covid-19 foi divulgado na quinta-feira, 28, pelo governo federal, e confirma a inclusão de novas categorias, como caminhoneiros, motoristas do transporte coletivo e membros das Forças Armadas. A lista total tem 27 categorias, entre elas contingentes que já haviam sido definidos como prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades.

Com a alteração, mais de um terço dos brasileiros, 77,2 milhões, se encaixa nos critérios prioritários — na primeira lista, eram 51 milhões. O grande problema para o governo é que o país tem até agora apenas 12,8 milhões de doses disponíveis, sendo 10,8 milhões da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca/Oxford.

Segundo o Ministério da Saúde, a nova lista foi decidida em concordância com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a partir dos princípios da OMS (Organização Mundial da Saúde). Contudo, em nota, a pasta ressaltou que essa é apenas uma recomendação do Plano de Vacinação e do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Com a lógica tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas”.

Uma das novidades na lista de grupos prioritários são as Forças Armadas, grupo próximo do presidente Jair Bolsonaro — que é um capitão da reserva do Exército — e tem muitos membros em postos-chave do governo, inclusive o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que é general da ativa.

Já os caminhoneiros, que chegaram a apoiar atual governo, atualmente se mostram insatisfeitos pelo aumento do diesel e ameaçam uma nova greve na segunda-feira, 1º. A decisão de incluí-los no plano de vacinação como grupo prioritário foi interpretada como uma tentativa do governo federal de tentar impedir uma nova paralisação da categoria.
Veja a nova lista dos públicos prioritários:

  • Pessoas com 60 anos ou mais e que estejam institucionalizadas
  • Pessoas com deficiência institucionalizadas
  • Povos indígenas vivendo em terras indígenas
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas de 80 anos ou mais de idade
  • Pessoas de 75 a 79 anos de idade
  • Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas
  • Povos e comunidades tradicionais quilombolas
  • Pessoas de 70 a 74 anos de idade
  • Pessoas de 65 a 69 anos de idade
  • Pessoas de 60 a 64 anos de idade
  • Pessoas que possuam comorbidades
  • Pessoas com deficiência permanente grave
  • Pessoas em situação de rua
  • População privada de liberdade
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • Trabalhadores da educação do ensino básico (creche, pré-escolas, ensino
  • fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA)
  • Trabalhadores da educação do ensino superior
  • Forças de segurança e salvamento
  • Forças Armadas
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros
  • Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário
  • Trabalhadores de transporte aéreo
  • Trabalhadores de transporte aquaviário
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores portuários
  • Trabalhadores industriais

*Com informações da Veja

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Operação Spoofing: 1% do arquivo revela um vírus na origem da era do horror

Embora o assunto da hora seja a ida de Jair Bolsonaro às compras — não me refiro a sal, chiclete, alfafa e leite condensado, mas a deputados do Centrão —, deu-se um evento importante nesta quinta. O ministro Ricardo Lewandowski. do STF, decretou o sigilo de tudo o que diz respeito à Operação Spoofing — incluindo o material a que a defesa de Lula já teve acesso, que corresponde a uma parte ínfima do conjunto.

Por que o ministro o fez também para o conteúdo que já é e que ainda será do conhecimento dos advogados do ex-presidente? É provável que se tenha chegado a coisas do arco da velha. Alguns detalhes foram publicados pela edição online na Veja. Já volto ao ponto. Antes, um pouco de memória.

A Operação Spoofing foi deflagrada por comando de Sergio Moro, quando ainda ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, para tentar chegar aos hackers que passaram o material ao site The Intercept Brasil, que resultou na série de reportagens conhecida como “Vaza Jato”.

As conversas, extraídas do aplicativo Telegram, revelam relações absolutamente impróprias e ilegais entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que coordenava a Lava Jato de Curitiba. Também há conversas entre os procuradores que poderiam merecer o título de “Arquitetura de uma Condenação sem Provas”.

TAMANHO DO ARQUIVO

A Polícia Federal foi de uma rapidez realmente impressionante e chegou a Walter Delgatti Neto. Recolheu-se, então, um vasto arquivo que estava com ele que soma espantosos sete terabytes. Um terabyte — ou 1.024 gigabytes — pode arquivar 130 mil fotos digitais. Deu para ter ideia de quanta coisa há lá?

Cumpre lembrar que Lewandowski havia determinado compartilhamento desse material com a defesa de Lula. As reportagens da Vaza Jato foram eloquentes o bastante para evidenciar o que chamo acima de “arquitetura de uma condenação”.

Prestem atenção: dos sete terabytes, forneceram-se à defesa de Lula 740 gigabytes — 10,32% do total. Desses 10,32%, um perito judicial conseguiu analisar, por sua vez, apenas 10%. Assim, estamos falando que foram analisados apenas 74 gigabytes: pouco mais de 1% do que foi apreendido.

E, creiam, já foi o suficiente para acrescentar um conteúdo assombroso àquilo que a Vaza Jato já havia revelado. A rigor, não há um componente criminoso novo até agora ao menos. O que se vê é a confirmação das ilegalidades com conteúdos ainda mais comprometedores.

Informa a revista:

VEJA teve acesso ao conteúdo apresentado ao STF pela defesa como sua “análise preliminar”, encaminhado aos advogados na quarta-feira pelo perito Cláudio Wagner, que mostra sete diálogos curtos entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná Deltan Dallagnol.

Para os advogados de Lula, “é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (i) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça; (ii) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (iii) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

Sim, meus caros! O pouco que se soube do pouco que foi analisado evidencia que o diabo é mesmo tão feio como revelou a Vaza Jato e com artimanhas adicionais.

ARQUITETURA DE UMA PERSEGUIÇÃO

Uma troca de mensagens de 23 de fevereiro de 2016 entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro há de deixar constrangidos juízes federais e procuradores que tenham vergonha na cara. O então juiz pergunta ao coordenador da Lava Jato se a força tarefa tinha uma denúncia sólida contra Lula. E o despropósito se revela inteiro.

Como se falasse a um chefe — e se prova, mais uma vez, que era Moro quem comandava a operação –, Dallagnol detalha o caminho que pretende seguir para incriminar Lula. Na conversa, verifica-se a perversão em que se transformou a delação premiada. Informa o procurador ao juiz, que tem o dever legal de ser neutro:

“Estamos trabalhando a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadação via PRC [Paulo Roberto Costa] (e marcaremos depoimento de PRC para um dia depois da nova fase, para verificar a versão dele).

É do balacobaco:

– juiz cobrando ação do procurador contra o réu com receio de perder uma boa oportunidade de incriminá-lo;

– procurador detalhando a juiz seu plano, como se estivesse numa caçada; – instrumentalização de delatores para atingir o alvo preferencial;

– manipulação de fases e depoimentos com o intuito de incriminar. E isso tudo, ora vejam!, sendo combinado com ninguém menos do que o juiz, que tem a obrigação funcional de ouvir com equidistância defesa e acusação.

E isso tudo, ora vejam!, sendo combinado com ninguém menos do que o juiz, que tem a obrigação funcional de ouvir com equidistância defesa e acusação.

ESTADO PARALELO

As coisas não param por aí.

Entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2015, Moro, o chefe, cobra informações sobre contas da Odebrecht no exterior e quer saber se João Santana, que havia sido marqueteiro do PT, era um dos beneficiários. Deltan diz que há americanos cuidando do assunto no caso do dinheiro que tenha passado pelos EUA, já que a tal conta é, na verdade, suíça. E aí informa:

“Nesta semana, teremos contato com os suíços, que vêm pra cá pedindo extremo sigilo sobre a visita”.

Informa a Veja: Em 18 de outubro de 2016, um dia antes da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Deltan Dallagnol tentava combinar um horário para encontrar Sergio Moro e falar com ele “sobre apreensão dos celulares”. Ele também cita reuniões com representantes suíços e americanos para “discutir e negociar percentuais da divisão do dinheiro”.

Essa história dos celulares de Cunha já tinha sido publicada pela Vaza Jato. Chama a atenção nesse caso, mais uma vez, a articulação com suíços e americanos. O tal dinheiro a ser dividido deve dizer respeito a alguma apreensão ou multa, não está claro no contexto.

O que merece destaque aí é a onipresença de autoridades estrangeiras nessa fase da investigação. O ministro Ricardo Lewandowski enviou um ofício à Procuradoria Geral da República cobrando informações sobre essas parcerias da Lava Jato com autoridades suíças e americanas. E recebeu uma resposta intrigante: não há registro oficial a respeito.

Parece que se tinha, com efeito, um verdadeiro estado paralelo em operação.

FBI, LEMBRAM-SE?

O site Consultor Jurídico já havia noticiado em fevereiro de 2018 a colaboração do FBI com a Lava Jato. Bem, uma coisa é cooperação; outra, distinta, é uma parceria ao arrepio da lei, estabelecida nas sombras. Reportagem da Agência Pública, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelou a atuação ilegal da polícia americana no país, em conluio com a força-tarefa, ao arrepio do Ministério da Justiça e da própria Procuradoria Geral da República.

Na citada reportagem, ficou claro também que Dallagnol mantinha contatos com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em assuntos envolvendo até extradição, sem a intermediação, como exige a lei, do Ministério da Justiça. Estado dentro do Estado.

PEDIDO EXTRAVAGANTE

As primeiras informações que vêm à luz em razão do compartilhamento dos arquivos da Operação Spoofing reforçam, com sobras, a cadeia de ilegalidades que já havia sido revelada pela Vaza Jato. Dá para entender por que Dallagnol e alguns colegas procuradores apelaram a Lewandowski para suspender esse compartilhamento. Se malsucedidos, pedem que a questão seja levada ao pleno. Para começo de conversa, é matéria que diz respeito à Segunda Turma porque se trata de investigação já em curso.

Na petição enviada a Lewandowski os procuradores contestam que tenha havido perícia no arquivo, afirmando que esta evidencia apenas que não houve nenhuma adulteração depois da apreensão. E insiste na tese ridícula de que o material apreendido pode ter sido manipulado antes pelos hackers.

A argumentação chega a ser pueril. Para tanto, seria preciso, então, que Delgatti hackeasse os diálogos e os adulterasse, apostando, então, que um dia esse material seria apreendido pela polícia, servindo para desmoralizar Moro e Dallagnol. Nesse caso, ele não seria um hacker, mas um adivinho.

O pouco que se sabe do pouco mais de 1% analisado dos sete terabytes apreendidos evidencia o buraco legal em que a Lava Jato meteu o país. Não por acaso, tanta dedicação ao combate à corrupção acabou resultando na eleição de Jair Bolsonaro, este que agora vai às compras na Câmara e que incita os brasileiros a ter coragem, não temendo o coronavírus. Com o país marchando célere para os 250 mil mortos antes que termine fevereiro.

O vírus lava-jatista do ataque ao devido processo legal e ao estado de direito nos atingiu antes que o coronavírus. E nos deu Bolsonaro de presente. Quantos dos atuais 221,6 mil mortos se devem a essa parceria?

Reinaldo Azevedo/Uol

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Urgente: Polícia Federal abriu hoje inquérito para investigar ministro Eduardo Pazuello

Ministro Ricardo Lewandowski determinou investigação da conduta do ministro da Saúde em relação à crise sanitária do Amazonas, onde pacientes morreram por falta de oxigênio.

A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), inquérito para investigar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária do Amazonas.

A investigação deve tramitar no Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) porque Pazuello, na condição de ministro, tem foro privilegiado. Na sequência, a PF deverá procurar Pazuello para agendar o depoimento.

Lewandowski, relator da investigação, avaliou que, considerando a fase embrionária das investigações, Pazuello terá a prerrogativa de marcar dia, horário e local para ser ouvido pela Polícia Federal.

O ministro da Saúde é investigado por causa do colapso na saúde pública no Amazonas. Pacientes morreram pela falta de oxigênio medicinal nos hospitais e muitos foram transferidos para receber atendimento médico em outros Estados.

O envio do caso a Lewandowski foi determinado nesta segunda-feira pela vice-presidente do STF, Rosa Weber – que está à frente do plantão judiciário durante o recesso. Lewandowski já é relator de outros temas ligados à pandemia e, por isso, foi designado como responsável pela análise.

O pedido de inquérito foi enviado ao Supremo no sábado (23) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, com base em uma representação do partido Cidadania e em informações apresentadas pelo próprio ministro Pazuello – além de apuração preliminar da própria PGR.

Após o pedido da PGR ao Supremo, o Ministério da Saúde informou que aguardaria a notificação oficial para se manifestar.

No documento enviado ao STF na última semana, a PGR afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.

A PGR também aponta indícios de atraso para o envio efetivo de oxigênio hospitalar às cidades amazonenses – a falta do insumo levou à morte de dezenas de pacientes com Covid-19 neste mês.

Um outro fato chamou a atenção da PGR. No dia 14 de janeiro, portanto oito dias depois de Eduardo Pazuello saber do iminente colapso no sistema de saúde de Manaus, o ministério fez a entrega de 120 mil unidades de hidroxicloroquina, como medicamento para tratar a Covid-19, quase a mesma quantidade de testes do tipo PCR que havia sido entregue ao estado do Amazonas.

Aras afirma que “a distribuição de cloroquina foi iniciada em março de 2020, inclusive com orientações para o tratamento precoce da doença, todavia sem indicar quais os documentos técnicos serviram de base à orientação”. A cloroquina não tem eficácia comprovada.

O procurador-geral defende o aprofundamento nas investigações sobre os “gravíssimos fatos imputados” ao ministro, “considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o ministro Eduardo Pazuello, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal”.

“Mostra-se necessário o aprofundamento das investigações, a fim de se obter elementos informativos robustos para a deflagração de eventual ação judicial”, diz Aras.

*Do G1

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Vídeo – Haddad: ‘Quem sustenta Bolsonaro é o PSDB do Doria, o MDB do Temer e a mídia’

Petista criticou “jogo de cena” dos principais jornais do país, que defendem o impeachment de Bolsonaro em editoriais, mas não cobram esse posicionamento de líderes tucanos e emedebistas.

Para o ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência Fernando Haddad, o impeachment de Jair Bolsonaro não pode ser uma questão de conveniência. A questão principal é saber quantas vidas e empregos perdidos podem ser evitados com o seu afastamento. Mas ele diz que há um “jogo de cena” entre a mídia e partidos, como o PSDB e o MDB. Ao mesmo tempo em que atacam a figura do presidente, apoiam a agenda econômica do ministro Paulo Guedes.

“Quem sustenta hoje o Bolsonaro é o PSDB, do Doria, e o MDB, do Temer”, afirmou Haddad, em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (29). São esses partidos que, segundo o petista, se adotassem posição firme contra o atual governo poderiam mudar o curso da história.

Entrevistado por Maria Tereza Cruz e Paulo Donizetti de Souza, editor-chefe da Rede Brasil Atual, Haddad criticou o papel da imprensa tradicional. “A grande imprensa pede timidamente o impeachment do Bolsonaro nos seus editoriais. Mas não cobram o PSDB e o MDB. Não cobram o Doria e o Temer. Ninguém está falando a verdade para as pessoas. Isso é um jogo de cena. Interessa a eles desgastar Bolsonaro como figura pública, enquanto mantêm o apoio à agenda econômica do Guedes.”

Ainda mais contundente, Haddad afirmou que a imprensa jogou o país “no colo de um psicopata” em função de uma agenda econômica. Agenda essa que promove a retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, com vistas à margem de lucro dos empresários. Contudo, esse modelo ortodoxo foi abandonado em todo o mundo. O petista citou as diretrizes econômicas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão. “É um absurdo. Estamos na contramão de todas as recomendações, inclusive do FMI.”

Pior do mundo

Haddad destacou que o governo Bolsonaro é o pior do mundo no combate à pandemia, citando estudo do Lowy Institute, de Sydney, divulgado ontem, que comparou o desempenho de quase 98 países. “Ontem foram quase 1.400 pessoas que morreram. Eu perdi minha madrinha ontem, dentro dessa estatística. A pandemia está chegando na casa de todo mundo, está todo mundo vendo chegar.”

Ele destacou a falta de resposta do governo brasileiro à farmacêutica Pfizer, sobre a proposta de aquisição de 70 milhões de vacinas, ainda em meados do ano passado. Além disso, Bolsonaro e seus representantes entraram em rota de colisão com a China, que produz insumos para a maior parte das vacinas contra o novo coronavírus. “O Brasil hoje é considerado um pária mundial.”

Auxílio emergencial

Haddad também criticou o ministro Paulo Guedes, por ter sinalizado que voltaria com o auxílio emergencial, caso o Brasil voltasse a atingir a casa de 1.500 mortes por dia. Beirando esses números trágicos, o ex-prefeito disse que é provável agora que o ministro queira “dobrar a meta”. “Para leite condensado, tem dinheiro à vontade. Mas para o auxílio emergencial, não vai ter. Esses caras, é difícil de dizer isso, mas eles não têm ideia do que é o Brasil”.

Segundo o petista, a volta do auxílio emergencial é necessária para garantir a sobrevivência das pessoas e da economia, enquanto a vacinação em massa não tiver avançado. “Bastava ter passado um dia numa escola de economia para saber que você não consegue sair de uma pandemia, dessa maneira absolutamente irresponsável. As pessoas não têm horizonte. Estão desesperadas”, declarou.

Ele destacou, inclusive, que a extensão do auxílio emergencial é uma das propostas do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, apresentado pelo PT em setembro. “É bom lembrar que o valor do auxílio emergencial se deve mais à oposição do que ao próprio governo, cuja oferta inicial era de R$ 200 por família. O que iria quebrar o país. Estamos atuando no Congresso para salvar o país, mesmo quando Bolsonaro fatura os louros da decisão”.
Eleições 2022

De acordo com o ex-candidato à presidência, mais importante do que a formação de uma chamada “frente ampla”, é preciso estabelecer um compromisso, entre todos os candidatos, pela derrota de Bolsonaro. Ele voltou a provocar o PSDB, que quer aparecer como oposição, mas poderia votar em Bolsonaro num eventual segundo turno. Também voltou a ressaltar que a mídia tradicional ainda tenta “sufocar o PT”, que é o “único grande partido de oposição”.

“Eu vou votar em quer derrotar o Bolsonaro. Quero saber dos outros, de quem já foi presidente, de quem quer ser candidato a presidente, se essas pessoas têm coragem de dizer hoje o que farão num segundo turno, se o Bolsonaro estiver representado. Sem isso, fica muito difícil”, declarou Haddad.

Assista:

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Política

Vídeo: Moro e Força-tarefa da Lava Jato trocaram informações sobre denúncia contra Lula

O ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato acertaram atos processuais e, em conversas secretas pelo Telegram, estabeleceram acordos sobre como proceder denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, meses antes da apresentação formal dos casos.

Essas afirmações, com trechos das conversas, fazem parte de uma reclamação que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva submeteu ao STF, ao solicitar que o restante da informação de operações da Polícia Federal fosse liberado.

Um dos elementos centrais seria um entendimento entre Moro e os procuradores. “A análise preliminar, segundo eles, confirmariam que o então juiz SERGIO MORO e os procuradores da República integrantes da “Lava Jato” efetivamente combinavam a prática de atos processuais — e, por isso mesmo, também praticavam atos de natureza processual — no aplicativo Telegram”, disse.

“Até mesmo a denúncia foi elaborada pelo MPF sob a orientação do então juiz SERGIO MORO, como se verifica, exemplificativamente, no trecho abaixo — que envolve um dos chats em que o então juiz SERGIO MORO conversava secretamente com o procurador da República DELTAN DALLAGNOL”, apontam. Procurado, Moro indicou que não iria comentar.

Na conversa, pode-se ler uma pergunta de Moro ao chefe dos procuradores às 13:47 do dia 23 de fevereiro de 2016: “Vcs entendem que já tem uma denúncia sólida o suficiente?”.

“Sim”, respondeu Dallagnol, quase uma hora depois. “Na parte do crime antecedente, colocaremos que o esquema Petrobras era um esquema partidário de compra de apoio parlamentar, como no Mensalão, mas mediante indicações políticas usadas para arrecadar propina para enriquecimento ilícito e financiamento de campanhas”, disse.

“Com a saída de JD (José Dirceu) da Casa Civil, o esquema só se perpetuou porque havia alguém acima dele na direção”, disse.

No outro trecho, ele avisa: “estamos trabalhando com a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadar via PRC”, numa referência a Paulo Roberto Costa. No texto, Dallagnol conta como levantamentos sobre das palestras estão ocorrendo.

“Quanto à lavagem, denunciaremos os pagamentos da Odebrecht e OAS no sítio, apartamento e mudança”, explicou. “Em linhas gerais, seria isso”.

“Descreveremos o esquema Petrobras como esquema de partido, que se perpetua mesmo com a saída das pessoas de posição de governo, como Pedro Correa e JD. Falaremos que mesmo com a saída do JD o esquema continuou, o que indica líder acima”, voltou a dizer. “Desde mensalão, não teria como estar iludido quanto à forma de indicação política e arrecadação de recursos, que não eram para Caixa 2, mas, mais do que isso, ele comandava.”, afirmou. Ainda em outro momento, ele complementa sobre Lula: “ele era o líder máximo”.

Dias depois, em 4 de março, Moro decretou a condução coercitiva do ex-presidente. Mas a denúncia da Lava Jato contra Lula só seria apresentada sete meses depois.

Em 2019, o site The Intercept Brasil revelou conversas entre os procuradores e o ex-juiz, expondo os bastidores da maior operação anticorrupção do Brasil. Neste caso, o material sob sigilo no STF revela uma nova dimensão das conversas, indicando, segundo a defesa, como denúncias teriam sido costuradas antes de serem apresentadas.

A novidade, no novo material, é ainda o envio de detalhes por parte dos procuradores ao ex-juiz sobre as evidências encontradas, inclusive em contas no exterior.

A denúncia tenta anular as sentenças contra seu cliente, sob a justificativa de que Moro não foi imparcial.

Acesso pelo STF

No final de 2020, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu à defesa do ex-presidente o material apreendido na Operação Spoofing – investigação contra hackers que invadiram celulares dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Naquele momento, 740 gigabytes de informação foram repassadas aos advogados. Mas, segundo os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, essa informação não representava a totalidade da operação e seria necessário obter todos os sete terabytes de dados.

Para mostrar ao STF a importância do acesso à integra, os advogados submeteram informações aos ministros que revelam trechos do que já conseguiram identificar na primeira remessa de informações.

E, nela, consta um documento encontrado num arquivo que teria sido salvo por Deltan Dallagnol, procurador que atuou como chefe da Operação Lava Jato.

“Em análise preliminar de cerca 10% dos 740GB fornecidos, é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (i) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça; (ii) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (iii) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”, alertam.

No que se refere à cooperação internacional, a troca de informações entre Moro e Dallagnol também aparece nas conversas. No final de 2015, por exemplo, os dois tratam de visitas de procuradores suíços que deveriam ser mantidas em sigilo.

Ao tratar do caso, o procurador conta ao juiz o fato de que os dados que estavam sendo repassado a eles se referirem a contas no exterior. Moro então pergunta: “Mas o beneficiário é JS?. Trata-se do marqueteiro João Santana, ligado ao PT. Dallagnol confirma.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Vitória de Lira será o impeachment informal de Bolsonaro

O Centrão é formado por um bando de urubus que sabe farejar carniça, e o governo Bolsonaro está em estado avançado de decomposição

A especialidade do centrão é comer carne podre e já mostrou que não vai querer migalhas em troca de apoio a Lira, candidato de Bolsonaro.

A princípio, quer dois ministérios, Saúde e Cidadania, mas para manter seu “apoio” a Bolsonaro, vai querer cada dia mais espaço no governo e já fala que quer a recriação do Ministério do Desenvolvimento e Indústria.

Bolsonaro, em estado de deterioração, já fala em conceder os três pedidos aos partidos que dão sustentação ao candidato apoiado pelo ele – Arthur Lira.

O Centrão, que tem compulsão por cargos e pastas, seguirá descontrolado querendo cada vez mais privilégios para manter sua “fidelidade” a Bolsonaro.

Com isso, em pouco tempo, Bolsonaro será apenas um casulo choco, desprovido de sentido; fútil e insignificante.

E o Brasil assistirá à cobiça dos parlamentares do Centrão ditarem as diretrizes do país, ou Bolsonaro e filhos caem em desgraça e vão direto para a cadeia.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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