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Irã promete se vingar dos EUA pela morte do general iraniano Soleimani

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse aos “criminosos” que assassinaram o major-general Qasem Soleimani que uma dura vingança os espera.

De acordo com ele, a perda de Soleimani é amarga, mas a luta continuará até a vitória para que a vida dos criminosos seja ainda mais amarga.

Irã vai se vingar dos EUA pela morte do comandante da unidade Força Quds, do Corpo de Guardiões da Revolução islâmica, disse Mohsen Rezaei, ex-chefe deste corpo de elite e atual secretário do Conselho de Conveniência, órgão assessor ao líder supremo do Irã.

“O mártir tenente-general Qasem Soleimani se juntou aos seus irmãos mártires, mas nós nos vingaremos com veemência dos EUA”, escreveu ele no Twitter.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã convocou uma reunião extraordinária após a morte do general Soleimani.

“Nas próximas horas será realizada uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança Nacional onde será analisado o criminoso ataque contra Soleimani em Bagdá que levou à sua morte”, declarou o porta-voz desta entidade, Keivan Khosravi, informa Iran Front Page.

Por sua vez, o chanceler iraniano, Mohamad Zarif, disse que o ataque que vitimou o tenente-general Soleimani é um “ato de terrorismo internacional” e que os EUA serão responsabilizados pelas respectivas consequências.

“O ato de terrorismo internacional dos EUA, que atacaram e assassinaram o general Soleimani – a força mais eficaz na luta contra o Daesh, Al Nusra, Al Qaeda [organizações terroristas proibidas na Rússia], etc. – é extremamente perigoso e constitui uma estúpida escalada [de tensões]. Os EUA são os responsáveis por todas as consequências do seu aventureirismo desonesto”.

Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o chanceler ressaltou também que a “imprudência das forças terroristas dos EUA que assassinaram o comandante Soleimani […] reforçará sem sombra de dúvida a árvore de resistência na região e no mundo”.

Para além disso, o Ministério das Relações Exteriores iraniano convocou o embaixador suíço, Markus Leitner, que representa em Teerã os interesses dos EUA, manifestando-lhe o seu protesto pela morte de Soleimani.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu se vingar dos EUA pela morte de Soleimani e declarou três dias de luto nacional, informa Associated Press.

Soleimani foi morto em bombardeio no Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, junto com o vice-chefe da Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, e outras vítimas.

De acordo com Washington, Soleimani havia autorizado ataques contra a embaixada dos Estados Unidos no Iraque, que foi recentemente invadida por manifestantes, e também um ataque contra a base de Kirkuk, que matou um soldado terceirizado dos Estados Unidos e deixou estadunidenses e iraquianos feridos.

 

 

*Com informações do Sputinik Brasil

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Ataque aéreo americano mata general da Guarda Revolucionária Iraniana

Bombardeio em Bagdá acontece dias após invasão de embaixada no Iraque e deve aumentar ainda mais a tensão entre EUA e Irã

Um ataque aéreo americano na noite desta quinta-feira, 2, contra um aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou Qasem Soleimani, general da Guarda Revolucionária Iraniana, segundo informações da televisão estatal iraquiana.

O bombardeio também vitimou Abu Mehdi al-Muhandis, um dos líderes da milícia iraquiana pró-Irã Forças de Mobilização Popular.

Soleimani chefiava a unidade Quds, um dos braços de elite da guarda iraniana, e era um dos militares mais poderosos do país.

Minutos depois do ataque, os Estados Unidos assumiram a autoria da ação. Em nota, o Pentágono afirmou que, sob a direção do presidente Donald Trump, “as forças militares tomaram a decisão por uma ação defensiva de proteger os americanos no exterior ao matar Qasem Soleimani”.

O comunicado acusa o general de estar por trás de ataques que resultaram na morte de centenas de americanos e aliados, incluindo o lançamento de foguete que vitimou um civil americano no Iraque na semana passada e a invasão da embaixada americana em Bagdá. O Pentágono ressalta que o bombardeio busca “deter futuros planos de ataque iranianos”.

No Twitter, Trump postou uma imagem da bandeira dos Estados Unidos minutos depois da ação.

A morte de Soleimani deve aumentar ainda mais a tensão entre Irã, Iraque e Estados Unidos. Na terça-feira, militantes pró-Irã invadiram uma parte da embaixada americana em Bagdá em represália a ataques aéreos dos EUA que deixaram 25 integrantes das milícias paramilitares mortos.

 

 

*Com informações da Veja

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Joice desmente Bolsonaro: “risco de impeachment se Bolsonaro vetar Fundão, é mentira”

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) reagiu à afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que vai sancionar o novo valor de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral porque se não o fizer pode correr risco de impeachment. “Claro que é uma estratégia dele para mais uma vez jogar para a torcida e mais uma vez jogar o problema e o desgaste para o Congresso Nacional”, disse Joice à coluna. “Falar que corre risco de impeachment por causa de um veto é uma mentira deslavada”.

A deputada afirma que qualquer um que conheça minimamente a Constituição e o regimento do Congresso sabe que isso não é verdade. “Usar esse argumento é um estelionato com o eleitor”, critica Joice.

Bolsonaro argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral oficiou a receita no valor de R$ 2 bilhões e que se vetasse estaria desobedecendo à lei. A deputada garante, porém, que não há qualquer fundamento nessa afirmação. “O presidente da República mandou texto com um valor de R$ 2,7 bilhões, como se estivesse apenas reajustando o Fundão, no estilo ‘se colar, colou’. Ao ver esse número, o Partido Novo fez uma consulta ao TSE, que corrigiu o valor para R$ 2 bilhões. Foi isso o que aconteceu”, explica a pesselista.

Joice diz que foi uma das que tentou impedir o aumento do Fundão, mas acabou derrotada pela maioria. “Esse texto não foi criado pelo Congresso. O presidente agora quer vetar um texto que ele mesmo mandou e foi aprovado”, critica. Joice reforça que “ao vetar quaisquer matérias, o presidente não incorre em crime de responsabilidade”.

“Com esse argumento, ou está muito mal informado ou deliberadamente tentando enganar a população e desgastar o Congresso”, afirma Joice. “É o bom e velho jogo de Bolsonaro para desgastar o Parlamento. Mas uma hora a população vai enxergar”.

 

 

*Chico Alves/Uol

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Cuba tem o melhor índice de desenvolvimento sustentável do mundo, diz pesquisa

De acordo com o ranking, Venezuela está em 12º lugar, Argentina em 18º; Grã Bretanha em 131º e EUA em 159º; avaliação leva em conta impacto ambiental.

Cuba é o país que apresenta os melhores índices de desenvolvimento sustentável, segundo informe anual apresentado recentemente pela Assembleia Geral da ONU. Cuba supera países capitalistas avançados, inclusive Grã Bretanha e Estados Unidos, que por décadas submetem Cuba a um bloqueio econômico e financeiro com consequências genocidas.

O Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS), projeto do antropólogo e escritor Janson Hickel, calcula os índices de “desenvolvimento humano” de uma Nação considerando as estatísticas sobre esperança de vida, nível de atendimento em saúde e educação e também pelo “excesso ecológico”, que mede a quantidade de carbono per capita que excede os limites naturais da terra.

Os países com forte desenvolvimento humano e um impacto ambiental mais baixo obtêm classificações mais altas. Os países com menores expectativas de vida e taxas de alfabetização, e também aqueles que exercem os limites ecológicos, obtêm as classificações mais baixas.

Segundo os últimos informes, desde 2015, Cuba está no topo da classificação, com 0.859, enquanto a Venezuela com 12 e Argentina com 18.

O SDI foi criado para atualizar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desenvolvido pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, utilizado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud) desde 1990.

O IDH considera a esperança de vida, nível de educação e o ingresso per capita, mas ignora a degradação ambiental provocada pelo crescimento econômico nos países de maior desenvolvimento, como Inglaterra e EUA.

Segundo o antropólogo Hickel, esses países são os que mais contribuem para as mudanças climáticas e outras formas de degradação ecológica, e isso afeta desproporcionalmente os países mais pobres do Sul, onde o aquecimento global vem provocando sequelas como aumento da fome e miséria humanas.

Esclarece que o IDH promove um modelo de desenvolvimento que é empiricamente incompatível com a preservação ecológica, o que constitui uma contradição fundamental: para alcançar um IDH se está impulsionando o desenvolvimento desse tipo, predador, em outras partes do mundo. Para que se alcance um desenvolvimento sustentável, isso é indefensável.

 

 

*Com informações do Diálogos do Sul

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Bolsonaro é pego em nova mentira ao dizer que que pode ser alvo de impeachment se vetar fundo eleitoral de 2 bilhões

Depois de fazer a cena ridícula do presidente austero, o pai de Flávio Bolsonaro (aquele que votou sem querer querendo para papar a grana) solta essa pérola, a de que pode ser alvo de impeachment se vetar fundo eleitoral de 2 bilhões.

Bolsonaro disse que ainda “não tomou uma decisão” sobre a sanção ou veto ao fundo público para financiamento de campanhas, mas vê risco de cometer crime de responsabilidade se modificar o valor do fundo, hipótese que pode levar a um processo de impeachment, e citou a necessidade de “preparar a opinião pública”.

Ele deve achar que todo mundo é bolsonarista e faz parte de seu rebanho de teleguiados.

Mas ele vem com o lero-lero de que “Se você for ler o artigo 85 da Constituição, se eu não respeitar a lei, eu estou incurso em crime de responsabilidade”

Quer dizer que só agora ele foi avisado disso.

Quem avisou, Queiroz ou Adélio?

Ele finge esquecer que o valor de R$ 2 bilhões para o fundo foi sugerido pelo próprio governo ao enviar para o Congresso o projeto do Orçamento de 2020.

 

*Da redação

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Com queda de 20,5% em 2019, balança comercial do governo Bolsonaro tem pior resultado em 4 anos

Superávit menor ocorre em ano de enfraquecimento PIB menor que 1%, muito menos do que garganteado na base do “deixa que eu chuto” de Paulo Guedes

A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado.

A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de dólares em 2019. Mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve superávit de 19,5 bilhões de dólares.

Em dezembro, o superávit foi de 5,599 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira, acima do saldo positivo de 4,352 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.

No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,155 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 12,555 bilhões de dólares.

 

*Da redação

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The Guardian diz que Governo Bolsonaro é formado por “desqualificados, lunáticos ou perigosos”

Reportagem do jornal inglês foca principalmente nos perfis de Filipe Martins, Roberto Alvim, Sérgio Camargo e Dante Mantovani. “Eles parecem ter sido escolhidos pelo seu QI: isto é, seu quociente de imbecilidade, incapacidade, idiotice, incompetência ou impiedade”.

Uma longa reportagem do jornal britânico The Guardian, publicada nesta quinta-feira (2), traz uma elaborada lista de figuras do seu governo consideradas inaptas para o cargo que ocupam e inclusive perigosas. “Diga o que quiser sobre Bolsonaro, mas é preciso reconhecer seu raro talento em escolher as pessoas mais desqualificadas, lunáticas e/ou perigosas para os empregos”, comentou um dos entrevistados, o jornalista Mauro Ventura.

A matéria é assinada pelos jornalistas Tom Phillips e Dom Phillips, e se foca principalmente em quatro nomeados por Bolsonaro: Filipe Martins (consultor de política externa), Roberto Alvim, (secretário especial de cultura), Sérgio Camargo (Fundação Palmares) e Dante Mantovani (Funarte).

O primeiro a ser analisado é Filipe Martins, um dos principais assessores de Bolsonaro para política externa e descrito pela matéria como um “discípulo do escritor e teórico da conspiração Olavo de Carvalho, assim como os filhos do presidente, que são seus amigos pessoais”. A matéria conta que Martins “se diverte nas redes sociais atacando esquerdistas, feministas e globalistas, e também é fã de Steve Bannon, razão pela qual ganhou o apelido de `Sorocabannon´, graças às suas origens na cidade brasileira de Sorocaba”. Também lembra que o consultor acusou meios estadunidenses como o canal de notícia CNN e o diário The New York Times de cumplicidade com uma campanha de engenharia social para promover a pedofilia.

No caso de Roberto Alvim, um dos principais responsáveis pela política cultural do governo de Bolsonaro, o The Guardian afirma que “apesar de já ter recebido um prêmio por uma produção de “O Quarto”, antes de ser nomeado secretário de cultura, ele era mais conhecido por insultar a grande dama do teatro brasileiro, a atriz indicada ao Oscar Fernanda Montenegro, como `esquerdista sórdida´”. Também fala sobre como a conversão de Alvim à religião evangélica o transformou em um bolsonarista incondicional. “Em postagens recentes no Facebook, ele critica os oponentes de seu líder, chamando-os de `baratas ordinárias´, ataca o `bastardos do Greenpeace´ e acusa o mundo artístico `podre e demoníaco´ do Brasil por `repudiar Bolsonaro injustamente´”.

No caso de Sérgio Camargo, nomeado para a administração da Fundação Palmares, a reportagem lembra que seu cargo tem como missão promover a cultura negra no Brasil, para mostrar que tal tarefa é incompatível com “uma figura que afirma que o Dia da Consciência Negra deve ser descartado, e considera que muitas das celebridades e artistas negras mais conhecidas do país são `parasitas da raça negra´”. Também mostra como, em suas redes sociais, Camargo se descreve como um “negro de direita” que se opõe à “vitimização e ao politicamente correto”, e considera que “a escravidão era terrível, mas terminou sendo benéfica para os descendentes”.

Finalmente, no caso de Dante Mantovani, nomeado para presidir a Funarte (Fundação Nacional das Artes), a reportagem conta que “o novo encarregado das políticas de artes visuais, música e dança alega que a União Soviética se infiltrou na CIA para distribuir LSD em Woodstock”, e lembra de suas declarações dizendo que “o rock promove as drogas que ativam o sexo, e assim alimenta a indústria do aborto”, e que “John Lennon havia dito que fez um pacto com o diabo”.

 

 

*Com informações da Forum

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Governo Bolsonaro injeta R$ 60 milhões em construção de colégio militar em São Paulo

O governo do presidente Jair Bolsonaro incluiu R$ 60 milhões no orçamento para o início da construção de um colégio militar em São Paulo neste ano.

A instituição de ensino, que será a primeira do estado e a 14ª do Brasil, terá administração exclusiva do Exército Brasileiro.

A administração será exclusiva do Exército, como ocorre com os outros 13 colégios instalados em cidades como Manaus, Belém, Recife, Salvador, Rio, Santa Maria, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.

O estabelecimento estará fora do projeto lançado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê convênios com escolas civis já existentes.

A Fiesp patrocinará o projeto arquitetônico do Exército, que deve ficar pronto em meados do ano. Depois disso, começam as obras. O colégio será construído no Campo de Marte e deve ficar pronto até 2023, informa o jornal Folha de S.Paulo.

Até o término da construção, turmas funcionarão provisoriamente no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de SP), em Santana.

 

 

*Com informações da Folha de S. Paulo

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Bolsonaro desistiu de ‘abrir caixa-preta’ após encontrar Veiaco da Havan na lista do BNDES

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou na manhã desta quinta-feira (2) no Twitter que Jair Bolsonaro desistiu de cumprir sua promessa de campanha de “abrir a caixa-preta do BNDES” após encontrar o nome do empresário Luciano Hang, o véio da Havan, na lista de beneficiados.

“Bolsonaro depois de encontrar HANG na lista do Bndes desistiu de caixa Preta. Que na verdade nunca existiu. Bolsonaro falou de Doria mas não soube até agora explicar os 50 empréstimos do Hang”, tuitou o ex-aliado do bolsonarismo, abrigado em ninho tucano.

Pouco antes, Frota compartilhou um link do site Carta Campinas que diz que Hang “pegou 50 empréstimos do BNDES durante os governos do PT”. “Abriu 100 lojas. Mas os empréstimos eram para máquinas não para lojas. Finame é o tipo de empréstimo feito mas teve sua finalidade alterada”, tuitou.

No link distribuído por Frota, uma reportagem de 8 de julho de 2019 diz que Hang “entre abril de 2005 e outubro de 2014, durante os governos de Lula e Dilma, ambos do PT, 50 empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a expansão de suas atividades comerciais no país. Uma média de 5 empréstimos por ano, um a cada dois ou três meses”.

Segundo o texto, baseado em uma reportagem publicada pelo jornalista Flávio ilha, no Jornal Extraclasse, do Rio Grande do Sul, Hang teria cometido fraude ao contratar empréstimos pelo Finame, que se destina à aquisição de máquinas e equipamentos industriais e que, segundo regras do BNDES, não se ajustaria a empresas de varejo.

 

 

*Com informações da Forum

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Tocada por um governo de militares de mercado, Petrobras abandonará projeto de desenvolvimento nacional

A Petrobras terá uma nova estratégia para os anos 2020. Num período em que, diferentemente dos anos 2010, quando a petroleira tirava vantagens da alta dos preços do petróleo no mercado internacional e se tornou uma das maiores empresas integradas de energia do mundo, o novo plano indica que se tornará uma empresa mais “enxuta”, concentrada apenas nos projetos de maior retorno, com foco em exploração e produção de óleo e gás.

O reposicionamento estratégico traz boas perspectivas de rentabilidade para seus acionistas, mas ao mesmo tempo expõe a companhia aos riscos de flutuações.

Reportagem do jornal Valor informa que o atual plano de negócios da Petrobras prevê a saída da estatal de campos maduros em terra e águas rasas, da petroquímica Braskem, dos setores de transporte e distribuição de gás natural e da produção de biocombustíveis e fertilizantes. Além disso, a petroleira vai reduzir sua fatia no refino.

A Petrobras também reduzirá geograficamente o seu raio de atuação, concentrando-se cada vez mais no Sudeste. A empresa privatizará todas as suas refinarias fora do eixo Rio-São Paulo e pretende sair de campos terrestres e em águas rasas – concentrados, sobretudo, no Nordeste.

A petroleira espera também se desfazer dos ativos remanescentes na América do Sul.

Essas mudanças demonstram o abandono da estratégia de desenvolvimento nacional.

Segundo a reportagem, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, espera que esse movimento de transformação se acentue nos próximos dois anos. A expectativa é que a Petrobras se consolide como uma grande exportadora de petróleo cru.

Para o sócio da área de energias e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra, o movimento da Petrobras é positivo. Segundo Godofredo Mendes Vianna, sócio sênior do escritório Kincaid Mendes Vianna, o movimento da Petrobras de se concentrar em exploração e produção é irreversível.

Por outro lado, Rodrigo Leão, coordenador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), vinculado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), contesta o enfoque quase exclusivo da companhia na atividade de exploração e produção – que absorverá 85% dos investimentos para 2020-2024, de US$ 75,7 bilhões.

Segundo Leão, a saída da Braskem e da produção de biocombustíveis, além da redução de sua presença no refino, colocam a petroleira numa situação de dependência das variáveis do mercado externo (como preços e demanda), num movimento “atípico” em relação aos seus pares globais.

Ele lembra que as grandes estatais de países em desenvolvimento, sobretudo da China, Índia e Arábia Saudita, têm investido na expansão do parque de refino para reduzir a dependência dos derivados do exterior. “As petroleiras desses países têm estratégias diferentes, mas convergem na preocupação de não se concentrarem apenas em exploração e produção. A Petrobras está fazendo o caminho que as outras estão evitando, de depender de exportações de óleo cru. Ela está olhando muito para o curto prazo”, defende Leão.

O pesquisador do Ineep também questiona a venda da Braskem. A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que, diante do impacto da eletrificação dos carros sobre o consumo de combustíveis, um terço do crescimento da demanda de petróleo virá da petroquímica em 2030. “Os derivados têm um ciclo de preços menos instável, seguram mais a volatilidade do mercado do que os preços do óleo cru. Ajudam a atenuar a volatilidade”, explica.

 

 

*Com informações do 247