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Depois de dizer que Mariana Ferrer merecia ser estuprada, Constantino diz que Beto Freitas merecia ser assassinado

Depois de ser colunista supostamente econômico de revistas mundo cão de classe média, Constantino se transformou numa espécie de bombril com 1001 utilidades na sua prestação de serviços a Bolsonaro.

O rapaz tem superado até a turma do Pingo nos Is, comandado pelo insuspeito Augusto Nunes.

Depois de, em síntese, dizer que Mariana Ferrer merecia ser estuprada e humilhada pelo advogado do estuprador, agora, Constantino, que disse ser contra o Dia da Consciência Negra, decalcando as palavras de Bolsonaro pela língua de trapo de Sergio Nascimento, da Fundação Palmares, diz que, por ter dado um soco em um segurança (que não se sabe o motivo dessa reação), Beto Freitas merecia ser espancado e asfixiado até a morte.

Disse Constantino: “O que temos até aqui não indica nada parecido. O homem, um sujeito enorme, teria ficha corrida na polícia e teria agredido uma funcionária do Carrefour. Por isso ele foi espancado, não pela cor da pele.”

Para piorar o troço, ele cita Morgan Freeman de maneira desavisada, como faz todo racista, porém, o ator americano mudou sua posição completamente depois do assassinato de Geoge Floyd. Constantino ainda diz que, além de preferir as palavras de Freeman, prefere as palavras do secretário da Fundação Palmares. Ele prefere tanto que sequer cita o nome boneco de ventríloquo de Bolsonaro que comanda a Fundação.

Em suma, Constantino, em menos de um mês, negou que existe no Brasil estupro e racismo ou, no mínimo, que a culpa pelo estupro é da estuprada e a do assassinato por racismo é do assassinado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Como todo racista, Bolsonaro nega o racismo no Brasil e deixa o G20 em choque

Talvez, numa didática exercida nas Forças Armadas, Bolsonaro tenha repetido o discurso de Mourão ao dizer ao G20 que o Brasil tem questões profundas de desigualdade, mas não tem racismo, com aquela destreza típica do cavalão.

Parece que há mesmo uma instrução superior nas Forças Armadas em que a palavra cidadania é abolida, até porque o Estado de exceção é praticamente uma tara histórica dentro do ambiente militar.

Para os militares, a escravidão não alterou nada, não definiu territórios, não marcou espíritos e não marca até hoje as relações sociais.

Talvez, pela piora na vida dos negros brasileiros, quando aquele modelo econômico imposto pelo regime autoritário dos anos de chumbo, que agravou muito as nossas diferenças sociais, tenha criado uma espécie de anestesia que é utilizada como cálculo econômico em que os negros viram minguar o acesso a oportunidades produzindo uma situação estrutural cumulativa de racismo.

Negar o racismo para quem nega até hoje que Duque de Caxias comandou as Forças Militares para atacar o quilombo de Manuel Congo, em Vassouras, estado do Rio, prendendo-o e levando-o ao enforcamento, negar o racismo no Brasil, naturalizando o preconceito, é um caminho absolutamente natural. Ninguém espera nada diferente vindo da boca de quem tem em sua cabeceira um livro de Brilhante Ustra.

A questão é que, quando Bolsonaro vomitou seus preconceitos negando o racismo, ele chocou a todos os que participavam do encontro do G20, afastando ainda mais o Brasil do mundo civilizado.

Não foi por acaso que, durante a campanha de 2018, inventaram aquela facada mandrake, sem sangue e sem face, para que um idiota como esse não fosse ao debate e estragasse o serviço sujo de Moro, de condenar e prender Lula, para que os dois, Bolsonaro e Moro, assumissem seus lugares no poder.

Todas as vezes em que o ogro abre a boca, consegue ser mais estúpido que ele próprio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Urgente: Justiça rejeita 6ª denúncia descabida contra Lula

Pela 6ª. vez a Justiça rejeitou uma denúncia sem materialidade contra o ex-presidente Lula. A sentença foi proferida em 19/11/2020 pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal (Processo nº 1007965-02.2018.4.01.3400) e rejeitou a acusação de que Lula teria integrado uma organização criminosa (Lei nº 12.850/13, art. 2º, §3º e 4o).

Lula já havia sido definitivamente absolvido (decisão transitada em julgado) da mesma acusação pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal por meio de sentença proferida em 04/12/2019 (Processo nº 1026137-89.2018.4.01.3400).

Em todos os processos em que Lula foi julgado fora da autointitulada “Lava Jato de Curitiba” a acusação foi sumariamente rejeitada ou o ex-presidente foi absolvido, com trânsito em julgado. Tais decisões se referem aos processos abaixo listados:

1) Caso “Quadrilhão”
12ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 1026137-89.20184.01.3400 – o ex-presidente Lula foi absolvido sumariamente e a decisão se tornou definitiva (trânsito em julgado);
2) Caso “Obstrução de justiça”
(Delcídio do Amaral) – 10ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 0042543-76.2016.4.01.3400 (42543-76.2016.4.01.3400) – o ex-Presidente Lula foi absolvido por sentença que se tornou definitiva (trânsito em julgado);
3) Caso “Frei Chico”
7ª Vara Criminal Federal de São Paulo – Inquérito n.º 0008455-20.2017.4.03.6181 – rejeição da denúncia em relação ao ex-presidente Lula confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª. Região;
4) Caso “Invasão do Tríplex”
6ª Vara Criminal Federal de Santos – Inquérito n.º 50002161-75.2020.4.03.6104 – denúncia sumariamente rejeitada em relação ao ex-presidente Lula.
5) Caso Janus I
10ª Vara Federal de Brasília – Ação Penal n° 0016093-96.2016.4.01.3400 – processo trancado por inépcia da denúncia e ausência de justa causa por decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região proferida em 1º/09/2020).
A nova decisão da Justiça Federal de Brasília é mais uma evidência de que Lula é vítima de lawfare, pois o ex-presidente foi vítima de múltiplas acusações frívolas e descabidas com fins ilegítimos.

Teixeira Zanin Martins & Advogados

*Com informações do site Lula

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Boicote nacional ao Carrefour: “Não vá e não compre”, convoca a Coalizão Negra

“A rede é reincidente em casos de violência racial, e portanto precisa ser responsabilizada por essas práticas”, diz o coletivo.

A Coalizão Negra por Direitos, grupo que reúne 150 organizações antirracistas, divulgou uma campanha na sexta-feira (20) pelo boicote nacional ao Carrefour. Mobilização ocorre após o assassinato de João Alberto, um homem negro, por seguranças brancos da rede.

De acordo com o coletivo, o Carrefour é reincidente em casos de violência racial e “precisa ser responsabilizado por essas práticas”. O boicote consiste em não frequentar ou comprar em unidades da rede.

A Coalizão lembra ainda outros caso de violência que aconteceram em 2009 e 2018 em outras unidades do supermercado.

“No ano de 2009, seguranças da rede de supermercados espancaram Januário Alves de Santana na unidade de Osasco, ao argumento de que o homem foi confundido com um ladrão”, relembra.

“Em 2018, na unidade de São Bernardo do Campo, seguranças espancaram Luís Carlos Gomes porque ele teria aberto uma lata de cerveja no interior da loja. Todos esses casos aconteceram no interior de lojas da rede Carrefour, o que demonstra que não se trata de exceção, violência racial é regra dentro do Carrefour”, completa.

Um dos responsáveis pelo assassinato de João Alberto em Porto Alegre é um policial militar temporário, enquanto outro era segurança da loja. Ambos foram detidos em flagrante e devem responder por homicídio qualificado.

 

*Com informações da Forum

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União Europeia quer critério climático no comércio mundial e pressiona governo Bolsonaro

Se depender da Europa, a pressão ambiental sobre as exportações brasileiras vai aumentar. A partir de hoje, líderes das maiores economias mundiais se reúnem para a cúpula do G-20 e, na agenda, estará o esboço de uma arquitetura para o mundo pós-pandemia.

Uma das propostas feitas pela UE (União Europeia) é de que todos os acordos comerciais sejam permeados e condicionados por critérios de compromissos ambientais, de biodiversidade, emissões de gases e climáticos.

Os europeus não querem que isso se limite aos tratados bilaterais. Mas também à própria reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio), a partir de 2021, com ideias sobre o estabelecimento até mesmo de impostos climáticos sobre bens que viriam de países onde as leis ambientais não sejam da mesma dimensão. O presidente Jair Bolsonaro também defende uma reforma da OMC, mas não nos mesmos termos de Bruxelas.

A esperança da UE é de que o tema ganhe o apoio de Joe Biden, o presidente eleito americano, que já indicou às capitais europeias que colocará o clima no centro de sua agenda. A volta dos Estados Unidos (EUA) ao Acordo de Paris também está sendo visto como um incentivo para que se pressione países no que se refere às metas de emissões de CO2.

Além disso, o G-20 será liderado por um governo europeu — a Itália — e que já indicou que colocará a questão ambiental como prioridade das negociações durante todo o ano.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros confirmam que as propostas europeias no G-20, se tiverem o apoio americano, poderão representar um desafio inédito para o governo em Brasília.

Trump vinha bloqueando agenda ambiental Ao longo dos últimos dois anos, a agenda ambiental só não esteve mais presente na cúpula do G-20 por conta da oposição de Donald Trump diante do tema. A Casa Branca bloqueou negociações que pudessem indicar mais ambição ou qualquer tipo de compromisso. Para o Brasil, a blindagem americana teve um apoio positivo, evitando que o país estivesse ainda mais exposto às críticas internacionais.

Mas, com a cúpula deste fim de semana representando o adeus internacional de Trump, os demais governos já se prepararam para incrementar a pressão sobre o tema.

Antecipando uma crítica, Bolsonaro também usou a reunião dos Brics nesta semana para fazer ameaças veladas aos governos europeus, no que se refere à compra de madeira ilegal. Numa live promovida na noite de quinta-feira, o presidente voltou a criticar a França, argumentando que existem motivos comerciais para que Paris adote uma postura contrária ao Brasil.

A resposta europeia, porém, será mais estrutural e mais ampla que críticas isoladas. Ursula van der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deixou claro que o objetivo é o de estabelecer um modelo em que países terão de “desconectar o crescimento de suas economias da exploração de recursos naturais”. Um dos temas principais do governo brasileiro ao se defender das críticas é justamente sobre a necessidade de promover o desenvolvimento e crescimento de sua economia.

 

*Jamil Chade/Uol

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Bolsonaro diz que estava certo em matar até aqui quase 170 mil brasileiros com a pandemia

Cínico e sórdido, Bolsonaro disse que o tempo provou que o caminho adotado por ele para lidar com a pandemia era o correto.

Para quem tem fascínio pela morte, para quem tem em sua cabeceira o livro de Brilhante Ustra, ele está certíssimo. Motivo de piada internacional, o ogro verde e amarelo disse que era preciso cuidar da saúde e da economia, só não se sabe o que é mais frágil. Bolsonaro afirma que o tempo está provando que ele estava certo. A economia brasileira ao cacos, quase 170 mil mortos por culpa dele e ainda dá uma declaração dessa ao G20.

Depois de ler a matéria de Jamil Chade, que segue abaixo, pensa-se, como se chegou a isso? Como o Brasil , depois do golpe em Dilma, tem como presidente da República um sujeito que menospreza a morte das pessoas, que comanda o dia do fogo na Amazônia e que defende a derrubada do pantanal para se transformar em pasto, sem falar nas suas cotidianas declarações racistas, homofóbicas e outros absurdos promovidos pelo fascista tropical.

Jamil Chade: Ao G-20, Bolsonaro não cita mortes e diz que estava “certo” sobre pandemia

O “tempo provou” que o caminho adotado pelo Brasil para lidar com a pandemia da covid-19 era o correto. O recado é do presidente Jair Bolsonaro, numa mensagem promocional gravada aos demais líderes do G-20 e que foi difundida nesta manhã pelos organizadores da cúpula que ocorre neste fim de semana. Em sua breve fala, nenhuma mensagem sobre as vítimas da doença e nem sobre sua insistência em promover tratamentos sem comprovação científica e sua atitude de minimizar a violência do vírus.

“Neste ano, enfrentamos desafios sem precedentes na história recente”, disse Bolsonaro. “A cooperação no âmbito do G-20 é essencial para superarmos a pandemia da covid-19 e retomarmos o caminho da recuperação econômica e social”, afirmou.

“Desde o início ressaltamos que era preciso cuidar da saúde e da economia, simultaneamente. O tempo vem provando que estávamos certos”, disse. “Devemos manter o firme compromisso para trabalhar pelo crescimento econômico e a liberdade de nossos povos e a prosperidade do mundo”, completou.

Durante este sábado, Bolsonaro ainda irá fazer um discurso oficial ao grupo que se reúne de forma virtual. O encontro, porém, não será aberto à imprensa.

Em sua declaração final, o G-20 irá insistir que só o controle da pandemia dará espaço para a retomada do crescimento mundial. Mas o grupo também reconhece que é preciso agir para garantir empregos.

“Estamos determinados a continuar a usar todas as ferramentas disponíveis, pelo tempo que for preciso, para proteger a vida, o emprego e a renda das pessoas, apoiando a recuperação da economia global e aprimorando a resiliência do sistema financeiro, enquanto o protegemos de riscos”, diz o rascunho do comunicado.

O posicionamento de Bolsonaro jamais foi questionado pela comunidade internacional no que se refere à necessidade de manter uma atenção especial à renda das famílias. O que foi questionado de sua gestão é a insistência em minimizar o vírus, em promover soluções sem base científica, em promover aglomerações, em se recusar a ouvir as recomendações da OMS e em menosprezar o impacto das mortes.

O Brasil, como resultado, é um dos países com o maior número de casos e de mortes do mundo.

Clima

Mas o G-20 deve ainda focar seu debate sobre a questão climática e como garantir que, num novo modelo de crescimento, medidas para garantir a sustentabilidade sejam implementadas. Bolsonaro não fez nenhuma referência a isso em sua mensagem.

Já Giuseppe Conte, primeiro-ministro da Itália e o presidente do G-20 em 2021, também emitiu uma mensagem na qual ele indica a necessidade de que o “novo normal” a ser criado após a pandemia não pode ser apenas restabelecer o que existia no passado. “Precisamos criar um novo normal melhor”, disse. Conte, ao contrário de Bolsonaro, aponta para a questão climática como um dos centros dessa resposta.

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, também insistiu sobre a questão climática e revelou como seu governo apresentou um pacote para promover uma “revolução industrial verde” na economia. Para ele, o mundo precisa de um “futuro mais verde” e isso só será possível se governos assumirem ações “mais ambiciosas”.

“Peço que os demais líderes façam promessas amplas para derrotar a pandemia e proteger nosso futuro”, disse Johnson.

Pedro Sanchez, presidente do governo espanhol, também defendeu que os líderes do G-20 se unam por um “mundo mais justo e mais verde”.

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Vídeo: Manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, em São Paulo

Atos de protesto contra o assassinato de João Alberto Silveira Freitas ocorrem em várias cidades do País neste Dia de Zumbi e da Consciência Negra. Numa unidade do Carrefour em São Paulo, manifestantes puseram fogo e destruíram itens à venda.

Manifestantes em São Paulo protestam contra o racismo e a empresa Carrefour, que foi novamente envolvida em um caso de racismo, após dois seguranças da empresa, em Porto Alegre, assassinarem um homem negro na noite de quinta-feira, 19.

O ato em São Paulo iniciou no Masp, na Avenida Paulista, no centro da cidade, e foi até o Carrefour da Pamplona, onde os manifestantes, revoltados com os casos de racismo, atearam fogo no supermercado.

https://twitter.com/Alma_Preta/status/1329905015012683783?s=20

 

*Com informações do 247

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Vídeo – Consciência Negra: A fala fundamental de Lula escancara a hipocrisia da elite racista

Um pronunciamento fundamental para o povo brasileiro que, embora não pareça, é formado por maioria de negros e pardos, mas que, infelizmente também conta com uma elite preconceituosa, racista e que se acha branca, mesmo sendo fruto de uma bela e extensa miscigenação somente vista num país tão culturalmente rico e diverso, o BRASIL.

Assista à fala de Lula e, abaixo, leia a íntegra do seu discurso.

 

“Minhas amigas e meus amigos,

Hoje, 20 de novembro, é Dia Nacional da Consciência Negra.

Este é um dia que todas as brasileiras e todos os brasileiros têm de celebrar, independentemente de raça e cor. Porque este é um dia que define nosso país. Define o que somos e o que podemos ser.

Nunca me esqueço da viagem que fiz, em abril de 2005, à Ilha de Gorée, na costa do Senegal, um dos locais de onde africanos escravizados eram embarcados à força para as Américas.

Lembro-me da comoção que senti ao entrar nas celas onde homens, mulheres e crianças eram mantidos presos até serem embarcados nos navios negreiros.

Não consegui conter a emoção na Porta do Nunca Mais. Quem passava por aquela porta era lançado nos porões dos navios rumo às Américas. Nunca mais voltaria à África. Perdia definitivamente sua terra, sua família e sua liberdade. Minha emoção foi tanta que, em nome do povo brasileiro, pedi desculpas à África e aos africanos pela escravidão.

No Benim, dizem que os escravos, antes de embarcar, eram obrigados a dar sete voltas em torno da Árvore do Esquecimento, para renunciar à sua identidade e à sua história.

A escravidão começava, assim, pelo esquecimento forçado da condição humana. E o racismo se mantém, em grande parte, pelo esquecimento do processo que nos formou como país.

É por isso, minhas amigas e meus amigos, que este Dia Nacional da Consciência Negra é tão importante. Instituído na data da morte de Zumbi, herói da luta contra a opressão dos colonizadores em Palmares, esse dia lembra o que não pode ser esquecido.

A data de hoje recorda a terrível realidade da escravidão, mas lembra também o exemplo da luta gloriosa do povo negro por sua libertação. Rememora as noites angustiantes nos navios negreiros, mas lembra também o amanhecer corajoso de Zumbi e Dandara em Palmares.

Esse dia nos faz também lembrar que o fim da escravidão, longe de representar a libertação do povo negro, deu início a um longo processo de discriminação e exclusão, que está na raiz das desigualdades raciais e sociais do Brasil de hoje.

Mas esse dia lembra, sobretudo, a incrível resistência do povo negro contra a escravidão e o racismo. Ele homenageia os esquecidos heróis e heroínas da Revolta dos Malês, da Revolta do Engenho de Santana, da Revolta das Carrancas, do Quilombo do Ambrósio, do Quilombo do Jabaquara, da Conjuração Baiana, da Revolta de Manoel Congo e de tantas outras revoltas que mostram que a escravidão não conseguiu aprisionar a alma guerreira das negras e dos negros do Brasil.

Esse dia não deixa esquecer que, em 1890, Ruy Barbosa mandou queimar parte dos arquivos da escravidão brasileira, como se a destruição de documentos pudesse destruir a realidade histórica e apagar a vergonha da escravidão.

Esse dia recorda que o Brasil foi construído também por mãos negras escravizadas e pelo talento de muitos filhos de escravos. O país de Machado de Assis e Lima Barreto. De Maria Firmina, Luís Gama, José do Patrocínio, João Cândido, Carolina de Jesus, Gilberto Gil, Abdias do Nascimento, Conceição Evaristo e Benedita da Silva, Martinho da Vila, todos descendentes de escravos.

O país de intelectuais negros e negras que ajudaram na formação da inteligência nacional e na compreensão da sociedade brasileira, a exemplo de Milton Santos, Joaquim Nabuco, Lélia Gonzáles, Manoel Querino, André Rebouças, Guerreiro Ramos, Beatriz Nascimento, Joel Rufino e Clóvis Moura.

A negritude está em todos nós, independentemente da cor da nossa pele. Somos filhos da África. Existe uma grande e bela África no coração do Brasil.

Durante mais de três séculos, cerca de 12 milhões e 500 mil pessoas foram arrancadas de suas raízes na África, escravizadas e deportadas para as Américas e o Caribe.

Cerca de 1 milhão e 800 mil homens, mulheres e crianças morreram na travessia do Atlântico, feita em condições subumanas. Em média, 14 cadáveres, foram lançados ao mar, todos os dias (todos os dias!) ao longo de 350 anos. Essa é, portanto, uma história de dor e sofrimento. Uma tragédia como nunca se viu antes na história da humanidade.

O Brasil foi o principal destino desse tráfico vergonhoso. Entraram nos portos brasileiros quase 5 milhões de escravos. Entre 1550 e 1850, de cada cem indivíduos entrados no Brasil, 84 eram escravos africanos, e somente 16 eram colonos ou imigrantes portugueses.

Assim, os povos africanos foram bem mais importantes para a formação histórica inicial do Brasil do que muita gente imagina. Somos hoje o segundo país do mundo com maior população negra, atrás apenas da Nigéria, de onde vieram muitos de nossos avós.

Se o Brasil fosse uma árvore, como a Árvore do Esquecimento, veríamos que a escravidão e o racismo estão impregnados em suas raízes históricas.

O Brasil foi o último país a acabar com o tráfico de africanos escravizados e o último abolir a escravidão nas Américas. Vivemos quase 4 séculos de escravismo brutal.

Isso deixou marcas profundas em nossa sociedade. Marcas estruturais que alguns querem negar e esquecer.

O governo genocida atual está totalmente empenhado em negar o papel da escravidão na formação do Brasil, o racismo estrutural que define profundamente nossa sociedade e, sobretudo, a luta da população negra contra sua opressão histórica.

Temos um presidente que afirma que os quilombolas têm de ser pesados em arrobas, como gado, e que esses descendentes dos combatentes contra a escravidão não servem nem para procriar.

Temos um governo que defende as velhas e falsas ideias de que a escravidão não foi tão ruim assim para os negros, de que os povos africanos foram responsáveis pela escravidão e de que não há racismo no Brasil.

Mais da metade da população brasileira é negra. Mas, mesmo sendo maioria, negras e negros ainda se encontrem nos patamares mais cruéis de desigualdade, pobreza e de violência.

No Brasil, a desigualdade e a pobreza têm cor.

De acordo com o IBGE, quase um terço dos negros brasileiros está abaixo da linha da pobreza, ao passo que entre os brancos, esse índice é de cerca de 15%. Na pobreza extrema estão quase 9 % dos negros, enquanto esse número entre os brancos é de menos de 4 %.

Ou seja, meus amigos, as negras e os negros são duas vezes mais pobres que os brancos.

Em nosso país, o desemprego e o subemprego também têm cor.

Em 2018, conforme o IBGE, quase 30% da população negra e parda estava desempregada ou subocupada. Entre os brancos, o mesmo índice era de 18%.

As mulheres negras são as mais penalizadas pelos processos de exclusão social herdados da escravidão. Mesmo com curso superior, elas ganham a metade do que ganham os homens brancos para exercerem a mesma função.

A doença também tem cor. Negras e negros são os que mais adoecem e os que menos têm acesso à saúde.

Eles compõem o público mais exposto ao novo coronavírus, devido à sua condição de pobreza, de desemprego, de trabalho informal, de localização em vilas e favelas sem saneamento básico.

Em nosso país, a violência definitivamente tem cor. Ela se abate ferozmente, como o chicote do pelourinho, na pele negra.

Nos últimos 10 anos, mais de 650 mil pessoas negras foram assassinadas no Brasil. E os negros são quase 80% dos mortos pela polícia.

No Brasil, os negros, especialmente os jovens negros, são vítimas de um genocídio: um jovem negro corre três vezes mais risco de ser assassinado que um jovem branco.

Além disso, de cada três presos, dois são negros.

Minhas amigas e meus amigos,

Para as elites brasileiras conservadoras, as vidas negras não contam. São descartáveis. Servem apenas como mão-de-obra barata para um sistema racista profundamente injusto e desigual.

Essa realidade terrível e vergonhosa do racismo está entranhada nas relações sociais, na vida cotidiana e nas instituições.

O racismo está na forma como enxergamos a sociedade e o mundo. Ele está na crueldade dos preconceitos que impedem que vejamos a humanidade comum no diferente.

Existe um racismo silencioso e cúmplice, que muitas vezes não se expressa em palavras ofensivas e injuriosas, mas que nega oportunidades à imensa maioria do povo brasileiro com base apenas na cor da pele. Esse é, portanto, um racismo corrosivo, que destrói o nosso futuro, porque impede que milhões e milhões de brasileiros realizem plenamente as suas vocações e talentos.

Por isso, o racismo desumaniza a todos nós.

Por isso, precisamos combatê-lo juntos. Essa é uma tarefa de todas e de todos que acreditam e lutam pela democracia e pela justiça social, e não somente dos negros e das negras.

Minhas amigas e meus amigos,

Nos quase dois anos de encarceramento injusto que passei, pude ler muito sobre a escravidão e o racismo no Brasil. Descobri que o racismo sempre foi uma prática das elites brancas brasileiras para subjugar as pessoas negras e manter a dominação econômica, social, política e racial.

Entendi, com as lições do Movimento Negro, que as pessoas brancas têm uma grande responsabilidade no combate ao racismo. Que existem privilégios por ser branco no Brasil e que mesmo a pessoa branca e pobre ainda consegue ser mais protegida do que aquela negra e pobre.

Compreendi quão importantes foram as políticas de ações afirmativas e de igualdade racial implementadas no meu governo e da presidenta Dilma, como a criação do Estatuto da Igualdade Racial, o reconhecimento das terras dos quilombolas e as cotas para o ensino superior e o funcionalismo público, que vêm dando grandes oportunidades para que as negras e os negros do Brasil mostrem sua competência.

Mas, hoje, tenho a certeza de que é necessário fazer muito mais.

Se quisermos ter um futuro de justiça e democracia, precisamos combater e superar o racismo. Não basta não ser racista. Precisamos urgentemente ser antirracistas.

Sem igualdade étnica e racial, assim como sem igualdade de gênero, não há democracia de verdade, não há cidadania efetiva e não haverá desenvolvimento. Com racismo, não há sequer soberania.

Um Brasil racista será sempre pobre, injusto, pequeno e frágil.

Portanto, para se reconstruir e transformar o Brasil, como desejamos, precisamos de uma democracia que se assuma antirracista. Precisamos de uma sociedade antirracista.

Em nome da vida, da vida de todas e todos, precisamos superar o racismo.

Minhas amigas e meus amigos,

Esse Dia Nacional da Consciência Negra serve também para nos lembrar que os negros, na verdade, jamais foram subjugados pela escravidão. Que o povo negro não é o que escravidão e o racismo fazem dele. Que ele é muito maior e mais forte do que isso que as elites deste país tentaram lhe impor ao longo dos séculos.

O grande Nelson Mandela escreveu:

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem aprender a amar.

O racismo é filho do ódio e da intolerância. É também filho do medo ao diferente e do desejo de manter antigos privilégios. Ele vem de um mundo atrasado, triste e sombrio.

Mas se, como disse Mandela, ensinarmos as pessoas a amar, construiremos, todos juntos, um novo mundo democrático, igualitário e bem mais feliz. Um mundo sem racismo e ódio. Um mundo com a coragem de Zumbi e Dandara, pois o ódio é covarde e o amor é valente. Um mundo luminoso de vida para o Brasil.

Esse mundo, minha gente, é possível. E não é só possível. Esse é o mundo necessário para que todos sejam livres. Para que todos sejamos humanos.

É o mundo de que todos, negros e brancos, precisamos.

Amanhecemos transtornados com as cenas brutais de agressão contra João Alberto Freitas, um homem negro, espancado até a morte no Carrefour. O racismo é a origem de todos os abismos desse País. É urgente interrompermos esse ciclo.”

Luiz Inácio Lula da Silva

*PT na Câmara

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Brasil Política

Vídeo: Grupo protesta em frente ao Carrefour em Brasília

“Racistas, fascistas não passarão”, gritaram manifestantes que seguravam cartazes pedindo boicote à rede, após um homem negro ser assassinado em uma loja de Porto Alegre.

Depois de saber do assassinato de João Alberto Silveira Freitas por dois seguranças de um Carrefour em Porto Alegre, um grupo de manifestantes se reuniu em frente a um dos supermercados da rede em Brasília para protestar. “Racistas, fascistas não passarão. Abaixo o Carrefour”, gritaram no início da tarde desta sexta-feira (20/11). Nas mãos, as pessoas levavam cruzes de papelão e cartazes pedindo boicote à rede.

Carregando uma faixa com a frase “vidas negras importam”, as pessoas ainda entraram na loja e circularam pelos corredores. No Rio Grande do Sul, internautas marcam protesto semelhante para as 18h desta sexta na loja onde o caso aconteceu. Em Brasília, a deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) participou das manifestações e transmitiu ao vivo pelas redes sociais. Veja o registro:

Entenda

Depois de um suposto desentendimento dentro da loja, João Alberto foi espancado até a morte por dois seguranças no estacionamento do supermercado. A esposa da vítima presenciou tudo, mas foi impedida de socorrê-lo, segundo testemunhas. Um dos agressores é policial militar. No fim desta manhã, o governador do Rio Grande do Sul se pronunciou e disse que o caso será rigorosamente apurado. O crime ocorreu na véspera do Dia da Consciência Negra e causou revolta em todo o país.
O que diz o Carrefour

“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário. O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente. Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.”

O que diz a Brigada Militar

“Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei. Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos. A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral.”

 

 

*Com informações do Correio Braziliense

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2020: o freio de arrumação das urnas

A expressão “freio de arrumação” expressa o momento em que, através de uma freada brusca, o motorista do ônibus dá uma “organizada” na aglomeração interna, desconcentrando passageiros que, de pé, estariam, segundo ele, atrapalhando o bom fluxo interno de entrada e saída do veículo. O objetivo da pisada inesperada no freio é rearrumar o ambiente, mesmo que para isso alguns acabem tomando algum susto.

A expressão me veio à mente ainda durante o dia de ontem, quando andei por algumas ruas do Rio de Janeiro. Mas se instalou em mim principalmente ao final da apuração das eleições municipais deste 15 de novembro de 2020. De dia, não vi (como em 2018) as indefectíveis camisas da CBF que proliferaram naquele ano, nem as bandeiras verde e amarela (que por mais um erro da esquerda nos foi tomada justamente por aqueles que entregaram, entregam e seguem entregando o País a interesses antinacionais, uma contradição em si). De noite, os números reafirmaram meu sentimento de que o eleitorado deu uma “arrumada no ônibus”.

Nosso povo foi às urnas, enfrentou o risco da Covid, as filas e deu recado bastante inverso ao de dois anos atrás. Não estamos acordando com desconhecidos conservadores da laia de witzel no Rio, zema em Minas, eduardo leite no sul, menos ainda com bolsonaros no Palácio do Planalto. Aliás, a grande maioria dos candidatos por ele apoiados na tal lista divulgada no sábado via tweeter não emplacou e onde vai ao segundo turno tem enormes possibilidades de perder, como no Rio.

Em São Paulo, a ida de Boulos ao segundo turno e os 1,84% de Joice Hasselmann na disputa pela prefeitura dão bem a tônica deste novo momento. No Rio, os mais famosos investigados por ligação com milícia não conseguiram se eleger. Sejamos honestos: a perspectiva era termos uma maior presença de milicianos no parlamento, não menor. Claro que o problema está longe de ser resolvido, mas da mesma forma que freio de arrumação não faz de um ônibus lotado um paraíso, os resultados de ontem já tornam a viagem menos insuportável.

A dimensão corrupto-fascista que tomou conta da seara política após o golpe de 2016 sofreu evidente revés. O fato de Carlos Bolsonaro ter tido 35 mil votos a menos que em 2016 (grosso modo, de cada três eleitores de quatro anos atrás, um deixou de votar nele) não é um fato isolado, por mais que ele tenha sido o segundo mais votado no Rio, mas atrás do Professor Tarcísio do PSOL. Os milhões de aficionados por Bolsonaro e seus seguidores eleitos na onda da baixíssima política de 2018 se não desapareceram, minguaram de forma evidente.

A direita está morta? Claro que não. Está mais viva do que nunca, com o MDB, DEM, PP, PSDB e aliados – que o jornalixo hipócrita tenta vender aos incautos como “centro” – seguindo presentes no País todo. A esquerda e seus aliados foram vitoriosos? Claro que não. Mas salta aos olhos que os votos dados aos candidatos do campo progressista para câmaras municipais importantes e que vão com chance de vitória nas cidades com segundo turno para disputar prefeituras (Manuela em Porto Alegre, Boulos em São Paulo, Arraes em Recife, Edmilson em Belém, sem falar em algumas cidades médias como Juiz de Fora) são notáveis e refletem este novo momento.

O fascismo corrupto está morto? Também não, infelizmente. Ao contrário, segue nos esgotos, promovendo ataques cibernéticos (como mostra Patrícia Campos Melo na Folha de hoje, 16/11), tentando desmoralizar a Justiça Eleitoral e já preparando os seus meliantes para tentar (como fez Trump) criar um clima de acusação de fraude para se manter no poder para além de 2022, caso derrotado.

Saibamos retirar das urnas de 2020 a força e a consciência necessárias para mantê-los em suas pocilgas e seguir avançando na construção do País justo pelo qual sempre lutamos.

*Álvaro Nascimento 

* jornalista, Doutor em Saúde Pública pela UERJ.

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