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Caso Epstein: entenda a relação de Trump e acusado por abuso sexual de menores

Carta de presidente dos EUA a Jeffrey Epstein, revelada por jornal, expõe proximidade entre os dois; ex-presidente reage com ataques

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta uma crise interna. Parte de seus apoiadores queimaram bonés vermelhos do movimento Make America Great Again (Faça os EUA Grandes Outra Vez, em tradução livre) em protesto ao descumprimento de uma promessa de campanha: divulgar documentos da investigação contra o empresário Jeffrey Epstein, acusado de uma série de crimes sexuais, incluindo exploração de menores.

A indignação dos apoiadores vem açodada por uma revelação bombástica do Wall Street Journal, na última quinta-feira (17/07): uma carta que mostra a relação de proximidade entre os dois. A resposta de Trump veio em forma de ataque nas redes sociais: contra o jornal, que, segundo ele, publicou mentiras, e contra seus eleitores que o questionaram, que ele definiu como “ex-apoiadores” e “fracotes”.

Mas o começo da crise se deu em 5 de junho, quando o ex-apoiador de Trump e integrante do governo, Elon Musk, publicou em seu perfil no X (antigo Twitter), que Donald Trump seria parte da “lista de Epstein”, um possível documento com registro de pessoas relacionadas a Jeffrey Epstein em seu esquema de abuso sexual de menores: “Hora de soltar a verdadeira bomba: @realDonaldTrump está nos arquivos Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT [Donald J. Trump]!”, escreveu Musk, em publicação que seria apagada logo depois. A denúncia, apresentada sem provas, ocorreu em meio a uma escalada de acusações nas redes sociais entre o presidente e seu ex-braço direito.

Jeffrey Epstein é um nome infame nos Estados Unidos. Próximo de pessoas influentes, ele foi um investidor multimilionário que ganhou as páginas de jornais em 2005, quando foi acusado de abuso sexual de menores de idade na Flórida. Em 2008, ele foi condenado à prisão pelo estado, após confessar ter solicitado prostituição de menores, em um acordo que lhe livrava de qualquer outra investigação federal. Após 13 meses de regime semiaberto, ele ficaria dez anos em liberdade, sendo novamente preso em 2019 – dessa vez, sob acusação de tráfico sexual de menores de idade. Em agosto de 2019, ele morre em sua cela no Centro Correcional Metropolitano, em Nova York.

Os processos judiciais reuniram o que é difícil conseguir de uma pessoa com o poder e influência de Epstein: provas. Ao longo dos processos, foram juntados registros de viagens, fotos, agendas de contatos, depoimentos e e-mails envolvendo o financista, seus amigos e associados. Estes documentos compõem os “arquivos Epstein”, citados por Musk e que colocaram a administração Trump nas cordas esta semana.

Parte dos documentos foram obtidos em um processo movido em 2015 por Virginia Giuffre, uma das principais vítimas de Epstein, contra Ghislaine Maxwell, cúmplice dele, presa por auxiliar Epstein em seu esquema de tráfico sexual. Os arquivos ficaram sob sigilo até 2024, quando passaram a ser revelados.

Eles incluem menções a quase 200 pessoas, envolvendo o nome de vítimas da rede de abuso estabelecida por Epstein, testemunhas, como funcionários e pilotos das aeronaves do investidor, parceiros de negócio e membros do círculo social dele, além de pessoas acusadas de participação nos crimes de prostituição de menores, tráfico sexual de menores e abuso sexual.

Aparecem nos registros nomes como o do Príncipe Andrew, membro da família real britânica, acusado de abuso sexual de Virginia Diuffre e participação em crimes de Epstein, o ex-presidente dos Estados Unidos envolvido em escândalos sexuais durante seu mandato, Bill Clinton, e o vizinho de Epstein na Flórida, Donald Trump.

Os documentos não fazem parte de uma única base, e não foram publicados na íntegra. Essa é a principal crítica de opositores políticos de Trump e, mais recentemente, de sua própria base política.

Em sua campanha à reeleição em 2024, Trump afirmou que, se eleito, divulgaria na íntegra todos os “arquivos Epstein” obtidos pela justiça. Depois de eleito, ele tentou dissuadir sua base, dizendo que parte de seus apoiadores foi enganada pela “esquerda lunática” por oito anos, que eles “não aprenderam a lição, e provavelmente nunca aprenderão” e que “esses fracotes” estão fazendo o trabalho dos democratas.

“Sua nova FARSA é o que chamaremos para sempre de Farsa do Jeffrey Epstein, e meus ANTIGOS apoiadores engoliram essa ‘merda’, com anzol, linha e tudo. Eles não aprenderam a lição, e provavelmente nunca aprenderão, mesmo depois de serem enganados pela Esquerda Lunática por 8 longos anos. Eu tive mais sucesso em 6 meses do que talvez qualquer Presidente na história do nosso País, e tudo sobre o que essas pessoas querem falar, com forte incentivo da Fake News e dos Democratas famintos por sucesso, é a Farsa do Jeffrey Epstein”, escreveu.

O ‘segredo maravilhoso’ de Trump e Epstein
Trump subiu o tom contra apoiadores após o Wall Street Journal tornar pública, na última quinta-feira (17/07), uma carta escrita pelo presidente a Jeffrey Epstein em 2003. O conteúdo do documento foi tornado público pela primeira vez.

A carta, descrita pelo veículo como “obscena”, integra um livro montado em 2003 por Gislaine Maxhwell e dado a Epstein como presente de aniversário de 50 anos. A declaração de Trump aparece junto de fotos, cartas e cartões de outros amigos e associados do investidor.

No, esta imagen de Jeffrey Epstein con Donald Trump sentados en un sofá con  dos adolescentes no es real · Maldita.es

Segundo jornal, Trump escreveu carta ‘obscena’ a Jeffrey Epstein, acusado de abuso de menores e tráfico sexual
Tony Webster/Flickr

O jornal não publicou imagens do documento, mas o descreveu. Segundo a reportagem, a mensagem é escrita dentro de um desenho, aparentemente feito à mão com um canetão, do corpo de uma mulher. O texto retrata uma conversa entre Trump e Epstein, escrita em terceira pessoa. Leia abaixo, em tradução livre:

Narrador: “Deve haver mais na vida do que ter tudo”, começava o bilhete.

Donald: Sim, há, mas não vou te dizer o que é.

Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é.

Donald: Nós temos certas coisas em comum, Jeffrey.

Jeffrey: Sim, temos, pensando bem.

Donald: Enigmas nunca envelhecem, já reparou?

Jeffrey: De fato, isso ficou claro para mim da última vez que te vi.

Trump: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz Aniversário — e que cada dia seja outro segredo maravilhoso.

Trump teria assinado, diz o Wall Street Journal, com um “Donald” escrito de forma torta abaixo da cintura da mulher no desenho, mimetizando seus pelos pubianos.

A revelação fez Trump iniciar uma cruzada contra o jornal. Ouvido pelos jornalistas antes da reportagem ir ao ar, Trump disse nunca ter escrito a carta e que a matéria era mentirosa. “Este não sou eu. Isso é uma mentira. É uma reportagem fake do Wall Street Journal. Eu nunca fiz um desenho na minha vida. Eu não desenho mulheres. Não é minha linguagem, não são minhas palavras, não sou eu”, declarou. Ele ainda alertou que, se o texto fosse ao ar, “processaria o Wall Street Journal como processou todo mundo”.

Após a publicação da matéria, Trump foi às redes sociais, reforçando sua ameaça de processo e acusando o conteúdo de ser mentiroso. “O Wall Street Journal publicou uma carta falsa, supostamente para o Epstein. Essas não são as minhas palavras, não é o meu jeito de falar. Além disso, eu não faço desenhos. Eu disse ao Rupert Murdoch [dono da News Corp., empresa dona do Wall Street Journal] que era uma farsa, que ele não deveria publicar essa matéria falsa. Mas ele publicou, e agora vou processá-lo com tudo, e também o seu jornaleco de terceira categoria. Obrigado pela sua atenção a este assunto!”, Trump escreveu na quinta-feira (17/07).

Não é a primeira vez que Trump é apontado no círculo íntimo de Epstein. Em 2002, um perfil de Epstein incluiu uma fala de Trump sobre o amigo, que considerava “um cara fantástico”. “Conheço o Jeff há quinze anos. Um cara fantástico. É muito divertido estar com ele. Dizem até que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e que muitas delas são mais jovens. Não há dúvida sobre isso — o Jeffrey curte sua vida social”.

À época, o nome de Epstein aparecia apenas nas colunas sociais de jornais e ele era figurinha carimbada em eventos de Trump.

Mais de uma vez, Trump e Epstein foram fotografados juntos, incluindo suas companheiras, em Mar-a-Lago, o resort do presidente na Flórida. Apoiadores de Trump afirmam que Epstein só teve acesso às propriedades do presidente até 2007, quando o investidor, na esteira de sua primeira acusação criminal, teria sido banido dos espaços.

Não existem provas do banimento, mas os registros dos dois juntos também cessam nesta época. Em 2019, Trump disse, em uma coletiva de imprensa, que baniu Epstein de Mar-a-Lago, mas que “a razão francamente não faz nenhuma diferença”.

Assim como outras celebridades, Trump também costumava pegar carona no avião particular de Epstein, batizado de “Lolita Express”. O nome de Trump é encontrado em diversos registros de voo entre a Flórida, onde ambos possuíam casas, e Nova York, sede administrativa dos negócios de Trump, durante os anos 90.

A aeronave costumava ser utilizada também para voos às Ilhas Virgens Americanas, onde Epstein possuía uma ilha particular apontada como um espaço de abuso sexual de menores. Nunca foram divulgados registros que envolvam Trump e a ilha.

Na campanha eleitoral de 2024, Trump utilizou um jatinho que já havia sido de Epstein para cumprir agendas em quatro estados diferentes após seu próprio avião apresentar falhas no motor. A campanha do republicano disse ter fretado a aeronave de uma empresa do setor e não saber a quem pertencia anteriormente.

‘Nenhuma divulgação adicional seria apropriada ou justificada’
Em fevereiro de 2025, Trump indicou Pamela Bondi como procuradora-geral dos Estados Unidos – e chefe do Departamento de Justiça do país. No fim do mesmo mês, o órgão publicou, em uma cerimônia com influenciadores de extrema-direita, a “fase 1” dos arquivos de “Epstein”.

Sem novidades sobre o que já havia sido liberado ao longo dos anos, Bondi culpou o FBI, órgão de investigação federal dos Estados Unidos, por reter informações. À época, Kash Patel, diretor do FBI, disse que “não haverá acobertamentos, nenhum documento perdido e nada ficará por investigar”.

A promessa durou até 7 de julho, quando o Departamento de Justiça e o FBI publicaram um documento dizendo que, “após revisão exaustiva”, “não foram encontrados motivos para revisitar a divulgação” dos materiais.

Os órgãos alegam não terem sido encontradas relações com pessoas que justificassem a divulgação de documentos e que isso poderia fragilizar as vítimas de Epstein. “É a determinação do Departamento de Justiça e do FBI que nenhuma divulgação adicional seria apropriada ou justificada”, resume o documento.

Pressionado pela reportagem do Wall Street Journal, Trump publicou em suas redes sociais nesta quinta-feira (17/07) ter pedido ao Departamento de Justiça a publicação de “todos os depoimentos pertinentes” fornecidos ao grande júri – similar ao júri popular no Brasil – sobre o caso. Nenhum novo documento foi publicado até o momento.

*Brasil de Fato


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Política

Sentiu!

Tratorado pela esquerda e cornetado pela xepa bolsonarista na crise do tarifaço de Trump, Tarcísio desiste de vez da disputa presidencial.

Tudo bem que ele ficou com os dois pés na canoa da tentativa de reeleição em São Paulo, mas manteve um fio de nylon invisível agarrado na canoa da ficção da disputa presidencial.

Eduardo Bolsonaro, de plantão 24 horas, não deu espaço para Tarcísio se aventurar nessa viagem de estrada esburacada.

A antipatia que sua antecipação aos fatos gerou, fez o sujeito queimar a bucha na largada e seu altruísmo a fórceps falou mais alto.

Mas alguém precisa dizer a ele que a cor de sua tentativa de reeleição mudou de azul para cinza escuro.

A vitória incondicional foi para o final da fila.

Seu “momento de luz” apagou, denunciado por Eduardo como traíra de Bolsonaro, a receita do sujeito azedou até para voos antes seguros, e agora, com alto risco de babar e feder.

Aguardemos.


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Mundo

As tarifas de Trump são uma confissão de derrota dos EUA

Usar como ferramenta de política econômica tarifas contra parceiros comerciais para reconfigurar uma dinâmica francamente decadente dos EUA é assinar confissão de derrota.

Gerenciar uma lógica avessa a própria ideia de mercado livre é assumir que não existe um mínimo de regra que paute esse pensamento destrambelhado.

Governar um país tentando inventar um outro país que não existe dentro dos termos impostos pelos idealizadores dessa lambança é conduzir os EUA para um enterro compulsório.

Seu governo, em apenas seis meses, já deu errado sob qualquer ângulo que se olhe, mas parece que os orientadores de Trump, ou querem lhe derrubar ou não têm a menor ideia do que estão propondo.

A popularidade de Trump despencou, antes mesmo do escândalo de pedofilia, que está bombando dentro e fora dos EUA.

Na verdade, o mau-humor de seu eleitorado virou um tijolo só por conta da abestalhada ideia de que as tarifas seriam boas para a sociedade americana, quando a realidade escancara o avesso.

Não é um projeto francamente neofascista que dará cabo de uma desordem capitalista tão latente quanto essa, que se arrasta, há décadas, nas terras do tio Trump.

As forças políticas e sociais, que apoiam Trump, estão cada dia mais ralas.

O apogeu dessa crise de credibilidade parece não ter fundo.
Mesmo os mais desinformados ou fanáticos trumpistas, já começam a jogar a toalha.

Qualquer análise circunstanciada na realidade hoje dirá que Trump está a cada dia mais perto do seu prematuro fim de governo.


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Política

A reação do diretor da PF às ameaças de Eduardo Bolsonaro: “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”

Declaração de Andrei Rodrigues foi resposta a fala agressiva do deputado em live contra o delegado que investiga Jair Bolsonaro no STF

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, repudiou neste domingo (20) declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), feitas durante uma live transmitida em suas redes sociais.

Segundo Rodrigues, trata-se de “mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais”, e a corporação já prepara as medidas legais cabíveis. As informações foram publicadas inicialmente pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do portal g1.

Durante a transmissão, Eduardo Bolsonaro — atualmente licenciado do mandato e nos Estados Unidos desde fevereiro — voltou a atacar o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em tom de ameaça, o deputado afirmou:

“Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente…”

A fala foi feita no mesmo momento em que o parlamentar reafirmava sua intenção de trabalhar pela saída do ministro Alexandre de Moraes do STF, alimentando sua retórica de confronto contra a Corte Suprema.

PF reforça que ameaças não ficarão impunes
Ao comentar o episódio, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, declarou com veemência:

“Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal.”

A corporação enfatizou ainda que qualquer ameaça a agentes públicos no exercício de suas funções é considerada grave e pode resultar na abertura de novas investigações criminais, segundo o 247.


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Cotidiano

Morre Preta Gil aos 50 anos

Preta Gil não resistiu ao tratamento contra o câncer nos EUA e morreu, neste domingo (20/7). A coluna Fábia Oliveira descobriu que a cantora teve uma piora em seu quadro de saúde, desde a última quarta-feira (16/7).

Família prepara comunicado
Esta jornalista sente muito em dar essa notícia. Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa confirmou a informação e informou que a família deve se manifestar em breve.

Amigos da artista e o filho, Francisco, estão em terras americanas. Uma das melhores amigas de Preta Gil, Carolina Dieckmmann conseguiu uma brecha nas gravações da novela e viajou para os Estados Unidos, mas ela não sabia que o estado da cantora era tão grave.

Preta lutou muito, mas enfim, o descanso e a paz merecidos.

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Brasil Mundo

Lula denuncia ‘intimidação’ dos EUA contra STF após revogação do visto de Moraes

 

Presidente classificou medida, anunciada em meio à guerra tarifária contra o Brasil, como ‘inaceitável, arbitrária e sem fundamento’

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste sábado (19/07) a decisão dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando-a como “inaceitável”.

Em nota oficial, o mandatário afirmou que a medida anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é “arbitrária” e uma tentativa de “intimidação” aos ministros do STF.

Disse Lula:

Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos.

A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.

Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.

Lula destacou ainda que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. Opera Mundi.

“Nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, concluiu.

O governo norte-americano determinou na última sexta-feira (18/07) a revogação imediata dos vistos de Moraes, de seus familiares e de seus “aliados na corte”, sem especificar quais outros ministros do STF e demais pessoas devem ser atingidos pela medida. É possível que restrição afete pelo menos oito dos 11 ministros da Suprema Corte.

A decisão foi apresentada como uma retaliação às decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (18/07) e, por determinação do STF, passou a usar tornozeleira eletrônica, como parte de medidas cautelares para evitar uma possível fuga do país.


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Mundo

The New York Times: Nos EUA, pressão por mais transplantes de órgãos está colocando os doadores em risco

Pessoas nos Estados Unidos sofreram tentativas precipitadas ou prematuras de remoção de seus órgãos. Algumas estavam ofegantes, chorando ou mostrando outros sinais de vida.

Um quarto colorido com bichos de pelúcia, brinquedos e decoração de princesas da Disney, e letras formando MISTY sobre uma janela.

Os pais de Misty Hawkins não tocaram no quarto da filha, que tinha uma deficiência cognitiva crônica.

Na primavera passada, em um pequeno hospital do Alabama, uma equipe de cirurgiões de transplante se preparou para cortar os órgãos de Misty Hawkins. O tempo estava passando. Seus órgãos não seriam utilizáveis por muito mais tempo.

Dias antes, ela era uma mulher vibrante de 42 anos, com um senso de humor brincalhão e uma paixão pelo Rally de Motocicletas de Thunder Beach.

Mas depois que a Sra. Hawkins engasgou enquanto comia e entrou em coma, sua mãe decidiu desligar os aparelhos que a mantinham viva e doar seus órgãos.

Ela foi retirada do ventilador e, após 103 minutos, declarada morta.
Um cirurgião fez uma incisão no peito dela e serrou seu esterno.

Foi então que os médicos descobriram que o coração dela estava batendo.

Ela parecia estar respirando. Eles estavam cortando a Sra. Hawkins enquanto ela ainda estava viva.

Nos Estados Unidos, um complexo sistema de hospitais, médicos e coordenadores de doações de organizações sem fins lucrativos realiza dezenas de milhares de transplantes que salvam vidas a cada ano.

Em cada etapa, o sistema conta com protocolos cuidadosamente calibrados para proteger doadores e receptores.

Mas, nos últimos anos, com o aumento do número de transplantes pelo sistema, um número crescente de pacientes tem enfrentado tentativas prematuras ou frustradas de retirada de seus órgãos.

Embora o caso da Sra. Hawkins seja um exemplo extremo do que pode dar errado, uma investigação do New York Times revelou um padrão de tomada de decisão precipitada que prioriza a necessidade de mais órgãos em detrimento da segurança de potenciais doadores.


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Brasil Mundo

Eduardo Bolsonaro pode estar por trás de manipulação bilionária do dólar horas antes do tarifaço de Trump

AGU vê possível conexão entre a operação suspeita no câmbio com informação privilegiada e a articulação internacional liderada pelo deputado para coagir o STF e desestabilizar o país

A ofensiva internacional liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pode estar por trás de um possível crime financeiro. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), há indícios de que a articulação golpista promovida pelo deputado licenciado nos Estados Unidos junto ao governo de Donald Trump possa estar relacionada a uma operação bilionária no mercado cambial brasileiro às vésperas do anúncio de tarifas contra o Brasil.

Em petição apresentada no sábado (19) ao Supremo, a AGU pede que seja investigada uma possível utilização de informação privilegiada (insider trading) para lucrar com a alta do dólar registrada pouco antes do anúncio tarifaço de Trump. O pedido foi anexado ao inquérito que já apura a atuação de Eduardo Bolsonaro em articulações para pressionar e coagir autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF.

Operação bilionária
A suspeita veio à tona a partir de denúncia feita por Spencer Hakimian, da gestora norte-americana Tulu Capital, que identificou transações entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões em dólares realizadas cerca de duas horas antes do anúncio das tarifas. Os dados, obtidos por meio do Terminal Bloomberg, indicam que os dólares foram adquiridos por volta das 13h32 (horário da Costa Leste dos EUA) e revendidos com lucro após a coletiva de Trump às 16h19, quando o real despencou.

Disse SpenceHakimian em post no X:

Alguém divulgou a notícia sobre as tarifas brasileiras.

Alguém comprou uma quantidade ENORME de dólares americanos e vendeu BRL (moeda brasileira) a descoberto às 13h32.

O anúncio da tarifa de 50% ocorreu às 16h19, momento em que parece que o grande trader saiu de sua operação instantaneamente.

Ganhando 2,5% em uma negociação de moeda (que geralmente tem alavancagem de 10-20x), então na verdade 25% a 50% em menos de 3 horas.

Image

Com alavancagem – recurso comum nesse tipo de operação –, os ganhos estimados podem ter alcançado entre 40% e 50% em apenas três horas. De acordo com a Forum, a AGU considera que a sequência de eventos, somada aos dados já presentes no inquérito, pode indicar uma ação coordenada não apenas para sabotar a estabilidade institucional do Brasil, mas também para obter vantagem financeira direta.


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AGU quer saber se Eduardo Bolsonaro manipulou dólares para lucrar com tarifaço

Órgão solicita que fatos sejam apurados no âmbito do inquérito que investiga atuação de Eduardo Bolsonaro contra autoridades brasileiras

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que operações financeiras suspeitas realizadas antes do anúncio de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil sejam investigadas no inquérito que apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

No documento enviado ao STF no sábado (19), a AGU aponta indícios de uso de informação privilegiada em operações de câmbio realizadas horas antes do chamado “tarifaço” anunciado durante o governo Donald Trump.

A suspeita é de que agentes do mercado financeiro tenham se beneficiado de informações sigilosas para obter lucros expressivos com a antecipação do impacto econômico das medidas.

A AGU cita uma reportagem do Jornal Nacional, veiculada em 18 de julho, que revelou movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro antes do anúncio oficial das tarifas. O órgão solicita que os fatos sejam apurados no âmbito do inquérito já em curso no STF, que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Ministro Jorge Messias, da AGU, dá entrada em hospital após sentir  desconforto

Assinado por Flavio José Roman, advogado-geral da União substituto, o pedido também requer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sejam notificadas. A AGU pede que a CVM tome “providências administrativas e civis” a respeito das transações.

Segundo o documento, há suspeita de que as operações tenham sido baseadas em informações antecipadas sobre as sanções comerciais. A AGU menciona uma publicação feita por Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que indicava a possibilidade de ganhos de até 50% com esse tipo de operação.

A prática, segundo a AGU, pode configurar crime de uso indevido de informação relevante ainda não divulgada ao mercado, previsto na legislação brasileira, com pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

Investigações contra Eduardo Bolsonaro
O órgão também destaca que os fatos têm ligação direta com a investigação em andamento contra Eduardo Bolsonaro, que apura suspeitas de tentativa de obstrução da Justiça e coação por parte do parlamentar e de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação menciona ainda um parecer da PGR que aponta o uso de sanções comerciais como forma de pressionar o Judiciário brasileiro. “A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil, para gerar uma pressão política e social no Poder Judiciário”, diz trecho citado no documento.

*ICL


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Política

Lula: “Não vou entregar o país de volta para aquele bando de malucos”

Sem citar tornozeleira de Bolsonaro, Lula sugeriu “fazer churrasco, em vez de discurso”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (18) que, se estiver com saúde e disposição, vai ser candidato à reeleição no ano que vem. Ele disse que vai ganhar as eleições de 2026, o que seria o seu quarto mandato à frente da presidência, para evitar que “aquele bando de malucos” retorne ao poder, fazendo menção indireta a Bolsonaro e seu grupo.

“Vou fazer 80 anos de idade, mas se eu estiver com a saúde e a disposição que estou hoje, podem ter certeza que serei candidato outra vez, para ganhar as eleições nesse país. Porque eu não vou entregar esse país de volta para aquele bando de malucos, que quase destroem esse país nos últimos anos. Podem estar certos disso. Eles não voltarão. Eles não voltarão, e não é porque o Lula não quer, é porque vocês não vão deixar”, disse Lula, em Missão Velha, no Ceará.

Ele visitou um dos trechos já finalizados da ferrovia Transnordestina e anunciou a liberação de novos recursos a partir dos Fundos de Investimento do Nordeste (Finor) e de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para finalizar a obra.

Lula não citou explicitamente o ex-presidente Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica, após ter sido alvo de uma operação de busca e apreensão em sua residência durante esta manhã.

“Se tivesse juízo, tinha mandado fazer um churrasco, em vez de fazer discurso”, disse Lula, ao abrir seu discurso em Missão Velha, ironizando o adversário.

Lula também não fez qualquer menção ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o discurso. Ontem, durante pronunciamento em cadeia de rádio, TV e redes sociais, ele classificou como “chantagem inaceitável” a taxação dos produtos brasileiros em 50% anunciada por Trump, que atribuiu cobrança em parte à postura do STF contra Bolsonaro.

A Transnordestina
O evento simboliza a retomada de um projeto estratégico, com potencial para transformar a logística do Nordeste, ao estabelecer uma rota de escoamento segura, eficiente e econômica para as cadeias produtivas. Atualmente, 280 km de obras de infraestrutura estão em execução, o que gera mais de 4 mil empregos diretos e envolve mais de R$ 4 bilhões em contratos assinados.

O início da operação está previsto para o fim de 2025, em fase de comissionamento, com os primeiros transportes de cargas saindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí até a região centro-sul do Ceará e algumas regiões de Pernambuco. Soja, farelo de soja, milho e calcário estão entre os principais produtos a serem transportados.

Lula se disse “alegre” pela retomada das obras, mas “frustrado” pela demora na conclusão. “Imaginava que ela fosse acabar em 2012. Saí em em 2010, voltei à presidência 15 anos depois, e essa ferrovia tinha andado muito pouco”, reclamou. “Assumi a responsabilidade de que nós vamos concluir essa ferrovia, custe o que custar”.

O presidente afirmou que não se trata apenas de uma necessidade da região Nordeste, mas também um pedido do ex-governador pernambucano, Miguel Arraes, a quem ele disse ter orgulho de ter sido “muito amigo. “Essa ferrovia é em homenagem a ele”, declarou Lula.

O investimento já realizado totaliza R$ 8,2 bilhões. Os novos recursos garantidos somam mais de R$ 1,4 bilhão — R$ 600 milhões liberados pelo FDNE nos próximos meses e R$ 816 milhões a partir do leilão de desinvestimento e liquidação do Finor. O orçamento total do empreendimento chega a R$ 15 bilhões, com impacto anual estimado no PIB do Semiárido de até R$ 7 bilhões. Ao todo, a Transnordestina tem 1.209 quilômetros de extensão e passa por 53 municípios. Tem início em Eliseu Martins (PI) e vai até o Porto do Pecém (CE), passando por Salgueiro (PE).

“Quero andar de trem até o porto de Pecém. Não faltará dinheiro para concluir a Transnordestina”, frisou o presidente, reafirmando o compromisso.

*TVTNews

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