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Governo fecha o cerco a quem pediu extradição de Allan dos Santos

Primeiro movimento foi a exoneração da delegada responsável pela cooperação internacional no Ministério da Justiça.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o governo federal começou a perseguir os servidores públicos responsáveis for formalizar o pedido de extradição de Allan dos Santos, o ativista bolsonarista amigo da família Bolsonaro.

O primeiro movimento foi a exoneração da delegada Silvia Amélia da chefia da Diretoria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI). Mas não deve parar por aí.

O DRCI é a área responsável por tocar esse tipo de pedido envolvendo brasileiros foragidos no exterior e outros temas de cooperação internacional em geral.

O movimento segue o script de outras intervenções do governo em áreas delicadas, como o feito na Polícia Federal.

Há o temor de que novas demissões ocorrerão no órgão. Na mira estão coordenadores da DRCI e também a assessora internacional, Georgia Diogo.

O clima no local é de apreensão já que nada do gênero foi visto na unidade há muito tempo. O DRCI está agora acéfalo, já que não foi escolhido alguém para substituir a delegada e o cargo de diretor adjunto está vago.

Silvia é delegada da Polícia Federal desde 2006 e tem mestrado em relações internacionais na França. Antes de chegar ao posto, ela chegou a ser diretora-executiva substituta da PF.

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Vídeo: O Brasil discute se o presidente que a elite elegeu cometeu genocídio ou crime contra a humanidade

Allan dos Santos será preso? Bolsonaro cometeu genocídio ou crime contra a humanidade?

Enquanto o Brasil, a mando da mídia, discute se Bolsonaro cometeu genocídio ou crime contra a humanidade, a sociedade recebe a notícia de que Allan dos Santos, um picareta de troco miúdo será extraditado e preso.

Nós perguntamos, quem é Allan dos Santos além de uma mera bucha de canhão? Enquanto isso Bolsonaro e seus filhos seguem impunes dando gargalhadas na cara do povo, depois de ser responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas por covid.

Assista:

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Moraes determina prisão de Allan dos Santos e ordena extradição dos EUA

O blogueiro bolsonarista está nos Estados Unidos, com visto vencido. Ele é acusado de participar de milícia digital.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O magistrado ainda pediu que o Ministério da Justiça inicie imediatamente o processo de extradição dele que, atualmente, está com visto vencido nos Estados Unidos.

Moraes ordenou ainda que a Polícia Federal inclua o mandado de prisão na lista da Difusão Vermelha da Interpol para garantir que ele seja capturado e retorne ao Brasil. Também foi acionada a embaixada dos Estados Unidos.

A decisão de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a prisão.

Allan dos Santos é um dos aliados mais próximos da família Bolsonaro. Ele é investigado no Supremo em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e também no que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no país.

Após ser alvo de operações, ele deixou o Brasil e teria entrado em julho nos Estados Unidos com visto de turista que estava vencido desde fevereiro.

*Com informações do Metrópoles

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Mensagens revelam que Allan dos Santos articulou com Planalto demissões nas Comunicações

Um dos principais contatos de Allan dos Santos era o coronel Mauro Cesar Barbosa Cid.

Conversas de WhatsApp apreendidas pela PF no WhatsApp do blogueiro Allan dos Santos mostram que ele abastecia o Palácio do Planalto com informações especialmente contra o que considerava adversários do governo, como funcionários do alto escalão de ministérios supostamente ligados à esquerda.

As mensagens (veja prints abaixo) mostram que Allan dos Santos também sugeria nomes para o caso desses funcionários serem substituídos, contestava demissões e chegava a defender a intervenção militar.

Um dos principais contatos dele era o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente. Cid é considerado dentro do Planalto como um dos principais auxiliares de Bolsonaro.

Em 10 de junho de 2020, Allan compartilha informações a Cid recebidas por ele sobre Julio Semeghini, então secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Importante: quem continua dando as cartas no MCTIC é ligado a China…Julio Semeghini. Secretário-executivo. Ligado ao PSDB. Responsável pelos nomes dos secretários da Setel (telecom) e Serad (rádio e televisão). Trocaram a equipe incompetente da Serad, mas os nomes escolhidos são bons tecnicamente mas restritivamente preocupados com a atender a agenda Julio Semeghini. Outro Julio que afunda o Ministério é o Conjur Jurídico comunista que desde que estou lá inviabilizou todos os projetos que ajudariam a fazer uma agenda positiva ao governo. Assessor especial do ministro e importante elo com a esquerda é Maximiliano. Comunista de carteirinha”.

Allan então responde: “Ótimo”. E compartilha um contato de Luciana Maria Monteiro de Lima, dizendo ser “de confiança”.

De acordo com o perfil profissional na rede Linkedin, Luciana é coordenadora-geral da pasta desde janeiro de 2019.

Print Coronel Cid - parte 3

 

 

 

 

 

 

 

Print Coronel Cid - parte 4

 

Em mais uma conversa, Allan compartilha notícias sobre a recriação do Ministério das Comunicações, ocorrida em junho de 2020.

Uma das notícias diz que “Entidades divergem sobre recriação do Ministério das Comunicação”.

Outra, com o título “Risco de 5G da Huawei expõe necessidade de maior coesão da aliança Cinco Olhos”, mereceu comentário de Allan:

Print Coronel Cid - parte 5

 

 

 

 

 

 

 

“Postaram essa. Principal assessora do ministro. Ainda não absorveram o assunto”.
Cid responde: “É para tirar dos chineses”.

Em outra conversa, Allan diz que conversou com Bolsonaro sobre o futuro do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que balançava no cargo.

“Seria um tiro no pé”, diz Allan na mensagem sobre uma possível queda do ministro.

Cid responde:

“Ele está se queimando. E não ajudando a educação. Educação, cultura…não pode cacarejar….”.

Print Coronel Cid - parte 1

 

 

 

 

 

 

 

Allan responde:

“Ele está se queimando por se aproximar do POVO? E quem faria isso melhor? O povo engole Ramos, Jorge , Levi, Astronauta e Marcelo Alvaro Antonio (LARANJAL), mas o Abraham é um problema? Só o POVO unido às FFAA podem varrer os inúmeros criminosos que hoje mandam no país. Barroso e Alexandre VÃO DAR UM GOLPE no Presidente e acabar com esse país. Sem o braço armado (FFAA), Cid, como defenderei meus filhos?”

*Com informações da CNN Brasil

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Política

Allan dos Santos usou estagiária de Lewandowski como informante a mando de quem?

Allan dos Santos recebia informação de uma estagiária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, mas certamente ele tinha a intenção de ser um mensageiro e levar tais informações para outra pessoa.

Quem seria essa pessoa?

Não por acaso, nunca vimos ninguém do clã Bolsonaro atacando o ministro do STF, Lewandowski. Nem pai, nem filhos, mesmo quando este se posicionava frontalmente contra as posições de Bolsonaro na pandemia.

Allan dos Santos é um mero pombo-correio nessa história. Um caraminguá na teia de interesses por trás desses bastidores.

Imagino que Lewandowski vai querer saber para quem Allan dos Santos passava as informações que recebia de ex-estagiária do ministro.

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Cotidiano

Mensagens indicam que Allan dos Santos, investigado pelo STF, usou estagiária de Lewandowski como informante

Estudante disse a Allan dos Santos que seria ‘uma honra’ ajudá-lo, segundo diálogos coletados pela Polícia Federal.

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), tratou uma funcionária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski como informante, mostram mensagens coletadas pela Polícia Federal.

O material obtido por meio de quebra de sigilo telefônico consta de relatório da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, ao qual a Folha teve acesso.

Allan é investigado em dois inquéritos no STF —um para apurar disseminação de fake news e outro para identificar quem financia essas ações e os atos antidemocráticos.

O documento traz diálogos entre o blogueiro e Tatiana Garcia Bressan, 45. Ela estagiou no gabinete de Lewandowski de 19 de julho de 2017 a 20 de janeiro de 2019, antes da abertura dos inquéritos contra Allan, em março daquele ano.

As conversas começaram em 23 de outubro de 2018 e vão até 31 de março de 2020. A bolsa paga pelo STF aos estagiários de direito no período era de R$ 1.207 por mês.

Na primeira conversa, Tatiana entra em contato com Allan, demonstrando interesse em trabalhar na equipe da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), e diz que está no gabinete de Lewandowski.

Nos diálogos (transcritos pela Folha nesta reportagem de forma literal, incluindo eventuais erros de digitação e ortografia), a estagiária relata ter dificuldade em trabalhar com o ministro, mas diz que está “lá para aprender”.

A informação, segundo o relatório da PF, “naturalmente desperta o interesse de Allan”, que pede a colaboração de Tatiana.

“Fique como nossa informante lá”, diz o blogueiro, cerca de duas horas depois do início da conversa. A estagiária responde prontamente: “Será uma honra. Estou lá kkk”.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou, na manhã desta quarta-feira (6), que a PF ouça imediatamente a informante de Allan dos Santos. A informação é da CNN.

O documento da PF traz diálogos entre o blogueiro e Tatiana Garcia Bressan. Ela estagiou no gabinete de Lewandowski de 19 de julho de 2017 a 20 de janeiro de 2019, antes da abertura dos inquéritos contra Allan, em março daquele ano. As conversas começaram em 23 de outubro de 2018 e vão até 31 de março de 2020, quando ela já não estagiava mais no STF.

*Com informações da Folha e CNN

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Política

Se Allan dos Santos tiver prisão decretada, poderá ser extraditado dos EUA para o Brasil

O blogueiro de extrema-direita Allan dos Santos pode ser alvo de um pedido de extradição aos Estados Unidos, onde está foragido, se for pedida a sua prisão por ameaça e incitação ao crime contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso.

O bolsonarista foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por causa de um VÍDEO em que xingou e ameaçou o magistrado.

“Tira o digital, se você tem culhão”, disse.

“Tira a porra do digital, e cresce! Dá nome aos bois! De uma vez por todas Barroso, vira homem! Tira a porra do digital! E bota só terrorista! Pra você ver o que a gente faz com você. Tá na hora de falar grosso nessa porra!”.

A prisão não foi pedida, mas a se levar em consideração o que aconteceu com Roberto Jefferson, preso na semana passada por suspeita de participação em organização criminosa digital para atacar a Corte e outras instituições, é melhor o blogueiro ir fazendo as malas para retornar ao Brasil.

*Com informações do DCM

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Exclusivo: Diálogos de inquérito da PF mostram que Secom privilegiou ‘mídia aliada’

Mensagens de WhtasApp revelam que Wajngarten defendeu a liberação de verba da Caixa para veículos de comunicação alinhados com governo.

O Globo – Mensagens de WhatsApp colhidas pela Polícia Federal ao longo do inquérito dos atos antidemocráticos revelam que Fabio Wajngarten, então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro, defendeu a liberação de verba publicitária da Caixa Econômica Federal para veículos de comunicação classificados por ele como “mídia aliada”.

Segundo relatório da PF, em abril de 2019 Wajngarten assumiu o comando da Secom e se aproximou do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do site Terça Livre e amigo dos filhos do presidente. Naquela ocasião, Wajngarten se apresentou para Allan dos Santos dizendo ser um empresário de mídia “muito” próximo de executivos de emissoras de TV. Afirmou ainda que poderia aproximar o blogueiro desses veículos e que, naquela semana, já havia promovido encontros de parlamentares com a cúpula do SBT, da Band e que iria se encontrar com “bispos da Record”. Em nota, Wajngarten diz que atuação na Secom foi ‘técnica e profissional’, e emissoras negam privilégio e reafirmam isenção.

No diálogo, Wagjngarten demonstrou preocupação com o atraso no pagamento de verbas de publicidade a quem classifica como “aliados”. Ele diz ter sido informado que a “Caixa”, em provável referência à Caixa Econômica Federal, estaria “devendo dinheiro” à Band e “RTV” (possível citação à Rede TV!), conforme demonstra o diálogo a seguir:

Fabio Wajngarten: “Caixa devendo dinheiro pra BAND, RTV”.

Allan dos Santos: “E como foi?”

Fabio Wanjgarten: “os aliados estão furiosos”

Fabio Wajngarten: “General sentou em cima e não paga nenhuma nota passada”

Fabio Wajngarten “provocando iminentes tumores”

Allan dos Santos: “Desnecessário”

Fabio Wajngarten: “totalmente desnecessário”.

O relatório da PF não identifica o “general” citado por Wajngarten, mas, à época das mensagens, a Secom era vinculada à Secretaria de Governo, chefiada pelo general Carlos Alberto Santos Cruz. O militar foi alvo de ataques de bolsonaristas e acabou sendo demitido pelo presidente.

Wajngarten relatou que tentou aproximar Bolsonaro da cúpula da Band — e chegou até a fazer uma ligação por meio de videoconferência entre o presidente e Johnny Saad, dono do Grupo Bandeirantes, e Paulo Saad, vice-presidente da emissora.

Em seguida, Allan dos Santos avalia a Wajngarten que era preciso trazer “esses caras” para perto do governo, com o que o então chefe da Secom concordou, conforme demonstra o diálogo:

Allan dos Santos: “É preciso trazer esses caras pra perto, não afastá-los”.

Fabio Wajngarten: “na hora convidei-os”.

Fabio Wajngarten: “óbvio”

Fabio Wajngarten: “ninguém está vendo”

Fabio Wajngarten: “uma barbaridade”

Fabio Wajngarten: “mídia aliada”

Allan: “Excelente”

Bater sem parar

Em outro momento do diálogo, Allan dos Santos compartilhou um link de uma notícia sobre a decisão do Ministério Público que atua perante o Tribunal de Contas da União (TCU) de pedir à Corte que obrigue a Secom a distribuir verbas publicitárias do governo com base em critérios técnicos. Naquele momento, em janeiro de 2020, o jornal Folha de S. Paulo revelara que Wajngarten mantinha contratos, por meio de sua empresa FW Comunicação e Marketing, com as emissoras Record e Band, que recebiam recursos da Secom.

Contrariado, Wajngarten respondeu: “Eles querem o retorno de 80% para a Globo. Vergonhoso”. Na sequência, o blogueiro bolsonarista sugeriu: “Bora bater sem parar”. O então chefe da Secom agradeceu.

Parte dessa estratégia da Secom de retaliar os que não são considerados “mídia aliada” envolvia um canal de contato com bolsonaristas no qual foi discutida até uma proposta de criação de um departamento de contrainformação.

Segundo as mensagens analisadas pela PF, Wajngarten criou um grupo de WhatsApp chamado “Mídia Pensante — SECOM” e adicionou Allan dos Santos. Um dos integrantes chegou a sugerir em uma mensagem: “Fabio (Wajngarten), aquela ideia de comunicação estratégica e contrainformação. Na minha opinião, você deve criar um departamento para isso. Você já até concordou com a ideia. Vamos implementá-la?”. Wajngarten, sem titubear, respondeu: “Vamos implementar”.

Em outra mensagem, enviada por Allan dos Santos a um contato chamado por ele de “Eduardo”, em provável referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, ele diz: “Precisamos da Secom para implementar uma ação que desenhamos aqui”, afirma o blogueiro, que sugeriu a indicação de uma pessoa para assumir a Secretaria de Radiodifusão. “Seu pai disse que sim”, alertou Allan dos Santos.

Nessa mesma mensagem, Eduardo diz que tem o contato de Douglas Tavolaro, ex-executivo das emissoras Record e CNN. “O Douglas diz que a linha será da Record, que o que vem dos EUA é só o nome CNN”, afirma o filho do presidente.

Pagamentos a emissoras

Dados extraídos do sistema de pagamentos da Secom mostram que veículos classificados como “mídia aliada” por Wajngarten foram privilegiados na distribuição da verba.

Na comparação entre os biênios de 2017 e 2018 (sob o governo do então presidente Michel Temer) e 2019 e 2020, já no governo de Jair Bolsonaro, a verba da Secom caiu, em média, 26%, saindo de um total de R$ 409 milhões para R$ 300,5 milhões. O volume de recursos públicos destinado à Globo Comunicação e Participações, que controla a TV Globo, teve um corte maior — de 69%. A verba destinada à Record caiu 7%, saindo de R$ 36,5 milhões para R$ 33,8 milhões. O SBT teve uma queda de 16%, passando de R$ 34,5 milhões para R$ 28,9 milhões. A Bandeirantes teve uma queda de 22%, ainda abaixo da média, caindo de R$ 12 milhões para R$ 9,6 milhões. A Rede TV!, ao contrário, teve aumento no volume de verbas de 10%, saindo de R$ 1,5 milhão para R$ 4,1 milhões no período.

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inquérito da PF cita ‘rachadinha’ de parlamentares bolsonaristas, dinheiro do exterior e uso de verba federal

Segundo reportagem do G1, Relatório da Polícia Federal indicou, em janeiro, que era preciso aprofundar investigações. Cinco meses depois, PGR defendeu arquivamento do caso. Atos pregaram rompimento institucional.

A Polícia Federal indicou pelo menos seis linhas adicionais de investigação no relatório parcial do inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos no país em 2020.

A PF pediu novas diligências à Procuradoria-Geral da República em janeiro mas, cinco meses depois, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do caso – sem fazer diligências adicionais.

As investigações dos atos antidemocráticos apuram o financiamento e a organização de manifestações realizadas em abril do ano passado. A abertura do inquérito foi pedida pela PGR e autorizada pelo STF.

As manifestações levantaram causas inconstitucionais, como ataques ao Congresso e ao STF e apologia ao AI-5, considerado o ato mais repressor da ditadura militar. Parlamentares e blogueiros bolsonaristas são investigados no inquérito.

A TV Globo teve acesso ao relatório parcial da PF, enviado à PGR no início do ano. No documento, a corporação diz ter encontrado indícios de que apoiadores e parlamentares bolsonaristas discutiram ações para a propagação de discursos de ódio e a favor do rompimento institucional.

Ao longo do relatório, a Polícia Federal indica uma série de linhas para o aprofundamento das investigações. Essas sugestões incluem:

  • apurar uma suposta articulação para evitar que um sócio do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos fosse chamado para depor à CPI das Fake News;
    conferir se houve direcionamento de verbas do governo federal para sites e canais bolsonaristas;
  • investigar repasses a uma empresa de tecnologista ligada à publicidade do Aliança pelo Brasil (partido que Jair Bolsonaro tentou fundar) e que também prestou serviço para parlamentares governistas;
  • apurar valores repassados por servidores públicos ao blogueiro Allan dos Santos, incluindo uma funcionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
  • investigar a existência de um braço estrangeiro de financiamento dos atos antidemocráticos, contando com um acordo de cooperação internacional com o Canadá;
  • aprofundar investigações sobre uma possível “rachadinha” em gabinetes de deputados governistas na Câmara dos Deputados, com o redirecionamento das verbas para o financiamento dos atos antidemocráticos.

Um despacho obtido pela TV Globo mostra que o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, enviou esse relatório parcial da PF à PGR em 4 de janeiro. A resposta da PGR, sem aderir às sugestões de diligência, saiu nesta semana.

A PGR afirmou à TV Globo que recebeu o inquérito em fevereiro. Documento obtido pela reportagem, no entanto, indica que o relatório deu entrada na procuradoria em 5 de janeiro.

A PGR também diz que fez uma “auditagem” da investigação feita pela PF, mas não providenciou novas diligências.

Ao pedir o arquivamento, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, apontou a falta de aprofundamento nas investigações da Polícia Federal. Disse, por exemplo, que os policiais não seguiram o rastro do dinheiro usado para organizar e financiar os atos, e que não haveria mais prazo razoável para fazer isso após um ano de inquérito.

O ministro Alexandre de Moraes ainda vai analisar o pedido de arquivamento feito pela PGR e o material produzido pela PF.

A Polícia Federal quer ampliar a apuração sobre o blogueiro Allan dos Santos – um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, com forte influência sobre deputados da chamada “base ideológica” do governo.

A PF identificou a articulação e a atuação de integrantes do grupo para evitar que um sócio de Allan dos Santos fosse convocado para depor na CPI das Fake News, na Câmara. O tema foi debatido em um aplicativo de mensagens de celular (veja no vídeo que abre esta reportagem).

Repasses federais a apoiadores

A PF fez uma série de cruzamentos de dados de empresários, políticos e apoiadores do governo. Outra linha de investigação sugerida trata do possível direcionamento de repasses federais para que sites e outros canais bolsonaristas atacassem as instituições.

A Polícia Federal também pede, especificamente, investigações adicionais sobre a Inclutech Tecnologia, do empresário Sérgio Lima. A empresa ficou responsável pela marca do partido Aliança pelo Brasil, que Bolsonaro pretendia criar.

A firma recebeu R$ 1,7 milhão de reais pelo projeto, mas também recebeu valores da cota parlamentar de deputados bolsonaristas do PSL. Segundo o relatório, os deputados Aline Sleutjes, Elieser Girão, José Negrão Peixoto e Bia Kicis pagaram R$ 30,3 mil à Inclutech.

A PF diz no documento que, segundo Sérgio Lima, tais valores “estariam relacionados a prestação de serviço de desenvolvimento de redes sociais de tais parlamentares”.

Os policiais não chegaram a concluir se os recursos impulsionaram a divulgação dos atos antidemocráticos. Neste caso, a PGR defendeu que o tema seja enviado para a primeira instância, alegando que a suspeita recai sobre pessoas sem foro privilegiado.

A Inclutech já havia sido citada pela PGR em junho do ano passado, por suposta ligação com o financiamento dos atos antidemocráticos. Veja no vídeo abaixo:

Atos antidemocráticos: inquérito da PF cita 'rachadinha', dinheiro do exterior e uso de verba federal | Política | G1

Repasses de servidores a blogueiro

A Polícia Federal também apreendeu uma planilha indicando valores repassados por servidores públicos ao canal do blogueiro Allan dos Santos. A lista inclui uma transferência de R$ 70 mil feita por uma servidora do BNDES a um sócio do blogueiro.

Entre abril e maio de 2020, período do auge dos atos antidemocráticos, houve quase 650 transações para Allan sem identificação de CPF.

“A quantidade de doações, o valor repassado por servidores públicos, a forma do repasse […] indica a necessidade de compreender os fatos e circunstâncias”, diz o relatório da PF.

Financiamento estrangeiro

A PF propôs, em outra linha de investigação, aprofundar a apuração sobre a existência de um braço estrangeiro para financiar os atos antidemocráticos.

O elo, segundo a Polícia Federal, seria o empresário João Bernardo Barbosa, sócio de Allan dos Santos que mora em Miami (EUA).

Investigadores apontam a possibilidade de que os valores tenham sido enviados ao exterior para o recebimento de recursos da chamada “monetização” de páginas bolsonaristas. Segundo a PF, um pedido de cooperação internacional foi feito à Justiça do Canadá para que o Brasil receba dados adicionais sobre os fatos.

‘Rachadinha’ na Câmara

Outra linha de investigação sugerida trata da possibilidade de uma “rachadinha” ter financiado a rede de ódio. A “rachadinha” é a prática de o parlamentar ficar com parte dos salários dos servidores do gabinete.

A PF afirma que a deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) recebeu diversos depósitos de funcionários do gabinete em suas contas bancárias. Os investigadores pedem maior apuração sobre esses repasses.

A parlamentar afirmou à corporação que os valores transferidos são legais e se referem, por exemplo, à quitação de um empréstimo feito a seu auxiliar.

Relação entre blogueiros e o Planalto

Em outra frente, a PF defende a apuração de possíveis conexões entre Allan dos Santos e a comunicação oficial do governo federal.

Segundo o relatório, um bilhete encontrado na casa do blogueiro expõe as seguintes ideias:

“Objetivo: materializar a ira popular contra os governadores/prefeitos; fim intermediário: saiam às ruas; fim último: derrubar os governadores/prefeitos.”

Bilhete encontrado na casa do blogueiro Allan dos Santos — Foto: Reprodução/TV Globo

Ainda de acordo com a PF, esses “objetivos antidemocráticos externados em manuscritos apreendidos na residência de Allan dos Santos têm de ser interpretados em conjunto com o interesse demonstrado (e ratificado nos relatórios em análise) em obter espaço junto à área de comunicação do governo federal”.

Os investigadores citam que, em 2020, Allan dos Santos enviou mensagens ao tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tentando influenciar e provocar o rompimento institucional com os atos antidemocráticos.

A troca de mensagens aparece no depoimento de Mauro Cesar Cid à PF. O blogueiro diz: “As FFAA [Forças Armadas] precisam entrar urgentemente”.

*Do G1

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Política

Denúncia contra bolsonarista Allan dos Santos no Jornal Nacional o leva ao topo do Twitter

A Polícia Federal quer ampliar a apuração sobre o blogueiro Allan dos Santos – um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, com forte influência sobre deputados da chamada “base ideológica” do governo.

De acordo com o Jornal Nacional, um bilhete encontrado na casa do blogueiro expõe as seguintes ideias:

“Objetivo: materializar a ira popular contra os governadores/prefeitos; fim intermediário: saiam às ruas; fim último: derrubar os governadores/prefeitos.”

Nas redes sociais, a repercussão foi grande que o nome do blogueiro bolsonarista chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter.

Confira:

https://twitter.com/DinardiMilton/status/1401337980598562819?s=20

https://twitter.com/MaxHeadroomBR/status/1401327744332578816?s=20

*Com informações do DCM

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