AGU cobra R$ 56 milhões de condenados pelos atos de 8 de janeiro

Em 1º lote, o governo pede o ressarcimento aos cofres públicos com o intuito de reparar danos morais e materiais.

A Advocacia-Geral da União (AGU) propôs à 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, nesta quarta-feira (7/8), ações contra cinco condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na esfera criminal pela depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.

Em um primeiro lote de pedidos de indenizações, o governo pede o ressarcimento de R$ 56 milhões aos cofres públicos com o intuito de reparar danos morais e materiais, a serem pagos de forma solidária pelos executores dos atos.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que outros lotes de ações indenizatórias deverão ser propostos pela AGU como consequência dos danos causados por outras pessoas também condenadas criminalmente pelo STF.

“Seguiremos firmes em nossa missão de reparar os danos causados pelos agressores da democracia e garantir a integridade das instituições democráticas”, afirmou Messias.

Cofres públicos
A AGU também pede a conversão em renda para os cofres públicos do valor de R$ 1,240 milhão que já estava bloqueado no âmbito das ações civis públicas previamente. Requer, ainda, a transferência para a União de sete veículos, quatro motocicletas e dois imóveis pertencentes aos réus que já estavam indisponibilizados pela Justiça.

Estudo de Michigan não encontra fraude nas atas e o nome de Maduro some da mídia. Nem uma manchete mirrada

Gratuitamente a mídia nativa que fez do resultado da eleição venezuelana campo de batalha contra Maduro para acertar Lula, secou o assunto.

As manchetes sumiram das labaredas e uivos.

O novo Guaidó demitiu-se de um posto que nunca teve, deixando seus apoiadores constrangidos.

É flagrante o mal-estar que isso causou em quem queria, na marra, derrubar Maduro, como queriam os golpistas. A cavação de pênalti, ficou esvaziada e flácida depois do Estudo de Michigan.

Dos15 deputados federais mais gastadores da cota parlamentar em 2024, nenhum é de esquerda

A matéria do grande jornalista, Guilherme Amado, no Metrópoles, que desanca a hipocrisia da direita nativa, é de fato algo que merece nota.

Amado traz, com precisão, os maiores gastadores entre os deputados federais, na lista, não há um parlamentar sequer de esquerda, já os de direita , que se autointitulam conservadores, na defesa da diminuição do Estado, clamando pela redução dos gastos, a lista é cravejada de nomes, mostrando o quanto eles usam e se lambuzam de verba pública. Segue a matéria de Guilherme Amado:

Os deputados federais já gastaram R$ 123 milhões de cota parlamentar neste ano. A verba, paga integralmente com dinheiro público, custeia as despesas do mandato, como propaganda, passagem aérea e aluguel de carros. Veja abaixo os 15 deputados federais que mais gastaram a cota em 2024, de acordo com dados da Câmara.

1 – Eunício Oliveira, do MDB do Ceará: R$ 341 mil;
2 – Geraldo Resende, do PSDB de Mato Grosso do Sul: R$ 340 mil;
3 – Zé Haroldo Cathedral, do PSD de Roraima: R$ 339 mil;
4 – Vinícius Gurgel, do PL do Amapá: R$ 335 mil;
5 – Henderson Pinto, do MDB do Pará: R$ 333 mil;
6 – Domingos Neto, do PSD do Ceará: R$ 332 mil;
7 – André Ferreira, do PL de Pernambuco: R$ 332 mil;
8 – Danilo Forte, do União Brasil do Ceará: R$ 329 mil;
9 – Coronel Ulysses, do União Brasil do Acre: R$ 329 mil;
10 – João Maia, do PP do Rio Grande do Norte: R$ 327 mil;
11 – Dr. Fernando Máximo, do União Brasil de Rondônia: R$ 326 mil;
12 – Afonso Hamm, do PP do Rio Grande do Sul: R$ 325 mil;
13 – Átila Lins, do PSD do Amazonas: R$ 325 mil;
14 – Coronel Meira, do PL de Pernambuco: R$ 323 mil;
15 – Fernanda Pessoa, do União Brasil do Ceará: R$ 323 mil.

A maior parte da cota parlamentar neste ano foi gasta com “Divulgação da atividade parlamentar”, com R$ 47 milhões ou 38% do total. Entram nessa conta gastos com redes sociais, por exemplo. Em seguida, a despesa mais recorrente é “Aluguel de veículos”, com 17%, o equivalente a R$ 21 milhões de janeiro a julho de 2024. A despesa “Passagens aéreas”, com R$ 20 milhões, é a terceira da lista, com 16%.

Os deputados têm até três meses para pedir à Câmara os reembolsos, com a apresentação de recibos. É o caso de gastos com alimentação e com os Correios, por exemplo. A compra de passagens, por outro lado, é paga diretamente pela Câmara, em débito automático.

Com assassinato de líderes opositores, Israel conduz mundo para “ciclo infernal” de guerras

Há vários cenários possíveis: desde uma guerra de vários fronts, na qual os EUA poderiam intervir diretamente em apoio a Israel, até outros mais apocalípticos.

Sobre as represálias de Hezbollah e Irã, individualmente ou em conjunto, desconhecem-se seus alcances e profundidade em Israel, que podem atingir Tel-Aviv, Haifa e, de forma ameaçadora, a planta nuclear de Dimona, onde se armazenam suas mais de 300 bombas atômicas clandestinas (ex-presidente Carter dixit).

Após o apoio do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, a Israel e contra Hezbollah – fica a dúvida se inclui o Irã – a marinha dos EUA enviou 12 navios de guerra e seu porta-aviões USS Theodore Roosevelt ao Oriente Médio com 4 mil marines a bordo.

Esse tipo de fake news é projetado para semear dúvida e discórdia, além de zombar dos serviços de segurança iranianos que já foram infiltrados e corroídos em várias ocasiões, e glorificar a supremacia cibertecnológica de Israel como arma dissuasiva.

Pós-verdade e mentiras pró-Israel
Na era da pós-verdade e Netflix, onde a tríade EUA/Grã-Bretanha/Israel tem a grande vantagem de intoxicar o mundo com as supercherias deliberadas de Hollywood, o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica revelou que o assassinato de IH foi planejado e executado por Israel com o apoio dos EUA e realizado com um projétil de curto alcance e uma ogiva de 7kg.

Existem vários cenários de guerra que variam desde uma guerra de vários fronts, na qual os EUA poderiam intervir diretamente, até outros cenários mais apocalípticos, como os esboçados pelo coronel aposentado Douglas Macgregor – ex-assessor do Pentágono e de Trump – que sem rodeios declarou que Israel controla os EUA, não se fala do Congresso estadunidense cuja maioria de membros bipartidários são generosamente lubrificados pelo AIPAC, o maior lobby israelense nos EUA – no qual concorda John Mearsheimer, um dos maiores geopolíticos do mundo e renomado professor da Universidade de Chicago.

Justiça suspende reintegração de posse de retomada indígena em Douradina (MS), palco de ataques de fazendeiros

Para desembargadora, o caso da retomada Guaaroka não é mero esbulho possessório, mas questão de ‘conflito demarcatório’.

A desembargadora federal Audrey Gasparini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), suspendeu a reintegração de posse de Guaaroka, uma área retomada por indígenas do povo Guarani Kaiowá em Douradina (MS). A decisão saiu na tarde desta segunda-feira (5), depois de um fim de semana com dois ataques armados de fazendeiros que deixou 11 indígenas feridos – dois deles gravemente, com tiros na cabeça e pescoço.

A liminar de despejo que foi derrubada tinha sido assinada pelo juiz federal Rubens Petrucci Junior, da 1ª Vara Federal de Dourados. Nela, o desembargador havia estabelecido esta terça-feira (6) como prazo final para a saída voluntária antes da remoção forçada.

A retomada Guaaroka é uma das sete ocupações feitas pelos Guarani Kaiowá dentro da Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica. A área de 12,1 mil hectares já foi identificada e delimitada pela Funai em 2011, mas o processo demarcatório está estagnado desde então.

Cansados de esperar e de viver condições precárias no confinamento das reservas de Mato Grosso do Sul, os indígenas estão retomando áreas do território ancestral. Neste mês de julho, houve três ocupações, cuja reação de ruralistas – com investidas armadas, perfilamento de caminhonetes e acampamento a metros de distância dos indígenas – tem feito escalar os conflitos na região.

A TI Panambi-Lagoa Rica está sobreposta por fazendas. Entre elas o Sítio José Dias Lima, de 147,7 hectares, onde está a retomada Guaaroka. A reintegração de posse, agora suspensa, foi impetrada por Laísa e Lana Ferreira Lins Lima.

“Considerando o fato, admitido pela própria autora da ação de reintegração de posse, de que há, efetivamente, procedimento administrativo visando demarcar terras indígenas envolvendo a propriedade esbulhada”, afirma a desembargadora Gasparini em sua decisão, “tenho que o melhor posicionamento é tratar a questão como conflito demarcatório envolvendo indígenas e não mero esbulho da propriedade”.

Assim, a juíza federal determinou a suspensão do despejo, a necessidade de uma oitiva da Funai sobre o caso, a reserva de uma porção de terra para a comunidade Guarani Kaiowá até que haja nova decisão e, ainda, que a comunidade indígena libere o acesso das proprietárias para explorar a parte remanescente do imóvel.

*Brasil de Fato

Risco de guerra e quebra econômica espalham pânico pelo mundo

Enorme tensão nos mercados, no Oriente Médio e em Bangladesh marcam início da semana no cenário internacional.

O planeta começou a semana em clima de enorme tensão por causa dos mercados de ações e do risco de uma guerra em grande escala no Oriente Médio, além de crises em países como Venezuela, na América do Sul, e Bangladesh, na Ásia. Após uma segunda-feira (5/8) de enorme nervosismo, esta terça (6/8) deve começar a indicar se os temores foram exagerados ou justificados.

Na economia global, as dúvidas são em relação à duração e ao tamanho da crise de confiança iniciada pela divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos no fim da semana passada. A notícia de que a maior economia do globo desacelerou mais do que o esperado e que pode até entrar em recessão causou um efeito dominó nas bolsas de valores mundo afora.

O Japão, por exemplo, registrou o maior tombo desde 1987, com a Bolsa de Tóquio caindo 12,4% na segunda-feira. Em Wall Street, o índice S&P 500 caiu 3%, o pior dia desde setembro de 2022.

O Brasil não ficou de fora da tensão econômica mundial. O dólar subiu forte em relação ao real e chegou a valer R$ 5,86 na abertura do mercado de segunda, antes de recuar um pouco diante do entendimento dos operadores de que a reação dos mercados poderia estar sendo exagerada. A moeda norte-americana fechou a segunda em alta de 0,56%, a R$ 5,74. Foi o maior valor no fechamento desde março de 2021.

Nos EUA, a economia também tomou o noticiário e contaminou até a campanha política. Ex-presidente e candidato desafiante, Donald Trump está usando a situação para atacar seus adversários democratas na Casa Branca. “Os mercados de ações estão em colapso, os números do emprego são terríveis, estamos a caminhar para a Terceira Guerra Mundial e temos dois dos ‘líderes’ mais incompetentes da história”, disse, referindo-se a Joe Biden e Kamala Harris.

Terceira Guerra Mundial?
Em sua provocação a Biden e Kamala Harris, Trump faz referência ao aumento das tensões militares no mundo, especialmente no Oriente Médio, onde a cada momento parece estar mais próxima uma guerra de grandes proporções envolvendo Israel (e, portanto, os EUA), Irã e Líbano.

A “panela” ganhou pressão na região desde as notícias das mortes de líderes importantes do Hamas e do Hezbollah em ações militares de Israel dentro do território de países vizinhos. Na segunda, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, apelou a “todas as partes” para “desescalar urgentemente o que se tornou uma situação muito precária”.

Diante do risco de bombardeios, países como Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e França já emitiram comunicados urgentes, pedindo a seus cidadãos que deixem o Líbano imediatamente.

Mais tensão pelo mundo
Para além de guerras que já foram “normalizadas” pela comunidade internacional, como a da Rússia contra a Ucrânia, mais focos de conflito estão pipocando. Em Bangladesh, por exemplo, a primeira-ministra Sheikh Hasina renunciou e fugiu do país na segunda, enquanto uma multidão invadia a residência oficial e militares tomavam o poder.

Do outro lado do mundo, na Venezuela, a crise política se perpetua à medida que nem o presidente Nicolás Maduro nem a oposição abrem mão de lutar pela vitória em uma eleição que teima em não acabar. Enquanto Maduro tenta ganhar tempo acusando o TikTok e o Instagram pela desestabilização política de seu país, os opositores resolveram se “autoproclamar” líderes eleitos da Venezuela.

Enquanto isso, o Brasil segue tentando administrar a crise no país vizinho. Em visita ao Chile, o presidendete Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, na segunda-feira, a “transparência dos resultados” da eleição na Venezuela. A defesa foi feita durante discurso após reunião com o presidente do Chile, Gabriel Boric, no Palacio de la Moneda, sede do governo chileno, como noticiou o enviado especial do Metrópoles a Santiago.

Ao fazer um relato sobre seu encontro com Boric, o petista contou ter exposto ao líder chileno iniciativas empreendidas por ele junto aos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, López Obrador, em “relação ao processo político na Venezuela”.

Lula afirmou que o respeito pela tolerância e pela soberania popular “é o que nos move a defender a transparência dos resultados”. O petista ressaltou ainda que o “compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”.

Hezbollah bombardeia Israel com drones e promete novos ataques

Ataque atingiram o norte de Israel, ferindo civis na cidade costeira de Nahariya.

O grupo armado libanês Hezbollah lançou uma série de ataques com drones e foguetes no norte de Israel nesta terça-feira (6), mas alertou que a tão esperada retaliação pelo assassinato de um alto comandante por Israel na semana passada ainda estava por vir.

O Hezbollah disse que lançou uma bateria de drones de ataque em dois locais militares perto do Acre, no norte de Israel, e também atacou um veículo militar israelense em outro local.

Os militares israelenses disseram que vários drones hostis foram identificados cruzando o Líbano e um foi interceptado. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários civis ficaram feridos ao sul da cidade costeira de Nahariya. Imagens da Reuters mostraram um local de impacto perto de um ponto de ônibus em uma estrada principal fora da cidade.

Em comunicado, os militares israelenses disseram que sirenes soaram em torno do Acre, mas que acabou sendo um alarme falso, e que a sua força aérea atingiu duas instalações do Hezbollah no sul do Líbano.

Aumentam os temores de que o Oriente Médio possa ser levado a uma guerra total após as promessas do Hezbollah de vingar a morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do Irã de responder ao assassinato em Teerã, na semana passada, do chefe do grupo militante palestino Hamas.

Uma fonte do Hezbollah disse à Reuters que “a resposta ao assassinato do comandante Fuad Shukr ainda não chegou”.

Na manhã desta terça-feira, quatro pessoas foram mortas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, quase 30 quilômetros ao norte da fronteira, disseram médicos e uma fonte de segurança.

Duas fontes adicionais de segurança disseram que os mortos eram combatentes do Hezbollah, mas o grupo ainda não havia publicado os habituais avisos de morte.

O Hezbollah e os militares israelitas têm trocado tiros durante os últimos 10 meses, em paralelo com a guerra de Gaza, com os ataques retaliatórios limitados principalmente à zona fronteiriça.

Na semana passada, Israel matou Shukr, o comandante militar mais graduado do Hezbollah, num ataque ao reduto do grupo nos subúrbios ao sul da capital do Líbano, Beirute.

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu vingança, mas disse que a resposta seria “estudada”. Ele deve falar nesta terça-feira no memorial de uma semana para Shukr.

Carlos Bolsonaro ganha R$1,2 mi com venda de imóveis, mas só declara R$ 687 mil ao TSE

Filho de Jair Bolsonaro vendeu dois apartamentos que havia declarado na eleição de 2020.

Documentos obtidos com exclusividade pela coluna mostram que, meses antes do início da campanha eleitoral, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vendeu dois apartamentos de sua propriedade no Rio de Janeiro por um total R$ 1,25 milhão. No entanto, na semana passada, ao declarar seus bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele informou um patrimônio de apenas R$ 687 mil, pouco mais da metade do valor obtido com as transações.

Há quatro anos, em 2020, Carlos tinha declarado ao TSE um patrimônio de R$ 591,6 mil, dos quais R$ 290 mil eram referentes aos dois imóveis vendidos.

Ele ainda informou em 2020 um terceiro apartamento, avaliado em R$ 180 mil. Esse imóvel não aparece em sua declaração neste ano, mas a coluna não localizou registros de venda. Os três imóveis representavam juntos 80% do valor dos bens do vereador na última campanha.

As vendas dos imóveis foram descobertas pela coluna a partir de documentos nos cartórios do Rio de Janeiro e os dados foram cruzados com o que foi informado pelo vereador ao TSE. Procurado para explicar as transações, o vereador não retornou.

Entre os bens listados, Carlos Bolsonaro informou possuir uma aplicação em renda fixa no valor de R$ 528 mil, além de R$ 35,6 mil em ações e R$ 5 mil em bitcoin. Ele ainda registrou novamente o mesmo carro que ele já tinha em 2020 e informou ter adquirido duas motos avaliadas em R$ 41,5 mil, somadas. Ele ainda disse guardar R$ 15 mil em dinheiro vivo.

Primeira venda
A primeira transação ocorreu em setembro de 2023, quando ele vendeu um apartamento na Tijuca, zona norte do Rio, por R$ 700 mil. Carlos foi o proprietário do imóvel por 20 anos. Ele adquiriu o imóvel em 3 de junho de 2003 por um total de R$ 150 mil que ele informou, em cartório, ter quitado em dinheiro vivo.. Naquela ocasião, o imóvel valia cerca de R$ 213 mil. A venda do imóvel representou uma negociação abaixo do valor de avaliação fiscal. A prefeitura do Rio avaliou o apartamento em um total de R$ 800,5 mil para fins de cobrança de impostos.

Segunda venda
Em fevereiro de 2024, Carlos negociou outro imóvel, dessa vez em Copacabana, na zona sul do Rio, por R$ 550 mil. Ele tinha comprado esse apartamento em 2009, por um valor declarado em cartório, de R$ 70 mil.

O imóvel foi comprado por um valor muito abaixo do mercado e em condições suspeitas já que o vereador foi a um cofre pouco antes de formalizar a negociação (Veja abaixo). O apartamento, um apart-hotel, tinha sido avaliado pela prefeitura do Rio, para fins de cobrança de impostos, em R$ 236 mil, à época.

Carlos também declarou anteriormente a aquisição de um terceiro apartamento que fica localizado na rua Leandro Martins, no centro do Rio. Na escritura, lavrada em 1 de outubro de 2012, ele informou que comprou o imóvel por R$ 180 mil. Ao checar o cartório de registro de imóveis, no entanto, a venda ainda não foi registrada formalmente.

Imóveis são alvo de investigação do MP
Os dois imóveis vendidos por Carlos Bolsonaro estão sob investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro devido a negociações suspeitas com uso de dinheiro em espécie.

O apartamento da Tijuca teve o uso de R$ 150 mil em dinheiro vivo. Já o caso do apartamento de Copacabana envolve o cofre dos irmãos Bolsonaro revelado pela coluna em julho. Carlos manteve um cofre junto com Flávio entre 2004 e 2016 e ambos costumavam acessar o cofre antes de aquisições de imóveis do clã.

Em 2009, na compra do imóvel de Copacabana, Carlos informou na escritura do imóvel que efetuou o pagamento por meio de transferência bancária. No entanto, ao analisar as contas bancárias do vereador, o MP não identificou nenhuma transferência bancária. No extrato bancário de Carlos, consta um débito no valor de R$ 60 mil, cujo lançamento foi identificado como “pagtos diversos autorizados”. Para atingir saldo suficiente para a transação, Carlos já havia recebido um depósito de R$ 10 mil, em espécie, dias antes.

No dia 20 de março, data em que o pagamento do imóvel foi feito, consta um novo crédito, dessa vez de R$ 31.687,05, identificado como “resgate poupança” — o relatório não indica de qual conta teriam vindo esses recursos, nem se ela pertencia ao vereador.

Após analisar as transações, os investigadores pediram mais informações ao Banco do Brasil e foram informados de que Carlos tinha feito um depósito em dinheiro vivo, na boca do caixa, para uma conta que consta em nome do vendedor, segundo o ICL.

O documento relata que “a título de informação, este depósito de R$ 60 mil, cuja origem se deu no saldo da conta Banco do Brasil, foi efetuado na boca do caixa às 14h40min”, duas horas e quarenta minutos depois que Carlos esteve no cofre. Não foi encontrado nenhum outro pagamento da conta de Carlos ao vendedor para totalizar os R$ 70 mil declarados em escritura de compra e venda e também na declaração de imposto de renda do vereador.

Ao mesmo tempo, os investigadores apontam que o depósito em espécie para o vendedor, no total de R$ 60 mil, foi feito em uma agência do BB que fica a 500 metros de onde Carlos mantinha o cofre — ambos os endereços são vizinhos à Câmara dos Vereadores do Rio.

A perícia do MP destaca a ida ao cofre poucas horas antes da transação: “Ademais, com base nas informações constantes no Contrato de Locação de Cofre, Carlos Bolsonaro no mesmo dia 20/03/2009 esteve na agência 0001-9 Rio (rua Lélio Gama, 105 – Centro) e acessou o seu cofre nº 225 entre os horários de 11h48min a 12h”, completa o documento. Carlos já havia mexido no cofre dois dias antes, em 18 de março.

Declaração incorreta pode configurar falsidade ideológica eleitoral
A declaração de bens e patrimônio é requisito obrigatório para o registro de candidaturas. Quando foi incluída na lei das eleições, duas preocupações principais sustentavam sua obrigatoriedade: facilitar o acompanhamento da evolução dos bens dos candidatos eleitos; e permitir que eleitores tenham conhecimento desses bens e não sejam manipulados por discursos e aparências. Porém, na prática, a aplicação dessa norma não possibilitou efetivamente a fiscalização e/ou punição de candidatos.

Volgane Carvalho professor da PUC Minas e especialista em direito eleitoral avalia que a jurisprudência consolidada impõe limites para a atuação da própria Justiça Eleitoral. Ele classificou o cenário como “frustrante”: “Hoje a pessoa faz uma declaração, que é preenchida lá no site do TSE, e coloca o que quiser. Sem grandes evidências públicas, só o Imposto de Renda, que é sigiloso, poderia confrontar essa declaração. A Justiça Eleitoral não pode pedir essa quebra de sigilo, então fica limitada, de mãos atadas”.

O candidato que declarar valor diferente do que de fato tem, pode ser enquadrado no crime de falsidade ideológica eleitoral — previsto no art. 350, do Código Eleitoral. Volgane Carvalho defende uma mudança na interpretação da lei e na jurisprudência: “A interpretação tem que mudar. Uma coisa é você dizer, declarar que tem um documento que comprova. Outra é apresentar algo que não seja só o Imposto de Renda”, afirmou o especialista, completando:

“Recentemente, a Justiça Eleitoral lidou com um caso de um candidato que alterou sua declaração entre o primeiro e segundo turno, diminuindo consideravelmente o valor que possuía em bens e patrimônio, com o intuito de se apresentar como o candidato mais pobre e humilde. Fez para manipular o eleitorado. A Justiça precisa ter mecanismos para monitorar isso e aplicar a lei”, concluiu.

Hezbollah bombardeia Israel e intensifica conflito; grupo promete novos ataques

Ataques com drones feriram civis em Nahariya; tensão no Oriente Médio aumenta com promessa de vingança pela morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr.

O norte de Israel foi alvo de uma série de ataques com drones e foguetes lançados pelo grupo armado libanês Hezbollah nesta terça-feira (6). Os ataques resultaram em ferimentos a civis na cidade costeira de Nahariya e intensificaram os temores de um conflito ainda maior na região.

O Hezbollah declarou que lançou drones de ataque contra duas instalações militares próximas a Acre, no norte de Israel, além de ter alvejado um veículo militar israelense em outra localidade. Em resposta, os militares israelenses confirmaram a interceptação de um dos drones e relataram que vários civis ficaram feridos nas proximidades de Nahariya. Imagens mostraram um impacto próximo a um ponto de ônibus em uma estrada principal fora da cidade, destaca a CNN.

A situação acirra os temores de uma guerra total no Oriente Médio, especialmente após a promessa de vingança do Hezbollah pela morte do comandante Fuad Shukr, assassinado por Israel na semana passada.

A manhã desta terça-feira também foi marcada pela morte de quatro pessoas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, cerca de 30 quilômetros ao norte da fronteira com Israel. Fontes médicas e de segurança confirmaram que os mortos eram combatentes do Hezbollah, embora o grupo ainda não tenha publicado comunicados oficiais.

A recente morte de Shukr, comandante militar de alto escalão do Hezbollah, em um ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, acirrou ainda mais as tensões. O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu uma resposta “estudada” e deve se pronunciar no memorial de uma semana pela morte de Shukr.

Se não tivesse petróleo na Venezuela, Estados Unidos estariam preocupados com as eleições e democracia lá?

É só olhar ao redor e ver a quantidade de produtos sintéticos, derivados do petróleo para, de estalão, entender o que está por trás do interesse de quem mais promoveu ditaduras, patrocinou golpes, jogou bomba atômica em milhares de civis e patrocina o genocídio de Israel em Gaza.

É nítido o controle dos EUA sobre a mídia nativa, é só observar que não se vê uma linha crítica àquele conceito civilizatório que os EUA vendem como fábula, mas escondem como de fato são.

Certamente, jamais os EUA, seguidos pela mídia lambe-botas do tio San, não dariam a menor confiança ou gastaria um minuto de atenção para a política venezuelana, se o país não estivesse em cima do maior barril de petróleo do planeta.

Ou seja, essa gente insiste em acreditar que todo o mundo é tolo.